Como estamos usando cães para farejar a malária
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0:01 - 0:07A malária ainda é um dos maiores
assassinos do planeta. -
0:07 - 0:12Apesar de termos feito progressos
significativos nos últimos 20 anos, -
0:12 - 0:16metade da população mundial
ainda é ameaçada por esta doença. -
0:16 - 0:20Na verdade, a cada dois minutos
uma criança com menos de dois anos -
0:20 - 0:22morre de malária.
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0:23 - 0:26Nosso progresso, sem dúvida, parou.
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0:26 - 0:31Enfrentamos muitos desafios
quando se trata de combater a malária. -
0:32 - 0:33Mas um dos problemas
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0:33 - 0:38é encontrar as pessoas infectadas
com malária para começar. -
0:38 - 0:43Por exemplo, se as pessoas têm
algum nível de imunidade à doença, -
0:43 - 0:45elas podem desenvolver uma infecção,
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0:45 - 0:47se tornar contagiosas e ainda transmitir,
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0:47 - 0:49mas sem desenvolver nenhum sintoma,
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0:49 - 0:53e isso pode ser um grande problema,
porque encontrar essas pessoas -
0:53 - 0:55é como procurar uma agulha no palheiro.
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0:56 - 1:00Os cientistas têm tentado resolver
esse problema há alguns anos, -
1:00 - 1:04mas quero contar a vocês que a solução
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1:04 - 1:09pode ter estado bem debaixo
do nosso nariz esse tempo todo. -
1:09 - 1:12Foi um começo pesado com muitas
estatísticas importantes e sérias. -
1:12 - 1:15Então, quero que todos
relaxem um pouco agora, -
1:15 - 1:17me ajudem a relaxar um pouco também.
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1:17 - 1:19Então, vamos respirar profundamente.
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1:19 - 1:20(Inspirando)
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1:20 - 1:22Uau!
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1:22 - 1:23E expirar.
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1:23 - 1:26Vou ser soprado para lá.
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1:26 - 1:27(Risos)
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1:27 - 1:31Agora quero que façam de novo,
mas desta vez apenas pelo nariz -
1:31 - 1:35e quero que vocês realmente
sintam o ambiente ao redor. -
1:35 - 1:38E, na verdade, quero que sintam
o cheiro da pessoa sentada ao lado, -
1:38 - 1:40mesmo que não a conheçam, eu não ligo!
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1:40 - 1:42Inclinem-se, ponham
o nariz na axila dela. -
1:42 - 1:44Parem de ser tão britânicos.
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1:44 - 1:48Coloquem o nariz na axila dela, cheirem.
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1:48 - 1:50Vejam o que vocês sentem.
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1:50 - 1:51(Risos)
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1:54 - 1:55Todos e cada um de nós
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1:55 - 1:59tivemos uma experiência
sensorial muito diferente. -
1:59 - 2:02Alguns terão cheirado
algo bastante agradável, -
2:02 - 2:03talvez o perfume de alguém.
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2:03 - 2:06Mas alguns podem ter cheirado
algo um pouco menos agradável, -
2:06 - 2:11talvez o mau hálito
ou o odor corporal de alguém. -
2:11 - 2:14Talvez até tenham sentido
o cheiro do próprio corpo. -
2:15 - 2:17Provavelmente há uma boa razão
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2:17 - 2:21para alguns não gostarem
de certos cheiros corporais. -
2:22 - 2:23Através da história,
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2:25 - 2:29houve muitos exemplos
de doenças associadas a cheiros. -
2:29 - 2:34A febre tifoide aparentemente
cheira a pão integral assado. -
2:34 - 2:35Bem, é um cheiro muito bom, não é?
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2:35 - 2:38Mas começa a ficar um pouco pior.
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2:38 - 2:40Tuberculose cheira a cerveja velha
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2:40 - 2:44e febre amarela cheira a açougue,
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2:44 - 2:45como carne crua.
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2:45 - 2:49De fato, quando vemos as palavras
usadas para descrever doenças, -
2:49 - 2:55costumamos encontrar: podre,
desagradável, pútrido ou pungente. -
2:55 - 2:57Portanto, não é surpresa
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2:57 - 3:01que cheiros e odores corporais
tenham má reputação. -
3:01 - 3:03Se eu lhes dissesse: "Você cheira mal!",
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3:04 - 3:07vocês não vão aceitar isso
como um elogio, não é? -
3:07 - 3:09Mas vocês têm um cheiro,
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3:09 - 3:11acabaram de descobrir isso.
