Autismo — o que sabemos (e o que ainda não sabemos)
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0:01 - 0:03Porquê?
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0:03 - 0:06"Porquê?" é uma pergunta que
os pais estão sempre a fazer-me. -
0:07 - 0:10Porque é que o meu filho
desenvolveu autismo? -
0:10 - 0:14Enquanto pediatras,
geneticistas, pesquisadores, -
0:14 - 0:16tentamos responder a esta questão.
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0:16 - 0:19Mas o autismo não é uma situação simples.
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0:19 - 0:21Na verdade é um espetro de perturbações,
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0:21 - 0:24um espetro que abarca, por exemplo,
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0:24 - 0:26o Justin, um garoto de 13 anos,
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0:26 - 0:29que não consegue falar,
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0:29 - 0:31que comunica usando um iPad.
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0:31 - 0:33Toca nas fotos para comunicar
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0:33 - 0:36os seus pensamentos e preocupações.
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0:36 - 0:38É um rapazinho que,
quando fica aborrecido, -
0:38 - 0:40começa a balançar-se
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0:40 - 0:42e por vezes, quando fica muito perturbado,
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0:42 - 0:44bate com a cabeça
ao ponto de poder abri-la -
0:44 - 0:46e precisar de levar pontos.
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0:47 - 0:49Mas este mesmo diagnóstico de autismo
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0:49 - 0:51também se aplica a Gabriel,
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0:51 - 0:53outro garoto de 13 anos,
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0:53 - 0:56que tem um conjunto diferente de desafios.
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0:56 - 0:59Tem um talento notável para a matemática.
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0:59 - 1:01Consegue multiplicar com facilidade
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1:01 - 1:03dois números de três algarismos,
de cabeça. -
1:03 - 1:06Porém, quando se trata
de manter uma conversa, -
1:06 - 1:09tem grande dificuldade.
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1:09 - 1:11Não mantém contacto visual.
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1:11 - 1:13Tem dificuldade em iniciar uma conversa,
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1:13 - 1:15sente-se desajeitado.
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1:15 - 1:17Quando fica nervoso, vira-se para dentro.
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1:18 - 1:19No entanto, estes dois meninos
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1:19 - 1:24têm o mesmo diagnóstico de
perturbação do espetro do autismo. -
1:24 - 1:26Uma das coisas que nos preocupa
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1:26 - 1:29é se há ou não uma epidemia de autismo.
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1:30 - 1:32Hoje em dia, uma em cada 88 crianças
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1:32 - 1:34será diagnosticada com autismo.
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1:34 - 1:36E a questão é esta:
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1:36 - 1:38Porque é que este gráfico tem este aspeto?
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1:38 - 1:41Será que este número tem aumentado
terrivelmente com o tempo? -
1:42 - 1:46Ou será porque começámos a rotular
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1:46 - 1:48indivíduos com autismo,
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1:48 - 1:50apenas porque lhes damos um diagnóstico,
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1:50 - 1:53quando o autismo já existia antes
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1:53 - 1:55mas ainda não tinha esse rótulo?
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1:55 - 1:59De facto, no final dos anos 80
e no começo dos anos 90, -
1:59 - 2:00foi aprovada legislação
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2:00 - 2:03que forneceu aos indivíduos com autismo
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2:03 - 2:07recursos e acesso a materiais educativos
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2:07 - 2:08para os ajudar.
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2:08 - 2:11Com esta maior consciencialização,
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2:11 - 2:15mais pais, mais pediatras, mais educadores
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2:15 - 2:18aprenderam a reconhecer
os sinais de autismo. -
2:18 - 2:22Daí que tenham sido
diagnosticadas mais pessoas -
2:22 - 2:25que passaram a ter acesso aos
recursos de que precisavam. -
2:25 - 2:28Além disso, mudámos
a definição com o tempo, -
2:28 - 2:32e assim ampliámos a definição de autismo.
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2:32 - 2:35Isso contribuiu para o aumento
prevalecente que vemos. -
2:36 - 2:38A outra pergunta que toda a gente faz é:
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2:38 - 2:40"Qual é a causa do autismo?"
