Uma mente que se exercita | Stuart Vyse | TEDxConnecticutCollege
-
0:14 - 0:16Sou cientista comportamental
-
0:16 - 0:18e professor de psicologia.
-
0:18 - 0:20O objetivo principal de meu trabalho
-
0:21 - 0:26é ensinar as pessoas sobre a alegria
e fascinação de pensar cientificamente -
0:26 - 0:28sobre o mundo ao nosso redor.
-
0:29 - 0:32Como ouvimos hoje,
os cientistas exploram e descobrem -
0:32 - 0:36e o que fazem é criativo
e de certa forma mágico. -
0:37 - 0:42Mas você só será um bom cientista se
estiver disposto a abrir mão das certezas, -
0:42 - 0:45reconhecer que você está partindo
de uma posição de ignorância -
0:45 - 0:47sem saber as respostas.
-
0:47 - 0:52Você pesquisa, testa e espera para ver
aonde a natureza pode te levar. -
0:53 - 0:55Às vezes não vai encontrar uma resposta.
-
0:55 - 0:58Alguns problemas levam tempo
para se resolver. -
0:59 - 1:01Mas os cientistas também são pacientes.
-
1:01 - 1:05Estão dispostos a deixar os fatos
desconhecidos, incompletos -
1:05 - 1:09até o momento em que uma explicação
convincente seja descoberta. -
1:10 - 1:13Os cientistas também sabem
que vão cometer erros. -
1:14 - 1:15Por exemplo
-
1:19 - 1:21uma das minhas aulas
é de introdução à psicologia, -
1:21 - 1:24sempre tenho um desses aqui comigo,
-
1:24 - 1:26e nós costumávamos ensinar isto.
-
1:27 - 1:29Por muitos anos ensinamos aos alunos
-
1:29 - 1:32que havia quatro receptores de paladar:
-
1:32 - 1:34doce, salgado, azedo e amargo
-
1:34 - 1:38e que eles estavam organizado
na língua como um mapa, -
1:38 - 1:41como se fossem os
"Estados Unidos da Língua". -
1:42 - 1:45Hoje sabemos que isso
está totalmente errado. -
1:47 - 1:50Na verdade, temos
cinco receptores de paladar -
1:50 - 1:53sendo o quinto deles o umami,
-
1:53 - 1:57e os receptores estão espalhados
por toda a língua, -
1:57 - 2:00onde houver papilas gustativas.
-
2:00 - 2:03Os erros são parte do processo científico.
-
2:03 - 2:07A palavra experimento sugere
que devemos esperar pelo erro -
2:08 - 2:10e que nem todas as tentativas
vão funcionar. -
2:11 - 2:13Infelizmente, na vida de um pesquisador
-
2:13 - 2:15muitos experimentos fracassam.
-
2:15 - 2:19Mas os fracassos são válidos,
porque nos mostram por onde não seguir. -
2:20 - 2:24Infelizmente, descobri
que esse erro sobre a língua -
2:24 - 2:26é bem difícil de consertar.
-
2:26 - 2:29As pessoas preferem a ideia
de "Estados Unidos da Língua" -
2:29 - 2:33em vez do conceito
de "uma nação, muitos sabores". -
2:33 - 2:35Mas eu sigo tentando.
-
2:36 - 2:40Faço pesquisa comportamental
e ensino ciências e comportamento humano -
2:40 - 2:42e adoro cada minuto.
-
2:43 - 2:45Também estudo comportamento irracional
-
2:45 - 2:49e de fato existe uma fonte ilimitada
de comportamento irracional. -
2:49 - 2:50(Risos)
-
2:50 - 2:53Nunca vai me faltar assunto para estudar.
-
2:53 - 2:56Mas ao longo do tempo
trabalhando com isso, -
2:56 - 2:59passei a entender que palavras
e evidências são limitadas. -
3:00 - 3:04Às vezes as pessoas vão se convencer
com novas informações e bons argumentos, -
3:04 - 3:07mas com frequência são teimosas
e se apegam a velhas ideias. -
3:07 - 3:09Por alguma razão,
-
3:09 - 3:13às vezes a história falsa
é mais interessante do que a verdadeira, -
3:13 - 3:17e assim as pessoas continuam a acreditar
nos Estados Unidos da Língua -
3:17 - 3:19em vez de no conceito correto.
