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O que acontece quando o nosso ADN se avaria? — Monica Menesini

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    O ADN, em cada uma das nossas células
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    sofre danos dezenas de milhares
    de vezes por dia.
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    Multiplicando isto pelas centenas de
    biliões de células do nosso corpo,
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    obtemos cinco triliões de erros
    no ADN, por dia.
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    O ADN contém as instruções
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    das proteínas de que as células
    precisam para funcionar,
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    as alterações provocam problemas graves,
    como o cancro.
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    Os erros surgem de diversas formas.
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    ás vezes os nucleótidos, os blocos de
    construção do ADN, ficam danificados,
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    outras vezes são combinados
    incorretamente,
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    provocando mutações.
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    As falhas numa ou nas duas cadeias
    podem interferir na replicação do ADN,
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    ou até misturar as secções do ADN.
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    Felizmente, as nossas células
    têm mecanismos para reparar
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    a maior parte destes problemas,
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    na maior parte das vezes.
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    Todos os mecanismos de reparação
    dependem de enzimas especializadas
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    responsáveis por responder
    aos diferentes tipos de danos.
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    Um erro comum é a combinação
    incorreta das bases.
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    Cada nucleótido contém uma base.
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    Durante a replicação do ADN,
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    a enzima polimerase do ADN
    deve obter o parceiro certo
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    para emparelhar com cada base
    em cada cadeia.
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    A adenina com a timina
    e a guanina com a citosina.
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    Mas, uma vez em cada
    cem mil adições,
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    faz um erro.
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    A enzima repara logo
    na maior parte desses erros
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    e corta alguns nucleótidos
    substituindo-os pelos corretos.
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    E, para o caso, de escaparem alguns,
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    vem a seguir um segundo conjunto
    de proteínas para verificar.
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    Se encontram um emparelhamento errado,
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    cortam o nucleótido incorreto
    e substituem-no.
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    Chama-se a isso reparação
    do emparelhamento.
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    Em conjunto, estes dois sistemas
    reduzem o número
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    dos erros de emparelhamento das bases
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    para cerca de um em mil milhões.
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    Mas o ADN também pode ficar danificado,
    depois da replicação.
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    Muitas moléculas diferentes podem
    causar alterações químicas aos nucleótidos.
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    Algumas delas provêm
    da exposição ao ambiente,
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    como certos compostos no fumo do tabaco.
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    Mas outras são moléculas
    que se encontram naturalmente nas células,
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    como o peróxido de hidrogénio.
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    Certas alterações químicas são tão comuns
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    que têm enzimas específicas
    atribuídas para inverter os danos.
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    Mas a célula também tem
    outras vias mais gerais de reparação.
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    Se só há uma base danificada.
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    normalmente pode ser
    ajustada por um processo
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    chamado reparação por excisão da base.
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    Uma enzima retira a base danificada
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    e outras enzimas recortam o local
    e reparam os nucleótidos.
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    A luz UV também pode causar danos,
    que são mais difíceis de reparar.
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    Por vezes, faz com que dois nucleótidos
    adjacentes fiquem colados,
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    distorcendo a forma
    de duplo hélice do ADN.
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    Os danos como este exigem
    um processo mais complicado
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    chamado reparação
    por excisão do nucleótido.
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    Uma equipa de proteínas
    remove uma longa cadeia
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    com cerca de 24 nucleótidos,
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    e substitui-os por outros novos.
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    A radiação de alta frequência,
    como os raios gama e os raios-X,
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    causam um tipo diferente de danos.
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    Podem cortar uma ou as duas
    cadeias da estrutura do ADN.
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    As quebras duplas das cadeias
    são as mais perigosas.
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    Basta uma para causar a morte da célula.
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    As duas vias mais comuns
    para reparar a quebra da cadeia dupla
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    chamam-se recombinação homóloga
    e junção de terminais não homóloga.
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    A recombinação homóloga usa como modelo
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    uma secção não danificada
    de ADN semelhante .
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    As enzimas entrelaçam as cadeias
    danificadas e não danificadas,
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    levam-nas a trocar
    sequências de nucleótidos
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    e, por fim, preenchem os vazios em falta
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    para acabarem com dois segmentos
    completos de cadeia dupla.
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    A junção de terminais não homólogos,
    por outro lado,
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    não se baseia num modelo.
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    Uma série de proteínas
    recorta alguns nucleótidos
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    e depois funde os terminais
    quebrados um no outro.
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    Este processo não é rigoroso.
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    Pode fazer com que os genes fiquem
    misturados ou mudem de lugar.
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    Mas é útil quando não há
    um ADN semelhante disponível.
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    Claro que as alterações de ADN
    nem sempre são más.
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    As mutações benéficas
    permitem que uma espécie evolua.
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    Mas, na maior parte das vezes,
    queremos que o ADN se mantenha o mesmo.
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    Os defeitos na reparação do ADN
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    estão associados
    ao envelhecimento prematuro
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    e a muitos tipos de cancro.
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    Por isso, se andam à procura
    da fonte da juventude,
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    ela já está a funcionar
    nas vossas células,
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    milhares e milhares de milhões
    de vezes por dia.
Title:
O que acontece quando o nosso ADN se avaria? — Monica Menesini
Description:

Vejam a lição completa: http://ed.ted.com/lessons/what-happens-when-your-dna-is-damaged-monica-menesini

O ADN numa única das nossas células estraga-se dezenas de milhares de vezes por dia. Como o ADN fornece as instruções para as proteínas de que as nossas células precisam para funcionar, esse estrago pode causar problemas graves — incluindo o cancro. Felizmente, as nossas células têm formas de reparar a maior parte desses problemas, quase sempre. Monica Menesini pormenoriza os processos dos danos do ADN e da sua reparação.

Lição de Monica Menesini, animação de FOX Animation Domination High-Def

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
04:59

Portuguese subtitles

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