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3:11 - 3:13É um fato científico.
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3:13 - 3:15Vamos observar isso por outro ângulo.
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3:15 - 3:18E se pudéssemos pensar no cheiro
de uma maneira positiva? -
3:18 - 3:19E usá-lo?
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3:19 - 3:22E se pudéssemos detectar as substâncias
químicas emitidas pelo nosso corpo -
3:22 - 3:24quando estamos doentes
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3:24 - 3:27e usar isso para diagnosticar pessoas?
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3:27 - 3:31Precisaríamos desenvolver bons sensores
que nos permitam fazer isso. -
3:31 - 3:35Mas acontece que os melhores
sensores do mundo já existem. -
3:36 - 3:39E eles são chamados de "animais".
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3:39 - 3:41Eles foram feitos para cheirar.
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3:41 - 3:44Vivem a vida cotidiana deles
em função do faro deles. -
3:44 - 3:45Eles percebem os ambientes,
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3:45 - 3:48que lhes dão informações importantes
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3:48 - 3:50de como permanecerem vivos, basicamente.
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3:50 - 3:55Imaginem que são um mosquito
e acabaram de entrar nesta sala. -
3:55 - 3:58Entrarão em um mundo realmente complexo.
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3:58 - 4:00Serão bombardeados com cheiros
de todos os lugares. -
4:00 - 4:03Acabamos de descobrir
que somos animais com cheiro. -
4:03 - 4:06Cada um de nós está produzindo
diferentes substâncias químicas voláteis. -
4:06 - 4:09Não é apenas um odor corporal,
mas muitas substâncias químicas. -
4:09 - 4:10Mas não são só vocês,
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4:10 - 4:14são as cadeiras em que estão sentados,
o tapete, a cola que o segura ao chão, -
4:14 - 4:15a tinta nas paredes,
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4:15 - 4:19as árvores lá fora,
tudo ao redor está produzindo um odor -
4:19 - 4:23e é um mundo realmente complexo
pelo qual o mosquito precisa voar -
4:23 - 4:28para encontrar vocês em meio a tudo isso.
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4:30 - 4:33Vamos lá, levantem a mão,
quem sempre é picado por mosquitos? -
4:33 - 4:34E quem nunca é picado?
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4:34 - 4:38Sempre há pessoas irritantes
que nunca são picadas. -
4:38 - 4:41Mas o mosquito tem muito trabalho
para encontrar vocês -
4:41 - 4:43e isso tem tudo a ver com o seu cheiro.
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4:43 - 4:47As pessoas que não atraem mosquitos
são repelentes, o que sabemos... -
4:47 - 4:49(Risos)
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4:49 - 4:50Eu devo esclarecer:
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4:50 - 4:52repelente a mosquitos,
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4:52 - 4:54não a pessoas.
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4:54 - 4:59E sabemos agora que isso
é controlado por nossos genes. -
5:00 - 5:04Mas mosquitos conseguem fazer isso
porque têm um olfato altamente sofisticado -
5:04 - 5:07e enxergam através dessa névoa de odor
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5:07 - 5:13para encontrar você, esse indivíduo,
e picá-lo como uma refeição de sangue. -
5:13 - 5:17Mas o que aconteceria se alguém
estivesse infectado com malária? -
5:17 - 5:20Vamos dar uma rápida olhada
no ciclo de vida da malária. -
5:20 - 5:22É bastante complexo, mas é basicamente:
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5:22 - 5:25um mosquito tem que picar
alguém para se infectar. -
5:25 - 5:27Depois de picar uma pessoa infectada,
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5:27 - 5:30os parasitas vão da boca até o intestino,
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5:30 - 5:32se rompem no intestino,
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5:32 - 5:33criam cistos,
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5:33 - 5:36se replicam e fazem uma jornada
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5:36 - 5:39do intestino até as glândulas salivares,
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5:39 - 5:43onde são injetados novamente
em outra pessoa, -
5:43 - 5:45porque o mosquito injeta
saliva enquanto pica. -
5:45 - 5:48Então, dentro do humano,
ele passa por um outro ciclo, -
5:48 - 5:49uma outra parte do ciclo de vida.
