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O que aprendi com a depressão | João Carlos Leitão | TEDxUFPE

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    Boa tarde.
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    O que eu aprendi com a depressão?
  • 0:13 - 0:17
    Eu podia estar aqui hoje falando
    do ponto de vista de um psiquiatra,
  • 0:17 - 0:21
    mas, na verdade, essa conversa
    vai ser sobre mim, o João,
  • 0:21 - 0:27
    o que eu aprendi ao longo dum processo
    depressivo pelo qual eu passei.
  • 0:28 - 0:30
    Bom, como já foi dito,
  • 0:30 - 0:35
    eu nasci e cresci na cidade de Arcoverde,
    no interior de Pernambuco,
  • 0:36 - 0:39
    com exceção de um ou dois anos
    em que eu morei fora
  • 0:41 - 0:45
    e tive que sair da cidade,
    como sempre disseram,
  • 0:45 - 0:47
    pra que fosse alguém na vida.
  • 0:47 - 0:53
    Eu saí pra estudar, pra construir algo,
    pra ser alguém, pra entrar na graduação.
  • 0:54 - 0:57
    Entrei na graduação,
    me formei em medicina.
  • 0:58 - 1:00
    Resolvi entrar pra psiquiatria
  • 1:01 - 1:03
    e, durante a pós-graduação de psiquiatria,
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    era uma terça-feira, maio de 2012,
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    eu acordei diferente.
  • 1:12 - 1:14
    Eu sabia o que era aquilo, né.
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    Eu olhei pro corpo, e ele estava pesado.
  • 1:18 - 1:22
    Eu olhei pro centro do peito,
    e havia uma angústia.
  • 1:22 - 1:26
    Não tinha mais motivação
    em realizar as atividades do dia a dia.
  • 1:28 - 1:30
    Havia muitos pensamentos negativos,
  • 1:31 - 1:32
    eu dormia muito,
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    e então eu olhei pra mim e disse:
    "Eu estou com depressão".
  • 1:37 - 1:38
    Eu sabia o que era aquilo.
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    Eu tratava aquilo
  • 1:41 - 1:45
    dez vezes durante uma semana,
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    nas pessoas que eu acompanhava
    no ambulatório da residência.
  • 1:49 - 1:53
    Então, eu tentei ir
    para a residência mesmo doente,
  • 1:53 - 1:56
    e conseguia ir e atendia meus pacientes
  • 1:56 - 1:58
    e, de alguma maneira,
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    eles melhoravam, mas o meu sentimento era:
  • 2:01 - 2:04
    "Talvez eu não esteja
    ajudando tanto essas pessoas".
  • 2:04 - 2:06
    Eu não conseguia nem me ajudar...
  • 2:07 - 2:10
    Então, eu resolvi pedir ajuda.
  • 2:10 - 2:13
    Pedi ajuda a um professor de psiquiatria.
  • 2:13 - 2:17
    Era um dos melhores psiquiatras da cidade,
    e ele resolveu me ajudar.
  • 2:17 - 2:20
    Desde aquele momento,
    eu tive à minha disposição
  • 2:20 - 2:23
    um dos melhores profissionais da cidade,
  • 2:23 - 2:27
    os melhores medicamentos,
    porque eu conseguia na própria residência,
  • 2:27 - 2:31
    e ainda tinha amigo meus
    que colaram e tentaram me ajudar.
  • 2:31 - 2:34
    O que aconteceu foi
    que surgiram resultados,
  • 2:34 - 2:40
    mas, até um ano depois, eu ainda estava
    sentindo basicamente todos os sintomas,
  • 2:40 - 2:42
    de uma maneira atenuada.
  • 2:43 - 2:47
    Eu já conseguia ir para o trabalho,
    já conseguia atender as pessoas,
  • 2:47 - 2:49
    mas eu continuava chegando atrasado.
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    A motivação: "Por que eu estou
    fazendo tudo isso?", ela não surgia.
  • 2:55 - 2:57
    Eu estava pesquisando tudo.
