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O intangível efeito dos muros

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    A Humanidade adora construir muros.
  • 0:05 - 0:06
    Já repararam nisso?
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    Construímos muros para tudo:
  • 0:09 - 0:12
    para abrigo, para proteção,
    para privacidade.
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    Ao longo dos últimos 70 anos,
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    o número de barreiras
    entre países duplicou.
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    Hoje em dia, há mais muros
    do que no final da II Guerra Mundial,
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    mais do que durante a Guerra Fria.
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    Como cresci na Alemanha,
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    a queda do Muro de Berlim
    sempre me pareceu
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    uma introdução a um novo mundo,
    um mundo sem barreiras.
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    Mas desde os ataques de 11 de setembro,
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    a construção sofreu
    um aumento significativo.
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    Desde então, a quantidade duplicou,
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    com cerca de 30 novas estruturas
    planeadas ou construídas.
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    Os muros e as vedações são construídos
    muitas vezes para nos protegermos,
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    para nos protegermos
    de outro grupo de pessoas,
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    do crime, do comércio ilegal.
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    Mas os muros e as vedações só nos
    transmitem um sentimento de segurança,
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    o que é diferente
    de uma verdadeira segurança.
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    Apesar de nos fazerem sentir seguros,
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    as estruturas em si
    não nos conseguem proteger.
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    Pelo contrário, fazem algo diferente:
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    separam-nos.
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    Criam um "nós" e um "eles".
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    Criam um inimigo.
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    Os muros fazem-nos criar um segundo muro
    na nossa mente, um muro mental.
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    E estes muros mentais
    cegam-nos lentamente
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    de tudo aquilo que temos em comum
    com as pessoas que estão do outro lado.
  • 1:32 - 1:34
    E vice-versa,
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    os muros mentais podem crescer
    de tal forma que nos encorajam
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    a construir, a manter
    e a fortalecer os muros físicos.
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    Os muros físicos e mentais
    estão estreitamente ligados
  • 1:43 - 1:46
    e um está quase sempre
    dependente do outro.
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    É um ciclo constante:
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    os muros físicos fortalecem
    os muros mentais e vice-versa,
  • 1:52 - 1:55
    até ao momento em que um deles
    se desmorona,
  • 1:55 - 1:57
    e o ciclo é interrompido.
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    Quando o Muro de Berlim
    estava a ser construído,
  • 2:00 - 2:03
    era difícil dizer para quem
    é que o muro estava virado,
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    porque as pessoas à sua volta
    se identificavam entre si.
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    Não havia um "nós" e um "eles".
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    Não havia "outros".
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    Durante o período de separação,
  • 2:12 - 2:16
    ambos os lados cresceram de forma distinta
    e criaram identidades próprias.
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    De repente, havia
    um "nós" e um "eles".
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    Foi construído um muro mental,
  • 2:21 - 2:24
    e quando o Muro de Berlim
    caiu em 1989,
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    este muro mental nas pessoas manteve-se.
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    Os alemães de Berlim Leste
    foram reintegrados no seu próprio país,
  • 2:32 - 2:35
    e apesar de não terem
    de sair das suas casas,
  • 2:35 - 2:39
    muitos ainda sentem que
    ainda não chegaram lá.
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    Os restantes efeitos do muro mental
    também são mensuráveis.
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    Um estudo de 2005
    da Universidade Livre de Berlim
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    mostra que, mesmo 15 anos
    após a reunificação,
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    os alemães ainda acreditam que
    as cidades do outro lado do antigo muro
  • 2:56 - 2:59
    são mais distantes do que realmente são.
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    O mais interessante é que encontraram
    uma ligação entre a atitude política
  • 3:04 - 3:06
    e o cálculo da distância.
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    Quanto mais um participante
    estivesse contra a reunificação alemã
  • 3:11 - 3:15
    mais distante era a sua perceção
    da distância entre as cidades.
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    É o muro mental que mantém
    distantes as cidades do outro lado,
  • 3:21 - 3:24
    e quanto mais forte e mais alto
    for este muro mental,
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    mais difícil parece ser chegar até elas.
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    Tentei repetir este estudo
  • 3:28 - 3:31
    com um grupo de jovens alemães
    que cresceram sem o muro
  • 3:31 - 3:35
    para ver se estes efeitos
    ainda são mensuráveis hoje.
  • 3:35 - 3:38
    E os resultados mostram que esta geração,
  • 3:38 - 3:39
    a minha geração,
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    em geral é muito má em geografia.
