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Morrendo de vontade de ser eu | Anita Moorjani | TEDxBayArea

  • 0:07 - 0:09
    Estou muito entusiasmada em estar aqui,
  • 0:09 - 0:12
    e feliz em vê-los.
  • 0:12 - 0:17
    Sabem, uma das maiores
    razões de estar feliz
  • 0:17 - 0:20
    é porque eu não deveria estar viva.
  • 0:20 - 0:24
    Eu devia ter morrido
    em 2 de fevereiro de 2006.
  • 0:24 - 0:29
    Era para ser meu último dia
    nesta vida física,
  • 0:29 - 0:34
    porque, naquele dia, os médicos disseram
    a meu marido e minha família
  • 0:34 - 0:37
    que eu tinha apenas algumas horas de vida.
  • 0:37 - 0:40
    Estava morrendo de um linfoma,
  • 0:40 - 0:43
    que é um tipo de câncer
    que afeta os gânglios linfáticos.
  • 0:43 - 0:47
    Lutei contra o câncer por quatro anos
    até aquele momento.
  • 0:49 - 0:54
    Por quatro anos, essa doença
    devorou meu corpo.
  • 0:54 - 0:57
    Percorreu meu sistema linfático.
  • 0:57 - 1:00
    Começou com um caroço no pescoço,
  • 1:00 - 1:03
    e então, se espalhou
    pelo sistema linfático
  • 1:03 - 1:07
    e naquele momento,
    no fim de quatro anos,
  • 1:07 - 1:10
    eu tinha tumores,
    alguns deles do tamanho de limões,
  • 1:10 - 1:14
    que se espalharam da base do meu crânio
  • 1:14 - 1:17
    por todo meu pescoço, para o meu peito,
  • 1:17 - 1:21
    meus braços, até meu abdômen.
  • 1:22 - 1:26
    Também naquele momento,
    até mesmo antes de entrar em coma,
  • 1:27 - 1:30
    meus pulmões ficaram cheios de fluido,
  • 1:30 - 1:33
    e toda vez que deitava,
  • 1:33 - 1:36
    eu me engasgava com o meu próprio fluido.
  • 1:36 - 1:39
    Meus músculos se deterioraram
    completamente,
  • 1:39 - 1:43
    por isso, eu pesava 38 kg.
  • 1:43 - 1:47
    Parecia um esqueleto com pele.
  • 1:48 - 1:53
    Tinha grandes feridas abertas na pele
  • 1:53 - 1:56
    por onde as toxinas supuravam do corpo.
  • 1:56 - 1:59
    Eu não podia digerir nenhum alimento.
  • 1:59 - 2:02
    Tinha uma febre baixa persistente,
  • 2:02 - 2:05
    não conseguia caminhar,
    porque os músculos estavam deteriorados,
  • 2:05 - 2:11
    então ficava constantemente deitada
    ou em uma cadeira de rodas.
  • 2:11 - 2:14
    Estava conectada a um tanque
    de oxigênio o tempo todo.
  • 2:14 - 2:18
    Não conseguia respirar
    sem a ajuda de oxigênio.
  • 2:18 - 2:24
    E naquela manhã,
    em 2 de fevereiro de 2006,
  • 2:24 - 2:27
    entrei em coma.
  • 2:27 - 2:29
    Os médicos disseram
    que eram minhas horas finais
  • 2:29 - 2:33
    porque meus órgãos pararam,
  • 2:33 - 2:34
    meus órgãos entraram em falência.
  • 2:34 - 2:39
    Informaram minha família que se alguém
    quisesse me ver antes da morte,
  • 2:39 - 2:41
    essa era a hora.
  • 2:41 - 2:45
    Sem o conhecimento
    de ninguém ao meu redor,
  • 2:45 - 2:48
    apesar de parecer que eu estava em coma
  • 2:48 - 2:50
    e de meus olhos estarem fechados,
  • 2:50 - 2:54
    eu estava consciente de tudo
    que estava acontecendo
  • 2:54 - 2:56
    à minha volta.
  • 2:56 - 2:59
    Estava consciente de que meu marido
    estava angustiado,
  • 2:59 - 3:02
    mas estava ao meu lado,
    segurando minha mão.
  • 3:02 - 3:05
    Estava consciente de tudo
    que os médicos faziam:
  • 3:05 - 3:08
    estavam colocando tubos em mim,
  • 3:08 - 3:12
    removiam fluidos dos meus pulmões
    para eu respirar melhor.
  • 3:12 - 3:16
    Estava consciente de tudo que acontecia.
  • 3:16 - 3:22
    Era como se eu tivesse
    uma visão periférica de 360 graus.
  • 3:22 - 3:27
    Podia ver tudo acontecer
    ao redor do meu corpo.
