A estranha história dos "cromossomos sexuais"
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0:01 - 0:02Certo.
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0:02 - 0:05Então vamos começar em 1891,
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0:05 - 0:09quando um cientista alemão estava
olhando através de um microscópio -
0:09 - 0:10células de insetos.
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0:10 - 0:12E viu algo meio engraçado.
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0:12 - 0:16No centro das células,
havia uma coisa escura. -
0:16 - 0:18Ninguém havia visto isso antes.
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0:18 - 0:22E ele notou que, quando as células
se multiplicavam e se dividiam, -
0:22 - 0:24essa coisa entrava
em algumas células novas, -
0:24 - 0:25mas não nas outras.
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0:25 - 0:30Ele não sabia o que era, então deu
àquilo um nome bem legal: elemento "X". -
0:30 - 0:32(Risos)
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0:32 - 0:34E ele disse: "Depois preenchemos esse X".
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0:35 - 0:38E, dez anos depois,
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0:38 - 0:40uma cientista norte-americana
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0:40 - 0:42observou pelo microscópio
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0:43 - 0:44também células de inseto.
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0:45 - 0:46E viu algo engraçado.
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0:46 - 0:48Havia mais daquela coisa escura.
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0:48 - 0:50E era meio pequena,
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0:50 - 0:53estava próxima ao elemento X.
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0:53 - 0:54E, posteriormente, alguém disse:
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0:54 - 0:58"Bem, se um se chama X,
devemos chamar isso de Y?" -
0:58 - 1:00E assim (Estalar de dedos)
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1:00 - 1:02os cromossomos sexuais foram descobertos.
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1:02 - 1:04Então, os cromossomos,
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1:04 - 1:07vocês provavelmente sabem o que são,
mas vou dizer mesmo assim. -
1:07 - 1:09Eles são feitos de DNA;
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1:09 - 1:11tudo tem DNA, ele é o código da vida,
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1:11 - 1:13está em ratos, árvores,
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1:13 - 1:15insetos, humanos.
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1:15 - 1:18E, no caso dos cromossomos humanos,
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1:18 - 1:21a geneticista Melissa Wilson
me explicou o seguinte: -
1:22 - 1:26(Áudio) Melissa Wilson: Geralmente,
se herda uma cópia de cada cromossomo -
1:26 - 1:27de nossa mãe biológica
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1:27 - 1:30e uma cópia de cada cromossomo
de nosso pai biológico, -
1:30 - 1:32e temos 22 pares de cromossomos desses,
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1:32 - 1:34que pegamos uma cópia da mãe e uma do pai.
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1:34 - 1:38Depois há o 23º par, X e Y.
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1:38 - 1:42Molly Webster: Embora os outros
cromossomos sejam numerados, -
1:42 - 1:43de 1 a 22,
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1:43 - 1:46não chamamos o X e Y de 23.
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1:46 - 1:50Gosto de pensar que eles estejam
esperando um LeBron James aparecer. -
1:50 - 1:53Mas, nesse caso, eles pensaram:
-
1:53 - 1:55"Vamos manter as letras
-
1:55 - 1:57e, depois, daremos um nome".
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1:57 - 1:59Eles foram chamados
de cromossomos sexuais. -
1:59 - 2:02Bem, eu apostaria que nos Estados Unidos
-
2:02 - 2:04esses cromossomos são os mais conhecidos
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2:04 - 2:06por um fato simples:
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2:06 - 2:09porque dizemos que X é igual
a "menina", e Y é igual a "menino"; -
2:09 - 2:11e que são responsáveis pelo sexo.
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2:11 - 2:13E tive que aprender isso,
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2:13 - 2:15mas, quando falo "sexo" aqui,
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2:15 - 2:19refiro-me à forma
como a biologia nos dá gônadas, -
2:19 - 2:21que são os ovários e os testículos.
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2:21 - 2:24Não estou falando sobre gênero,
que é como nos identificamos. -
2:24 - 2:27Portanto, como repórter de um programa,
-
2:27 - 2:31o "Radiolab", o programa de documentário
em áudio para o qual trabalho, -
2:31 - 2:34pensei: como são
esses cromossomos sexuais? -
2:35 - 2:37Este é meu trabalho:
começo a estranhar as coisas -
2:37 - 2:40e aí convido pessoas para falar,
faço perguntas e espero que respondam. -
2:40 - 2:43Nesse caso, muitas pessoas responderam.
