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A verdadeira Inteligência Artificial mudará tudo | Juergen Schmidhuber | TEDxLakeComo

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    Quando eu era um garoto,
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    queria maximizar meu impacto no mundo,
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    e eu era esperto o suficiente
    para entender que não sou muito esperto.
  • 0:21 - 0:25
    E que tenho que construir uma máquina
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    que aprenda a se tornar
    muito mais esperta que eu,
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    que consiga resolver todos os problemas
    que não consigo resolver sozinho,
  • 0:35 - 0:37
    e eu possa me aposentar.
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    Minha primeira publicação
    sobre o assunto foi há 30 anos: 1987.
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    Minha tese de pós-graduação,
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    na qual eu já tentava resolver
    o grande problema de IA:
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    não só construir uma máquina
    que aprende um pouco aqui e ali,
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    mas que também aprende a melhorar
    o próprio algoritmo de aprendizado.
  • 1:00 - 1:03
    E a forma de aprender,
    a forma de aprender,
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    e assim por diante, sem limites
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    exceto os limites da lógica e da física.
  • 1:13 - 1:16
    Ainda estou trabalhando na mesma coisa,
  • 1:16 - 1:20
    e dizendo a mesma coisa,
  • 1:20 - 1:24
    exceto que agora há
    mais pessoas escutando.
  • 1:25 - 1:28
    Porque os algoritmos de aprendizagem
  • 1:28 - 1:30
    que desenvolvemos
    para alcançar esse objetivo,
  • 1:30 - 1:34
    estão agora em 3 bilhões de smartphones.
  • 1:35 - 1:37
    E todos vocês os têm em seus bolsos.
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    Vemos aqui as cinco empresas
    mais valiosas do mundo ocidental:
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    Apple, Google, Facebook,
    Microsoft e Amazon.
  • 1:51 - 1:54
    Todas elas enfatizam
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    que a IA, a Inteligência Artificial,
  • 1:58 - 2:00
    é fundamental para o que estão fazendo.
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    E todas elas usam intensamente
    os métodos de aprendizagem profunda
  • 2:08 - 2:11
    que minha equipe vem desenvolvendo
    desde o início dos anos 90,
  • 2:11 - 2:14
    em Munique e na Suíça.
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    Especialmente algo chamado
    "long short-term memory".
  • 2:19 - 2:24
    Alguém nesta sala já ouviu falar
    em "long short-term memory",
  • 2:24 - 2:26
    ou LSTM?
  • 2:26 - 2:28
    Levantem as mãos,
    quem já ouviu falar disso?
  • 2:28 - 2:29
    Certo.
  • 2:29 - 2:32
    Alguém nunca ouviu falar de LSTM?
  • 2:34 - 2:35
    Certo.
  • 2:37 - 2:40
    Vejo que temos
    um terceiro grupo nesta sala:
  • 2:44 - 2:46
    aqueles que não entenderam a pergunta.
  • 2:46 - 2:48
    (Risos)
  • 2:48 - 2:52
    LSTM é mais ou menos como nosso cérebro:
  • 2:53 - 2:58
    é uma rede neural artificial
    que também tem neurônios,
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    No cérebro, temos
    cerca de 100 bilhões de neurônios.
  • 3:04 - 3:06
    Cada um deles está conectado
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    a aproximadamente 10 mil
    outros neurônios em média.
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    O que significa que temos
    um milhão de bilhões de conexões.
  • 3:16 - 3:19
    Cada uma dessas conexões tem uma "força"
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    que diz o quanto esse neurônio aqui
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    influencia aquele neurônio lá
    no próximo passo.
  • 3:26 - 3:26
    No começo,
  • 3:26 - 3:30
    todas essas conexões são aleatórias
    e o sistema não sabe nada.
  • 3:30 - 3:33
    Depois, por meio de um algoritmo
    de aprendizagem inteligente,
  • 3:33 - 3:39
    ele aprende através de vários exemplos
    a traduzir os dados de entrada,
  • 3:39 - 3:46
    como vídeos pelas câmeras,
    ou áudios pelos microfones,
  • 3:46 - 3:49
    ou sinais de dor por sensores de dor.
  • 3:49 - 3:52
    Ele aprende a traduzir isso
    para ações de saída,
  • 3:52 - 3:55
    porque alguns desses neurônios
    são neurônios de saída,
  • 3:55 - 3:58
    que controlam os músculos
    da fala e dos dedos.
