A maior máquina que nunca existiu
-
0:00 - 0:02A máquina de que vou falar
-
0:02 - 0:03é a "maior máquina que nunca existiu".
-
0:03 - 0:06Foi uma máquina que nunca foi construída
-
0:06 - 0:08mas que será construída.
-
0:08 - 0:09Foi uma máquina que foi concebida
-
0:09 - 0:12muito antes de alguém
pensar em computadores. -
0:12 - 0:14Se sabem um pouco
da história dos computadores, -
0:14 - 0:17sabem que foi nos anos 30 e 40,
-
0:17 - 0:19que se criaram computadores simples
-
0:19 - 0:22que iniciaram a revolução
de computadores que temos hoje. -
0:22 - 0:24E vocês teriam razão,
-
0:24 - 0:26só que estariam no século errado.
-
0:26 - 0:27O primeiro computador foi concebido
-
0:27 - 0:31nos anos de 1830 e 1840,
e não em 1930 e 1940. -
0:31 - 0:34Foi concebido e foram feitos
prototipos de algumas partes. -
0:34 - 0:36Essas partes que foram construídas
-
0:36 - 0:37estão aqui, em South Kensington.
-
0:38 - 0:41Essa máquina foi construída
por este sujeito, Charles Babbage. -
0:41 - 0:43Eu tenho uma grande afinidade
com o Charles Babbage -
0:43 - 0:45porque tem o cabelo
sempre assim despenteado -
0:45 - 0:48em todas as fotografias.
-
0:48 - 0:50Era um homem muito rico
e, de certa forma, -
0:50 - 0:51fazia parte da aristocracia britânica.
-
0:51 - 0:54Aos sábados à noite, em Marylebone,
-
0:54 - 0:56se vocês fossem intelectuais
naquela época, -
0:56 - 1:00seriam convidados
para um sarau em casa dele. -
1:00 - 1:01Ele convidava toda a gente:
-
1:01 - 1:04reis, o Duque de Wellington,
muita gente famosa. -
1:04 - 1:07Ter-vos-ia mostrado uma
das suas máquinas mecânicas. -
1:07 - 1:10Tenho saudades daquela época
em que podíamos ir a um sarau -
1:10 - 1:13e ver uma demonstração
de um computador mecânico. -
1:13 - 1:14(Risos)
-
1:14 - 1:16Mas o próprio Babbage,
-
1:16 - 1:18nasceu no fim do séc. XVIII,
-
1:18 - 1:20e era um matemático famoso.
-
1:21 - 1:23Tinha o mesmo cargo
que Newton, em Cambridge, -
1:23 - 1:26e que foi recentemente
do Stephen Hawking. -
1:26 - 1:30Não é tão conhecido como eles
porque tinha aquela ideia -
1:30 - 1:32de fazer aparelhos
mecânicos de cálculo -
1:32 - 1:34e acabou por nunca fazer nenhum.
-
1:34 - 1:37E não o fez porque era
um "nerd" clássico -
1:37 - 1:39Cada vez que tinha uma
boa ideia, pensava: -
1:40 - 1:41"Brilhante, vou começar a construí-lo.
-
1:41 - 1:44"Vou gastar uma fortuna nele.
Tenho uma ideia melhor. -
1:44 - 1:46"Vou trabalhar neste.
Vou fazer este aqui." -
1:46 - 1:49Ele fez isto até que Sir Robert Peel,
primeiro-ministro na altura, -
1:49 - 1:51o expulsou do nº 10 de Downing Street.
-
1:51 - 1:54Nessa altura, uma expulsão
era como dizer: -
1:54 - 1:56"Um bom dia para si, Sir."
(Risos) -
1:57 - 1:59Ele concebeu
esta monstruosidade aqui, -
1:59 - 2:00a "máquina analítica".
-
2:01 - 2:04Para terem uma ideia,
esta é uma visão de cima. -
2:04 - 2:07Cada um destes círculos é uma engrenagem,
é uma pilha de engrenagens, -
2:07 - 2:10e isto tem o tamanho
de uma locomotiva a vapor. -
2:11 - 2:14Portanto, durante esta palestra,
imaginem esta máquina gigante. -
2:14 - 2:15Ouvimos os sons magníficos
-
2:15 - 2:17que esta máquina teria produzido.