-
3:19 - 3:23E os Estados Unidos da Língua
são o menor de nossos problemas. -
3:23 - 3:29Um número cada vez maior de pessoas
assumem falsas crenças bem mais críticas. -
3:29 - 3:31De acordo com uma pesquisa recente
-
3:31 - 3:3348% dos adultos norte-americanos,
-
3:33 - 3:35menos da metade,
-
3:35 - 3:38acreditam que os humanos
vieram de outras espécies. -
3:39 - 3:42Na mesma pesquisa, aqui temos
o número de adultos norte-americanos -
3:42 - 3:46que acreditam que
a astrologia é científica. -
3:47 - 3:50Infelizmente, as coisas
estão tomando a direção errada. -
3:51 - 3:54Espero não estar causando nenhum mal-estar
-
3:54 - 3:58quando digo que a astrologia não é
científica, que ela não passou nos testes. -
3:58 - 4:00Mas muitas pessoas ainda acreditam.
-
4:00 - 4:04Para professores de ciências isso
demonstra a necessidade de humildade. -
4:04 - 4:07Às vezes as pessoas são influenciadas
por argumentos razoáveis, -
4:07 - 4:09então continuamos apelando à razão.
-
4:09 - 4:12No entanto, muitas vezes
elas saem do debate ilesas. -
4:12 - 4:17Talvez eu convença a maioria das pessoas
a abandonar os Estados Unidos da Língua, -
4:17 - 4:22mas no caso da evolução e fraquezas
da astrologia seria muito mais difícil. -
4:22 - 4:24E por quê?
-
4:24 - 4:29Porque essas crenças tocam em uma parte
muito mais profunda da vida das pessoas -
4:29 - 4:31que teve início muitos anos atrás.
-
4:31 - 4:33Este é o tópico principal
da minha palestra. -
4:34 - 4:36O pensamento científico
se desenvolve em ambientes -
4:36 - 4:40que são ao mesmo tempo
protetores e permissivos. -
4:40 - 4:44Se queremos criar pessoas
interessadas na ciência e na verdade, -
4:44 - 4:47e não em astrologia e criacionismo,
-
4:47 - 4:50precisamos deixar
que as crianças façam descobertas -
4:50 - 4:53no mundo físico e no das ideias.
-
4:54 - 4:56Minha história é um exemplo disso.
-
4:57 - 5:04Cresci nos anos 1950 e início de 1960,
num subúrbio ao sul de Chicago, Illinois, -
5:04 - 5:08numa época em que a infância
era algo bem diferente do que é hoje. -
5:09 - 5:12Não havia computadores,
videogames ou celulares -
5:12 - 5:15e muito menos programação
de atividades para crianças. -
5:15 - 5:18Mas havia algo que poucas crianças
norte-americanas têm hoje: -
5:19 - 5:20liberdade.
-
5:20 - 5:23A partir dos seis ou sete anos de idade,
-
5:23 - 5:26meus amigos e eu podíamos
passar o dia inteiro -
5:26 - 5:29vagando pelo bairro
longe dos olhos dos pais. -
5:30 - 5:32Tínhamos que voltar para casa ao anoitecer
-
5:32 - 5:35e para as refeições de vez em quando,
-
5:35 - 5:38mas passávamos muitas horas por semana
perambulando livremente. -
5:39 - 5:41Nada disso era incomum na época.
-
5:42 - 5:45Mas minha mãe, que era obviamente
a principal pessoa disponível em casa, -
5:46 - 5:47fez ainda melhor.
-
5:48 - 5:52Não muito longe de casa
havia um terreno baldio. -
5:53 - 5:54Ele ainda existe!
-
5:55 - 5:58Como podem ver nesta foto do Google Earth.
-
6:00 - 6:03Parece que está sendo cultivado,
-
6:03 - 6:06mas naquela época o terreno
era forrado com grama alta, -
6:06 - 6:10que era repleta de cobras não venenosas.