  • 2:57 - 3:01
    Eu pesquisava nas neurociências,
    eu pesquisava os medicamentos,
  • 3:01 - 3:06
    eu pesquisava abordagens
    alternativas neurobiológicas.
  • 3:06 - 3:09
    Nessa, eu fui parar até
    em universidades fora do país,
  • 3:09 - 3:12
    tentando estudar técnicas
    pra tratar o cérebro,
  • 3:12 - 3:14
    o cérebro.
  • 3:14 - 3:17
    Nesse momento, eu estava olhando
    pra um cérebro doente.
  • 3:17 - 3:20
    Eu não estava olhando
    pra uma pessoa doente.
  • 3:21 - 3:24
    Foi quando, naquela época,
    eu já comecei a sentar em silêncio.
  • 3:24 - 3:30
    Eu acessava um blogue chamado
    "opicodamontanha.blogspot.com",
  • 3:30 - 3:34
    um blogue de um monge Zen, o monge Genshô.
  • 3:35 - 3:38
    E ele dizia sempre: "Sente em silêncio.
  • 3:38 - 3:41
    Sente em silêncio e não faça nada.
  • 3:41 - 3:42
    Apenas observe.
  • 3:42 - 3:48
    Observe, como alguém sentado
    no centro da sua sala, tomando um chá.
  • 3:50 - 3:53
    Deixe as duas portas abertas,
    deixe que passem.
  • 3:53 - 3:57
    Apenas não ofereça esse chá
    pra esses transeuntes.
  • 3:57 - 3:59
    Apenas observe".
  • 3:59 - 4:05
    No caso, era apenas "observe a sua mente,
    não vá no fluxo dos pensamentos".
  • 4:06 - 4:11
    Sentando em silêncio,
    talvez pela primeira vez na minha vida,
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    eu [me dei] conta
    de que eu tinha um mundo interno,
  • 4:16 - 4:20
    complexo, cheio de pensamentos, emoções,
  • 4:23 - 4:28
    cheio de padrões que eu tinha
    alimentado durante tanto tempo.
  • 4:30 - 4:34
    Foi como chegar de uma viagem
    de dois, três anos
  • 4:34 - 4:38
    e ter percebido que você
    não arrumou a casa antes de viajar.
  • 4:39 - 4:41
    Estava uma bagunça.
  • 4:42 - 4:44
    No começo, dava medo
    de olhar pra essa bagunça,
  • 4:44 - 4:47
    dava medo de olhar pra esse mundo interno.
  • 4:48 - 4:50
    Mas, assim, eu não tinha
    uma outra alternativa.
  • 4:50 - 4:52
    Se eu não olhasse pro mundo interno,
  • 4:52 - 4:56
    talvez eu não encontrasse
    o processo de melhora.
  • 4:57 - 5:00
    Teve um momento aí onde
    eu estava estudando um conceito,
  • 5:00 - 5:03
    que é um conceito novo que dizia assim:
  • 5:03 - 5:07
    o seu cérebro, que até 15, 20 anos atrás,
  • 5:07 - 5:12
    se acreditava, era algo fixo, imutável,
    a partir de uma determinada idade,
  • 5:12 - 5:17
    na verdade ele é plástico,
    ele é dinâmico, ele é transmutável,
  • 5:17 - 5:20
    e isso depende dos seus hábitos de vida,
  • 5:20 - 5:24
    isso depende de como você
    se relaciona com você mesmo.
  • 5:25 - 5:26
    E aí, eu olhei aquilo
  • 5:27 - 5:32
    e resolvi entender um pouco mais
    sobre esse mundo interno,
  • 5:32 - 5:36
    sobre como gerar esses hábitos,
    sobre o que era tudo isso.
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    Eu descobri por exemplo como eu me fixava
    em tudo aquilo que eu achava ser.
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    Por exemplo, "o psiquiatra",
    "aquele que tem depressão",
  • 5:46 - 5:48
    "aquele que tem tais valores de vida".
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    Eu não percebi que essas fixações,
    "eu sou isso", "eu sou aquilo",
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    "o outro é aquilo ou aquilo outro",
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    elas eram também uma base
    que gerava tanto sofrimento.
