O Equilíbrio das Polaridades — Shoshana Boyd Gelfand no TEDxJerusalem
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0:08 - 0:09E se eu vos dissesse,
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0:09 - 0:12que existe um conceito único
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0:12 - 0:14que mudou completamente
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0:14 - 0:18a minha visão sobre a resolução de problemas?
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0:18 - 0:19E se eu vos dissesse,
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0:19 - 0:21que vocês, instintivamente,
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0:21 - 0:23conhecem este conceito e, na verdade,
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0:23 - 0:26usam-no, aqui e agora
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0:26 - 0:29sem sequer pensarem nele.
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0:29 - 0:32E se eu vos dissesse,
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0:32 - 0:36que se pudessem melhorar a vossa aptidão natural
no uso deste conceito, -
0:36 - 0:38isso poderia mudar a vossa vida
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0:38 - 0:41e até o mundo.
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0:41 - 0:42E se eu vos dissesse,
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0:42 - 0:44que isto não iria envolver
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0:44 - 0:49aderir a uma seita, tomar drogas ilegais
ou converter-se a uma nova religião. -
0:49 - 0:52Este conceito chama-se:
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0:52 - 0:54"Equilíbrio das Polaridades".
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0:54 - 0:57Eu aprendi este conceito há 20 anos,
quando era rabina, em Chicago. -
0:57 - 0:58E a partir daí, já perdi a conta
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0:58 - 1:00ao número de vezes que
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1:00 - 1:03desenhei uma trajetória de colisão
na parte de trás de um guardanapo, -
1:03 - 1:05aplicando-o a problemas
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1:05 - 1:08tão diversos como mudanças estratégicas
nas empresas, -
1:08 - 1:10dilemas teológicos,
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1:10 - 1:14e até a educação dos meus próprios filhos.
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1:14 - 1:17Acrescento ainda que este conceito se relaciona
com grandes problemas globais, -
1:17 - 1:19porque quem desenvolveu esta ideia,
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1:19 - 1:22e quem me ensinou — o Doutor Berry Johnson —
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1:22 - 1:25tem-na usado no Departamento de Defesa dos E.U.A.,
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1:25 - 1:27na Agência Internacional de Energia Atómica
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1:27 - 1:29e até na BBC.
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1:29 - 1:33Embora ache que estão a precisar de um novo rumo,
neste momento. -
1:33 - 1:35Assim. deixem-me convidá-los,
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1:35 - 1:40a acompanharem-me nesta viagem
ao mundo das polaridades. -
1:40 - 1:44A melhor maneira de começarmos é através
deste famoso desenho. -
1:44 - 1:47Vejam bem e digam-me: quantos de vocês
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1:47 - 1:52inicialmente, viram duas caras brancas
a olharem para vocês? -
1:52 - 1:54Uau, muitos.
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1:54 - 2:00Quantos de vocês é que viram inicialmente,
imediatamente, a taça preta no meio? -
2:00 - 2:02Está bem, alguns.
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2:02 - 2:07Bem, sempre que mostro este desenho,
as pessoas veem uma coisa ou a outra, -
2:07 - 2:11mas nunca ninguém vê ambas as coisas
ao mesmo tempo, -
2:11 - 2:18porque o nosso cérebro não foi concebido para
conseguir ver essas duas imagens ao mesmo tempo. -
2:18 - 2:23Tudo o que podemos fazer é olhar para trás
e para a frente, para vermos as duas perspetivas, -
2:23 - 2:27e reconhecer que esta imagem representa
as duas caras e a taça. -
2:28 - 2:32Esta noção está completamente presente
no conceito de polaridades, -
2:32 - 2:36e eu peço-vos para a reterem e não se esquecerem
desta noção, ao longo desta conversa, -
2:36 - 2:43porque, simplesmente, a polaridade é um
problema por resolver, com duas respostas corretas -
2:43 - 2:45que são interdependentes.
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2:47 - 2:52As polaridades não são apenas uma ilusão ótica
engraçada. São uma força da natureza -
2:52 - 2:55como o magnetismo ou a gravidade,
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2:55 - 2:58que fazem parte da grande fábrica do Universo.
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2:58 - 3:04E porque fazem parte da Natureza, existem regras
que controlam os seus comportamentos. -
3:04 - 3:08Logo que saibam estas regras, conseguem prever
o que vai acontecer a seguir com a polaridade -
3:08 - 3:12e depois, podem decidir proativamente
o que aproveitar dela. -
3:14 - 3:19Então vamos ver como funciona, começando por
uma polaridade que põem em prática todos os dias. -
3:19 - 3:25Respirar consiste em duas ações interdependentes,
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3:26 - 3:31inspirar e expirar. É como o desenho da taça.