-
6:11 - 6:15Meus amigos e eu passávamos o verão
caçando cobras pela grama -
6:15 - 6:17e nós pegávamos várias delas.
-
6:18 - 6:22Minha mãe teve uma atitude
estranhamente despreocupada. -
6:22 - 6:24Longe de um sentimento de repulsa,
-
6:24 - 6:27ela muitas vezes me deixava
trazer as cobras para casa. -
6:27 - 6:29Quando elas acabavam escapando pela casa
-
6:29 - 6:31ela nem ligava.
-
6:32 - 6:35Diz a lenda familiar que uma vez
minha mãe pediu para um convidado -
6:35 - 6:39ajudá-la a empurrar
a geladeira para o lado -
6:39 - 6:42para resgatar um dos répteis
desobedientes. -
6:42 - 6:44(Risos)
-
6:44 - 6:47Mais tarde, quando eu tinha dez anos
-
6:47 - 6:51um amigo meu descobriu
uma cerca velha de madeira -
6:51 - 6:54que tinha sido demolida no bairro.
-
6:54 - 6:59Nós dois então carregamos a madeira
para construir uma montanha-russa rústica. -
7:00 - 7:05Acho que esta é a única foto
daquela estrutura. -
7:06 - 7:07Como vocês podem ver,
-
7:07 - 7:10ela chamou a atenção
das crianças vizinhas. -
7:11 - 7:12Vejam só.
-
7:12 - 7:17Isto aqui é o carrinho de madeira
que descia a rampa -
7:17 - 7:19e ele tinha rodinhas de skate.
-
7:20 - 7:21Esta é a rampa,
-
7:21 - 7:25e este é um pequeno túnel
que construímos para o carrinho passar. -
7:27 - 7:31Essa estrutura é provavelmente
a maior realização da minha infância. -
7:31 - 7:32(Risos)
-
7:33 - 7:37Mas existem algumas coisas
que deveria destacar sobre a estrutura. -
7:37 - 7:39Primeiro: era perigosa.
-
7:39 - 7:41Não tínhamos a menor ideia
do que estávamos fazendo -
7:41 - 7:43quando a montamos.
-
7:43 - 7:44(Risos)
-
7:44 - 7:46Não tínhamos uma licença para construí-la.
-
7:46 - 7:50Ninguém apareceu para fazer
inspeções de segurança. -
7:50 - 7:53Em segundo lugar, esse é o nosso quintal.
-
7:54 - 7:57Além da minha mãe me deixar
construir essa maluquice -
7:57 - 8:00que, como podem ver é uma geringonça,
-
8:01 - 8:04ela ainda me deixou construí-la
no quintal de casa. -
8:04 - 8:06Foi uma infância incrivelmente valiosa
-
8:06 - 8:10que, acredito eu, teve muita influência
na minha formação. -
8:10 - 8:13Se queremos dar às crianças
o senso de autonomia e competência -
8:13 - 8:16temos que encarar
nossos medos da vida adulta -
8:16 - 8:19e deixar as crianças irem para o mundo
e encarar seus próprios medos. -
8:20 - 8:24É importante citar que eu tinha
bastante medo de montanhas-russas -
8:24 - 8:26e ainda tenho.
-
8:27 - 8:30Mas por algum motivo,
eu escolhi e tive permissão -
8:30 - 8:33para lidar com esse medo no meu quintal.
-
8:34 - 8:36Minha vida como cientista
-
8:36 - 8:39começou no bairro de subúrbio
onde minha casa ficava. -
8:40 - 8:44Tive sorte de crescer em uma família de
classe média com estabilidade financeira -
8:44 - 8:47com pais amorosos, comida, proteção
-
8:47 - 8:49e pude estudar em boas escolas públicas.
-
8:49 - 8:51Mas é interessante citar
-
8:51 - 8:54que quase não tenho lembranças da escola.
-
8:54 - 8:57Minhas lembranças
mais importantes daquela época -
8:57 - 9:00são a montanha-russa e as cobras.