  • 6:00 - 6:03
    Pouco tempo depois,
    eu encontrei uma escola de meditação,
  • 6:03 - 6:06
    o Centro de Estudos Budistas Bodisatva.
  • 6:06 - 6:11
    Lá, eu encontrei dois professores:
    o Lama Padma Samten e o João Vale.
  • 6:11 - 6:13
    Esses dois professores...
  • 6:13 - 6:18
    Se o primeiro professor tinha me mostrado
    o mundo interno, "apenas observe",
  • 6:18 - 6:24
    esses me mostraram que havia
    uma liberdade de cultivar hábitos novos
  • 6:24 - 6:27
    e cultivar um novo
    relacionamento comigo mesmo.
  • 6:28 - 6:30
    "Cultivar".
  • 6:30 - 6:33
    Esses dois professores
    têm um outro professor,
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    que é um tibetano.
  • 6:35 - 6:38
    É o Chagdud Tulku Rinpoche.
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    Em um dos seus ensinamentos,
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    ele compara a nossa mente com um jardim.
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    A sua mente é que nem um jardim.
  • 6:48 - 6:53
    Não adianta plantar algo e esperar
    que você colha uma outra fruta.
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    Não adianta olhar pro seu jardim e se julgar:
  • 6:57 - 7:00
    "Por que eu não plantei isso
    no lugar daquilo?"
  • 7:01 - 7:03
    Mas no agora você tem uma liberdade:
  • 7:04 - 7:06
    de aguar plantas novas,
  • 7:06 - 7:10
    de tirar plantas que não estão trazendo
    tanto benefício, e plantar outras.
  • 7:11 - 7:13
    E isso me lembra lá de Arcoverde.
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    Quando eu tinha uns 14, 15 anos,
    eu me mudei pra uma casa nova.
  • 7:18 - 7:22
    Tinha um terreiro na frente da casa,
    algo sem muita forma.
  • 7:23 - 7:26
    Eu olhei pra aquele terreiro e disse:
    "Nossa! Um jardim".
  • 7:26 - 7:31
    Não era um jardim, mas minha mente
    tinha dado um nascimento àquilo.
  • 7:34 - 7:37
    O que aconteceu foi que era
    um terreno de terra batida,
  • 7:37 - 7:41
    e eu comecei a aerar essa terra
    com uma uma enxada.
  • 7:41 - 7:45
    E, depois, meu pais vendo
    aquela movimentação, trouxeram adubo
  • 7:45 - 7:48
    e, depois de aerar, eu comecei a adubar.
  • 7:48 - 7:51
    Com pouco, estava a família inteira
    plantando plantas novas,
  • 7:51 - 7:52
    aguando, adubando,
  • 7:52 - 7:56
    botando no local adequado pra que
    as plantas de sombra ficassem na sombra
  • 7:56 - 7:58
    ou as de sol ficassem no sol,
  • 7:58 - 8:01
    e, cerca de dois anos depois,
    nós tínhamos de fato um jardim.
  • 8:03 - 8:07
    Esse ensinamento do professor Chagdud,
  • 8:07 - 8:10
    quando eu ouvi,
    que me lembrei desse jardim,
  • 8:10 - 8:12
    que em determinado momento
    ficou tão bonito
  • 8:12 - 8:14
    que a gente simplesmente
    sentava e apreciava,
  • 8:14 - 8:16
    ou ficava aguando alegremente,
  • 8:17 - 8:19
    tudo fez sentido.
  • 8:20 - 8:24
    Eu olhei, e quais hábitos de mente
    eu estava alimentando?
  • 8:24 - 8:25
    Hábitos negativos.
  • 8:25 - 8:29
    E, a partir de então, novos hábitos
    foram sendo treinados, cultivados,
  • 8:29 - 8:33
    aguados, colocados no sol
    pra receber o sol adequado.
  • 8:34 - 8:36
    Após esse processo, naturalmente,
  • 8:36 - 8:39
    os medicamentos puderam
    finalmente fazer o efeito deles.