  • 3:43 - 3:44
    (Risos)
  • 3:44 - 3:46
    Oriental e Ocidental.
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    Mas em nossa defesa, isto pode
    ser visto como uma melhoria, certo?
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    Nunca convivemos com o muro.
  • 3:52 - 3:57
    Aliás, a barreira física nunca conseguiu
    projetar em nós um muro mental.
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    Eu adorava considerar
    isto um indicador a sério
  • 4:01 - 4:05
    de que poderá haver um futuro
    sem um muro mental a dividir a Alemanha,
  • 4:05 - 4:07
    mas acho que temos de encarar a realidade:
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    este muro pode estar a desaparecer,
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    mas, entretanto, estão a ser construídos
    mil milhões de outros muros.
  • 4:13 - 4:16
    Uma tendência mundial
    que estamos a sentir
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    é o crescimento de comunidades fechadas.
  • 4:19 - 4:24
    E, desta forma, as comunidades fechadas
    podem ser como os países,
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    mas numa escala pequena,
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    bairros rodeados de muros e vedações
  • 4:28 - 4:32
    para proteger os cidadãos
    de outros cidadãos,
  • 4:32 - 4:35
    e a única diferença é
    que é por escolha própria.
  • 4:35 - 4:39
    Mas os efeitos físicos e mentais
    nas pessoas que vivem lá dentro
  • 4:39 - 4:41
    e nas pessoas do lado de fora
  • 4:41 - 4:42
    são as mesmas,
  • 4:42 - 4:45
    separando cidades, bairros
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    e até parques infantis.
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    Na primavera passada, fiz parte de
    um projeto de "design" em Bruxelas
  • 4:52 - 4:55
    em duas escolas do ensino primário
    onde isto acontecia.
  • 4:55 - 4:58
    Ambas as escolas partilham
    uma entrada e um pátio.
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    Ambas ensinam em holandês.
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    Mas uma das escolas é frequentada
    sobretudo por crianças belgas,
  • 5:04 - 5:07
    e a outra por filhos de imigrantes.
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    As escolas estão separadas
    por muros e vedações,
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    e as crianças não podem interagir
  • 5:12 - 5:16
    a não ser através da vedação
    que as separa no pátio.
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    Quando iniciei ali o meu trabalho,
  • 5:18 - 5:21
    fiquei triste ao ver que as crianças
    tinham de estar na vedação
  • 5:21 - 5:24
    para poderem falar com os amigos
    do outro lado.
  • 5:24 - 5:27
    Mas o pior nesta situação
    é que a maioria das crianças
  • 5:27 - 5:31
    nunca terá a oportunidade
    de fazer um amigo do outro lado.
  • 5:32 - 5:35
    A escola devia ser um local
    onde as crianças, todas as crianças,
  • 5:35 - 5:37
    se juntam e aprendem:
  • 5:37 - 5:39
    aprendem com o professor,
  • 5:39 - 5:42
    mas mais importante,
    aprendem umas com as outras.
  • 5:42 - 5:44
    E quanto maior for a diversidade
    mais se pode aprender.
  • 5:45 - 5:48
    Provavelmente, a escola
    é o único momento da nossa vida
  • 5:48 - 5:52
    em que é possível estabelecer contacto
    independentemente das diferenças sociais.
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    Separar as crianças durante
    este período do seu desenvolvimento
  • 5:56 - 5:59
    irá dificultar extremamente a integração,
  • 5:59 - 6:01
    ou até impossibilitá-la.
  • 6:02 - 6:03
    E, no entanto,
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    eu era a única a ver o problema
    com esta vedação em Bruxelas.
  • 6:07 - 6:10
    A maioria dos pais, professores e crianças
  • 6:10 - 6:13
    tinham deixado de ver ou, pelo menos,
    de questionar esta estrutura.
  • 6:13 - 6:14
    É assim que funciona.
  • 6:14 - 6:17
    Nunca ninguém olhou para ela
    de outra maneira.
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    E as pessoas são a favor dela.
  • 6:20 - 6:23
    Perguntei a um rapaz se ele
    gostaria de brincar do outro lado,
  • 6:23 - 6:24
    e ele disse: "Não".
  • 6:25 - 6:28
    Perguntei-lhe se ele brincaria
    com eles se a vedação não existisse,
  • 6:28 - 6:30
    e ele disse: "Provavelmente".
  • 6:30 - 6:32
    Mas depressa acrescentou
    que a vedação tinha de existir,
  • 6:32 - 6:36
    porque os do outro lado eram maus
    e nunca lhe devolviam a bola.