-
9:00 - 9:04Coisas que aconteceram
quando estava sozinho e fora de casa. -
9:05 - 9:08Muito do que sou hoje é em função
da permissividade de meus pais, -
9:08 - 9:10em especial de minha mãe.
-
9:10 - 9:13Claro que tinha que fazer
a lição de casa e tarefas domésticas -
9:14 - 9:17e obedecer às regras estabelecidas
para mim e meu irmão. -
9:17 - 9:22Mas sempre que queria tentar algo novo
ou desenvolver um projeto -
9:22 - 9:24minha mãe sempre dizia sim.
-
9:25 - 9:26Quando era jovem,
-
9:27 - 9:30minha mãe me deu liberdade
para explorar o mundo físico; -
9:30 - 9:31e quando fiquei mais velho
-
9:31 - 9:34ela me deu liberdade para explorar
o mundo intelectual também. -
9:35 - 9:37Meus pais não eram muito religiosos
-
9:37 - 9:40e nunca tentaram nos impor suas crenças.
-
9:41 - 9:45Eles eram ávidos leitores, tínhamos várias
conversas sobre os assuntos do dia a dia, -
9:45 - 9:47mas nunca nos deram respostas prontas
-
9:47 - 9:51e nunca tentaram nos convencer
de um determinado ponto de vista. -
9:51 - 9:53Foi uma infância extraordinária
-
9:53 - 9:56uma que poucas crianças têm hoje em dia,
-
9:56 - 9:58e minha mãe foi
muito responsável por isso. -
9:59 - 10:02Devo dizer que minha mãe
está na plateia hoje, -
10:02 - 10:05e ela não tinha a menor ideia
que eu ia contar tudo isso. -
10:05 - 10:08Acho que este é o momento
de dizer em público: -
10:09 - 10:12"Obrigado, mãe, por ser
tão maravilhosamente permissiva". -
10:12 - 10:14(Aplausos)
-
10:25 - 10:27Tive sorte de ter os pais que tive,
-
10:27 - 10:31mas também de crescer
naquela época específica da história. -
10:31 - 10:34Quando tiraram a foto da montanha-russa,
-
10:34 - 10:37o presidente John F. Kennedy
estava há sete meses no poder. -
10:37 - 10:40Os Estados Unidos estavam
em uma corrida espacial -
10:40 - 10:43que estávamos claramente perdendo.
-
10:43 - 10:46Quatro meses antes
de essa foto ser tirada, -
10:46 - 10:48o cosmonauta soviético Yuri Gagarin
-
10:48 - 10:53se tornava o primeiro ser humano
no espaço e a orbitar a Terra. -
10:53 - 10:55Um ano depois daquela foto ser tirada,
-
10:55 - 11:00Kennedy proferiu seu famoso discurso
"Nós decidimos ir à Lua", -
11:00 - 11:04desafiando a nação a enviar um astronauta
à Lua até o fim dos anos 1960. -
11:05 - 11:09Em seu discurso, o presidente Kennedy
chamou a nação a uma ação coletiva -
11:09 - 11:11com um objetivo moral maior.
-
11:11 - 11:13Ele chamou a viagem à Lua
-
11:13 - 11:16de "a maior de todas as aventuras
na história da humanidade", -
11:16 - 11:20e que iríamos à Lua
pelo progresso de todos os povos. -
11:20 - 11:24Na verdade, a corrida espacial era
parte de um dos capítulos da Guerra Fria -
11:24 - 11:27e de uma corrida armamentista
que preocupava a todos. -
11:27 - 11:31Havia motivos militares e políticos
por trás da corrida espacial, -
11:31 - 11:35e Kennedy também mencionou
benefícios tecnológicos e industriais. -
11:35 - 11:38Mas como criança,
eu pouco sabia sobre isso. -
11:39 - 11:40Para mim,
-
11:40 - 11:43o espaço era a grande aventura
de que Kennedy falava -
11:43 - 11:48e, como outras crianças da época, eu era
fascinado por satélites e astronautas. -
11:48 - 11:50Eu tive sorte de ter pais
-
11:50 - 11:55que alimentavam meu interesse em ciência,
às vezes com resultados preocupantes. -
11:56 - 12:00Um dia, quando o gato da família
trouxe um pássaro morto para casa, -
12:00 - 12:04comecei a dissecar o corpo ainda quente
em cima da minha escrivaninha. -
12:04 - 12:05(Risos)
-
12:05 - 12:07Era um momento inspirador da história
-
12:07 - 12:10e eu fui tomado pela fascinação da ciência
-
12:10 - 12:13pelo entusiasmo de aprender e explorar.
