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Introdução à quiralidade

  • 0:01 - 0:04
    Se eu começar desenhando uma
    mão aqui nesse quadro
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    no caso, a mão esquerda,
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    pareceria com isso.
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    isso é uma mão esquerda.
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    Agora vamos supor que queremos uma imagem
    espelhada.
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    Imagine que tem um espelho aqui, e eu
    quero o seu reflexo.
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    Vou desenhar o reflexo na cor verde.
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    O reflexo se pareceria com isso daqui.
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    Algo assim.
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    Não exatamente, mas dá pra entender.
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    O reflexo da mão esquerda se parece
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    muito com a mão direita.
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    Não importa o quanto eu rotacione ou
    incline a mão,
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    mesmo girando 180 graus, para que
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    o dedão fique do outro lado como aqui,
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    nós nunca conseguiremos fazer com que
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    isso aqui se pareça com isto.
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    Eu posso rotacionar e virar, mas
    jamais conseguiria.
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    Jamais conseguiríamos sobrepor a mão azul
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    na mão verde. Jamais.
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    Quando eu falo sobrepor, realmente
    quero dizer colocar exatamente
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    em cima da mão verde.
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    E sempre que algo não puder ser
    sobreposto no seu reflexo,
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    vou escrever isso:
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    Não pode ser sobreposto no seu reflexo
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    no seu reflexo
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    chamamos de quiral.
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    O desenho dessa mão aqui à direita
    é um
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    exemplo de objeto quiral.
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    Ou então a mão é um exemplo de
    objeto quiral.
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    Ela não pode ser sobreposta na
    imagem do seu reflexo.
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    E faz sentido isso ser chamado de
    quiralidade porque essa palavra
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    "quiralidade" vem do grego e
    significa "mão".
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    E essa definição de algo que não pode ser
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    sobreposto no seu reflexo é utilizado
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    em química, matemática, ou então
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    em mãos de uma forma geral.
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    Se estendermos a definição
    para a química
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    até porque é disso que estamos falando,
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    teremos dois conceitos:
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    existem moléculas quirais e os
    centros quirais.
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    Eu chamo os centros quirais de átomos
    quirais. Eles são,
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    geralmente, átomos de carbono, por isso
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    chamo de carbonos quirais.
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    Ou seja, são os átomos quirais.
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    Já as moléculas quirais são as
    moléculas que
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    não podem ser sobrepostas no seu reflexo.
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    Eu vou escrever isso,
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    não podem ser sobrepostos
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    e tudo mais.
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    Não pode ser sobreposto no seu reflexo.
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    Agora, vamos falar dos átomos quirais,
    quando você procura
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    por átomos quirais em uma molécula,
    a melhor maneira de encontrá-los é
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    procurar por carbonos,
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    geralmente são carbonos.
    Geralmente quando estamos
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    lidando com a química orgânica, eles
    podem ser fósforos
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    ou compostos sulfurados, mas na sua
    maioria são carbonos ligados com quatro
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    grupos diferentes.
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    Quero enfatizar grupos, e não apenas
    não quatro
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    átomos diferentes. E para destacar uma
    molécula que
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    contém um átomo quiral ou um carbono
    quiral, podemos
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    pensar em um.
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    Vamos dizer que temos um carbono aqui,
    e eu vou
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    configurá-lo para que seja um
    átomo quiral
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    é um carbono quiral, nesse caso
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    é uma molécula quiral.
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    Nós veremos exemplos onde os dois
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    ou um deles, são verdade.
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    Vamos dizer que ele está ligado à um
    grupo metil.
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    Digamos que essa ligação está
    saltando para fora da página.
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    Temos uma ligação com o bromo aqui.
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    Atrás disso, temos outra ligação do
    carbono, dessa vez com o hidrogênio.
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    E aqui em cima, temos um flúor.
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    Agora, se formos olhar o reflexo
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    dessa imagem, temos o carbono no centro
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    (vou desenhar em azul)
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    Temos o carbono no centro e o
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    flúor acima do carbono.
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    E agora o bromo está nessa direção
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    e o grupo metil está aqui.
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    Ele ainda está saltando para fora,
    mas agora
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    está voltado para a direita, ao invés
    de ir para a esquerda.
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    E o hidrogênio continua na parte de trás.
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    Essas imagens são reflexos, e se você
    conseguir
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    imaginar um espelho, podemos ver seus
    dois lados.
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    Mas por que isso é quiral?
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    Bom, isso é um desafio visual, mas
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    não importa o quanto você rotacione essa
    molécula aqui
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    você nunca vai conseguir deixá-la
    igual a outra imagem.
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    Você pode tentar girar assim, e pegar
    esse grupo
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    metil e tentar colocá-lo aqui.
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    Vamos tentar fazer isso.
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    Se tentarmos colocar o grupo metil
    aqui, o que vai
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    acontecer com os outros grupos?
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    Bom, o grupo hidrogênio - ou melhor,
    só hidrogênio
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    O hidrogênio vai se mover para cá e o
    bromo
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    vai ficar aqui.
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    E poderíamos sobrepor se isso fosse
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    um hidrogênio e isso fosse um bromo,
    mas não são.
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    Imagine que o hidrogênio e o bromo
    estivessem trocados.
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    Mesmo que virássemos e fizéssemos
    de tudo,
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    girando em todas as direções, nunca
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    conseguiríamos sobrepor as imagens.
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    Logo, essa molécula aqui é quiral, e
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    o carbono é o centro quiral. É chamado de
    carbono quiral,
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    e as vezes também chamado de
    carbono assimétrico.
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    Carbono assimétrico ou centro quiral.
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    As vezes você poderá ouvir o
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    termo estereocentro
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    Estereocentro é um termo geral para
    qualquer ponto da molécula
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    que é assimétrico em relação aos
    diferentes grupos que participam
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    da molécula.
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    Mas estes, principalmente quando
    você está
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    começando a aprender química orgânica,
    geralmente são carbonos
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    ligados a outros quatro grupos diferentes.
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    Enfatizando novamente: não são quatro
    átomos diferentes!
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    Você pode ter um grupo metil aqui
    e um grupo propil aqui,
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    e o carbono continuaria ligado
    diretamente a outro
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    carbono nesse caso, mas ainda sim
    seria um carbono quiral
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    e a molécula continuaria quiral também.
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    No próximo vídeo, teremos um
    monte de exemplos.
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    Observaremos moléculas e tentaremos
    identificar o
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    carbono quiral, e tentar descobrir se a
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    molécula também é quiral.
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    [Legendado por: Laís Yamada]
    [Revisado por: Claudia Alves]
Title:
Introdução à quiralidade
Description:

Introdução à quiralidade

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Video Language:
English
Duration:
06:46

Portuguese, Brazilian subtitles

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