  • 6:36 - 6:39
    É engraçado, porque falei com
    as crianças de ambos os lados,
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    e todos me disseram que
    os do outro lado eram maus,
  • 6:42 - 6:45
    porque nunca devolviam as bolas.
  • 6:45 - 6:48
    Ambos os lados antipatizavam
    com os do outro lado,
  • 6:48 - 6:51
    e havia discussões frequentes
    entre os dois lados da vedação,
  • 6:51 - 6:54
    o que também é um motivo
    para as pessoas acharem
  • 6:54 - 6:55
    que a vedação é precisa:
  • 6:55 - 6:57
    protege as crianças umas das outras,
  • 6:57 - 6:59
    ou pelo menos os brinquedos,
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    e impede o caos.
  • 7:01 - 7:05
    A certa altura, as crianças começaram
    a rastejar por baixo da vedação
  • 7:05 - 7:06
    para irem buscar as bolas,
  • 7:06 - 7:10
    e a resposta da escola
    foi colocar placas metálicas.
  • 7:10 - 7:13
    Agora, eles saltam por cima delas.
  • 7:13 - 7:15
    Não sei o que aconteceu
    primeiro em Bruxelas:
  • 7:15 - 7:20
    se foi um muro mental que evoluiu
    e que os fez construir a vedação física,
  • 7:20 - 7:23
    ou se foi a vedação que acentuou
    as diferenças sociais,
  • 7:23 - 7:25
    mesmo no pátio da escola.
  • 7:25 - 7:28
    Mas o que eu sabia
    quando comecei a trabalhar ali
  • 7:28 - 7:30
    era que eu queria mudar
    essa situação.
  • 7:31 - 7:35
    Queria mostrar a ambas as partes
    os fatores que tinham em comum.
  • 7:36 - 7:38
    Para as crianças, não é difícil
  • 7:38 - 7:40
    porque, apesar de num pátio
    se falar holandês
  • 7:40 - 7:44
    e no outro uma mistura
    de francês, turco e árabe,
  • 7:44 - 7:47
    todos falam a língua universal
    que é a de brincar.
  • 7:47 - 7:50
    E, ao que parece, o desejo de brincar
  • 7:50 - 7:54
    é muito mais forte do que
    todas as diferenças entre elas.
  • 7:54 - 7:56
    Instalei diferentes jogos na vedação,
  • 7:56 - 7:59
    que se tornou numa interação,
    num terreno comum,
  • 7:59 - 8:00
    em vez duma barreira.
  • 8:01 - 8:03
    Subitamente, as crianças aproximaram-se,
  • 8:03 - 8:05
    trocavam lápis
  • 8:05 - 8:07
    e ligavam pelo telemóvel.
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    Os telemóveis, sobretudo,
    foram um grande sucesso,
  • 8:09 - 8:10
    porque ficaram tão admirados
  • 8:10 - 8:13
    por conseguir ouvir
    o outro lado através deste aparelho
  • 8:13 - 8:16
    que não conseguiam parar de falar.
  • 8:17 - 8:20
    No caso duma escola primária,
    os pais têm um papel importante
  • 8:20 - 8:24
    no desenvolvimento da vida
    e do ambiente dos seus filhos.
  • 8:24 - 8:27
    Por isso, eu sabia que,
    se queria causar impacto,
  • 8:27 - 8:30
    teria de lhes mostrar
    também o quanto têm em comum
  • 8:30 - 8:31
    com o outro lado.
  • 8:31 - 8:33
    Mas com os pais
    isto era muito mais difícil,
  • 8:33 - 8:36
    porque muitos deles
    falam línguas diferentes,
  • 8:36 - 8:38
    têm empregos e salários diferentes,
  • 8:38 - 8:40
    vivem num meio social diferente,
  • 8:40 - 8:41
    têm religiões diferentes,
  • 8:41 - 8:43
    vivenciam culturas distintas
  • 8:43 - 8:44
    e têm valores diferentes.
  • 8:44 - 8:47
    E, lá estava eu, uma estudante,
  • 8:47 - 8:50
    diferente em todos os aspetos também.
  • 8:50 - 8:52
    Então, como poderia mostrar-lhes
  • 8:52 - 8:54
    o quanto têm em comum?
  • 8:54 - 8:56
    Optei por não ser eu a convencê-los,
  • 8:57 - 8:59
    deixando que os seus filhos
    falassem por mim.
  • 9:00 - 9:03
    Organizei uma exposição
    no pátio da escola
  • 9:03 - 9:07
    onde lhes mostrei os seus filhos
    a brincarem juntos através da vedação.