-
2:17 - 2:19Vou mostrar a arquitetura da máquina
-
2:19 - 2:21— é por isso que é
arquitetura de computador — -
2:21 - 2:23e falar-vos desta máquina,
que é um computador. -
2:24 - 2:26Falemos da memória.
-
2:26 - 2:29A memória é semelhante à memória
dos computadores de hoje, -
2:29 - 2:31exceto que era toda feita de metal,
-
2:31 - 2:34pilhas de rodas dentadas.
-
2:34 - 2:3630 rodas dentadas de altura.
-
2:36 - 2:39Imaginem uma altura de 30 rodas dentadas,
centenas e centenas, -
2:39 - 2:41contendo números inscritos nelas.
-
2:41 - 2:44É uma máquina decimal.
Tudo é feito no sistema decimal. -
2:44 - 2:46Ele pensou em usar o sistema binário.
-
2:46 - 2:48mas a máquina teria que ser
ridiculamente alta, -
2:48 - 2:50Como está, já é enorme.
-
2:50 - 2:52Portanto, tem memória.
-
2:52 - 2:54A memória é este pedaço aqui.
-
2:55 - 2:57Veem-na assim.
-
2:57 - 3:01Esta monstruosidade aqui é o processador
— o chip se preferirem. -
3:01 - 3:03Claro, é enorme.
-
3:04 - 3:06Esta máquina é toalmente mecânica.
-
3:07 - 3:11Isto é uma fotografia de um protótipo
para uma parte do processador -
3:11 - 3:13que está no Museu da Ciência.
-
3:13 - 3:16O processador executava as quatro
funções fundamentais da aritmética -
3:16 - 3:19— adição, multiplicação,
subtracção, divisão -- -
3:19 - 3:22o que já é uma façanha, em metal,
-
3:22 - 3:25mas também conseguia fazer uma coisa
que um computador faz -
3:25 - 3:26e uma calculadora não faz:
-
3:26 - 3:30esta máquina observava a memória
e podia tomar uma decisão. -
3:30 - 3:33Conseguia fazer o "se... então"
para programadores básicos. -
3:33 - 3:35Era isso que fazia dele um computador.
-
3:35 - 3:38Não fazia só cálculos.
Podia fazer mais. -
3:40 - 3:42Se pararmos um instante,
a olhar para isto, -
3:43 - 3:44e pensarmos nos chips de hoje,
-
3:44 - 3:48não podemos ver um chip de silicone
por dentro, porque é muito pequeno. -
3:48 - 3:50Mas se conseguíssemos,
-
3:50 - 3:52veríamos uma coisa
muito semelhante a isto. -
3:52 - 3:55O processador tem
uma complexidade incrível, -
3:55 - 3:57e uma regularidade incrível na memória.
-
3:57 - 4:00Se já viram uma imagem de
um microscópio eletrónico, viram isto. -
4:00 - 4:01Parece tudo igual.
-
4:01 - 4:04Mas depois há esta parte aqui
que é muito complicada. -
4:04 - 4:08Todo este mecanismo de rodas dentadas
faz o que um computador faz, -
4:08 - 4:10mas é preciso programar isto.
-
4:10 - 4:13Babbage usou a tecnologia da altura
-
4:13 - 4:16e a tecnologia que voltaria a aparecer
nos anos 50, 60 e 70, -
4:16 - 4:18que é a dos cartões perfurados.
-
4:18 - 4:22Isto é um de três leitores
de cartões perfurados, -
4:22 - 4:26e isto é um programa, no Museu de Ciência,
-
4:26 - 4:30perto daqui, criado por Charles Babbage,
-
4:30 - 4:32que lá existe — podem ir lá vê-lo —
-
4:32 - 4:34à espera que a máquina seja construída.
-
4:36 - 4:38Não há só um, há muitos.