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2:40 - 2:43Um equívoco muito comum
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2:43 - 2:47é que as vacinas provocam o autismo.
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2:47 - 2:49Mas vou ser muito clara:
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2:49 - 2:53As vacinas não provocam o autismo!
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2:53 - 2:57(Aplausos)
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3:00 - 3:02De facto, o estudo inicial de investigação
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3:02 - 3:04que sugeria que era esse o caso
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3:04 - 3:07foi uma fraude total.
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3:07 - 3:10O artigo foi removido da revista Lancet,
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3:10 - 3:12no qual tinha sido publicado,
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3:12 - 3:14e o seu autor, um médico,
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3:14 - 3:17perdeu a licença.
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3:17 - 3:20(Aplausos)
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3:20 - 3:22Os institutos de medicina
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3:22 - 3:24e os centros de controlo de doenças,
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3:24 - 3:27investigaram isto repetidamente,
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3:27 - 3:30e não há indícios credíveis
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3:30 - 3:33de que as vacinas provoquem o autismo.
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3:33 - 3:37Além disso, um dos
ingredientes das vacinas, -
3:37 - 3:39chamado timerosal,
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3:39 - 3:42que se afirmava ser a causa do autismo,
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3:42 - 3:46foi retirado das vacinas no ano de 1992
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3:46 - 3:52sem ter qualquer efeito
na prevalência do autismo. -
3:52 - 3:55Mais uma vez, não há provas
de que a resposta sejam as vacinas. -
3:56 - 4:00Então mantém-se a questão:
O que é que provoca o autismo? -
4:00 - 4:03De facto, provavelmente
não há uma só resposta. -
4:03 - 4:05Tal como o autismo é um espetro,
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4:05 - 4:07há um espetro de etiologias,
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4:07 - 4:08um espetro de causas.
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4:08 - 4:10Com base em dados epidemiológicos,
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4:10 - 4:12sabemos que uma das causas,
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4:12 - 4:15ou, melhor, uma das associações,
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4:15 - 4:16é a idade paterna avançada,
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4:16 - 4:20ou seja, o aumento da idade dos pais
na altura da conceção. -
4:21 - 4:24Além disso, outro período
vulnerável e crítico, -
4:24 - 4:26em termos de desenvolvimento,
-
4:26 - 4:27é quando a mãe está grávida.
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4:27 - 4:30Durante este período de desenvolvimento
do cérebro do feto, -
4:30 - 4:32sabemos que a exposição a certos agentes
-
4:32 - 4:35pode aumentar o risco de autismo.
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4:35 - 4:38Em particular, há um remédio
— o ácido valproico — -
4:38 - 4:41que as mães com epilepsia por vezes tomam,
-
4:41 - 4:44que sabemos que pode aumentar
o risco de autismo. -
4:44 - 4:47Além disso, pode haver
alguns agentes infecciosos -
4:47 - 4:50que também podem provocar o autismo.
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4:50 - 4:53Uma das coisas em que
me vou concentrar -
4:53 - 4:56são os genes que podem provocar o autismo.
-
4:56 - 4:58E vou-me concentrar nisso,
não porque os genes -
4:58 - 5:00sejam os únicos causadores do autismo,
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5:00 - 5:02mas porque são uma causa do autismo
-
5:02 - 5:04que podemos definir facilmente,
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5:04 - 5:07e entender melhor a biologia,
-
5:07 - 5:09e entender melhor como funciona o cérebro,
-
5:09 - 5:13para podermos traçar estratégias
de intervenção. -
5:13 - 5:17Porém, um dos fatores genéticos
que não entendemos, -
5:17 - 5:19é a diferença que vemos
-
5:19 - 5:21em termos de homens e mulheres.
-
5:21 - 5:25Os homens são quatro vezes
mais afetados do que as mulheres. -
5:25 - 5:29Não sabemos qual é a razão.