-
2:43 - 2:47E, nos dois anos que tive
de reportagem sobre X e Y, -
2:47 - 2:50como parte do "Gonads",
a série sobre sexo e gênero -
2:50 - 2:52que acabei fazendo para o "Radiolab",
-
2:52 - 2:57descobri que esses dois cromossomos
vivem em um mundo que é inesperado, -
2:57 - 2:59um pouco desconcertante;
-
2:59 - 3:01onde o que eu pensava ser verdade
-
3:01 - 3:04estava distorcido de uma forma
que eu não tinha percebido antes. -
3:04 - 3:08E o mundo vai muito além
dos limites de sexo. -
3:08 - 3:09Pensei:
-
3:10 - 3:12"Talvez devêssemos todos
falar sobre isso". -
3:12 - 3:13Então aqui estamos,
-
3:14 - 3:16vamos falar sobre isso.
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3:16 - 3:18E, para mim,
-
3:18 - 3:22a verdadeira história do X e Y
começa com o nome deles. -
3:22 - 3:25Então, desde que foram descobertos,
-
3:25 - 3:29os dois pequenos cromossomos
adquiriram mais de dez nomes diferentes. -
3:29 - 3:33Já foram diplossomo, heterocromossomo
-
3:33 - 3:34e idiocromossomo,
-
3:34 - 3:38e a maioria dos nomes tinham a ver
com a estrutura, o formato -
3:38 - 3:39e o tamanho deles.
-
3:39 - 3:42E depois foram chamados
de "cromossomos sexuais", -
3:42 - 3:46porque vimos que o X
se aplicava a meninas, -
3:46 - 3:49e o Y geralmente a meninos.
-
3:49 - 3:52Mas os cientistas pensaram:
-
3:52 - 3:54"Vamos chamá-los
de cromossomos sexuais mesmo?". -
3:55 - 3:59E quem me contou isso foi a historiadora
científica Sarah Richardson. -
4:00 - 4:03(Áudio) Sarah Richardson:
Por três décadas, os cientistas falaram: -
4:03 - 4:05"Vocês não deveriam chamá-los
de cromossomos sexuais. -
4:05 - 4:08O X e o Y têm muitas funções,
-
4:09 - 4:12e vocês não podem supor
que um único cromossomo -
4:12 - 4:14controla apenas uma única característica.
-
4:14 - 4:18Imaginem chamar um cromossomo
de 'cromossomo urogenital' -
4:18 - 4:21ou de 'cromossomo do fígado'".
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4:21 - 4:24MW: Os cientistas, se lerem
a história profundamente, -
4:24 - 4:26é bem legal, vocês deveriam fazer isso,
-
4:26 - 4:30hesitaram em se comprometer
com um nome tão específico -
4:30 - 4:33e com um nome com conotação tão marcante.
-
4:33 - 4:35Havia um medo de que isso seria limitante;
-
4:35 - 4:38talvez para a ciência,
talvez para a sociedade, -
4:38 - 4:40mas o medo estava presente.
-
4:40 - 4:44E, como podem ver, eles acabaram
ficando com o "cromossomo sexual". -
4:44 - 4:47É um título bem importante,
-
4:47 - 4:50ele popularizou a genética, sabiam?
-
4:50 - 4:55Mas, em 100 anos de história
após definirmos esse nome, -
4:56 - 4:59podemos ver que isso começa
a ficar um pouco complicado. -
4:59 - 5:01Então, por volta de 1960,
-
5:01 - 5:03esta será nossa primeira parada
-
5:03 - 5:06no mundo complicado
dos cromossomos sexuais, -
5:06 - 5:07então, por volta de 1960,
-
5:07 - 5:10descobrimos que a pessoa poderia ser XYY.
-
5:10 - 5:13Descobriram um homem XYY.
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5:13 - 5:16E, abrindo um parêntese aqui,
-
5:16 - 5:21acontece que o modelo de que "X é
igual a menina, e Y é igual a menino" -
5:21 - 5:22é muito redutor.