-
4:38 - 4:41Ele preparou programas
prevendo que isto aconteceria. -
4:41 - 4:42Usavam-se cartões perfurados
-
4:42 - 4:45porque Jacquard, em França.
tinha criado o tear de Jacquard, -
4:45 - 4:48que tecia belos padrões
controlados por cartões perfurados. -
4:48 - 4:51Babbage estava apenas a reutilizar
a tecnologia da época. -
4:51 - 4:53Como em tudo o que fazia,
usava a tecnologia da época. -
4:53 - 4:57Nos anos 1830, 1840, 1850,
usava as engrenagens, o vapor, -
4:57 - 4:59dispositivos mecânicos.
-
4:59 - 5:02Ironicamente, nascido no mesmo ano
de Charles Babbage, -
5:02 - 5:05surgiu Michael Faraday
que viria a revolucionar tudo -
5:05 - 5:08com o dínamo, transformadores,
e coisas dessas. -
5:09 - 5:12Mas Babbage queria usar
tecnologia comprovada, -
5:12 - 5:13como era o caso do vapor.
-
5:13 - 5:15Ora, ele precisava de acessórios.
-
5:15 - 5:17Temos um computador.
-
5:17 - 5:19Temos cartões perfurados,
um processador e memória. -
5:19 - 5:21Era preciso adicionar acessórios.
-
5:21 - 5:23Não podia ficar apenas com aquilo.
-
5:23 - 5:25Primeiro, havia o som.
Havia um sino. -
5:25 - 5:27Se algo corresse mal
-
5:27 - 5:30ou a máquina precisasse
da atenção de alguém, -
5:30 - 5:32havia um sino para tocar.
-
5:32 - 5:34Há uma instrução num cartão perfurado
-
5:34 - 5:36que diz: "Toca o sino".
Têm que imaginar este "Ting!" -
5:36 - 5:39Imaginem por instantes
todos aqueles ruídos: -
5:39 - 5:40"Clic, clac clic clic clic,"
-
5:40 - 5:42a máquina a vapor... "Ding".
-
5:42 - 5:45Também era precisa uma impressora.
-
5:45 - 5:48Este é a imagem
de um mecanismo de impressão -
5:48 - 5:50para outra máquina dele,
'Máquina Diferencial n.º 2" -
5:50 - 5:52que ele nunca construiu,
-
5:52 - 5:55mas foi construída, nos anos 80 e 90,
pelo Museu de Ciência. -
5:55 - 5:57A impressora é totalmente mecânica.
-
5:57 - 6:00Imprime apenas números, porque ele
era obcecado por números, -
6:00 - 6:03mas imprime em papel
e até faz quebras de linha. -
6:03 - 6:06Portanto, ao chegar ao fim da linha,
dá a volta assim. -
6:06 - 6:07Também são precisos gráficos,
-
6:08 - 6:09se quiserem fazer algo com gráficos.
-
6:09 - 6:11Pensou: "Preciso
de uma impressora de gráficos. -
6:11 - 6:13"Tenho papel e caneta,
posso desenhar". -
6:13 - 6:16Portanto, também desenhou
uma impressora de gráficos. -
6:17 - 6:21Penso que, naquele momento,
tinha uma máquina bastante boa. -
6:21 - 6:24Surge então uma mulher, Ada Lovelace.
-
6:24 - 6:27Imaginem aqueles saraus,
onde se juntam os grandes e os bons. -
6:27 - 6:29Esta senhora é filha de Lord Byron,
-
6:29 - 6:32um homem maluco, malvado e perigoso .
-
6:32 - 6:35A mãe, preocupada com a ideia
de a filha poder ter herdado -
6:35 - 6:38alguma da loucura e da maldade
de Lord Byron, pensou: -
6:38 - 6:41"Já sei. A matemática é a solução.
-
6:41 - 6:43"Vamos ensinar-lhe matemática.
Isso vai acalmá-la." -
6:43 - 6:45(Risos)
-
6:45 - 6:51"Porque nunca houve um matemático
que tivesse enlouquecido, -
6:51 - 6:53"portanto, há-de correr bem".
(Risos) -
6:54 - 6:57Portanto, ela recebeu
formação em matemática, -
6:57 - 7:00e vai a um dos saraus com a mãe.
-
7:00 - 7:02Charles Babbage aparece com a sua máquina.
-
7:02 - 7:04Também está lá o Duque de Wellington.
-
7:04 - 7:06Ele mostra a máquina,
faz uma demonstração, -
7:06 - 7:08e ela compreende.