-
5:29 - 5:33Uma das formas para entender
que a genética é um fator, -
5:33 - 5:36é olhando para uma coisa
chamada a taxa de concordância. -
5:36 - 5:39Por outras palavras,
se um irmão tem autismo, -
5:39 - 5:41qual é a probabilidade
-
5:41 - 5:44de outro irmão daquela família
também desenvolver autismo? -
5:44 - 5:48E podemos observar em particular
três tipos de irmãos: -
5:48 - 5:50Gémeos idênticos,
-
5:50 - 5:53gémeos que partilham 100%
da sua informação genética -
5:53 - 5:57e partilham o mesmo
ambiente intrauterino, -
5:57 - 5:59versus gémeos fraternos,
-
5:59 - 6:03gémeos que partilham 50%
da sua informação genética, -
6:03 - 6:06versus irmãos normais,
irmãos-irmãs, irmãs-irmãs, -
6:06 - 6:09que também partilham 50%
da sua informação genética, -
6:09 - 6:12embora sem partilhar do
mesmo espaço intrauterino. -
6:12 - 6:14Quando olhamos para estes
rácios de concordância, -
6:14 - 6:16uma das coisas mais impressionantes
que vemos -
6:16 - 6:18é que, em gémeos idênticos,
-
6:18 - 6:21o rácio de concordância é de 77%.
-
6:22 - 6:25Surpreendentemente, porém,
não é de 100%. -
6:25 - 6:29Os genes não são responsáveis
por todos os riscos de autismo, -
6:29 - 6:31mas são responsáveis
por grande parte desse risco, -
6:31 - 6:34porque nos gémeos fraternos,
-
6:34 - 6:37o rácio de concordância é de apenas 31%.
-
6:37 - 6:39Por outro lado, existe uma diferença
-
6:39 - 6:42entre esses gémeos fraternos e os irmãos,
-
6:42 - 6:44que sugere que existem exposições comuns
-
6:44 - 6:46para os gémeos fraternos
-
6:46 - 6:48que podem não
ser igualmente partilhadas -
6:48 - 6:50por irmãos gerados em separado.
-
6:50 - 6:53Isto fornece indicações
de que o autismo é genético. -
6:53 - 6:55Mas, até que ponto é genético?
-
6:55 - 6:56Quando comparamos isto
-
6:56 - 6:59com outras condições
que já nos são familiares, -
6:59 - 7:02— coisas como cancro,
doenças do coração, diabetes — -
7:02 - 7:06a genética desempenha
no autismo um papel maior -
7:06 - 7:09do que nestas outras doenças.
-
7:09 - 7:12Mas não nos diz quais são os genes.
-
7:12 - 7:15Nem sequer nos diz, em nenhuma criança,
-
7:15 - 7:18se é um gene ou possivelmente
uma combinação de genes. -
7:18 - 7:22Na verdade, nalguns indivíduos com autismo
-
7:22 - 7:25é genético! [forte]
-
7:25 - 7:27Ou seja, é um único gene
-
7:27 - 7:30poderoso, determinista,
que provoca o autismo. -
7:31 - 7:34No entanto, noutros indivíduos
é genético, -
7:34 - 7:38ou seja, é de facto uma
combinação de genes, -
7:38 - 7:40em parte com o processo
de desenvolvimento, -
7:40 - 7:44que acaba por determinar
o risco para o autismo. -
7:44 - 7:47Para uma pessoa, nem sempre sabemos
-
7:47 - 7:49qual das duas respostas se aplica,
-
7:49 - 7:51até começarmos a aprofundar mais.
-
7:51 - 7:53Portanto a questão passa a ser:
-
7:53 - 7:54Como podemos começar a identificar
-
7:54 - 7:56quais são exatamente esses genes?
-
7:56 - 7:58E deixem-me que apresente uma coisa
-
7:58 - 8:00que pode não ser intuitiva.