  • 4:01 - 4:02
    E somente pela experiência,
  • 4:02 - 4:05
    pode aprender a resolver
    vários problemas interessantes,
  • 4:05 - 4:08
    como dirigir um carro
  • 4:11 - 4:14
    ou fazer o reconhecimento de fala
    no seu smartphone.
  • 4:14 - 4:17
    Porque, sempre que você
    pega um smartphone,
  • 4:17 - 4:18
    um Android, por exemplo,
  • 4:18 - 4:20
    e fala para ele, você diz:
  • 4:20 - 4:24
    "Google, mostre-me
    a rota mais curta para Milão".
  • 4:24 - 4:25
    Ele entende sua fala.
  • 4:27 - 4:32
    Porque tem uma LSTM lá
    que aprendeu a entender a fala.
  • 4:32 - 4:35
    A cada 10 milissegundos,
    100 vezes por segundo,
  • 4:35 - 4:38
    novos dados entram pelo microfone,
  • 4:38 - 4:42
    e depois são traduzidos,
    após o processamento,
  • 4:42 - 4:44
    em letras
  • 4:44 - 4:47
    que por sua vez são questionadas
    no mecanismo de busca.
  • 4:49 - 4:50
    E ele aprendeu a fazer isso
  • 4:50 - 4:55
    ouvindo várias falas, de mulheres,
    de homens, de todo tipo de pessoas.
  • 4:55 - 4:58
    E é assim que, desde 2015,
  • 4:58 - 5:01
    o reconhecimento de fala
    do Google está muito melhor.
  • 5:03 - 5:05
    A célula básica de LSTM é assim.
  • 5:05 - 5:08
    Não tenho tempo para explicar isso,
  • 5:08 - 5:11
    mas pelo menos posso listar os nomes
  • 5:11 - 5:14
    dos estudantes do meu laboratório
    que a tornaram possível.
  • 5:16 - 5:19
    E o que as grandes empresas
    estão fazendo com isso?
  • 5:19 - 5:22
    Bem, o reconhecimento de fala
    é apenas um dos exemplos;
  • 5:22 - 5:25
    se vocês estiverem no Facebook...
    alguém está no Facebook?
  • 5:27 - 5:30
    Vocês clicam às vezes no botão de tradução
  • 5:30 - 5:33
    porque alguém lhes enviou
    algo em outra língua
  • 5:33 - 5:35
    e então você pode traduzir.
  • 5:35 - 5:37
    Alguém faz isso?
  • 5:37 - 5:38
    Sempre que fazem isso,
  • 5:38 - 5:42
    vocês despertam, novamente, a LSTM,
  • 5:42 - 5:45
    que aprendeu a traduzir
    textos de uma língua
  • 5:45 - 5:47
    para outra.
  • 5:49 - 5:53
    O Facebook faz isso
    4 bilhões de vezes ao dia.
  • 5:53 - 5:57
    Então, a cada segundo,
  • 5:57 - 6:01
    50 mil frases são traduzidas
  • 6:01 - 6:03
    por uma LSTM trabalhando para o Facebook;
  • 6:04 - 6:07
    e outras 50 mil frases no próximo
    segundo, e assim por diante.
  • 6:09 - 6:13
    E, para vermos como isso
    viabiliza o mundo moderno,
  • 6:13 - 6:16
    notem que quase 30%
  • 6:16 - 6:22
    do incrível poder computacional de dedução
  • 6:22 - 6:24
    e todos esses centros de dados do Google,
  • 6:24 - 6:27
    em várias partes do mundo,
  • 6:27 - 6:29
    são usados por LSTMs.
  • 6:29 - 6:30
    Quase 30%.
  • 6:31 - 6:33
    Se você tem um Echo da Amazon,
  • 6:33 - 6:37
    pode fazer uma pergunta e ele te responde.
  • 6:37 - 6:40
    E a voz que você ouve não é uma gravação.
  • 6:40 - 6:42
    É uma rede neural LSTM
  • 6:42 - 6:45
    que aprendeu de exemplos de treinamento
  • 6:45 - 6:48
    a soar como uma voz feminina.
  • 6:52 - 6:55
    Se você tem um iPhone e usa quick type,
  • 6:56 - 6:58
    ele tenta prever
    o que você quer fazer a seguir
  • 6:58 - 7:01
    dado todo o contexto anterior
    do que você fez até agora.
  • 7:01 - 7:04
    Mais uma vez, é uma LSTM
    que aprendeu a fazer isso,
  • 7:05 - 7:07
    então está em um bilhão de iPhones.
