Rashid Johnson Faz Coisas para Colocar Coisas em Cima | "Nove York de Perto" | Art21
-
0:01 - 0:07[Nova York de Perto]
-
0:09 - 0:15["Rashid Johnson Faz Coisas
para Colocar Coisas em Cima"] -
0:17 - 0:22[Rashid Johnson--Artista]
-
0:22 - 0:28Quando estava fazendo aquelas peças
parecidas com prateleiras -
0:28 - 0:33encontrei um livro de Lawrence Wiener
chamado "Something to Put Something On". -
0:34 - 0:37E um personagem disse para outro:
"Tenho algo para você". -
0:37 - 0:42E ele pergunta o que é.
O primeiro diz que está na mesa. -
0:42 - 0:45E ele pergunta: "O que é uma mesa?"
-
0:46 - 0:49Ele diz: "Uma mesa é algo
para colocar algo em cima". -
0:50 - 0:54Fiquei muito interessado na ideia
de algo para colocar algo em cima... -
0:54 - 1:01um tipo de semiótica de como
e por que algo existe e seu nome. -
1:02 - 1:06Então comecei a fazer algo
para colocar algo em cima. -
1:06 - 1:15Aí a segunda pergunta foi: "O que colocar
naquilo que fiz para colocar algo em cima?" -
1:16 - 1:21Então comecei a usar
as coisas ao meu redor. -
1:21 - 1:27Os livros que estava lendo, meus discos,
coisas que colocava no corpo. -
1:27 - 1:34E os materiais começaram a formar
o que considerei meu diálogo. -
1:39 - 1:44Acho que meu interesse em coisas domésticas
sempre esteve presente no meu trabalho. -
1:44 - 1:51Tem a ver com sequestrar
o que é familiar e ocupá-las. -
1:55 - 2:00Cresci envolvido por essa conversação afrocêntrica.
-
2:00 - 2:06Comemorávamos o Kwanza e minha mãe usava
dashikis e tinha cabelo afro. -
2:07 - 2:16Mas o mais interessante é que um dia
elas não estavam mais usando daishikis... -
2:16 - 2:23Os afros desapareceram
e não celebrávamos mais o Kwanza. -
2:26 - 2:33Essa transição do afrocentrismo
e desse interesse em aplicar e adquirir -
2:33 - 2:42africanidade para nossos pais se tornarem
essencialmente mães suburbanas... -
2:42 - 2:49Acho que essa dicotomia é o motivo
do humor se tornar tão interessante -
2:49 - 2:54acerca dessa conversação
e materiais com significados. -
2:58 - 3:07Muito do trabalho de artistas negros
que cresci vendo retratavam um problema. -
3:09 - 3:14Eu queria fazer algo que não tratasse
de um problema necessariamente. -
3:15 - 3:20Então criei um grupo chamado "Novo Grupo
Atlético e Social Escapista Negro". -
3:20 - 3:26Acho que algumas fotos se inspiram em
James Van Der Zee e Harlem Renaissance. -
3:29 - 3:33Isso se tornou um tipo de toca
para uma sociedade secreta -
3:33 - 3:37e comecei a imaginar os encontros
e discursos que aconteceriam -
3:37 - 3:41com esses personagens
nesse ambiente fictício. -
3:45 - 3:49Acho que é muito baseado
na história do escapismo. -
3:49 - 3:56Sempre digo que os afro-americanos
tentavam ir do sul para o norte -
3:56 - 4:01e aparece alguém como Marcus Garvey
dizendo: "vamos voltar para a África". -
4:01 - 4:06Depois alguém como Sun Ra dizendo:
"não se preocupe, nós vamos para Saturno". -
4:06 - 4:11Sempre falo de um livro de Paul Beatty
chamado "The White Boy Shuffle" -
4:11 - 4:14em que o protagonista sugere
que todos os negros deveriam se matar. -
4:14 - 4:22Então acho esse tipo de evolução
desse escapismo muito engraçada. -
4:31 - 4:34Aaron McGruder escreve uma tira
de quadrinhos chamada "Boondocks". -
4:34 - 4:40Tem essa citação: "Por que todos os negros
acham que foram perseguidos por cães -
4:40 - 4:42e atingidos com jatos de água?"
-
4:42 - 4:48Acho que ele está tentando dizer
que é importante tentarmos viver -
4:48 - 4:49nossa própria história.
-
4:49 - 4:54E se tivermos consistentemente o fardo
de uma história maior -
4:54 - 4:59que pode ter afetado nossa existência,
mas que não é nossa especificamente -
4:59 - 5:03então estamos nos fazendo um desserviço.
-
5:06 - 5:09Não se trata totalmente
do dilema histórico. -
5:09 - 5:16Trata-se do que você é capaz de criar
e como pode definir o futuro -
5:16 - 5:20em invés de viver puramente no passado.
Show all