-
8:00 - 8:04Certos indivíduos podem ter autismo
-
8:04 - 8:06por uma razão que é genética,
-
8:06 - 8:09mas não é porque
haja autismo na família. -
8:09 - 8:12Isto porque certos indivíduos,
-
8:12 - 8:15podem ter alterações genéticas
ou mutações -
8:15 - 8:19que não lhes foram transmitidas
pela mãe ou pelo pai, -
8:19 - 8:22mas têm origem neles mesmos.
-
8:22 - 8:25Mutações que estão presentes
no ovo ou no esperma, -
8:25 - 8:27na altura da conceção,
-
8:27 - 8:31mas não foram transmitidas
de geração em geração na família. -
8:32 - 8:34Podemos usar esta estratégia
-
8:34 - 8:36para compreender e identificar
-
8:36 - 8:40os genes que provocam
o autismo nesses indivíduos. -
8:40 - 8:42Com efeito, na Fundação Simons
-
8:42 - 8:44pegámos em 2600 indivíduos
-
8:44 - 8:47que não tinham história
de autismo na família. -
8:47 - 8:50Agarrámos nessas crianças,
na mãe e no pai, -
8:50 - 8:53e utilizámo-los para tentar compreender
-
8:53 - 8:54que genes eram esses
-
8:54 - 8:56que provocavam o autismo naqueles casos.
-
8:56 - 9:00Para isso, tivemos que,
de modo abrangente, -
9:00 - 9:02observar toda a informação genética
-
9:02 - 9:04e determinar quais eram as diferenças
-
9:04 - 9:07entre a mãe, o pai e a criança.
-
9:08 - 9:10Para isso, peço desculpa,
-
9:10 - 9:12vou usar a analogia obsoleta
-
9:12 - 9:15das enciclopédias, em vez da Wikipedia.
-
9:15 - 9:18Mas vou fazê-lo para salientar
-
9:18 - 9:20que, ao fazer este inventário,
-
9:20 - 9:24tínhamos de conseguir analisar
quantidades massivas de informação. -
9:24 - 9:26A nossa informação genética
está organizada -
9:26 - 9:29num conjunto de 46 volumes.
-
9:29 - 9:32Neste trabalho, tivemos que analisar
cada um desses 46 volumes -
9:32 - 9:37porque, nalguns casos de autismo,
há um volume em falta. -
9:37 - 9:40Mas tivemos que ser mais
granulares do que isso. -
9:40 - 9:42Tivemos que começar a abrir esses livros
-
9:42 - 9:43e, nalguns casos,
-
9:43 - 9:45a alteração genética era mais subtil.
-
9:45 - 9:49Podia faltar um único parágrafo
-
9:49 - 9:52ou, ainda mais subtil do que isso,
-
9:52 - 9:53uma única letra,
-
9:53 - 9:56uma letra entre três mil milhões,
-
9:56 - 9:58que tivesse mudado,
que estivesse alterada -
9:58 - 10:02e tivesse um efeito profundo
no funcionamento do cérebro -
10:02 - 10:03e afetasse o comportamento.
-
10:03 - 10:06Fazendo isto com estas famílias
-
10:06 - 10:10pudemos analisar aproximadamente
25% dos indivíduos -
10:11 - 10:15e determinar que havia
um único fator genético poderoso -
10:15 - 10:18que provocara o autismo nessas famílias.
-
10:18 - 10:22Por outro lado, há 75%
que ainda não conseguimos descobrir. -
10:23 - 10:27Mas este trabalho torna-nos humildes
-
10:27 - 10:31porque percebemos que não havia
um gene único para o autismo. -
10:31 - 10:33Na verdade, as estimativas atuais
-
10:33 - 10:35referem que há 200 ou 400 genes diferentes
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10:35 - 10:37que podem provocar o autismo.
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10:37 - 10:39E isso explica, em parte,
-
10:39 - 10:41porque é que vemos um espetro tão amplo
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10:41 - 10:43em termos de efeitos.
-
10:43 - 10:47Embora haja tantos genes,
há uma razão para isso. -
10:47 - 10:49Não é simplesmente aleatório
-
10:49 - 10:51— quaisquer 200, 400 genes diferentes —
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10:51 - 10:53mas na verdade encaixam-se.