-
7:08 - 7:11Foi a única pessoa, enquanto ele foi vivo,
que disse: "Eu percebo o que ela faz, -
7:11 - 7:13"percebo o futuro desta máquina."
-
7:13 - 7:17Devemos-lhe muito, porque sabemos muito
-
7:17 - 7:19sobre a máquina
que Babbage queria construir -
7:19 - 7:21por causa dela.
-
7:21 - 7:24Há quem lhe chame a primeira programadora.
-
7:24 - 7:27Isto pertence a um papel que ela traduziu.
-
7:27 - 7:30É um programa escrito
de uma forma particular. -
7:30 - 7:34Historicamente, não é totalmente exato
que ela fosse a primeira programadora. -
7:34 - 7:35Mas ela fez algo mais espantoso.
-
7:35 - 7:37Em vez de ser só programadora,
-
7:37 - 7:39ela viu algo que Babbage não viu.
-
7:39 - 7:42Babbage era totalmente
obcecado pela matemática. -
7:43 - 7:46Estava a construir uma máquina
para fazer matemática, -
7:46 - 7:48e Lovelace disse:
-
7:48 - 7:51"Nesta máquina, podes fazer
mais do que matemática ." -
7:52 - 7:54Todos aqui, nesta sala
têm um computador -
7:54 - 7:56porque têm um telemóvel.
-
7:56 - 7:58Se pegarem no telemóvel,
tudo nesse telemóvel, -
7:58 - 8:02num computador ou em qualquer outro
aparelho informático, é matemática. -
8:02 - 8:03No fundo, tudo são números.
-
8:03 - 8:07Quer seja vídeo, texto, música
ou voz, tudo são números. -
8:07 - 8:11Na essência, são tudo funções matemáticas.
-
8:11 - 8:14Lovelace disse: "Lá porque estás a fazer
-
8:14 - 8:16"funções matemáticas e símbolos,
-
8:16 - 8:19"não quer dizer que isso
não possa representar -
8:19 - 8:22"outras coisas no mundo real,
como a música." -
8:22 - 8:25Isto foi um grande salto,
porque Babbage dizia: -
8:25 - 8:27"Podíamos calcular
estas funções magnificas -
8:27 - 8:30"e imprimir tabelas com números
e desenhar gráficos" -
8:31 - 8:32e Lovelace dizia:
-
8:32 - 8:35"Isto até podia compor música,
-
8:35 - 8:38"se lhe indicasses uma representação
numérica da música". -
8:39 - 8:41É a isto que eu chamo
o "Salto de Lovelace". -
8:41 - 8:44Quando se diz que ela é uma programadora,
ela até programou, -
8:44 - 8:47mas o importante foi
que disse que o futuro -
8:47 - 8:49podia ser muito mais do que isso.
-
8:50 - 8:52Cem anos depois, aparece um tipo
— Alan Turing — -
8:52 - 8:57e em 1936, inventa de novo o computador.
-
8:57 - 8:59Claro que a máquina de Babbage
era totalmente mecânica. -
9:00 - 9:02A máquina de Turing
era inteiramente teórica. -
9:02 - 9:05Ambos tinham uma perspetiva matemática,
-
9:05 - 9:07mas Turing disse-nos
algo muito importante. -
9:07 - 9:10Criou as fundações matemáticas
-
9:10 - 9:12para a ciência da informática e disse:
-
9:12 - 9:15"Não interessa como se faz um computador."
-
9:15 - 9:19Não interessa se o computador
é mecânico, como o de Babbage -
9:19 - 9:22ou eletrónico, como os de hoje,
-
9:22 - 9:24ou, talvez no futuro, feito de células,
-
9:24 - 9:28ou de novo mecânico,
quando entrarmos na nanotecnologia. -
9:28 - 9:31Poderemos voltar à máquina de Babbage
e torná-la minúscula. -
9:31 - 9:33Todas estas coisas são computadores.
-
9:33 - 9:35Há uma essência da computação.
-
9:35 - 9:37Esta é a tese de Church-Turing.