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3:31 - 3:36Não podem inspirar e expirar ao mesmo tempo,
mas as duas são vitais e necessárias. -
3:36 - 3:39Mas o que pode acontecer se virmos
estas ações ao pormenor? -
3:39 - 3:44Escolhemos um polo que nos satisfaz
por momentos -
3:44 - 3:47e depois começamos a sentir desconforto,
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3:47 - 3:50o que nos obriga a mudar para o polo oposto,
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3:50 - 3:56o que nos satisfaz também por uns momentos,
mas depois voltamos a sentir desconforto -
3:56 - 4:00o que nos obriga a mudar uma vez mais.
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4:00 - 4:04Este movimento contínuo acontece porque
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4:04 - 4:10respirar é um problema contínuo que exige
2 respostas corretas que são interdependentes. -
4:12 - 4:18A única escolha que temos, quando se trata
de uma polaridade, é se a vamos fazer -
4:18 - 4:22em dois movimentos opostos,
de uma maneira positiva e saúdavel, -
4:22 - 4:26ou se vamos fazer esses movimentos,
de uma maneira -
4:26 - 4:30que é negativa e desconfortável.
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4:30 - 4:32Isto pode parecer simples e óbvio
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4:32 - 4:37porque somos bastante bons a gerir
a polaridade da respiração, -
4:37 - 4:39já o fazemos há imenso tempo.
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4:39 - 4:44Mas os conceitos e princípios
que se aplicam à respiração, -
4:44 - 4:47podem ser aplicados a qualquer outra polaridade.
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4:48 - 4:51Vamos ver outra que todos conhecemos.
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4:51 - 4:53Pensem num relacionamento da vossa vida,
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4:53 - 4:56um relacionamento importante.
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4:57 - 5:01Era capaz de apostar que se esse relacionamento
estiver a correr bem, -
5:01 - 5:06é porque estão constantemente a equilibrar
as vossas necessidades -
5:06 - 5:09com as necessidades do vosso parceiro.
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5:09 - 5:13Num bom relacionamento,
os dois tomam conta de si mesmos -
5:13 - 5:15e, também, um do outro,
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5:15 - 5:19criando, assim, um ciclo maravilhoso e virtuoso.
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5:19 - 5:22Mas quando os relacionamentos vão mal,
é quase sempre porque -
5:22 - 5:25alguém está demasiado focado em si mesmo,
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5:25 - 5:29esquecendo-se do seu parceiro,
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5:29 - 5:33sentindo-se, assim, egoístas, isolados e sozinhos,
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5:33 - 5:36ou é porque estão demasiado concentrados
nas necessidades do parceiro -
5:36 - 5:42descurando as suas próprias, sentindo-se, assim,
desvalorizados e ressentidos. -
5:42 - 5:47Ou, ainda pior, sentem-se ressentidos
porque se sentem sozinhos, -
5:47 - 5:52o que os faz sentir ainda mais ressentidos,
o que os faz sentir ainda mais sozinhos -
5:52 - 5:55e o relacionamento deteriora-se
e, por último, falha. -
5:57 - 6:02Acho que o grande sábio Hillel, explicou
perfeitamente esta polaridade há 2 000 anos -
6:02 - 6:08quando disse: "Se não faço por mim, quem fará por mim...
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6:08 - 6:13"...mas se fizer só por mim, o que sou eu?"
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6:13 - 6:16Ele teria sido um ótimo conselheiro matrimonial,
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6:16 - 6:20ou um bom treinador de polaridades.
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6:20 - 6:24As polaridades não têm a ver só com
a respiração ou com os relacionamentos, -
6:24 - 6:28estas também desempenham um importante papel
no funcionamento das instituições. -
6:28 - 6:32Particularmente, em assuntos como
a mudança de estratégias, -
6:32 - 6:35uma vez que há sempre um grupo que quer
que as coisas não mudem, -
6:35 - 6:39e outro grupo que prefere a mudança.
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6:39 - 6:41É a polaridade tradicional da mudança.