-
5:22 - 5:27Vocês, na verdade, podem ser
várias combinações de X e Y, -
5:27 - 5:30que lhes dão tipos diferentes
de sexo biológico. -
5:30 - 5:32Vocês podem ter dois Xs e dois Ys juntos.
-
5:32 - 5:35Vocês podem ter quatro Xs, cinco Xs
-
5:35 - 5:36ou ser XO.
-
5:36 - 5:38Por causa disso, achei
bem insano, porque pensei: -
5:39 - 5:42"Isso realmente acaba
com o modelo de sexo biológico -
5:42 - 5:45que, acredito, a maioria de nós
aqui nesta sala aprendeu". -
5:45 - 5:48Então, alguns anos após descobrirem
que podemos ser XYY, -
5:48 - 5:51os pesquisadores foram
a uma prisão na Escócia -
5:51 - 5:55e fizeram análise genética
de vários homens prisioneiros. -
5:55 - 5:58E descobriram diversas pessoas XYY.
-
5:59 - 6:00E, segundo Sarah:
-
6:01 - 6:04(Áudio) SR: Eles correram
para publicar uma teoria -
6:04 - 6:07sugerindo que esse cromossomo Y extra
-
6:07 - 6:11poderia explicar a criminalidade
em alguns homens. -
6:12 - 6:13MW: Sim.
-
6:13 - 6:15Então a lógica era esta:
-
6:15 - 6:17nessa época, pensávamos
que Y era masculino. -
6:18 - 6:20Pensávamos que masculino era agressivo,
-
6:20 - 6:22então Y deveria estar ligado à agressão.
-
6:22 - 6:25Se vocês tivessem um Y a mais,
só podiam ser loucos. -
6:25 - 6:27E tipo, enlouquecemos com essa teoria.
-
6:27 - 6:30Nós a chamamos de "supermacho",
-
6:30 - 6:32eles começaram a analisar
mais prisioneiros, -
6:32 - 6:35assassinos em série, garotos.
-
6:35 - 6:37E, falando sério,
-
6:37 - 6:41havia uma sugestão
de considerarmos abortar fetos XYY. -
6:44 - 6:45Então, em 1980,
-
6:45 - 6:49essa teoria foi praticamente
derrubada, por inúmeros motivos. -
6:49 - 6:50Primeiro,
-
6:51 - 6:52houve esse grande estudo
-
6:52 - 6:54que mostrou que não havia conexão
-
6:54 - 6:57entre o Y e a violência.
-
6:57 - 6:59Acho que todos nós previmos isso.
-
6:59 - 7:01E, depois, aconteceu mais uma coisa.
-
7:02 - 7:05(Áudio) SR: Olhando para trás
e vendo essas descobertas -
7:05 - 7:07da instituição psiquiátrica
de alta segurança, -
7:07 - 7:12eles também tinham descoberto
um grande número de indivíduos -
7:12 - 7:14com um cromossomo X extra.
-
7:14 - 7:18Eles eram XXY, o oposto de XYY.
-
7:18 - 7:19(Áudio) MW: Sério?
-
7:19 - 7:21(Áudio) SR: Sim. Bem, eles nunca disseram
-
7:21 - 7:23que indivíduos com um cromossomo X extra
-
7:23 - 7:24eram superfêmeas.
-
7:24 - 7:29Nunca investigaram se elas estavam ligadas
a altos índices de violência. -
7:29 - 7:31MW: Parece uma espécie de descuido.
-
7:31 - 7:32Não sei.
-
7:32 - 7:34Mas acho que seja interessante,
-
7:34 - 7:39porque o que se vê ao olhar
para esses cromossomos -
7:39 - 7:40pela perspectiva do sexo,
-
7:40 - 7:43o que acontecia,
-
7:43 - 7:45era que olhávamos para eles
através da perspectiva de gênero -
7:45 - 7:47e as características
que associávamos ao gênero. -
7:47 - 7:49Então, homens eram violentos,
-
7:49 - 7:51e o Y explicava
por que eles estavam na prisão. -
7:51 - 7:53O X não fazia aquilo,
-
7:53 - 7:54porque, vocês sabem, o que é X?
-
7:54 - 7:57Não o associamos à violência.
-
7:57 - 8:00E, embora não acreditemos
em supermachos hoje... -
8:00 - 8:01Deus, espero que não...