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5:49 - 5:53Passa por um estado hepático, muda a forma
e sai para a corrente sanguínea novamente -
5:53 - 5:57e, finalmente, essa pessoa
se torna contagiosa. -
5:57 - 5:59Uma coisa que sabemos
do mundo dos parasitas -
5:59 - 6:03é que eles são incrivelmente bons
em manipular os hospedeiros -
6:03 - 6:07para melhorar a própria transmissão
e garantir que sejam transmitidos adiante. -
6:07 - 6:10Se isso acontece no sistema
da malária, pode fazer sentido -
6:10 - 6:14que é algo relacionado
ao odor que manipulam, -
6:14 - 6:15porque o odor é a chave,
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6:15 - 6:19é o que nos liga aos mosquitos,
é assim que nos encontram. -
6:19 - 6:23É o que chamamos de hipótese
de manipulação da malária, -
6:23 - 6:26algo em que trabalhamos nos últimos anos.
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6:27 - 6:30Uma das primeiras coisas
que queríamos fazer em nosso estudo -
6:30 - 6:34era descobrir se uma infecção por malária
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6:34 - 6:37nos torna mais atrativos
para mosquitos ou não. -
6:37 - 6:42Então, com nossos colegas,
criamos um experimento -
6:42 - 6:44com crianças no Quênia dormindo em tendas.
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6:44 - 6:46O odor da barraca foi soprado numa câmara
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6:46 - 6:48que continha mosquitos.
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6:48 - 6:51Eles responderam comportamentalmente,
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6:51 - 6:54voaram em direção ou para longe dos odores
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6:54 - 6:56dependendo se os agradavam ou não.
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6:56 - 6:59Alguns dos participantes
estavam infectados com malária -
6:59 - 7:01e outros não.
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7:01 - 7:05Mas o mais importante é que nenhuma
das crianças apresentava nenhum sintoma. -
7:07 - 7:11Quando vimos os resultados,
foi bastante surpreendente. -
7:11 - 7:13As pessoas infectadas com malária
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7:13 - 7:17eram significativamente mais atrativas
do que as não infectadas. -
7:17 - 7:18Vejam este gráfico.
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7:18 - 7:20Temos vários mosquitos
atraídos pela criança -
7:20 - 7:23e dois conjuntos de dados:
antes e depois do tratamento. -
7:23 - 7:25No lado esquerdo,
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7:25 - 7:28essa barra representa alguém ou um grupo
de pessoas que não estão infectadas. -
7:28 - 7:32E à medida que avançamos para a direita,
essas pessoas foram infectadas -
7:32 - 7:35e estão se movendo em direção
ao estágio em que são contagiosas. -
7:35 - 7:38Então, bem nessa fase
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7:38 - 7:41elas são significativamente
mais atrativas. -
7:41 - 7:44No estudo, obviamente tratamos as crianças
-
7:44 - 7:47para eliminar os parasitas
e depois as testamos novamente. -
7:48 - 7:52Descobrimos que essa característica
altamente atrativa que estava lá -
7:52 - 7:54desaparecia depois de eliminar a infecção.
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7:54 - 7:56Não eram só as pessoas
que eram mais atrativas, -
7:56 - 8:00o parasita manipulava o hospedeiro
de alguma maneira -
8:00 - 8:02tornando-o mais atrativo para mosquitos,
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8:02 - 8:06destacando-se como um farol para atraí-los
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8:06 - 8:08e eles poderem continuar o ciclo de vida.
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8:08 - 8:12Depois quisemos descobrir que cheiro
o mosquito estava sentindo. -
8:12 - 8:13O que estava detectando?
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8:13 - 8:17Para fazer isso, tivemos que coletar
o odor corporal dos participantes. -
8:17 - 8:19Envolvemos sacos em volta dos pés deles,
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8:19 - 8:22o que nos permitiu coletar
esses odores voláteis. -
8:22 - 8:26Os pés são importantes para os mosquitos,
eles realmente amam esse cheiro. -
8:26 - 8:28(Risos)
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8:28 - 8:31Especialmente com cheiro de queijo.
Alguém tem pés assim? -
8:31 - 8:33Os mosquitos adoram esse cheiro.