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6:41 - 6:46Lembro-me da primeira vez que me deparei
com esta grande força. -
6:46 - 6:51Foi em 1987 e eu tinha apenas começado
os meus estudos para me tornar Rabina. -
6:51 - 6:57A discussão sobre se as mulheres podiam ou não
tornar-se Rabinas arrastava-se há anos. -
6:57 - 7:00Alguns diziam que o Judaísmo
precisava de ser recetivo -
7:00 - 7:04ao mundo moderno, onde homens
e mulheres são iguais, -
7:04 - 7:08caso contrário, arriscava-se a ficar desatualizado
e a tornar-se irrelevante. -
7:09 - 7:12Mas havia outros que manifestavam a preocupação
-
7:12 - 7:16de que uma Rabina fosse em si uma contradição,
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7:16 - 7:22uma expressão não fidedigna de uma tradição
com milhares de anos. -
7:22 - 7:27Este grupo argumentava que a continuidade
com o passado era importante -
7:27 - 7:32e que permitir a ascensão das mulheres iria
pôr em perigo a autenticidade do Judaísmo. -
7:34 - 7:36Que grupo estava certo?
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7:36 - 7:41Bem, conseguem ver, tal como eu, que
isto é tal e qual o desenho da taça. -
7:41 - 7:46Um grupo via as caixas cor de rosa
e o outro via as azuis. -
7:46 - 7:51Ambos os grupos viam um aspeto
de um problema complexo. -
7:51 - 7:56Ambos os grupos tinham um medo válido
que os preocupava, -
7:56 - 8:00e um valor sincero que tentavam preservar.
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8:00 - 8:06Cada grupo sentia dificuldades em mudar de
ponto de vista, em ver a outra perspetiva, -
8:06 - 8:10mas esta divergência era essencial ao progresso
da minha comunidade. -
8:10 - 8:13Nós precisávamos que ambos
procurassem a continuidade -
8:13 - 8:16e que fossem recetivos à mudança.
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8:18 - 8:21Bem, no final, foi feita uma votação,
-
8:21 - 8:25a decisão foi tomada e aqui estou eu,
-
8:25 - 8:28uma Rabina.
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8:28 - 8:32À superfície, pode parecer que a mudança ganhou,
-
8:32 - 8:34mas quando falamos de polaridades,
se qualquer um dos lados -
8:34 - 8:39ganha, a comunidade perde,
-
8:39 - 8:44porque acaba por se tornar no lado negativo
do polo que ganhou. -
8:44 - 8:46Uma vez que entendo as polaridades,
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8:46 - 8:50passei a minha carreira rabínica inteira,
conscientemente, -
8:50 - 8:55a incluir continuamente qualquer tradição
que pudesse, -
8:55 - 8:59para que nada caísse no lado negativo
da mudança. -
9:00 - 9:05Não consegui fazer com que a tradicional
barba rabínica crescesse, -
9:05 - 9:08mas, estou profundamente empenhada
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9:08 - 9:12em manter uma continuação autêntica
com o passado -
9:12 - 9:16e a ser recetiva ao presente.
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9:16 - 9:19Só assim é que a minha comunidade pode progredir
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9:19 - 9:21no futuro.
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9:22 - 9:28As mesmas regras que se aplicam à respiração,
aos relacionamentos e às mudanças estratégicas -
9:28 - 9:33aplicam-se a todas estas polaridades
e a muitas outras. -
9:34 - 9:37Há ainda mais uma que vos quero mostrar hoje,
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9:37 - 9:40porque é tão relevante para Jerusalém
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9:40 - 9:44e, também, porque acredito que se a
conseguíssemos controlar melhor, -
9:44 - 9:47podia mudar o mundo.
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9:48 - 9:50Este é o problema:
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9:51 - 9:57Como posso eu manter a minha identidade
como parte de um grupo, com as suas -
9:57 - 10:00crenças, valores e comportamentos específicos,
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10:00 - 10:07reconhecendo, ao mesmo tempo, que partilho o
mesmo carácter humano com todas as pessoas? -
10:07 - 10:11Cada um de nós, pertence a um grupo particular
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10:11 - 10:15nacional, cultural, religioso, étnico.
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10:15 - 10:18Isso é a parte particular que nos define
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10:18 - 10:22e cada um de nós também faz parte
de uma coisa bem maior -
10:22 - 10:25que nenhum dos grupos expressa sozinho.
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10:25 - 10:29Essa é a parte universal que nos define.
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10:30 - 10:33Concentrarmo-nos demais
em qualquer um destes -
10:33 - 10:36é perigoso. Deixem-me explicar.