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10:53 - 10:55Encaixam-se num caminho.
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10:55 - 10:57Encaixam-se numa rede
-
10:57 - 10:59que agora começa a fazer sentido
-
10:59 - 11:01em termos de como funciona o cérebro.
-
11:01 - 11:03Passámos a ter
uma abordagem de baixo para cima, -
11:03 - 11:07em que estamos a identificar os genes,
as proteínas, as moléculas; -
11:07 - 11:09a compreender como elas interagem
-
11:09 - 11:11para fazer o trabalho dos neurónios;
-
11:11 - 11:14a compreender como
esses neurónios interagem -
11:14 - 11:15para fazer funcionar os circuitos;
-
11:15 - 11:18e compreender como
funcionam esses circuitos -
11:18 - 11:19para controlar o comportamento.
-
11:19 - 11:22Compreender isso,
tanto nos indivíduos com autismo -
11:22 - 11:25como nos indivíduos de cognição normal.
-
11:25 - 11:28Mas, para nós, o diagnóstico
precoce é fundamental. -
11:28 - 11:30É importante ser capaz de
fazer esse diagnóstico -
11:30 - 11:32em alguém suscetível,
-
11:32 - 11:34numa dada altura, numa janela,
-
11:34 - 11:37em que temos capacidade
para transformar, para ter impacto -
11:37 - 11:40nesse cérebro em crescimento.
Isso é crítico. -
11:40 - 11:44Assim, pessoas como Ami Klin
desenvolveram métodos -
11:44 - 11:47para agarrarem em crianças, bebés,
-
11:47 - 11:49e usarem biomarcadores,
-
11:49 - 11:52neste caso de contacto visual
e seguimento visual, -
11:52 - 11:54para identificar um bebé em risco.
-
11:54 - 11:56Este bebé em especial,
-
11:56 - 11:58que estão a ver a fazer
um bom contacto visual -
11:58 - 12:01com aquela mulher, enquanto
ela canta "Itsy, Bitsy Spider", -
12:01 - 12:04não vai desenvolver autismo.
-
12:04 - 12:07Sabemos que este bebé
vai ficar livre disso. -
12:07 - 12:11Por outro lado, este outro bebé
vai desenvolver autismo. -
12:12 - 12:14Esta criança aqui, podem ver,
-
12:14 - 12:16não está a fazer um bom contacto visual.
-
12:16 - 12:18Os olhos, em vez de se concentrarem
-
12:18 - 12:21e terem uma ligação social,
-
12:21 - 12:23estão a olhar para a boca,
a olhar para o nariz, -
12:23 - 12:25a olhar noutra direção,
-
12:25 - 12:28sem se relacionar socialmente
-
12:28 - 12:31e sem ser capaz de fazer
isso em grande escala. -
12:31 - 12:34Analisar bebés, analisar
crianças, para autismo, -
12:34 - 12:36através duma coisa
muito robusta, muito fiável, -
12:36 - 12:38vai-nos ser muito útil
-
12:38 - 12:42para podermos intervir
numa fase muito precoce, -
12:42 - 12:45quando podemos ter o maior impacto.
-
12:45 - 12:47Como é que vamos intervir?
-
12:47 - 12:50Provavelmente vai ser
uma combinação de fatores. -
12:50 - 12:52Em parte, nalguns indivíduos
-
12:52 - 12:54vamos tentar usar medicação.
-
12:54 - 12:56Identificar os genes para o autismo
-
12:56 - 13:00é importante, para identificar
alvos dos medicamentos, -
13:00 - 13:02para identificar coisas
em que possamos ter impacto -
13:02 - 13:05e ter a certeza de que é o que
precisamos de fazer. -
13:05 - 13:08Mas isso não vai ser a única resposta.
-
13:08 - 13:12Além dos medicamentos, vamos usar
estratégias educativas. -
13:12 - 13:14Alguns indivíduos com autismo
-
13:14 - 13:16estão ligados de modo um pouco diferente.