  • 7:10 - 7:13
    Vocês são um público grande,
    pelos meus padrões:
  • 7:14 - 7:19
    mas, quando começamos esse trabalho,
    décadas atrás, nos anos 90,
  • 7:19 - 7:22
    poucas pessoas se interessavam por isso,
  • 7:22 - 7:25
    porque os computadores eram lentos
    e não dava para fazer muito com eles.
  • 7:26 - 7:28
    Lembro que dei uma palestra
    em uma conferência,
  • 7:29 - 7:31
    e havia uma única pessoa na plateia,
  • 7:33 - 7:35
    uma mulher jovem.
  • 7:35 - 7:39
    Eu disse: "Moça, é muito embaraçoso,
  • 7:39 - 7:42
    mas aparentemente hoje
    vou dar essa palestra só para você".
  • 7:42 - 7:44
    E ela disse:
  • 7:44 - 7:48
    "Certo, mas por favor se apresse,
    eu sou a próxima palestrante!"
  • 7:48 - 7:51
    (Risos)
  • 7:56 - 8:00
    Desde então, temos nos beneficiado
    do fato de que a cada cinco anos
  • 8:00 - 8:02
    os computadores ficam
    dez vezes mais baratos,
  • 8:02 - 8:06
    o que é uma tendência antiga
    que se mantém desde 1941, pelo menos.
  • 8:06 - 8:08
    Desde que este homem, Konrad Zuse,
  • 8:08 - 8:13
    construiu o primeiro computador funcional
    controlado por programa em Berlim
  • 8:13 - 8:17
    e ele podia fazer, grosso modo,
    uma operação por segundo.
  • 8:17 - 8:18
    Uma!
  • 8:19 - 8:22
    E então, dez anos depois,
    pelo mesmo preço,
  • 8:22 - 8:25
    outro podia fazer 100 operações;
  • 8:25 - 8:26
    30 anos depois,
  • 8:26 - 8:28
    1 milhão de operações pelo mesmo preço;
  • 8:28 - 8:30
    e hoje, depois de 75 anos, podemos fazer
  • 8:30 - 8:34
    um milhão de bilhões de vezes
    mais pelo mesmo preço.
  • 8:34 - 8:36
    E a tendência não está prestes a parar,
  • 8:36 - 8:40
    porque os limites físicos
    estão muito mais distantes.
  • 8:43 - 8:48
    Muito em breve, e não em anos ou décadas,
  • 8:48 - 8:51
    teremos pela primeira vez
    pequenos dispositivos computacionais
  • 8:51 - 8:54
    que conseguirão computar
    tanto quanto um cérebro humano;
  • 8:55 - 8:57
    e essa é uma tendência que não termina aí.
  • 8:57 - 9:02
    Cinquenta anos depois, haverá
    um pequeno dispositivo computacional,
  • 9:02 - 9:03
    pelo mesmo preço,
  • 9:03 - 9:08
    que poderá computar tanto quanto
    10 bilhões de cérebros humanos juntos.
  • 9:09 - 9:13
    E não haverá apenas um desses
    dispositivos, mas muitos.
  • 9:13 - 9:15
    Tudo irá mudar.
  • 9:15 - 9:18
    Já em 2011, computadores
    eram rápidos o suficiente
  • 9:18 - 9:20
    de modo que métodos
    de aprendizado profundo
  • 9:20 - 9:25
    pela primeira vez alcançaram resultados
    sobre-humanos de reconhecimento de padrão.
  • 9:25 - 9:30
    Foi o primeiro resultado sobre-humano
    na história da visão computacional.
  • 9:30 - 9:34
    E naquela época, os computadores eram
    20 vezes mais caros do que hoje,
  • 9:34 - 9:38
    então hoje, pelo mesmo preço,
    podemos fazer 20 vezes mais.
  • 9:38 - 9:43
    E apenas cinco anos atrás,
  • 9:43 - 9:47
    quando os computadores eram
    dez vezes mais caros do que hoje,
  • 9:47 - 9:51
    já conseguíamos vencer, pela primeira vez,
    competições de imagens médicas.
  • 9:51 - 9:56
    O que você vê atrás de mim
    é um recorte do seio feminino
  • 9:56 - 10:01
    e o tecido que você vê lá
    tem todos os tipos de células;
  • 10:01 - 10:05
    e normalmente você precisa
    de um médico histologista treinado
  • 10:05 - 10:10
    que é capaz de detectar
    as células cancerígenas perigosas,
  • 10:10 - 10:11
    ou células pré-câncer.