-
12:14 - 12:18Aquele momento da história criou uma
ênfase renovada na ciência e na matemática -
12:18 - 12:20e eu fui beneficiado por aquela atmosfera.
-
12:21 - 12:25Hoje vemos uma nova ênfase
em ciência e educação, -
12:25 - 12:29mas existe algo muito diferente
no atual apelo à descoberta. -
12:30 - 12:32Comparem o discurso de Kennedy
-
12:32 - 12:34com a atual ênfase na educação STEM:
-
12:35 - 12:39educação em ciências, tecnologia,
engenharia e matemática. -
12:40 - 12:43Se vocês visitarem o site
do Departamento de Educação dos EUA -
12:43 - 12:45vocês verão esta imagem:
-
12:46 - 12:49o número projetado de empregos
em áreas STEM. -
12:50 - 12:52O programa do presidente Obama
"Educar para inovar" -
12:52 - 12:54foi explicitamente criado
-
12:54 - 12:57para promover a ciência como o motor
da inovação empresarial -
12:57 - 12:59e crescimento econômico.
-
12:59 - 13:02Este é um apelo à ciência bem diferente.
-
13:02 - 13:07É o governo promovendo a ciência
a serviço das empresas e da economia. -
13:07 - 13:10Claro que ter um emprego é importante.
-
13:11 - 13:14Ter uma economia forte é importante.
-
13:14 - 13:18Minha infância só foi possível porque
meus pais sempre tiveram um emprego. -
13:19 - 13:22Mas a ênfase nas áreas STEM
não é uma abordagem -
13:22 - 13:24que faz com que a mente se exercite.
-
13:25 - 13:27Não é a inspiração
do desafio da descoberta -
13:27 - 13:31nem de realização coletiva
por um objetivo moral maior. -
13:31 - 13:35É muito mais um chamado
ao sucesso tecnológico e industrial -
13:35 - 13:37e o que acredito ser
uma triste transformação. -
13:38 - 13:41A visão contemporânea da ciência
mudou a própria ciência -
13:41 - 13:44de uma iniciativa intelectual
para uma iniciativa econômica, -
13:45 - 13:48do exercício para o trabalho.
-
13:48 - 13:52Se ter uma mente inquisitiva que valoriza
evidências e argumentos científicos -
13:53 - 13:58vem de ambientes protetores e permissivos,
então, o que deveríamos fazer a respeito? -
13:58 - 13:59Em primeiro lugar
-
13:59 - 14:02temos que dar liberdade às crianças.
-
14:02 - 14:05Precisamos encontrar formas
de deixá-las sair pelo mundo -
14:05 - 14:07e brincar com outras crianças,
-
14:07 - 14:09inventar suas próprias sociedades,
-
14:09 - 14:13construir suas próprias cidades
e descobrir como as coisas funcionam. -
14:13 - 14:15Esse tipo de exercício é muito raro hoje
-
14:15 - 14:18e sempre que possível devemos resgatá-lo.
-
14:18 - 14:21Nem todos têm a sorte de crescer
em um bairro seguro, -
14:21 - 14:24e esse é um problema
que também precisa ser resolvido. -
14:25 - 14:28Mas, como pais, precisamos
reconhecer que muitas vezes -
14:28 - 14:32o problema tem mais a ver com nossos medos
do que com a segurança de nossos filhos. -
14:32 - 14:37Neste mês, Hanna Rosin publicou
um artigo na revista "The Atlantic" -
14:37 - 14:40sugerindo que deveríamos
retomar o tipo de brincadeiras -
14:40 - 14:44que as crianças têm brincado por séculos
antes da era da modernidade. -
14:44 - 14:48Mas também é importante dar a elas
uma liberdade intelectual. -
14:48 - 14:50Temos que resistir à tentação
-
14:50 - 14:54de transformar nossos filhos
em mini versões de nós mesmos. -
14:54 - 14:57Mesmo assim, é provável que fracassemos.
