O brilho da bioluminescência — Leslie Kenna
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0:14 - 0:16Imaginem um local tão escuro
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0:16 - 0:18que não vemos a ponta do nariz.
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0:18 - 0:21De olhos abertos ou fechados, é igual
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0:21 - 0:24porque o sol ali nunca brilha.
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0:24 - 0:26À distância, vemos uma luz.
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0:26 - 0:28Quando nos aproximamos para investigar,
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0:28 - 0:30somos envolvidos numa luz azul.
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0:30 - 0:33"Podia observar isto eternamente",
pensamos. -
0:33 - 0:34Mas não podemos
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0:34 - 0:37porque aparece a boca
aberta de um xarroco -
0:37 - 0:38que nos engole vivos.
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0:38 - 0:40Somos uma das muitas criaturas
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0:40 - 0:43no fundo do oceano
que aprendem, tarde demais, -
0:43 - 0:46a apreciar o poder da bioluminescência.
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0:46 - 0:48A bioluminescência é a capacidade
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0:48 - 0:51de alguns seres vivos criarem luz.
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0:51 - 0:53O corpo humano produz coisas
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0:53 - 0:56como cera dos ouvidos e unhas dos pés
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0:56 - 0:58mas estes organismos
conseguem transformar -
0:58 - 1:00partes do corpo em bastões luminosos.
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1:00 - 1:02É como se a Natureza
os dotasse para festas. -
1:02 - 1:04Porquê?
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1:04 - 1:05Desta ou daquela forma,
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1:05 - 1:09a bioluminescência melhora as hipóteses
de sobrevivência de um ser vivo. -
1:09 - 1:10Reparem no pirilampo.
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1:10 - 1:12A sua capacidade de brilhar verde
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1:12 - 1:15ajuda-o a atrair um parceiro
numa noite quente de verão, -
1:15 - 1:17mas é apenas um dos muitos
seres vivos que brilham. -
1:18 - 1:20O Phrixothrix hirtus
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1:20 - 1:22pode iluminar o corpo com duas cores:
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1:22 - 1:23vermelho e verde.
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1:23 - 1:26Comeriam uma coisa que parece
uma pista de aviação? -
1:27 - 1:29Nenhum predador sensato o faria.
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1:29 - 1:32As luzes cintilantes
mantêm-no em segurança. -
1:32 - 1:34Depois, há o camarão de profundidade,
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1:34 - 1:36o Acantherphyra purpurea,
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1:36 - 1:37Quando se sente ameaçado,
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1:37 - 1:40cospe uma nuvem de goma
luminosa pela boca. -
1:40 - 1:42Quem não foge na direção oposta
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1:42 - 1:44quando isto acaba de ser vomitado?
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1:44 - 1:46Mais, aquele vomitado atrai
predadores maiores -
1:46 - 1:49que querem comer
o inimigo do camarão. -
1:49 - 1:51Então e os que não
têm bioluminescência? -
1:51 - 1:52Não há problema!
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1:52 - 1:54Há outras formas de os seres vivos
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1:54 - 1:56porem a bioluminescência ao seu serviço,
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1:56 - 1:59mesmo que não tenham nascido
com o equipamento para brilhar. -
1:59 - 2:01Vamos voltar ao xarroco
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2:01 - 2:03momentos antes de ter tentado comer-nos.
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2:03 - 2:05Aquele engodo luminoso
no topo da cabeça? -
2:05 - 2:07Provém de uma bolsa de pele
chamada esca. -
2:08 - 2:10A esca contém bactérias bioluminescentes.
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2:10 - 2:12O xarroco não brilha por si próprio,
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2:12 - 2:15em vez disso, tem um saco
de bactérias brilhantes. -
2:16 - 2:18Lembram-se do pirilampo?
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2:18 - 2:20Esse brilha por si mesmo.
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2:20 - 2:23Dentro da sua lanterna
há dois químicos, -
2:23 - 2:25uma luciferina e uma luciferase.
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2:25 - 2:28Quando a luciferase e a luciferina
do pirilampo se misturam -
2:28 - 2:30na presença do oxigénio,
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2:30 - 2:32e alimentam a célula, chamada ATP,
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2:32 - 2:35a reação química
liberta energia sob a forma de luz. -
2:35 - 2:37Quando os cientistas perceberam
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2:37 - 2:40como o pirilampo cria
a luciferase e a luciferina, -
2:40 - 2:41usaram a engenharia genética
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2:41 - 2:44para fazer com que esta reação
que produz luz -
2:44 - 2:46ocorra no interior de outros
seres vivos que não brilham. -
2:46 - 2:49Por exemplo, inseriram os genes,
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2:49 - 2:50ou seja, as instruções, numa célula
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2:50 - 2:54para criarem luciferase e luciferina
de pirilampo numa planta do tabaco. -
2:54 - 2:57A planta do tabaco seguiu as instruções,
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2:57 - 3:01inseridas no seu ADN
e iluminou-se como uma árvore de Natal. -
3:01 - 3:03A beleza da bioluminescência,
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3:03 - 3:06ao contrário da luz do sol
ou de uma lâmpada incandescente, -
3:06 - 3:07é que não é quente.
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3:07 - 3:10Ocorre num intervalo de temperaturas
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3:10 - 3:11que não queima um ser vivo.
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3:11 - 3:13Ao contrário de um bastão fluorescente,
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3:13 - 3:16que se apaga quando
os químicos lá dentro se vão gastando, -
3:16 - 3:19as reações bioluminescentes
usam recursos recarregáveis. -
3:19 - 3:21É uma das razões por que os engenheiros
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3:21 - 3:24estão a tentar desenvolver
árvores bioluminescentes. -
3:24 - 3:27Pensem só, se as plantarmos
dos lados das autoestradas, -
3:27 - 3:29podem iluminar a via,
gastando apenas oxigénio -
3:29 - 3:32e outros recursos disponíveis
e limpos para funcionarem. -
3:33 - 3:35Falemos de vantagens de sobrevivência!
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3:35 - 3:37Isto pode ajudar o nosso planeta
a viver mais tempo. -
3:37 - 3:40Será que encontram outras formas
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3:40 - 3:42de dar um bom uso à bioluminescência?
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3:42 - 3:45O bastão fluorescente
que agitamos numa festa -
3:45 - 3:47pode ajudar-nos a encontrar um parceiro,
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3:47 - 3:50mas o que pode fazer a bioluminescência
para a nossa sobrevivência? -
3:50 - 3:52Se começarem a pensar nisso,
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3:52 - 3:54é porque viram a luz.
- Title:
- O brilho da bioluminescência — Leslie Kenna
- Speaker:
- Leslie Kenna
- Description:
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Vejam a lição completa em: http://ed.ted.com/lessons/the-brilliance-of-bioluminescence-leslie-kenna
Há animais sortudos dotados de bioluminescência natural, ou seja, a capacidade de criar luz. O pirilampo, o xarroco e algumas criaturas surpreendentes usam esta capacidade de muitas formas, incluindo a sobrevivência, a caça e o acasalamento. Leslie Kenna investiga este brilho mágico e a nossa procura em repeti-lo.
Lição de Leslie Kenna, animação de Cinematic Sweden.
- Video Language:
- English
- Team:
closed TED
- Project:
- TED-Ed
- Duration:
- 04:09
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