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>>Rafael Fernandes: A comunidade retrogamer é bem peculiar.
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Não satisfeita em relembrar e discutir as grandes jóias do passado,
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muitos dos fãs e aficionados se dedicam a projetos pessoais,
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que geralmente são feitos sem qualquer amparo financeiro ou estrutural pra seguir em frente.
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São centenas de traduções, hacks, patches, remixes, remasterizações, enfim,
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diversos tipos de homenagens aos games que proporcionaram tanta alegria no passado.
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Muitos desses projetos acabam parando no meio do caminho,
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seja por falta de apoio, tempo ou motivação.
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Já outros, quando você pensa que não vai continuar e quase esquece que ele um dia existiu,
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eis que ressurge das cinzas e surpreende a todos com um trabalho de mestre.
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É o caso do jogo desse nosso review:
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a versão final de Streets of Rage Remake, pra PC.
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A empreitada, iniciada em 2003 por um programador chamado Bomberlink,
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tinha a intenção de prestar uma homenagem a esta franquia injustamente esquecida pela Sega no tempo.
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A ideia seria de recriar nos PCs diversos elementos clássicos da série,
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além de adicionar algumas novidades, numa engine completamente nova.
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Como ele mesmo descreveu, o remake é uma interpretação visual dos jogos de Mega,
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sendo criado a partir de uma programação totalmente nova,
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que simularia com perfeição a jogabilidade dos jogos originais
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e atualizaria algumas coisas pra trazer uma experiência de jogo bem melhor.
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A primeira versão beta do jogo foi lançada no mesmo ano,
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trazendo uma grande receptividade para o projeto e atraindo mais colaboradores.
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De tempos em tempos, novas versões eram postadas,
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mas somente em 2006 é que o projeto lançaria sua versão mais completa, de nome 4.0.
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Essa versão se tornou um grande sucesso, espalhado por diversos sites e redes sociais.
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É claro que ainda existiam alguns bugs e coisas a serem melhoradas,
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mas ainda assim, o jogo era bem completo e amarrado.
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Desde aquela época, muita gente havia se esquecido do jogo, até agora…
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A quinta versão do game também é a final,
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como declarado pelo próprio Bomberlink em seu site.
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E todo o mérito deve ser atribuído a ele por ter feito um dos melhores jogos de todos os tempos.
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O jogo possui 105 fases, músicas remixadas, diversos personagens,
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inimigos, uma história legal, e muitas opções de customização.
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Não tem como não ser melhor assim, né?
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Ao iniciar a partida, o jogador pode escolher por qual fase começar,
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o que tem relação direta com qual tipo de aventura o personagem vai jogar,
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ou seja, cada uma das quatro rotas é inspirada em algum jogo da série.
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No meio da aventura, há a possibilidade de mudar de caminho,
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ou seja, se você estiver jogando as fases do primeiro Streets of Rage,
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pode mudar para as fases do segundo, e assim sucessivamente.
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Ainda assim, o design das fases mistura os elementos e chefes dos três jogos da série,
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o que é algo muito legal, já que traz algumas surpresas pra quem jogou demais os jogos originais de Mega Drive.
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E assim como na versão 4.0, há a opção de jogar com um ajudante controlado pelo computador,
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que apesar de ter uma inteligência artificial bem ágil e que ajuda bastante nas horas de sufoco,
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acaba ficando meio burra nos estágios finais, perdendo muitas vidas e continues.
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Mas, se você for um jogador forever alone,
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vai precisar com certeza dessa ajuda, porque o jogo é bastante difícil.
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Os gráficos são sensacionais.
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Todos os sprites dos jogos da série foram reaproveitados, inclusive os do primeiro Streets of Rage,
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que receberam alguns retoques e aprimoramentos para ficar no mesmo patamar dos outros jogos.
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Há diversos efeitos visuais muito legais, como explosões, sombras,
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transparências e até um simples efeito de reflexo.
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Mais inimigos podem aparecer na tela ao mesmo tempo,
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sem que nenhuma lentidão aconteça ou algo parecido.
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Isso tudo sem exigir muito da máquina, hem.
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Os novos cenários são muito criativos,
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até com alguns detalhes bem engraçadinhos, para assim dizer.
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Alguns desses novos cenários possuem problemas de profundidade, ou seja,
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dá uma certa confusão na hora de passar por eles,
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mas ainda assim dá pra conviver com isso.
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Vale lembrar que, com a opção Blood ativada,
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o jogo fica mais violento do que qualquer outro Streets of Rage já foi antes,
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com direito até a Galsias e Donovans mutilados voando por aí.
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Não chega a ser um Mortal Kombat, mas…
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a primeira morte sempre surpreende!
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Junto com esses novos cenários, foram introduzidos novos desafios durante o jogo,
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como esse aí que exige rápidos reflexos…
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ou essa esquisita fase em que o personagem controla uma lancha.
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Nesse caso, enquanto a ideia parece ser muito boa,
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talvez a execução não tenha ficado tão boa assim, né.
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De qualquer forma, esse trecho do jogo ainda é bem divertido,
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e é mais uma surpresa totalmente original nesse game
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que é praticamente uma mistura do que há de melhor na série.
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Quem jogou a versão 4 conhece bem o trabalho estupendo feito com os remixes das clássicas produções do tio Yuzo Koshiro.
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Nesse caso, o impossível aconteceu:
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eles conseguiram produzir remixes melhores ainda!
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Praticamente todas as músicas da série tiveram uma nova versão,
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e inclusive existem composições totalmente originais,
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que não devem em nada em relação às outras.
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Vale destacar o trabalho feito nas músicas de Streets of Rage 3,
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que apesar de não ser a trilha sonora favorita de muita gente,
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com certeza os remixes conseguiram melhorar mais ainda o trabalho experimental do tio Koshiro,
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e, de alguma forma, essas novas músicas possuem um ar bem mais orgânico que as originais de Mega,
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apesar de ainda soarem tão dorgas quanto os originais.
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Nota: essa música pode deixar as pessoas sequeladas, como podemos ver pelo vídeo.
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O som do jogo utiliza o driver de áudio SDL,
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que possibilita 24 canais de som simultâneos, além das músicas.
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Isso quer dizer que as fases agora possuem som ambiente,
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diversos efeitos sonoros ao mesmo tempo,
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e um aproveitamento melhor do espaço estéreo.
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Assim, aconselho jogar com um microsystem ligado no máximo,
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pra dar aos vizinhos um novo sentido à palavra pancadão.
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Em resumo, Streets of Rage Remake é uma surpresa maravilhosa,
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que todo apreciador de jogos antigos, ou seja, um velho, deve jogar.
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O game tem diversas rotas alternativas, modos secretos, customização, personagens destraváveis
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e até mesmo um suposto editor do jogo inteiro o qual eu pelo menos não pude habilitar ainda,
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mas que já desperta uma curiosidade que gera incontáveis horas de jogo devido ao fator replay praticamente infinito.
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Sem dúvida, Bomberlink e sua equipe merecem os parabéns por essa excelente mistura de continuação com homenagem
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que a Sega nunca poderia fazer nesse estado atual em que ela se encontra, né.
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Em tempos aonde as pessoas discutem se vale a pena pagar pelos originais de Mega Drive,
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uma dica: baixe esse aí que é de graça!
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Download gratuito do jogo
bombergames.net
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Produzido por Rafael Fernandes
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http://passagemsecreta.com