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8:33 - 8:35Nos concentramos nos pés
e coletamos o odor corporal. -
8:35 - 8:40Quando se trata de mosquitos e olfação,
o sentido do olfato, é tudo bem complexo. -
8:40 - 8:43Seria ótimo se houvesse só uma substância
química que eles detectassem, -
8:43 - 8:45mas não é tão simples assim.
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8:45 - 8:49Precisam detectar várias substâncias
químicas na concentração certa, -
8:49 - 8:53nas proporções e combinações certas.
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8:54 - 8:57Pensem nisso como uma composição musical.
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8:57 - 9:02Se erramos a nota ou a tocamos
muito alto ou muito baixo, não soa bem. -
9:02 - 9:05Numa receita, se erramos um ingrediente
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9:05 - 9:08ou a cozinhamos por muito ou pouco tempo,
não fica com um gosto bom. -
9:08 - 9:10Com o cheiro é igual,
-
9:10 - 9:13ele é composto de um conjunto de
substâncias químicas na combinação certa. -
9:13 - 9:16As máquinas do laboratório
não são particularmente boas -
9:16 - 9:19em detectar esse tipo de sinal,
ele é bastante complexo. -
9:19 - 9:21Mas os animais conseguem.
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9:21 - 9:26No laboratório, conectamos microeletrodos
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9:26 - 9:28à antena de um mosquito,
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9:28 - 9:30imaginem como isso é delicado.
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9:30 - 9:31(Risos)
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9:31 - 9:34Mas também os conectamos
a células individuais -
9:34 - 9:36dentro da antena, o que é incrível.
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9:36 - 9:39Não queremos espirrar ao fazer
o experimento, isso eu garanto. -
9:40 - 9:43Ele nos permite medir a resposta elétrica
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9:43 - 9:45dos receptores de cheiro nas antenas
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9:45 - 9:49para que possamos ver
o que o mosquito está cheirando. -
9:49 - 9:52Vou lhes mostrar como é isso:
aqui está a célula de um inseto -
9:52 - 9:55que responderá em um segundo
quando eu apertar este botão. -
9:55 - 9:58Vejam que ela reage com essa resposta.
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9:58 - 10:02Um odor será soprado sobre a célula, que
vai enlouquecer e fazer um som engraçado. -
10:02 - 10:06Então ela voltará ao potencial de repouso
quando pararmos o odor. -
10:06 - 10:09(Estalos)
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10:25 - 10:26Certo, lá vamos nós.
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10:26 - 10:31Então podem ir para casa agora
e dizer que viram um inseto cheirando -
10:31 - 10:32e até o ouviram cheirando.
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10:32 - 10:34É um conceito estranho, não é?
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10:34 - 10:35Mas isso funciona muito bem
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10:35 - 10:38e nos permite ver
o que o inseto está detectando. -
10:38 - 10:41Usando esse método
com nossas amostras de malária, -
10:41 - 10:44conseguimos descobrir
o que o mosquito detectava. -
10:44 - 10:46E descobrimos que os compostos
associados à malária -
10:46 - 10:48eram um grupo, principalmente aldeídos,
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10:48 - 10:52com um cheiro que indicava
a malária em sinal aqui. -
10:52 - 10:54Agora sabemos qual é o cheiro da malária
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10:54 - 10:57e usamos o mosquito
como um sensor biológico -
10:57 - 11:01para nos dizer isso.
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11:01 - 11:04Fico imaginando se poderíamos
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11:04 - 11:07colocar um cinto em um pequeno mosquito
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11:07 - 11:09e ficar segurando como uma coleira
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11:09 - 11:13para ver se podemos cheirar
pessoas em uma comunidade; -
11:13 - 11:15isso se passa na minha cabeça;
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11:15 - 11:17e se conseguimos encontrar
pessoas com malária. -
11:17 - 11:21Claro, isso não é realmente possível.
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11:21 - 11:24Mas há um animal com o qual
podemos fazer isso. -
11:24 - 11:27Os cães têm um olfato incrível,
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11:27 - 11:29mas há algo um pouco mais especial neles:
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11:29 - 11:31eles têm a capacidade de aprender.
