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Eu sou o Professor Hans Rosling.
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Deixem-me mostrar-vos onde estão
os refugiados sírios hoje em dia.
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Antes de este trágico conflito
ter começado,
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viviam na Síria
cerca de 20 milhões de pessoas.
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Cada bloco destes representa
um milhão de pessoas.
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Hoje em dia,
mais de metade dessas pessoas
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- 12 milhões -
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abandonaram as suas casas.
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Oito milhões
fugiram para outras partes da Síria.
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Referimo-nos a elas
como "pessoas deslocadas internamente".
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Outros quatro milhões
vivem como refugiados nos países vizinhos.
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Principalmente na Turquia,
no Líbano e na Jordânia.
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Então, quantos sírios
conseguiram chegar à União Europeia?
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Apenas 1/4 de um milhão.
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250 mil refugiados sírios
pediram asilo na União Europeia.
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Isto é menos de 2% do número total
de refugiados internos e externos da Síria.
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O trágico conflito na Síria
está a intensificar-se.
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O Daesh, o chamado Estado Islâmico,
conquistou recentemente mais uma cidade,
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por isso o número de refugiados
vai aumentar.
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Os refugiados sírios
não têm permissão para pedir asilo
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nas embaixadas dos países da UE nesta região.
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Mas, se arranjarem uma forma
de viajarem para um país da UE,
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então, no interior desse país,
já têm permissão para pedir asilo.
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E esses pedidos serão aprovados
porque a situação na Síria é terrível.
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Mas para poderem exercer esse direito,
eles têm de entrar na UE ilegalmente,
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em viagens muito dispendiosas e perigosas.
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Neste momento, a União Europeia
está a discutir um plano de quotas,
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para permitir que refugiados
de diversas origens,
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que vivem fora da Europa,
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possam pedir asilo
antes de virem (para a Europa).
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E isso vai garantir viagens seguras.
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Mas esse plano só inclui
20 mil refugiados.
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Por isso, mesmo que seja aplicado
apenas aos refugiados sírios,
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só vai abranger 0,2%.
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Isso significa 1 em cada 500.
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Hoje em dia, a União Europeia
faz tudo o que está ao seu alcance
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para impedir mais de 99%
dos refugiados sírios
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de pedirem o asilo a que têm direito
nos países da UE.