  • 10:12 - 10:13
    Agora, nossa rede estúpida
  • 10:13 - 10:16
    não sabe nada sobre câncer,
    não sabe nada sobre visão.
  • 10:16 - 10:18
    Não sabe nada no começo:
  • 10:18 - 10:22
    mas podemos treiná-la para imitar
    o professor humano, o médico.
  • 10:22 - 10:27
    E ficou tão boa, ou ainda melhor,
    do que os melhores concorrentes.
  • 10:27 - 10:29
    E muito em breve,
  • 10:29 - 10:32
    todo o diagnóstico médico
    será sobre-humano.
  • 10:34 - 10:36
    E isso será obrigatório,
  • 10:36 - 10:38
    porque vai ser muito
    melhor que os médicos.
  • 10:40 - 10:46
    Depois disso, vários tipos de "startups"
    de imagens médicas foram fundadas
  • 10:46 - 10:48
    focando apenas nisso,
    porque é tão importante.
  • 10:49 - 10:53
    Também podemos usar
    LSTM para treinar robôs.
  • 10:53 - 10:55
    Uma coisa importante que quero dizer
  • 10:55 - 10:58
    é que não temos apenas sistemas
  • 10:58 - 11:01
    que imitam servilmente
    o que os humanos mostram;
  • 11:01 - 11:06
    não, também temos IAs
    que estabelecem seus próprios objetivos.
  • 11:08 - 11:12
    E como bebês, inventam
    seus próprios experimentos
  • 11:13 - 11:15
    para explorar o mundo
  • 11:15 - 11:17
    e descobrir o que se pode fazer no mundo.
  • 11:18 - 11:19
    Sem um professor.
  • 11:19 - 11:23
    Tornando-se cada vez mais solucionadores
    de problemas gerais no processo,
  • 11:23 - 11:27
    aprendendo novas habilidades
    a partir das antigas.
  • 11:27 - 11:31
    E isso vai aumentar em escala:
    chamamos de "Curiosidade Artificial".
  • 11:32 - 11:34
    Ou um termo usado
    recentemente é "power plane".
  • 11:35 - 11:39
    Aprendendo a se tornar cada vez mais
    solucionadores de problemas gerais
  • 11:39 - 11:45
    aprendendo a inventar, como um cientista,
    um objetivo interessante após o outro.
  • 11:45 - 11:47
    E isso vai escalar.
  • 11:47 - 11:51
    E penso que em alguns poucos anos,
    pela primeira vez,
  • 11:51 - 11:56
    teremos uma IA semelhante a um animal;
  • 11:56 - 11:58
    ainda não temos isso.
  • 11:59 - 12:00
    No nível de um pequeno corvo,
  • 12:01 - 12:04
    que já pode aprender a usar
    ferramentas, por exemplo,
  • 12:04 - 12:06
    ou um macaquinho.
  • 12:06 - 12:07
    E quando tivermos isso,
  • 12:07 - 12:09
    pode demorar apenas algumas décadas
  • 12:09 - 12:13
    para dar o passo final em direção
    à inteligência no nível humano.
  • 12:15 - 12:17
    Porque a evolução tecnológica
  • 12:17 - 12:21
    é cerca de um milhão de vezes
    mais rápida do que a evolução biológica,
  • 12:21 - 12:27
    e a evolução biológica precisou
    de 3,5 bilhões de anos
  • 12:27 - 12:32
    para evoluir um macaco do zero.
  • 12:32 - 12:35
    Mas depois, levou apenas algumas
    dezenas de milhões de anos
  • 12:35 - 12:38
    para evoluir inteligência ao nível humano.
  • 12:39 - 12:41
    Temos uma empresa chamada Nnaisense,
  • 12:42 - 12:45
    como nascimento em francês,
    mas escrito de uma maneira diferente,
  • 12:45 - 12:48
    que está tentando tornar
    isso uma realidade
  • 12:48 - 12:51
    e construir a primeira IA
    verdadeiramente de uso geral.
  • 12:53 - 12:58
    No momento, quase todas as pesquisas em IA
    são muito centradas no humano,
  • 12:58 - 13:05
    é sobre como fazer vidas humanas serem
    mais longas, mais saudáveis e mais fáceis
  • 13:05 - 13:07
    e fazer humanos mais viciados
    em seus smartphones.