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11:31 - 11:34Vocês devem estar familiarizados
com o conceito nos aeroportos, -
11:34 - 11:38quando os cães vão de pessoa em pessoa
e farejam a bagagem ou as próprias pessoas -
11:38 - 11:42procurando drogas e explosivos
ou até comida, também. -
11:42 - 11:47Queríamos saber: "Poderíamos treinar
cães para aprender o cheiro da malária?" -
11:48 - 11:51Trabalhamos com a instituição de caridade
chamada Medical Detection Dogs -
11:52 - 11:56para ver se podíamos treiná-los
para aprender o cheiro da malária. -
11:56 - 11:59Fomos para a Gâmbia e fizemos
mais uma coleta de odores -
11:59 - 12:02em crianças infectadas e não infectadas.
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12:02 - 12:07Mas desta vez coletamos o odor delas,
fazendo-as usar meias, de náilon, -
12:07 - 12:08para coletar o odor corporal,
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12:08 - 12:10as trouxemos de volta ao Reino Unido
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12:10 - 12:14e então as entregamos a essa instituição
de caridade para executar o experimento. -
12:15 - 12:17Eu poderia mostrar um gráfico
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12:17 - 12:19e falar sobre como essa
experiência funciona, -
12:19 - 12:22mas seria um pouco chato, não?
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12:23 - 12:28Dizem para nunca trabalhar
com crianças ou animais vivos. -
12:28 - 12:31Mas vamos quebrar essa regra hoje.
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12:32 - 12:34Por favor, sejam bem-vindos ao palco,
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12:34 - 12:35Freya
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12:35 - 12:37(Aplausos)
-
12:37 - 12:38e seus treinadores,
-
12:38 - 12:40(Aplausos)
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12:40 - 12:41Mark
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12:41 - 12:42e Sarah.
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12:42 - 12:44(Aplausos)
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12:45 - 12:47Ela é a verdadeira estrela do show.
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12:49 - 12:54Peço que todos fiquem em silêncio,
-
12:54 - 12:55não se movam muito.
-
12:55 - 12:57É um ambiente muito estranho para Freya.
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12:57 - 12:59Ela está dando uma boa olhada em vocês.
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12:59 - 13:03Vamos ficar o mais calmos
possível, isso seria bom. -
13:03 - 13:06Pediremos à Freya
-
13:06 - 13:08para passar por essas engenhocas aqui.
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13:08 - 13:11E em cada uma delas temos um pote.
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13:11 - 13:15No pote há uma meia usada
por uma criança na Gâmbia. -
13:15 - 13:19Três das meias foram usadas
por crianças que não estavam infectadas -
13:19 - 13:23e apenas uma delas por uma que estava.
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13:23 - 13:26Assim como vemos num aeroporto,
imaginem que eram pessoas -
13:26 - 13:29e a cachorra vai lá farejar.
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13:29 - 13:33Vamos ver se ela detecta a malária.
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13:33 - 13:34E se ela detectará isso lá.
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13:34 - 13:37Este é um teste difícil
neste ambiente desconhecido. -
13:37 - 13:39Então, vou passar a vez agora para o Mark.
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13:57 - 13:58Número três.
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13:58 - 14:01Certo, lá vamos nós.
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14:01 - 14:04Eu não sabia em que pote estava,
Mark também não sabia. -
14:04 - 14:05Este foi um teste cego, de verdade.
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14:05 - 14:07Sarah, foi o pote certo?
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14:07 - 14:08Foi sim.
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14:08 - 14:10Muito bem, Freya! Isso é fantástico.
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14:10 - 14:13(Aplausos)
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14:14 - 14:16É realmente maravilhoso.
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14:16 - 14:17Isso é genial.
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14:17 - 14:19Agora, Sarah vai mudar os potes um pouco,
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14:19 - 14:22ela vai levar embora o da malária.
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14:22 - 14:27E só vamos ter quatro potes
que contêm meias de crianças -
14:27 - 14:28que não tinham malária.
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14:28 - 14:31Em teoria, Freya deve seguir e não parar.
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14:31 - 14:35É importante porque também precisamos
identificar as pessoas não infectadas, -
14:35 - 14:37ela precisa fazer isso
corretamente também. -
14:37 - 14:42Este é um teste muito difícil. Essas meias
ficaram no congelador por alguns anos. -
14:42 - 14:45E isso também é só um pedacinho de meia,
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14:45 - 14:48imaginem se fosse uma pessoa
que estivesse emitindo um sinal forte. -
14:48 - 14:49Então isso é realmente incrível.
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14:49 - 14:51É com você, Mark.
