Vivemos em uma simulação? - Zohreh Davoudi
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0:08 - 0:11Vivemos em um vasto Universo,
em um pequeno "planeta água", -
0:11 - 0:13onde há bilhões de anos
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0:13 - 0:16formas de vida unicelulares evoluíram
a partir dos mesmos elementos -
0:16 - 0:19que todos os materiais
não vivos em torno deles, -
0:19 - 0:23proliferando e radiando uma grande
e complexa quantidade de formas de vida. -
0:23 - 0:27Todas elas, vivas e inanimadas,
microscópicas e cósmicas, -
0:27 - 0:31são regidas por leis matemáticas
com constantes aparentemente arbitrárias. -
0:31 - 0:33E isso nos leva a uma questão:
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0:33 - 0:36se o Universo é totalmente
governado por essas leis, -
0:36 - 0:40poderia um computador poderoso
o suficiente simular isso com exatidão? -
0:40 - 0:44Poderia nossa realidade realmente
ser uma simulação incrivelmente detalhada -
0:44 - 0:47desenvolvida por uma civilização
muito mais avançada? -
0:47 - 0:49Tal ideia pode parecer ficção científica,
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0:49 - 0:52mas tem sido objeto de sérias pesquisas.
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0:52 - 0:55O filósofo Nick Bostrom ofereceu
um argumento convincente -
0:55 - 0:57de que provavelmente
vivemos numa simulação, -
0:57 - 1:00e alguns cientistas concordam
que isso seja possível. -
1:00 - 1:03Estes cientistas começaram a pensar
em testes experimentais -
1:03 - 1:06para descobrir se o nosso Universo
é ou não é uma simulação. -
1:06 - 1:11Eles estão levantando hipóteses sobre
quais seriam as restrições da simulação, -
1:11 - 1:15e como essas restrições
poderiam levar a sinais detectáveis. -
1:15 - 1:17Então, onde poderíamos
procurar essas falhas? -
1:17 - 1:20Uma ideia é que, enquanto
uma simulação é executada, -
1:20 - 1:23ela pode acumular erros ao longo do tempo.
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1:23 - 1:24Para corrigir esses erros,
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1:24 - 1:28os simuladores poderiam ajustar
as constantes das leis da natureza. -
1:28 - 1:29Estas mudanças podem ser minúsculas.
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1:29 - 1:30Por exemplo,
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1:30 - 1:34certas constantes que medimos
com uma precisão de partes por milhão -
1:34 - 1:36têm permanecido estáveis há décadas,
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1:36 - 1:39assim qualquer desvio teria que ser
em uma escala ainda menor. -
1:39 - 1:42Mas, conforme tenhamos mais precisão
nas medições dessas constantes, -
1:42 - 1:45podemos detectar pequenas alterações
ao longo do tempo. -
1:45 - 1:50Outro lugar para olhar vem do conceito
do poder finito da computação, -
1:50 - 1:53não importa quão grande ele pareça,
não é possível simular infinidades. -
1:53 - 1:55Se espaço e tempo são contínuos,
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1:55 - 1:58então mesmo uma pequena parte
do Universo tem pontos infinitos -
1:58 - 2:02e torna-se impossível simular
com poderes de computação finita. -
2:02 - 2:07Uma simulação teria que representar
espaço e tempo em partes muito pequenas. -
2:07 - 2:10Elas teriam que ser quase
incompreensivelmente pequenas. -
2:10 - 2:12Mas podemos ser capazes de procurá-las
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2:12 - 2:15usando certas partículas
subatômicas como sondas. -
2:15 - 2:18Eis o princípio básico:
quanto menor uma coisa é, -
2:18 - 2:21mais sensível será à ruptura.
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2:21 - 2:24Basta pensarmos em passar sobre um buraco
num skate ou num caminhão. -
2:24 - 2:27Qualquer unidade no espaço-tempo
seria tão pequena -
2:27 - 2:30que a maioria das coisas viajaria
nele sem rupturas, -
2:30 - 2:33não apenas objetos grandes o suficiente
para serem visíveis a olho nu, -
2:33 - 2:36mas também moléculas,
átomos e até mesmo eléctrons, -
2:36 - 2:40e a maioria das outras partículas
subatômicas que descobrimos. -
2:40 - 2:43Se descobrirmos uma pequena
unidade no espaço-tempo -
2:43 - 2:46ou uma constante modificada
em uma lei natural, -
2:46 - 2:48isso provaria que o Universo
é uma simulação? -
2:48 - 2:51Não; seria apenas
o primeiro de muitos passos. -
2:51 - 2:54Pode haver outras explicações
para cada uma dessas descobertas. -
2:54 - 2:58E outras evidências seriam necessárias
para estabelecer a hipótese de simulação -
2:58 - 3:00como uma teoria de trabalho da natureza.
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3:00 - 3:02Não importa o número de testes,
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3:02 - 3:05somos limitados por algumas suposições
compartilhadas por todos. -
3:05 - 3:08Nossa atual compreensão
do mundo natural no nível quântico -
3:08 - 3:11se divide com a chamada escala de Planck.
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3:11 - 3:14Se a unidade de espaço-tempo
estiver nessa escala, -
3:14 - 3:18não seríamos capazes de enxergá-la
com nosso entendimento científico atual. -
3:18 - 3:20Ainda há um amplo leque de coisas
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3:20 - 3:22que são menores do que é
normalmente observável, -
3:22 - 3:25mas maior do que a escala
de Planck, para investigar. -
3:25 - 3:28Do mesmo modo, as mudanças
nas constantes de leis naturais -
3:28 - 3:30poderiam ocorrer tão devagar
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3:30 - 3:33que só seriam observáveis
ao longo da vida do Universo. -
3:33 - 3:35Então elas podem existir
mesmo se não as detectarmos -
3:35 - 3:38durante séculos ou milênios de medições.
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3:38 - 3:42Também estamos inclinados a pensar que,
se existe um simulador do Universo, -
3:42 - 3:45ele calcula da mesma forma que nós,
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3:45 - 3:47com limitações computacionais semelhantes.
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3:47 - 3:49Realmente, não temos como saber
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3:49 - 3:53quais seriam as limitações e os métodos
de uma civilização extraterrestre. -
3:53 - 3:54Mas precisamos começar em algum lugar.
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3:54 - 4:00Talvez nunca seja possível provar
se o Universo é ou não uma simulação, -
4:00 - 4:03mas sempre estaremos aperfeiçoando
a ciência e a tecnologia. -
4:03 - 4:05em busca da pergunta:
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4:05 - 4:07qual a natureza da realidade?
- Title:
- Vivemos em uma simulação? - Zohreh Davoudi
- Speaker:
- Zohreh Davoudi
- Description:
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Veja a lição completa: https://ed.ted.com/lessons/are-we-living-in-a-simulation-zohreh-davoudi
Toda a vida na Terra, viva e inanimada, microscópica e cósmica, é regida por leis matemáticas com constantes aparentemente arbitrárias. E isso leva a uma questão: se o universo é completamente governado por essas leis, não poderia um computador suficientemente poderoso simulá-lo com exatidão? Poderia nossa realidade realmente ser uma simulação detalhada desenvolvida por uma civilização mais avançada? Zohreh Davoudi investiga isso.
Lição de Zohreh Davoudi, direção de Eoin Duffy.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TED-Ed
- Duration:
- 04:09
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