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Can you ever respond to violence with violence?

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    (Meio sino)
  • 0:10 - 0:24
    (Sino)
  • 0:29 - 0:31
    Querido Thay, querida Sangha...
  • 0:32 - 0:36
    minha pergunta trata da
    primeira prática de atenção plena.
  • 0:37 - 0:42
    Diante da violência extrema,
    como o genocídio
  • 0:43 - 0:48
    é sempre aceitável responder
    à violência com ação...
  • 0:49 - 0:52
    incluindo até mesmo ações violentas?
  • 0:53 - 0:56
    Eu pratico segurança nacional
  • 0:56 - 1:01
    E eu penso em Churchill ou Chamberlain
  • 1:01 - 1:04
    com Hitler, por exemplo.
  • 1:04 - 1:07
    Ou exemplos mais modernos
    de Ruanda...
  • 1:08 - 1:11
    ou Sudão,
  • 1:13 - 1:16
    onde talvez ouvir compassivamente
    com Hitler
  • 1:17 - 1:21
    como foi feito por Chamberlain
  • 1:22 - 1:25
    pode não ter sido o bastante.
  • 1:26 - 1:29
    E eu luto com isso.
  • 1:38 - 1:45
    Querido Thay, nossa amiga está
    perguntando sobre situações de extrema violência
  • 1:45 - 1:49
    E ela está dando um exemplo
    em meados do século 20
  • 1:50 - 1:53
    quando Hitler estava causando
    muito sofrimento.
  • 1:53 - 1:56
    E havia um oficial na Inglaterra
  • 1:56 - 1:59
    que tentou praticar
    escuta compassiva com Hitler
  • 1:59 - 2:02
    e foi visto como malsucedido.
  • 2:02 - 2:06
    E realmente permitiu que Hitler
    continuasse a machucar mais pessoas.
  • 2:06 - 2:09
    E ela está perguntando se
    em certas situações
  • 2:09 - 2:16
    é apropriado usar a violência
    para acabar com a violência?
  • 2:24 - 2:28
    Ação não-violenta não é uma técnica.
  • 2:30 - 2:37
    É um caminho, não uma técnica.
  • 2:41 - 2:47
    E a base da ação não violenta
    é a compreensão e a compaixão.
  • 2:49 - 2:54
    Quando você tem compreensão e compaixão
    em seu coração
  • 2:54 - 2:58
    tudo o que você fizer será não violento.
  • 3:01 - 3:05
    Suponha que alguém esteja matando,
    alguém está infringindo a lei
  • 3:05 - 3:10
    e você o prende e o coloca na prisão.
  • 3:11 - 3:13
    Prendê-lo e colocá-lo na cadeia...
  • 3:13 - 3:16
    é violento ou não violento?
  • 3:17 - 3:19
    Depende...
  • 3:22 - 3:24
    da situação.
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    Se você prender essa pessoa,
    se você trancá-la.
  • 3:29 - 3:35
    e ainda assim você faz isso por
    causa da compreensão e compaixão,
  • 3:35 - 3:39
    então isso é ação não-violenta.
  • 3:42 - 3:47
    E mesmo que você não faça nada,
  • 3:47 - 3:49
    mas você permite...
  • 3:49 - 3:59
    você permite que as pessoas
    matem e destruam,
  • 3:59 - 4:05
    Embora você não faça nada,
    isso também é violência.
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    A violência pode ser ação ou inação.
  • 4:16 - 4:22
    Portanto, a aparência externa pode ser violenta,
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    mas se você fizer isso com uma mente
    de compreensão e compaixão
  • 4:31 - 4:36
    não é verdadeiramente violência.
  • 4:37 - 4:43
    Suponha que um cavalo sofra muito
    e está prestes a morrer, mas não consiga morrer.
  • 4:44 - 4:51
    E você dá um golpe mortal
    nele para que ele morra,
  • 4:51 - 4:56
    parece violência,
    mas vem de sua compaixão.
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    Você não quer que o cavalo
    continue sofrendo por muito tempo.
  • 5:01 - 5:04
    Então essa imagem diz a você
  • 5:04 - 5:08
    que se a ação é violenta
    ou não violenta,
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    depende do seu coração.
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    Se você tem vontade
    de reduzir o sofrimento,
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    se você entender porque uma pessoa
    fez tal coisa violentamente,
  • 5:26 - 5:34
    então, mesmo se você prendê-la e
    privá-la de alguns dias de comida
  • 5:34 - 5:36
    isso ainda é não-violento.
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    Porque privar alguém
    por alguns dias de comida
  • 5:41 - 5:43
    para ajudá-lo a saber
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    que ter o que comer é
    algo muito grandioso,
  • 5:50 - 5:53
    para dar-lhe esse tipo de visão.
  • 5:53 - 5:59
    isso não vem
    de sua vontade de punir,
  • 5:59 - 6:02
    mas para ajudá-lo a aprender e apreciar.
  • 6:02 - 6:07
    Isso é não-violência.
  • 6:08 - 6:12
    Então não devemos esperar
    até que a situação se apresente
  • 6:12 - 6:17
    para decidir se devemos reagir
    com violência ou não-violência.