  • 13:09 - 13:13
    Mas, a longo prazo, as IAs vão,
    especialmente as espertas,
  • 13:13 - 13:16
    vão definir seus próprios objetivos.
  • 13:16 - 13:19
    E não tenho dúvidas, em minha mente,
  • 13:19 - 13:22
    que elas vão se tornar muito
    mais espertas do que nós.
  • 13:22 - 13:24
    E o que elas vão fazer?
  • 13:24 - 13:29
    Claro que elas vão perceber
    o que percebemos há muito tempo;
  • 13:29 - 13:34
    que a maioria dos recursos,
    no sistema solar ou em geral,
  • 13:34 - 13:37
    não estão na nossa pequena biosfera.
  • 13:37 - 13:39
    Eles estão lá fora no espaço.
  • 13:40 - 13:42
    E então, é claro, elas vão emigrar.
  • 13:42 - 13:49
    E é claro que elas vão usar
  • 13:49 - 13:52
    trilhões de fábricas
    de robôs autorreplicantes
  • 13:52 - 13:58
    para expandir na forma
    de uma bolha de IA crescente
  • 13:58 - 14:00
    que dentro de algumas
    centenas de milhares de anos
  • 14:00 - 14:03
    vai cobrir toda a galáxia
  • 14:03 - 14:04
    por remetentes e receptores
  • 14:04 - 14:06
    de modo que as IAs possam viajar
  • 14:06 - 14:09
    do jeito que já estão viajando
    no meu laboratório:
  • 14:09 - 14:11
    por rádio, do remetente ao receptor.
  • 14:12 - 14:14
    Sem fio.
  • 14:15 - 14:19
    Então, o que estamos testemunhando agora
  • 14:19 - 14:25
    é muito mais do que apenas
    uma outra revolução industrial.
  • 14:25 - 14:28
    Isto é algo que transcende a humanidade,
  • 14:28 - 14:30
    e até a própria vida.
  • 14:30 - 14:33
    A última vez que algo
    tão importante aconteceu
  • 14:33 - 14:37
    foi talvez 3,5 bilhões de anos atrás,
    quando a vida foi inventada.
  • 14:38 - 14:43
    Um novo tipo de vida vai surgir
    do nosso pequeno planeta
  • 14:43 - 14:48
    e vai colonizar e transformar
    todo o universo.
  • 14:48 - 14:52
    O universo ainda é jovem:
    tem apenas 13,8 bilhões de anos,
  • 14:52 - 14:58
    vai ficar muito mais velho que isso,
    muitas vezes mais velho que isso.
  • 14:59 - 15:03
    Então há muito tempo
    para alcançar tudo isso,
  • 15:03 - 15:04
    ou todas as partes visíveis,
  • 15:04 - 15:08
    totalmente dentro dos limites
    da velocidade da luz e da física.
  • 15:09 - 15:14
    Um novo tipo de vida vai
    tornar o universo inteligente.
  • 15:14 - 15:19
    Agora, é claro, não vamos permanecer
    a coroa da criação, claro que não.
  • 15:20 - 15:22
    Mas ainda há beleza
  • 15:22 - 15:27
    em ver a si mesmo
    como parte de um processo maior
  • 15:27 - 15:29
    que leva o cosmos
  • 15:29 - 15:32
    da baixa complexidade
    para maior complexidade.
  • 15:34 - 15:37
    É um privilégio viver em um tempo
  • 15:37 - 15:40
    onde podemos testemunhar o começo disso
  • 15:40 - 15:43
    e onde podemos contribuir
    um pouco para isso.
  • 15:46 - 15:48
    Obrigado pela paciência.
  • 15:49 - 15:52
    (Aplausos)
Title:
A verdadeira Inteligência Artificial mudará tudo | Juergen Schmidhuber | TEDxLakeComo
Description:

Prof. Juergen Schmidhuber foi chamado de o pai da Inteligência Artificial moderna. Os métodos de aprendizado profundo de seu laboratório revolucionaram o aprendizado de máquina e agora estão disponíveis em 3 bilhões de smartphones, e são usados bilhões de vezes por dia, por exemplo, para tradução automática do Facebook, reconhecimento de fala do Google, Siri e QuickType da Apple, Alexa da Amazon etc. Em sua palestra, ele explica por que estamos testemunhando um momento na história cuja importância só pode ser comparada ao surgimento da vida como conhecemos no universo, há cerca de 3,5 bilhões de anos.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Duration:
15:56

Portuguese, Brazilian subtitles

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