-
8:01 - 8:03não acreditemos em supermachos hoje,
-
8:03 - 8:07as pessoas ainda falam algo parecido
-
8:07 - 8:10sobre a violência inata
em garotos e biologia. -
8:12 - 8:16Então, minha próxima parada
no mundo estranho de X e Y -
8:16 - 8:19quando as coisas ficaram um pouco
de pernas para o ar, será em 1985. -
8:20 - 8:23A Universíada estava definida
para acontecer no Japão, -
8:23 - 8:30e a atleta espanhola María José Martínez-
Patiño estava inscrita para correr. -
8:30 - 8:32Ela era talentosa, uma estrela ascendente.
-
8:33 - 8:37E, na véspera de sua corrida,
seu DNA foi analisado. -
8:37 - 8:41Eles estavam fazendo isso porque pensavam:
-
8:41 - 8:45"Certo, não queremos homens
correndo secretamente como mulheres, -
8:45 - 8:48então vamos analisar as mulheres
-
8:48 - 8:50e verificar se possuem seus dois Xs".
-
8:51 - 8:54Ouvi essa história
por meio da Ruth Padawer, -
8:54 - 8:57repórter da "The New York Times Magazine",
-
8:57 - 8:59e ela escreveu sobre a María.
-
9:00 - 9:04(Áudio) Ruth Padawer: Então eles disseram
que o resultado do teste deu anormalidade. -
9:04 - 9:06Embora possuísse um corpo feminino,
-
9:06 - 9:10ela tinha cromossomos XY
e testículos internos. -
9:10 - 9:11MW: Eles falaram:
-
9:11 - 9:15"Lamentamos informar, María,
mas você, na verdade, é um homem. -
9:15 - 9:17Você não pode correr com as mulheres".
-
9:18 - 9:21(Áudio) RP: Portanto,
ela foi cortada da seleção, -
9:21 - 9:24foi expulsa da casa dos atletas,
-
9:24 - 9:26ela perdeu sua bolsa,
-
9:26 - 9:27um monte de amigos a largaram,
-
9:27 - 9:30colegas atletas a abandonaram,
-
9:30 - 9:33ela perdeu suas medalhas,
seus recordes foram revogados. -
9:35 - 9:37MW: Então, lembram-se quando eu disse
-
9:37 - 9:40que pode haver
várias combinações de X e Y, -
9:40 - 9:42que a pessoa pode ser XY
e ainda assim ser mulher, -
9:42 - 9:44que pode ser XX e homem.
-
9:45 - 9:48No caso da María, ela tinha síndrome
de insensibilidade aos andrógenos. -
9:48 - 9:52O que significa que ela tinha
um tipo de testículos internos. -
9:52 - 9:54Eles estavam produzindo testosterona,
-
9:55 - 9:57mas o corpo dela não conseguia usá-la.
-
9:57 - 10:00Então, se pensaram na testosterona
como um superpoder, -
10:00 - 10:02ela não estava se beneficiando disso.
-
10:02 - 10:06E, então, autoridades do esporte
acabaram deixando-a voltar, -
10:06 - 10:07mas sua carreira tinha acabado.
-
10:08 - 10:11Nesse exemplo é possível ver
-
10:12 - 10:16que, se vocês atribuem sexo
a uma parte específica do corpo... -
10:16 - 10:18ou isso é o que vi, certo?...
-
10:18 - 10:22se vocês atribuem sexo
a uma parte específica do corpo, -
10:22 - 10:25isso faz com que pensemos
que podemos estudar um corpo, -
10:25 - 10:27olhar para um lugar específico
-
10:27 - 10:31e dizer a uma pessoa que sabemos
mais sobre ela do que ela própria. -
10:32 - 10:35E isso me parece assustador.
-
10:36 - 10:40Não fazemos mais testes genéticos
em mulheres atletas, -
10:40 - 10:43mas é possível ouvir pessoas
dizerem algo parecido -
10:43 - 10:46sobre a testosterona nos esportes,
-
10:46 - 10:50também é possível ver isso quando sugerem
que peguemos pessoas transgêneras -
10:50 - 10:53para analisá-las e lhes dizerem quem são.