-
14:57 - 15:00Temos sim que dar às crianças
um senso de autonomia, -
15:00 - 15:03criar um lar no qual se valoriza
o debate fundamentado. -
15:03 - 15:09É importante oferecer uma base segura,
na qual elas poderão explorar o mundo. -
15:10 - 15:14Por fim, temos que contagiar nossos filhos
com a alegria da descoberta -
15:14 - 15:16e uma fascinação pela ciência.
-
15:16 - 15:20Ir à Lua foi meio que uma ideia maluca.
-
15:20 - 15:23Foi muito caro e não teve
muito impacto econômico. -
15:24 - 15:27Mas capturou a imaginação do país,
-
15:27 - 15:29e inspirou uma geração inteira de jovens.
-
15:30 - 15:33Não há ninguém que represente
essa liderança política hoje em dia. -
15:34 - 15:37Mas há pessoas como
Neil deGrasse Tyson e Bob Ballard -
15:38 - 15:40que podem nos inspirar.
-
15:40 - 15:45Precisamos garantir que todas as crianças
tenham contato com professores de ciências -
15:45 - 15:49que possam transmitir
a verdadeira alegria da descoberta -
15:49 - 15:51e do entendimento.
-
15:51 - 15:53Tudo isso é importante,
-
15:53 - 15:56pois quando a próxima
grande descoberta surgir -
15:56 - 15:59pode ser que ela não tenha
um bom resultado. -
15:59 - 16:03Pode ser que não se encaixe
em nenhum plano de negócios. -
16:03 - 16:05Mas talvez mude as coisas para todos nós
-
16:05 - 16:08e torne a vida de todos melhor
e mais significativa. -
16:08 - 16:10E quando essa descoberta surgir,
-
16:10 - 16:14é possível que ela venha de alguém
cujos pais disseram sim -
16:15 - 16:20e deu a ele liberdade para correr
pelo gramado do campo das ideias. -
16:20 - 16:21Obrigado.
-
16:21 - 16:23(Aplausos)
- Title:
- Uma mente que se exercita | Stuart Vyse | TEDxConnecticutCollege
- Description:
-
Stuart Vyse é o professor de psicologia na Joanne Toor Cummings '50, no Connecticut College, e especialista em comportamento irracional. Seu primeiro livro, "Believing in Magic: The Psychology of Superstition", ganhou o William James Book Award da American Psychological Association. Seu livro mais recente, "Going Broke: Why Americans Can't Hold On To Their Money", é uma análise da atual epidemia de dívida pessoal. Uma nova edição do Believing in Magic foi publicada a tempo para o ano supersticioso de 2013. Além disso, o professor Vyse escreveu artigos para uma variedade de publicações e blogs, e esporadicamente para o Psychology Today.
Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 16:27
Maricene Crus approved Portuguese, Brazilian subtitles for A mind at play | Stuart Vyse | TEDxConnecticutCollege | ||
Maricene Crus edited Portuguese, Brazilian subtitles for A mind at play | Stuart Vyse | TEDxConnecticutCollege | ||
Maricene Crus accepted Portuguese, Brazilian subtitles for A mind at play | Stuart Vyse | TEDxConnecticutCollege | ||
Maricene Crus edited Portuguese, Brazilian subtitles for A mind at play | Stuart Vyse | TEDxConnecticutCollege | ||
Maricene Crus edited Portuguese, Brazilian subtitles for A mind at play | Stuart Vyse | TEDxConnecticutCollege | ||
Maricene Crus edited Portuguese, Brazilian subtitles for A mind at play | Stuart Vyse | TEDxConnecticutCollege | ||
Maricene Crus edited Portuguese, Brazilian subtitles for A mind at play | Stuart Vyse | TEDxConnecticutCollege | ||
Maricene Crus edited Portuguese, Brazilian subtitles for A mind at play | Stuart Vyse | TEDxConnecticutCollege |