-
9:37 - 9:38E assim, estabelece-se uma ligação
-
9:38 - 9:41que diz que o que Babbage criou
é um computador. -
9:41 - 9:45De facto, era capaz de fazer tudo
o que fazemos hoje com computadores -
9:45 - 9:47só que muito mais devagar.
(Risos) -
9:49 - 9:51Para terem uma ideia dessa lentidão,
-
9:51 - 9:53tinha cerca de 1K de memória.
-
9:55 - 9:58Usava cartões perfurados
que tinham que ser inseridos, -
9:58 - 10:02e funcionava 10 000 vezes mais devagar
do que o primeiro ZX81. -
10:03 - 10:05Tinha memória RAM.
-
10:05 - 10:08Podíamos adicionar muita memória,
se quiséssemos. -
10:08 - 10:11Portanto, até onde
é que isso nos leva hoje? -
10:11 - 10:12Hoje há planos.
-
10:12 - 10:15Em Swindon, nos arquivos
do Museu da Ciência, -
10:15 - 10:17há centenas de planos
e milhares de páginas -
10:17 - 10:20com notas escritas por Babbage
acerca desta máquina analítica. -
10:20 - 10:23Um deles é um conjunto de planos
a que chamamos Plano 28, -
10:23 - 10:26e que é também o nome de uma fundação
de beneficência que iniciei -
10:26 - 10:29com Doron Swade, o curador de computação
do Museu da Ciência -
10:29 - 10:31e também a pessoa
que chefiou o projeto -
10:31 - 10:33para construir uma máquina diferencial.
-
10:33 - 10:35Os nossos planos são para a construir.
-
10:35 - 10:39Aqui em South Kensington,
vamos construir a máquina analítica. -
10:39 - 10:41O projeto consiste em várias partes.
-
10:41 - 10:44Uma era digitalizar o arquivo
de Babbage, o que já foi feito. -
10:44 - 10:47A segunda é o estudo de todos esses planos
-
10:47 - 10:49para determinar o que construir.
-
10:49 - 10:53A terceira é uma simulação
computacional dessa máquina. -
10:53 - 10:56E a última parte é construí-la,
fisicamente, no Museu da Ciência. -
10:56 - 10:59Depois de construída, perceberão
como funciona um computador, -
10:59 - 11:01porque, em vez de olharem
para um pequeno chip, -
11:01 - 11:03podem olhar para algo monstruoso e dizer:
-
11:03 - 11:06"Ah, estou a ver a memória a funcionar,
o processador a funcionar, -
11:06 - 11:10"ouço-o a funcionar,
até o cheiro a funcionar." -
11:10 - 11:13Mas, entretanto,
vamos fazer uma simulação. -
11:13 - 11:15O próprio Babbage escreveu, dizendo
-
11:15 - 11:17que, quando a máquina analítica existisse,
-
11:17 - 11:20certamente iria orientar
o futuro da ciência. -
11:20 - 11:23Nunca construiu a máquina
porque dedicou-se a novos planos. -
11:23 - 11:26Mas quando foi construída,
nos anos 40, tudo mudou. -
11:27 - 11:30Vou dar-vos uma pequena amostra
do seu aspeto em movimento -
11:30 - 11:33com um vídeo que mostra
apenas uma parte -
11:33 - 11:35do mecanismo do processador a funcionar.
-
11:40 - 11:42Isto são apenas três conjuntos
de rodas dentadas. -
11:42 - 11:46Está a somar. Isto é o mecanismo
de somar em funcionamento. -
11:46 - 11:48Imaginem esta máquina gigante.
-
11:48 - 11:49Portanto, deem-me cinco anos.
-
11:49 - 11:52Antes de 2030, teremos isto pronto.
-
11:52 - 11:53Muito obrigado.
-
11:53 - 11:54(Aplausos)
- Title:
- A maior máquina que nunca existiu
- Speaker:
- John Graham-Cumming
- Description:
-
A Ciência da Computação começou nos anos 30... nos anos de 1830. John Graham-Cumming conta a história do "motor analítico" mecânico à base de vapor de Charles Babbage e de como Ada Lovelace, matemática e filha de Lord Byron, viu para além das suas simples capacidades computacionais e imaginou o futuro dos computadores.
(Gravado no TEDxImperialCollege) - Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 12:14
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