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Se eu começar desenhando uma
mão aqui nesse quadro
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no caso, a mão esquerda,
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pareceria com isso.
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isso é uma mão esquerda.
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Agora vamos supor que queremos uma imagem
espelhada.
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Imagine que tem um espelho aqui, e eu
quero o seu reflexo.
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Vou desenhar o reflexo na cor verde.
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O reflexo se pareceria com isso daqui.
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Algo assim.
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Não exatamente, mas dá pra entender.
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O reflexo da mão esquerda se parece
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muito com a mão direita.
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Não importa o quanto eu rotacione ou
incline a mão,
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mesmo girando 180 graus, para que
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o dedão fique do outro lado como aqui,
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nós nunca conseguiremos fazer com que
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isso aqui se pareça com isto.
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Eu posso rotacionar e virar, mas
jamais conseguiria.
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Jamais conseguiríamos sobrepor a mão azul
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na mão verde. Jamais.
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Quando eu falo sobrepor, realmente
quero dizer colocar exatamente
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em cima da mão verde.
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E sempre que algo não puder ser
sobreposto no seu reflexo,
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vou escrever isso:
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Não pode ser sobreposto no seu reflexo
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no seu reflexo
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chamamos de quiral.
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O desenho dessa mão aqui à direita
é um
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exemplo de objeto quiral.
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Ou então a mão é um exemplo de
objeto quiral.
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Ela não pode ser sobreposta na
imagem do seu reflexo.
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E faz sentido isso ser chamado de
quiralidade porque essa palavra
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"quiralidade" vem do grego e
significa "mão".
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E essa definição de algo que não pode ser
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sobreposto no seu reflexo é utilizado
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em química, matemática, ou então
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em mãos de uma forma geral.
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Se estendermos a definição
para a química
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até porque é disso que estamos falando,
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teremos dois conceitos:
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existem moléculas quirais e os
centros quirais.
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Eu chamo os centros quirais de átomos
quirais. Eles são,
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geralmente, átomos de carbono, por isso
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chamo de carbonos quirais.
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Ou seja, são os átomos quirais.
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Já as moléculas quirais são as
moléculas que
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não podem ser sobrepostas no seu reflexo.
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Eu vou escrever isso,
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não podem ser sobrepostos
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e tudo mais.
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Não pode ser sobreposto no seu reflexo.
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Agora, vamos falar dos átomos quirais,
quando você procura
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por átomos quirais em uma molécula,
a melhor maneira de encontrá-los é
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procurar por carbonos,
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geralmente são carbonos.
Geralmente quando estamos
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lidando com a química orgânica, eles
podem ser fósforos
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ou compostos sulfurados, mas na sua
maioria são carbonos ligados com quatro
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grupos diferentes.
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Quero enfatizar grupos, e não apenas
não quatro
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átomos diferentes. E para destacar uma
molécula que
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contém um átomo quiral ou um carbono
quiral, podemos
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pensar em um.
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Vamos dizer que temos um carbono aqui,
e eu vou
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configurá-lo para que seja um
átomo quiral
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é um carbono quiral, nesse caso
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é uma molécula quiral.
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Nós veremos exemplos onde os dois
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ou um deles, são verdade.
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Vamos dizer que ele está ligado à um
grupo metil.
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Digamos que essa ligação está
saltando para fora da página.
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Temos uma ligação com o bromo aqui.
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Atrás disso, temos outra ligação do
carbono, dessa vez com o hidrogênio.
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E aqui em cima, temos um flúor.
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Agora, se formos olhar o reflexo
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dessa imagem, temos o carbono no centro
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(vou desenhar em azul)
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Temos o carbono no centro e o
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flúor acima do carbono.
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E agora o bromo está nessa direção
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e o grupo metil está aqui.
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Ele ainda está saltando para fora,
mas agora
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está voltado para a direita, ao invés
de ir para a esquerda.
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E o hidrogênio continua na parte de trás.
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Essas imagens são reflexos, e se você
conseguir
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imaginar um espelho, podemos ver seus
dois lados.
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Mas por que isso é quiral?
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Bom, isso é um desafio visual, mas
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não importa o quanto você rotacione essa
molécula aqui
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você nunca vai conseguir deixá-la
igual a outra imagem.
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Você pode tentar girar assim, e pegar
esse grupo
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metil e tentar colocá-lo aqui.
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Vamos tentar fazer isso.
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Se tentarmos colocar o grupo metil
aqui, o que vai
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acontecer com os outros grupos?
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Bom, o grupo hidrogênio - ou melhor,
só hidrogênio
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O hidrogênio vai se mover para cá e o
bromo
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vai ficar aqui.
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E poderíamos sobrepor se isso fosse
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um hidrogênio e isso fosse um bromo,
mas não são.
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Imagine que o hidrogênio e o bromo
estivessem trocados.
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Mesmo que virássemos e fizéssemos
de tudo,
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girando em todas as direções, nunca
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conseguiríamos sobrepor as imagens.
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Logo, essa molécula aqui é quiral, e
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o carbono é o centro quiral. É chamado de
carbono quiral,
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e as vezes também chamado de
carbono assimétrico.
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Carbono assimétrico ou centro quiral.
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As vezes você poderá ouvir o
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termo estereocentro
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Estereocentro é um termo geral para
qualquer ponto da molécula
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que é assimétrico em relação aos
diferentes grupos que participam
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da molécula.
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Mas estes, principalmente quando
você está
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começando a aprender química orgânica,
geralmente são carbonos
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ligados a outros quatro grupos diferentes.
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Enfatizando novamente: não são quatro
átomos diferentes!
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Você pode ter um grupo metil aqui
e um grupo propil aqui,
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e o carbono continuaria ligado
diretamente a outro
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carbono nesse caso, mas ainda sim
seria um carbono quiral
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e a molécula continuaria quiral também.
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No próximo vídeo, teremos um
monte de exemplos.
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Observaremos moléculas e tentaremos
identificar o
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carbono quiral, e tentar descobrir se a
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molécula também é quiral.
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[Legendado por: Laís Yamada]
[Revisado por: Claudia Alves]