  • 9:07 - 9:09
    No final da exposição,
  • 9:09 - 9:12
    pedi às pessoas para escreverem
    os seus pensamentos e ideias,
  • 9:12 - 9:14
    nestas grandes caixas de madeira,
  • 9:14 - 9:16
    identificando-as com
    "O que achas?"
  • 9:16 - 9:19
    Muitas pessoas escreveram "Sim".
  • 9:20 - 9:21
    Sim, o quê?
  • 9:22 - 9:25
    Nunca dei a minha opinião,
    nem disse o que íamos fazer a seguir,
  • 9:25 - 9:28
    portanto, que pergunta
    estavam a responder com sim?
  • 9:28 - 9:31
    Quando lhes perguntei, disseram
    que a vedação devia ser retirada.
  • 9:31 - 9:34
    Sim, queremos brincar com o outro lado.
  • 9:35 - 9:37
    As imagens implicaram
    a resposta àquela pergunta
  • 9:37 - 9:39
    que nunca foi feita.
  • 9:39 - 9:42
    As pessoas viram quão
    absurda era esta situação
  • 9:43 - 9:45
    e perceberam a inutilidade da vedação
  • 9:45 - 9:48
    sem que eu lhes tivesse
    imposto a minha opinião.
  • 9:49 - 9:53
    A exposição mostrou aos dois lados
    as suas semelhanças e não o contrário.
  • 9:53 - 9:55
    Nesse dia, não houve um "nós" e um "eles",
  • 9:55 - 9:57
    não houve "os outros".
  • 9:58 - 10:00
    O muro mental começou a ruir.
  • 10:01 - 10:03
    Escolhi a palavra "ruir"
  • 10:03 - 10:06
    porque destruir um muro mental
    é um processo demorado
  • 10:06 - 10:09
    e destruir um muro mental
    pode ser ainda mais difícil
  • 10:09 - 10:12
    do que derrubar um muro físico.
  • 10:12 - 10:15
    Temos de contestar
    as nossas opiniões e crenças
  • 10:15 - 10:18
    e, talvez até, admitir os nossos erros.
  • 10:18 - 10:22
    Portanto, o que aconteceu em Bruxelas
    foi um grande passo,
  • 10:22 - 10:26
    um passo que tem demorado
    gerações na Alemanha.
  • 10:27 - 10:29
    Há inúmeros exemplos por todo o mundo
  • 10:29 - 10:33
    que contam a mesma história
    que vivi em Bruxelas e na Alemanha,
  • 10:33 - 10:36
    e são suficientes para
    podermos aprender.
  • 10:37 - 10:40
    No entanto, continuamos
    a construir muros como solução
  • 10:40 - 10:42
    para problemas que eles não resolvem,
  • 10:42 - 10:46
    porque os muros não combatem
    a origem do problema.
  • 10:47 - 10:50
    No melhor dos casos,
    reduzem os sintomas.
  • 10:50 - 10:54
    Por isso, quanto pensarem
    em construir um muro
  • 10:54 - 10:58
    ou pensarem em apoiar alguém
    que quer construir um muro,
  • 10:58 - 11:02
    quero que se lembrem do impacto
    que estão a ter verdadeiramente.
  • 11:02 - 11:06
    Porque esta simples estrutura
    não irá criar mais segurança.
  • 11:07 - 11:11
    Em vez disso, irá afetar as pessoas
    que convivem com ele todos os dias,
  • 11:11 - 11:14
    pessoas que,
    apesar das fronteiras geográficas,
  • 11:14 - 11:17
    muitas vezes partilham valores e cultura.
  • 11:17 - 11:21
    Para eles, não estão a construir
    um muro, mas dois,
  • 11:22 - 11:27
    dois muros que demorarão
    décadas e gerações a destruir.
  • 11:28 - 11:30
    Obrigada.
  • 11:30 - 11:33
    (Aplausos)
Title:
O intangível efeito dos muros
Speaker:
Alexandra Auer
Description:

Há mais barreiras hoje do que no fim da II Guerra Mundial, diz a "designer" Alexandra Auer. E quando erguemos um muro, inconscientemente criamos uma oposição "nós" versus "eles" na nossa mente, o que compromete a nossa segurança coletiva. Com os resultados intrigantes do seu projeto de "design" social focado em duas escolas básicas separadas por uma cerca, Auer desafia-nos a desmontarmos os nossos preconceitos e a refletir sobre todas as coisas que temos em comum.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
11:48

Portuguese subtitles

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