  • 8:39 - 8:42
    Eu fui melhorando do processo depressivo,
  • 8:42 - 8:44
    até que eu comecei
    a reduzir os medicamentos
  • 8:44 - 8:48
    e, em um determinado momento,
    não utilizei mais.
  • 8:50 - 8:56
    Esse processo de melhora foi permitido
    por conta dessa jornada interna.
  • 8:57 - 8:59
    Eu acredito que eu estou
    simplesmente no começo disso.
  • 9:01 - 9:02
    Acabei de começar.
  • 9:02 - 9:04
    Existem pessoas que estão
    em um outro ponto,
  • 9:04 - 9:08
    trazendo benefício como esses professores
    me trouxeram benefício.
  • 9:08 - 9:13
    Mas esse começo dessa jornada
    já me faz ser uma pessoa diferente,
  • 9:14 - 9:16
    já me faz olhar pro sofrimento do outro.
  • 9:16 - 9:19
    Eu acredito que,
    depois de ter passado por isso,
  • 9:19 - 9:22
    trabalhar como terapeuta,
  • 9:22 - 9:27
    ajudando pessoas que são portadoras
    de transtornos semelhantes,
  • 9:27 - 9:30
    ficou muito mais fácil,
    muito mais honesto.
  • 9:30 - 9:33
    Eu finalmente posso sentir aquilo
    que o outro está sentindo
  • 9:33 - 9:38
    e ajudá-lo de uma maneira
    mais sustentável.
  • 9:41 - 9:45
    E o que eu aprendi
    ao longo desse processo depressivo?
  • 9:47 - 9:49
    Eu aprendi, por exemplo,
  • 9:49 - 9:52
    que o nosso processo de aprendizagem
    usual desde que nascemos
  • 9:52 - 9:55
    é um processo voltado ao mundo externo,
  • 9:55 - 9:59
    é um processo voltado a organizar,
    crescer, adquirir, estudar,
  • 9:59 - 10:02
    ser alguém, se comparar,
    se colocar pra baixo, se culpar.
  • 10:02 - 10:05
    É um processo que esquece
  • 10:06 - 10:07
    que nós estamos ao mesmo tempo
  • 10:07 - 10:10
    habitando o mundo interno
    e o mundo externo.
  • 10:10 - 10:13
    É um processo que não nos ensina
    sobre a educação emocional,
  • 10:13 - 10:16
    não nos ensina sobre olhar pra dentro,
  • 10:16 - 10:20
    compreender quais as nossas
    motivações nas nossas ações.
  • 10:21 - 10:25
    Acredito que esse processo de educação
    e de alfabetização emocional
  • 10:25 - 10:31
    é essencial pra que a gente acesse,
    que a gente adquira ferramentas psíquicas,
  • 10:31 - 10:34
    ferramentas espirituais,
    ferramentas de vida,
  • 10:35 - 10:37
    porque, assim como eu dois anos atrás,
  • 10:37 - 10:40
    milhões de pessoas no mundo
    estão passando, neste momento,
  • 10:40 - 10:42
    por transtornos, por sofrimento,
  • 10:42 - 10:46
    simplesmente por essa inabilidade
    de olhar pro mundo interno.
  • 10:47 - 10:49
    O que acontece é basicamente o seguinte:
  • 10:49 - 10:53
    não olhando pra esse aspecto
    da nossa existência,
  • 10:53 - 10:56
    seguimos cultivando negatividades,
  • 10:56 - 10:59
    hábitos negativos,
    relacionamentos negativos,
  • 10:59 - 11:01
    e cultivamos isso por tanto tempo
  • 11:02 - 11:06
    que não tem outra alternativa
    que não o adoecimento psíquico:
  • 11:06 - 11:08
    depressão, ansiedade, pânico,
  • 11:08 - 11:11
    dependências psíquicas,
    dependências emocionais,
  • 11:11 - 11:15
    dependências medicamentosas
    ou de outras substâncias...
  • 11:15 - 11:16
    suicídio.