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15:00 - 15:01Genial!
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15:01 - 15:03Fantástico!
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15:03 - 15:04(Aplausos)
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15:04 - 15:05Realmente incrível!
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15:05 - 15:07Muito obrigado, pessoal.
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15:07 - 15:09Grande salva de palmas
para Freya, Mark e Sarah! -
15:09 - 15:11Muito bem, galera.
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15:11 - 15:13(Aplausos)
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15:13 - 15:14Que boa menina.
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15:14 - 15:16Ela vai receber um agrado mais tarde.
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15:16 - 15:18Fantástico.
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15:19 - 15:23Acabaram de ver com seus próprios olhos,
foi uma demonstração real ao vivo. -
15:23 - 15:25Estava muito nervoso,
estou feliz que funcionou. -
15:25 - 15:28(Risos)
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15:28 - 15:30Mas é realmente incrível e,
quando fazemos isso, -
15:30 - 15:33descobrimos que esses cães
podem nos dizer corretamente -
15:33 - 15:37quando alguém está infectado
com malária em 81% das vezes. -
15:37 - 15:38É incrível!
-
15:38 - 15:40Em 92% das vezes nos dizem corretamente
-
15:40 - 15:42quando alguém não está infectado.
-
15:42 - 15:47E esses números estão acima dos critérios
da Organização Mundial da Saúde -
15:47 - 15:49para um diagnóstico.
-
15:49 - 15:53Estamos realmente pensando
em utilizar cães nos países, -
15:53 - 15:55e particularmente nos portos de entrada,
-
15:55 - 15:58para detectar pessoas com malária.
-
15:58 - 16:00Isso pode ser uma realidade.
-
16:00 - 16:03Mas não podemos ter cães em todo lugar.
-
16:03 - 16:06Então, também estamos trabalhando
-
16:06 - 16:09no desenvolvimento da tecnologia,
-
16:09 - 16:10tecnologia usável,
-
16:10 - 16:15que capacitaria o indivíduo
a se autodiagnosticar. -
16:15 - 16:17Imaginem um adesivo usado na pele,
-
16:17 - 16:20que detecta no suor quando alguém
está infectado com malária -
16:20 - 16:22e muda de cor.
-
16:22 - 16:24Ou algo um pouco mais técnico, talvez,
-
16:24 - 16:28um relógio inteligente que alerta
quando alguém está infectado com malária. -
16:28 - 16:32E se pudermos fazer isso
digitalmente e coletar dados, -
16:32 - 16:37imaginem a quantidade em escala global.
-
16:37 - 16:38Poderia revolucionar completamente
-
16:38 - 16:41o jeito como monitoramos
a propagação de doenças, -
16:41 - 16:45como direcionamos nossos esforços de
controle e reagimos a surtos de doenças, -
16:45 - 16:49ajudando a levar à erradicação da malária,
-
16:49 - 16:50e mesmo além dela
-
16:50 - 16:54para outras doenças que já sabemos
que possuem um cheiro. -
16:54 - 16:55Aproveitando o poder da natureza
-
16:55 - 17:00para descobrir quais são esses cheiros,
poderíamos tornar isso realidade. -
17:01 - 17:06Como cientistas, nossa tarefa
é apresentar novas ideias, -
17:06 - 17:08novos conceitos e tecnologias,
-
17:08 - 17:12para enfrentar alguns
dos maiores problemas do mundo. -
17:12 - 17:14Mas o que nunca deixa de me surpreender
-
17:14 - 17:19é que muitas vezes a natureza
já fez isso por nós. -
17:19 - 17:20E a resposta
-
17:20 - 17:23está bem debaixo do nosso nariz.
-
17:23 - 17:24Obrigado.
-
17:24 - 17:27(Aplausos) (Vivas)
- Title:
- Como estamos usando cães para farejar a malária
- Speaker:
- James Logan
- Description:
-
E se pudéssemos diagnosticar algumas das doenças mais mortais do mundo pelos cheiros que nosso corpo exala? Em uma palestra fascinante e demonstração ao vivo, o biólogo James Logan apresenta Freya, um cão farejador de malária, para mostrar como podemos aproveitar os incríveis poderes do perfume animal para detectar assinaturas químicas associadas à infecção, e mudar a maneira como diagnosticamos doenças.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 17:40
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