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Mortalidade infantil, planeamento familiar e ambiente | Hans Rosling | TEDxChange

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    Estamos hoje aqui
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    porque a ONU definiu objetivos
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    para o progresso dos países.
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    Chamam-se Objetivos
    de Desenvolvimento do Milénio.
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    Olhem para aqui:
    acabar com a pobreza;
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    o ensino, a igualdade entre sexos,
    a saúde infantil e maternal,
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    o controlo das infeções,
    a proteção do ambiente
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    e estabelecer boas relações
    entre as nações
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    sob todos os aspetos,
    desde a ajuda até ao comércio.
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    Há outra razão para eu gostar
    destes objetivos de desenvolvimento.
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    É que todos eles podem ser medidos.
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    Reparem na mortalidade infantil.
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    O objetivo aqui é reduzir a mortalidade
    infantil em dois terços de 1990 a 2015.
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    É uma redução de 4% ao ano.
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    Mas, às vezes, oiço as pessoas dizer:
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    "Não há progresso em África.
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    "Nem sequer há estatísticas sobre África
    para sabermos o que está a acontecer".
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    Vou provar que estão erradas
    em ambas as afirmações.
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    (Risos)
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    Reparem nos meus gráficos de bolhas.
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    A mortalidade no Congo é alta,
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    no Gana é mais baixa
    e no Quénia ainda mais.
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    O que aconteceu ao longo dos anos,
    a partir daqui?
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    Cá vamos.
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    Com a independência a literacia melhorou
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    e começou a vacinação,
    a varíola foi erradicada,
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    melhorou a higiene
    e as coisas melhoraram.
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    Mas, depois, nos anos 80,
    reparem aqui:
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    o Congo entrou numa guerra civil,
    e estagnaram aqui.
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    O Gana baixou muito depressa,
    aqui no Quénia houve um recuo.
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    O Gana ultrapassou-o, mas depois
    o Quénia e o Gana baixaram os dois
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    e o Congo continua estagnado.
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    É como estamos atualmente.
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    Como veem, não faz sentido
    fazer médias
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    desta série de melhorias,
    são melhorias muito rápidas.
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    [como se não mostrassem
    suficiente rapidez de melhorias]
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    Chegou a altura de deixar de pensar
    na África subsaariana como um só lugar.
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    Os países são muito diferentes.
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    Merecem ser reconhecidos
    da mesma forma,
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    tal como não falamos da Europa
    como um local único.
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    Vou mostrar-vos um quadro mais geral.
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    O meu país, a Suécia,
    em 1800, estávamos ali em cima.
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    Depois, como veem,
    estes foram anos de fome,
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    foram anos maus e as pessoas
    ficaram fartas da Suécia.
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    Os meus antepassados foram para os EUA
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    e em breve começaram a melhorar aqui.
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    Aqui tínhamos melhor ensino,
    e tínhamos assistência à saúde.
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    A mortalidade infantil diminuiu.
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    Nunca tivemos uma guerra,
    a Suécia esteve sempre em paz.
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    Mas o ritmo de redução
    na Suécia não foi rápido.
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    A Suécia conseguiu uma mortalidade
    infantil baixa porque começámos cedo.
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    A escola primária começou em 1842.
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    Depois, temos este efeito espantoso
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    quando as mulheres tiveram acesso
    ao ensino, uma geração depois.
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    Temos de perceber que os investimentos
    feitos no progresso
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    são investimentos a longo prazo.
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    Vou dar-vos um quadro mais amplo.
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    Um quadro mais amplo
    sobre a mortalidade infantil,
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    a relação entre a mortalidade infantil
    e o tamanho da família.
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    Isto é de novo 1960,
    ou seja, há 50 anos.
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    Cada bolha é um país
    e o tamanho da bolha é a população.
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    Estes são os países ditos
    "em desenvolvimento".
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    Tinham uma mortalidade infantil
    alta ou muito alta
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    e o tamanho da família é de 6 a 8.
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    Aqueles ali em baixo eram
    os chamados países ocidentais.
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    Tinham uma baixa mortalidade infantil
    e famílias pequenas.
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    O que é que aconteceu?
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    Quero que vejam, com os vossos olhos,
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    a relação entre a queda
    da mortalidade infantil
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    e a redução do tamanho da família.
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    Aqui conseguimos
    a erradicação da varíola,
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    melhor ensino, assistência à saúde.
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    A China aqui em baixo,
    a aproximar-se da área ocidental.
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    (Risos)
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    O Brasil está na área ocidental,
    a Índia está a aproximar-se,
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    os primeiros países africanos
    aproximam-se da área ocidental.
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    Temos muitos novos vizinhos
    bem-vindos a uma vida decente.
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    Vá lá, queremos toda a gente aqui!
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    É esta a visão que temos, não é?
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    Reparem, os primeiros países africanos
    estão a aproximar-se.
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    É aqui que estamos hoje.
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    Já não há um "mundo ocidental"
    nem um "mundo em desenvolvimento".
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    Obviamente,
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    reduzir a mortalidade infantil
    é uma questão da maior importância
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    sob todos os aspetos humanitários.
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    Estamos a falar de uma vida
    decente para as crianças.
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    Mas é também um investimento estratégico
    para o futuro da humanidade,
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    porque trata-se do ambiente.
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    Não conseguiremos gerir o ambiente
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    e impedir a terrível crise climática
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    se não estabilizarmos a população mundial.
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    Sejamos muito claros.
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    A forma de fazer isso é reduzir
    a mortalidade infantil,
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    ter acesso ao planeamento familiar
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    e, por detrás disso,
    reforçar a educação das mulheres.
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    Isso é possível, toca a fazê-lo.
  • 4:42 - 4:44
    Muito obrigado.
  • 4:44 - 4:46
    (Aplausos)
Title:
Mortalidade infantil, planeamento familiar e ambiente | Hans Rosling | TEDxChange
Description:

Nesta versão animada da sua palestra TEDxChange, Hans Rosling analisa o Objetivo 4 do Desenvolvimento do Milénio: Redução da taxa de mortalidade infantil em dois terços em 2015. Hans Rosling esclarece o progresso que se verificou em África e a necessidade de medir cada país individualmente.

Esta palestra foi feita num evento TEDx usando o formato de palestras TED, mas organizado independentemente por uma comunidade local. Saiba mais em http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
04:47

Portuguese subtitles

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