  • 11:17 - 11:20
    Isso está tanto aí que a gente
    acredita que é normal:
  • 11:20 - 11:22
    "Mais cedo ou mais tarde,
    vou passar por algo do tipo".
  • 11:22 - 11:23
    Mas não,
  • 11:24 - 11:27
    porque existe uma liberdade,
  • 11:28 - 11:30
    e nós podemos cultivar isso.
  • 11:33 - 11:37
    É na infância que damos início
    ao cultivo dos nossos jardins da vida.
  • 11:37 - 11:39
    Damos início ao cultivo de aprendizagem,
  • 11:39 - 11:42
    de coisas que vão
    nos ser úteis lá no futuro,
  • 11:42 - 11:46
    damos início ao cultivo do nosso
    mundo interno, sem nem perceber.
  • 11:46 - 11:48
    Pare e pense agora:
  • 11:48 - 11:50
    se você pudesse,
  • 11:50 - 11:53
    quanto sofrimento você teria evitado
  • 11:53 - 11:55
    pra você e pros outros?
  • 11:57 - 12:02
    Se você soubesse fazer diferente,
    seja honesto consigo mesmo:
  • 12:02 - 12:04
    quanto sofrimento você não teria evitado?
  • 12:05 - 12:07
    Nós não sabíamos fazer diferente.
  • 12:09 - 12:12
    Assim como o jardim,
    a nossa única alternativa é no agora.
  • 12:13 - 12:16
    O passado já se foi;
    o futuro é algo que não existe
  • 12:16 - 12:19
    e, quando chegar,
    vai ser presente do mesmo jeito.
  • 12:19 - 12:24
    É no jardim da infância que podemos
    curar essa epidemia na raiz.
  • 12:25 - 12:28
    É ali que nós temos
    uma potência de intervenção
  • 12:28 - 12:33
    pra curar essa desconexão com a vida,
    esse surto de cobrança,
  • 12:33 - 12:40
    esse aumento enorme de transtornos mentais
    que estamos vendo pelo planeta inteiro.
  • 12:42 - 12:46
    É necessária uma responsabilização,
    uma responsabilização de todos.
  • 12:48 - 12:52
    Coletivamente, nós podemos ensinar
    às nossas crianças essas ferramentas.
  • 12:52 - 12:55
    Primeiro, nós precisamos aprendê-las.
  • 12:55 - 12:59
    Mas não só os pais, não só a escola,
    não só os cuidadores;
  • 12:59 - 13:04
    é preciso que todos nos responsabilizemos
    por isso porque, se não,
  • 13:04 - 13:08
    a nossa vida individualmente
    e a nossa vida coletivamente
  • 13:08 - 13:12
    vai seguir se tornando cada vez
    mais insustentável no mundo.
  • 13:14 - 13:19
    É preciso uma nova pedagogia de vida,
    uma pedagogia mais ampla,
  • 13:19 - 13:23
    que enxergue esse aspecto
    um pouco esquecido da nossa existência.
  • 13:23 - 13:28
    Afinal, nós sofremos
    porque não sabemos fazer diferente.
  • 13:28 - 13:31
    Mas a potência está lá;
    a gente não enxerga,
  • 13:31 - 13:34
    mas é nela que a gente deve se amparar.
  • 13:34 - 13:36
    Muito obrigado.
  • 13:36 - 13:38
    (Aplausos)
Title:
O que aprendi com a depressão | João Carlos Leitão | TEDxUFPE
Description:

João Carlos Leitão fala sobre depressão, a partir de sua própria experiência com a doença, como paciente, e fala sobre como conseguiu superá-la.

Natural de Arcoverde, Pernambuco, João é uma pessoa muito tranquila, praticante de meditação. É facilitador do CEBB (Centro de Estudos Budistas Bodisatva), atua como psiquiatra e psicoterapeuta e, em seu trabalho, busca mostrar às pessoas que elas têm a liberdade de cultivar uma vida mais plena de sentido, para além dos sofrimentos psíquicos que apresentam.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
Portuguese, Brazilian
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
13:47

Portuguese, Brazilian subtitles

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