-
10:54 - 10:55Isso é real,
-
10:55 - 10:59é uma conversa
que aconteceu recentemente. -
11:00 - 11:02O último ponto que irei compartilhar,
-
11:02 - 11:04quando tive dificuldades
de entender os cromossomos, -
11:04 - 11:06foi o que Melissa me contou.
-
11:07 - 11:09(Áudio) MW: Não há como sobreviver
sem um cromossomo X. -
11:09 - 11:12Não importa a gônada,
não importa a identidade, -
11:12 - 11:14todo ser humano precisa
ter um cromossomo X, -
11:14 - 11:17porque, sem um, o resto
do seu corpo não se desenvolve. -
11:17 - 11:19MW: Por que o chamamos
de cromossomo feminino? -
11:19 - 11:21Isso é algo que eu nunca tinha pensado,
-
11:21 - 11:24mas todos nesta plateia
têm um cromossomo X, -
11:24 - 11:26não estou mentindo.
-
11:26 - 11:28Todas as pessoas no planeta
têm um cromossomo X, -
11:28 - 11:32mas ninguém sai falando:
"Este é o cromossomo de todas as pessoas". -
11:32 - 11:33Sabiam?
-
11:33 - 11:36De alguma forma
ele está aqui, o Y está aí, -
11:36 - 11:37e eles devem ser bem diferentes,
-
11:37 - 11:40e penso que seria muito melhor
se fosse o cromossomo de todos. -
11:40 - 11:45Não porque amo todos vocês
e quero incluí-los, -
11:45 - 11:50mas por causa do que estamos ignorando
ao considerá-lo como algo feminino. -
11:50 - 11:54Porque irei lhes contar uma das coisas
mais loucas que descobri. -
11:54 - 11:57Quando pensamos no cromossomo X,
-
11:57 - 12:01de quase todos os 1,1 mil genes
no cromossomo X, -
12:01 - 12:04quantos vocês acham que têm
a ver com o sexo e a reprodução? -
12:04 - 12:06Pensem em um número.
-
12:07 - 12:08Quatro por cento.
-
12:10 - 12:13Isso significa que 96% do resto
desse cromossomo -
12:13 - 12:16está fazendo algo que não tem
nada a ver com suas gônadas. -
12:16 - 12:21E quando essas histórias sociais,
-
12:21 - 12:24essas histórias científicas
e alguns desses fatos -
12:24 - 12:27começaram a fazer sentido, pensei:
-
12:27 - 12:29por que estamos os chamando
de cromossomos sexuais? -
12:29 - 12:32Ou, se estamos...
talvez gostemos desse nome... -
12:32 - 12:37deveríamos nos permitir pensar
neles de forma mais abrangente? -
12:37 - 12:39Porque, se fizermos isso,
-
12:39 - 12:44que conhecimento ganharemos,
como pessoas, como cientistas? -
12:44 - 12:47Estamos num ponto em que pensamos
como queremos ensinar ciência, -
12:47 - 12:51em que queremos investir,
quem queremos ser como uma sociedade? -
12:51 - 12:57Perguntei-me se este não era o momento
para repensar a biologia de X e Y -
12:57 - 12:59e, pelo menos,
-
12:59 - 13:02nos lembrar das notas
de rodapé da história, -
13:02 - 13:07do que o cara que veio
com a frase "cromossomos sexuais" -
13:07 - 13:11estava na verdade dizendo: "Ei, pessoal,
lembrem-se, isso é apenas..." -
13:11 - 13:13e aqui eu o cito: "uma abreviação".
-
13:14 - 13:16Não devemos entender literalmente.
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13:17 - 13:18Obrigada.
-
13:18 - 13:20(Aplausos)
- Title:
- A estranha história dos "cromossomos sexuais"
- Speaker:
- Molly Webster
- Description:
-
O pensamento comum sobre o sexo biológico é este: as mulheres têm dois cromossomos X em suas células, enquanto os homens têm um X e um Y. Nesta palestra desmistificadora, Molly Webster, escritora de assuntos científicos e podcaster, mostra por que os denominados "cromossomos sexuais" são mais complicados do que essa simples definição — e revela por que devemos pensar neles de forma diferente.
- Video Language:
- English
- Team:
closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 13:34
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