  • 6:17 - 6:20
    Temos que começar agora.
  • 6:20 - 6:23
    E quando a situação se apresenta,
  • 6:24 - 6:28
    seremos capazes de agir com compaixão...
  • 6:28 - 6:32
    isso significa com não-violência.
  • 6:40 - 6:46
    E a ação não violenta deve...
  • 6:47 - 6:50
    deveria ser...
  • 6:51 - 6:58
    concebida como uma ação de longo prazo.
  • 6:58 - 7:02
    Quando você ensina seu filho,
  • 7:03 - 7:07
    quando você diz a seu filho como agir,
  • 7:07 - 7:13
    você está se envolvendo em uma ação não violenta.
  • 7:13 - 7:18
    Você não espera até
    que a criança se torne cruel
  • 7:18 - 7:23
    e comece a destruir ou matar antes de ensiná-la.
  • 7:23 - 7:28
    Você tem que usar medidas preventivas.
  • 7:29 - 7:31
    Assim, no campo da educação,
  • 7:31 - 7:34
    no campo da agricultura,
  • 7:34 - 7:37
    no reino da arte,
  • 7:38 - 7:42
    você pode apresentar...
  • 7:43 - 7:48
    pensamento não violento
    e ação não violenta
  • 7:48 - 7:56
    e ensinar as pessoas a remover a discriminação.
  • 7:56 - 8:02
    Essa é a ação básica da não-violência,
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    porque a violência vem
    da discriminação, da separação,
  • 8:11 - 8:14
    do ódio, do medo, da raiva.
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    Então, ajudando as pessoas a transformar
    essas coisas
  • 8:18 - 8:24
    antes de serem traduzidas em ação.
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    Essa é a verdadeira ação não violenta.
  • 8:28 - 8:30
    Deve começar agora
  • 8:30 - 8:32
    e não devemos esperar
    para que algo aconteça
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    para pensar se devemos agir
    violentamente ou não violentamente.
  • 8:38 - 8:46
    E eu acho que a não-violência nunca pode ser...
  • 8:47 - 8:54
    completamente absoluta.
  • 8:56 - 9:03
    Podemos dizer que devemos ser
    tão não violentos quanto pudermos.
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    Quando pensamos nos militares,
  • 9:10 - 9:16
    pensamos que as coisas
    que os militares fazem são apenas violentas.
  • 9:17 - 9:23
    Mas para conduzir um exército,
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    para proteger uma cidade,
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    para impedir uma invasão por um exército estrangeiro,
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    há muitas maneiras de fazer isso.
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    E há formas mais violentas,
  • 9:42 - 9:44
    e há formas menos violentas.
  • 9:44 - 9:47
    Você sempre pode escolher.
  • 9:52 - 9:56
    Talvez não seja possível fazer
    100% não violentamente,
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    mas 80% não violento é melhor
    do que 10% não violento!
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    Entende? Então, não exija um absoluto.
  • 10:14 - 10:18
    É assim que praticamos
    os Cinco Treinamentos da Atenção Plena.
  • 10:18 - 10:21
    Você não pode ser perfeito na prática.
  • 10:22 - 10:25
    Não se preocupe que você não será perfeito.
  • 10:26 - 10:30
    Ao observar
    os Quatorze ou os Cinco preceitos,
  • 10:31 - 10:36
    o que é importante
    é que você está determinado a seguir esse caminho.
  • 10:39 - 10:42
    Você faz o seu melhor,
    é disso que precisamos.
  • 10:43 - 10:47
    É como na floresta -
    você se perde na floresta à noite,
  • 10:48 - 10:51
    e você não sabe como sair.
  • 10:51 - 10:55
    E você tem que olhar para a Estrela do Norte
    para encontrar o seu caminho.
  • 10:56 - 10:58
    E se você for para o norte,
  • 10:58 - 11:01
    isso não significa que você quer chegar
    na Estrela do Norte.
  • 11:01 - 11:04
    Você não precisa chegar,
    você só precisa ir para o norte.
  • 11:05 - 11:07
    (Risos)
  • 11:07 - 11:10
    Então os Cinco Treinamentos são assim.
  • 11:10 - 11:14
    Você deve ir na direção da
    compreensão e da compaixão.
  • 11:14 - 11:17
    Você não precisa ser perfeito.
  • 11:17 - 11:21
    Se você sabe que está fazendo o seu melhor,
    isso é bom o suficiente para a Sangha,
  • 11:21 - 11:24
    bom o suficiente para o Buda.
  • 11:26 - 11:28
    Praticar não-violência é a mesma coisa.
  • 11:28 - 11:31
    Temos que fazer o nosso melhor.
  • 11:34 - 11:36
    Obrigado.
  • 11:37 - 11:40
    (Meio sino)
  • 11:42 - 12:14
    (Sino)
Title:
Can you ever respond to violence with violence?
Description:

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Video Language:
English
Duration:
12:15

Portuguese, Brazilian subtitles

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