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10:38 - 10:41Cresci mesmo no sul dos Estados Unidos,
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10:41 - 10:46numa cidade onde, de muitas maneiras,
ainda havia uma guerra civil. -
10:46 - 10:50Nunca me vou esquecer de ser encurralada
num parque por um grupo de crianças, -
10:50 - 10:56que me ameçaram bater se me vissem a abraçar
a minha ama negra outra vez. -
10:56 - 10:59A estas crianças foi-lhes ensinado que,
no seu grupo particular -
10:59 - 11:03de brancos, eram melhores
do que todos os outros. -
11:03 - 11:07E este tipo de particularidade é perigoso.
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11:09 - 11:12Assim como o lado negativo do polo universal,
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11:12 - 11:15se alguma vez nos focarmos demasiado
nos pontos que temos em comum, -
11:15 - 11:20perdemos o que é distintivo em nós
e ocultamos aquilo -
11:20 - 11:23que torna cada grupo único e especial.
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11:23 - 11:27Este é um dos perigos da globalização
e do comunismo. -
11:27 - 11:30Estes presumem que somos todos iguais,
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11:30 - 11:32mas não somos.
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11:32 - 11:36Eu não quero ver uma cidade como Jerusalém
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11:36 - 11:42perder as características únicas
que a tornam tão especial. -
11:42 - 11:46Eu não quero ver um McDonald's ao lado
do Monte do Templo. -
11:46 - 11:50Em vez disso, quero caminhar
pelas ruas de Jerusalém -
11:50 - 11:56e ouvir as vozes características
de cada comunidade que aqui vive. -
11:58 - 12:03Não me interpretem mal, eu gosto muito
de fazer parte do mundo global, -
12:04 - 12:09mas também aprecio aquilo
que me caracteriza a mim. -
12:09 - 12:14E agora já sabem o suficiente sobre polaridades
para saberem que as duas coexistem. -
12:14 - 12:21Temos que ser apaixonados pelas coisas que
nos tornam únicos e que nos distinguem. -
12:22 - 12:27E também temos de estar abertos à diversidade
e aos valores universais que partilhamos. -
12:29 - 12:34Gosto de chamar isto de:
"Paixão pela Abertura da Mente" -
12:34 - 12:38e não há sítio melhor do que Jerusalém para
desenvolver estas polaridades, -
12:38 - 12:43porque há aqui grupos tão diversos
a viverem juntos. -
12:43 - 12:46Imaginem só se nós aqui, em Jerusalém,
-
12:46 - 12:49conseguíssemos mostrar ao mundo o que é
-
12:49 - 12:53sermos apaixonados pelas nossas
identidades únicas -
12:53 - 12:59e, também, sermos abertos a qualquer coisa que
nenhum de nós podia imaginar alcançar sozinho. -
13:01 - 13:04Esta é uma visão messiânica que vos dou.
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13:04 - 13:06E como prometi no início
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13:06 - 13:10sem seitas, drogas ou conversões.
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13:12 - 13:16Apenas o reconhecimento de que,
às vezes, a complexidade -
13:16 - 13:22exige-nos que procuremos e aceitemos
os dois lados de um problema -
13:22 - 13:25em vez de tentar resolvê-lo.
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13:25 - 13:29Por isso, na próxima vez que se depararem
com um problema difícil -
13:29 - 13:33respirem fundo e lembrem-se:
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13:33 - 13:39só porque inspirar é verdadeiro, não significa
que expirar não seja também verdadeiro. -
13:40 - 13:42Obrigada.
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13:42 - 13:44(Aplausos)
- Title:
- O Equilíbrio das Polaridades — Shoshana Boyd Gelfand no TEDxJerusalem
- Description:
-
A rabina norte-americana Shoshana Boyd Gelfand, Diretora do JHub, programa operativo da Pears Foundation, dá-nos a conhecer o conceito do "Equilíbrio das Polaridades", presente em todos os aspetos da nossa vida e aplicável à resolução de conflitos e à nossa relação com os outros.
Na mesma linha de pensamento, ela propõe-nos um conceito que pode mudar o mundo: a "Paixão pela Abertura de Mente". - Video Language:
- English
- Team:
closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 13:56
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Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for The Power of Polarities - Shoshana Boyd Gelfand at TEDxJerusalem | |
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Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for The Power of Polarities - Shoshana Boyd Gelfand at TEDxJerusalem | |
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Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for The Power of Polarities - Shoshana Boyd Gelfand at TEDxJerusalem |