-
13:16 - 13:17Aprendem de modo diferente.
-
13:17 - 13:20Absorvem o seu meio ambiente
de modo diferente. -
13:20 - 13:22Precisamos de poder educá-los
-
13:22 - 13:25do modo que melhor os sirva.
-
13:25 - 13:28Para além disso, há
muitos indivíduos nesta sala -
13:28 - 13:29que têm grandes ideias
-
13:29 - 13:32em termos de novas tecnologias
que podemos usar. -
13:32 - 13:34Tudo, desde aparelhos
que podemos usar -
13:34 - 13:37para treinar o cérebro
e torná-lo mais eficaz, -
13:37 - 13:40e compensar áreas em que tenha
um pouco mais de dificuldade, -
13:40 - 13:42até coisas como a lente Google.
-
13:42 - 13:44Por exemplo, podem imaginar Gabriel,
-
13:44 - 13:45com a sua dificuldade social,
-
13:45 - 13:49ser capaz de usar óculos Google
e um auscultador no ouvido, -
13:49 - 13:50e ter uma pessoa que o ajude
-
13:50 - 13:55ajude a pensar em conversas,
em temas de conversa, -
13:55 - 13:59e talvez um dia ser capaz
de convidar uma rapariga para sair. -
13:59 - 14:01Todas estas novas tecnologias
-
14:01 - 14:03oferecem oportunidades tremendas
-
14:03 - 14:07para podermos ter impacto
nos indivíduos com autismo. -
14:08 - 14:10Mas ainda temos um
longo caminho a percorrer. -
14:10 - 14:12Por muito que saibamos
-
14:12 - 14:14ainda há muito mais coisas
que não sabemos. -
14:14 - 14:17Por isso convido-vos a todos
-
14:17 - 14:20para nos ajudarem a pensar
em como melhorar isto, -
14:20 - 14:23como usar, enquanto comunidade,
os nossos conhecimentos coletivos -
14:23 - 14:25para fazer a diferença.
-
14:25 - 14:29Convido em especial as pessoas
de famílias com autismo. -
14:29 - 14:32Convido-vos a juntarem-se
à rede Interativa de autismo -
14:32 - 14:35para fazerem parte da solução para isto.
-
14:35 - 14:37Vamos ser precisos muitos
-
14:37 - 14:40para pensar no que é importante,
-
14:40 - 14:42no que vai fazer
uma diferença significativa. -
14:42 - 14:44Quando pensamos numa coisa,
-
14:44 - 14:46que seja uma potencial solução,
-
14:46 - 14:46funciona bem?
-
14:46 - 14:49Vai realmente marcar a diferença
-
14:49 - 14:51nas nossas vidas, enquanto indivíduos,
-
14:51 - 14:53enquanto famílias com autismo?
-
14:53 - 14:55Vamos precisar de pessoas
de todas as idades, -
14:55 - 14:57desde os jovens aos idosos
-
14:57 - 14:59e com todas as diversas formas e tamanhos
-
14:59 - 15:01da perturbação do espetro do autismo
-
15:01 - 15:03para garantir que podemos ter impacto.
-
15:03 - 15:06Por isso convido-vos a todos
para se juntarem nesta missão -
15:06 - 15:09e ajudar a tornar as vidas
dos indivíduos com autismo -
15:09 - 15:12muito melhores e muito mais ricas.
-
15:12 - 15:14Obrigada.
-
15:13 - 15:17(Aplausos)
- Title:
- Autismo — o que sabemos (e o que ainda não sabemos)
- Speaker:
- Wendy Chung
- Description:
-
Nesta palestra factual, a geneticista Wendy Chung transmite o que sabemos sobre a perturbação do espetro do autismo — por exemplo, que o autismo tem múltiplas causas, possivelmente interligadas. Olhando para além da preocupação que pode rodear um diagnóstico, Chung e a sua equipa observam o que têm aprendido através de estudos, tratamentos e observação atenta.
- Video Language:
- English
- Team:
closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 15:35
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Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for Autism — what we know (and what we don't know yet) | |
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