  • 3:28 - 3:34
    Não apenas no quarto
    onde o corpo estava, mas além.
  • 3:35 - 3:40
    E parecia que tinha me expandido
    para fora do meu corpo.
  • 3:40 - 3:42
    Estava consciente do meu corpo físico.
  • 3:42 - 3:47
    Podia ver, deitada lá na cama do hospital,
  • 3:47 - 3:51
    mas não estava mais unida àquele corpo.
  • 3:51 - 3:56
    Eu sentia que podia estar
    em todos os lugares ao mesmo tempo.
  • 3:57 - 4:01
    Era como se onde focasse
    minha consciência, lá estava eu.
  • 4:01 - 4:05
    Era consciente do meu irmão,
    que estava na India.
  • 4:05 - 4:07
    Meu corpo, eu estava em Hong Kong.
  • 4:07 - 4:10
    Isso estava acontecendo
    comigo em Hong Kong.
  • 4:10 - 4:12
    Meu irmão estava na Índia
  • 4:12 - 4:15
    e estava correndo
    para pegar um avião para me ver.
  • 4:15 - 4:19
    Ele queria me ver
    antes do meu último suspiro.
  • 4:19 - 4:21
    E eu estava consciente disso.
  • 4:21 - 4:24
    Sentia que estava com ele;
    eu o vi no avião.
  • 4:25 - 4:30
    E então também me tornei consciente
    do meu pai e da minha melhor amiga,
  • 4:30 - 4:32
    os quais eu tinha perdido.
  • 4:32 - 4:35
    Os dois tinham feito a passagem,
    tinham morrido.
  • 4:35 - 4:38
    Mas eu tinha consciência
    da presença deles comigo,
  • 4:38 - 4:42
    como se eles me guiassem
    e se comunicassem comigo.
  • 4:43 - 4:47
    Algo que senti nesse estado
    expansivo incrível,
  • 4:47 - 4:53
    senti que estava em um mundo
    de clareza, em que compreendia tudo.
  • 4:54 - 4:57
    Compreendi que tinha câncer.
  • 4:57 - 5:01
    Compreendi que era muito maior,
  • 5:01 - 5:06
    na realidade, todos somos muito maiores
    e mais poderosos do que percebemos
  • 5:06 - 5:09
    quando estamos em nossos corpos físicos.
  • 5:09 - 5:14
    Também senti como se estivesse
    conectada com todos,
  • 5:14 - 5:17
    com todos os médicos
    que me tratavam, as enfermeiras,
  • 5:17 - 5:20
    meu marido, minha mãe, meu irmão,
  • 5:20 - 5:25
    e todo mundo, senti como
    se compartilhássemos a mesma consciência.
  • 5:25 - 5:29
    Percebi que podia sentir o que sentiam.
  • 5:29 - 5:32
    Podia sentir a angústia que sentiam.
  • 5:32 - 5:35
    Podia sentir a resignação dos médicos.
  • 5:36 - 5:42
    Mas, ao mesmo tempo, não me envolvia
    emocionalmente no drama,
  • 5:42 - 5:44
    mesmo assim, compreendia o que sentiam.
  • 5:44 - 5:48
    É como se compartilhássemos
    da mesma consciência,
  • 5:48 - 5:51
    é como quando não nos expressamos
    com os corpos físicos;
  • 5:51 - 5:57
    eu e você, e todos nós, somos todos
    expressões da mesma consciência.
  • 5:57 - 5:59
    Era o que parecia.
  • 6:00 - 6:05
    Sentia como se meu pai estivesse tentando
    se comunicar comigo,
  • 6:05 - 6:10
    que não tinha chegado a minha hora,
    que precisava voltar ao meu corpo.
  • 6:10 - 6:13
    A princípio, não queria retornar,
  • 6:13 - 6:16
    porque eu ainda sentia
    que tinha uma escolha,
  • 6:16 - 6:18
    de retornar ou não.
  • 6:18 - 6:21
    A princípio, eu definitivamente
    não queria voltar ao meu corpo
  • 6:21 - 6:24
    porque não via uma boa razão
  • 6:24 - 6:28
    para voltar a um corpo
    doente e agonizante.
  • 6:28 - 6:33
    Eu era um estorvo para a família,
    estava sofrendo, não havia uma boa razão.
  • 6:33 - 6:34
    Por isso, não queria retornar.
  • 6:35 - 6:41
    Mas a seguir, pareceu
    como se eu compreendesse tudo,
  • 6:41 - 6:44
    que agora eu sabia o que eu sabia,
  • 6:44 - 6:47
    e porque eu soube o que causava o câncer,
  • 6:47 - 6:51
    eu sabia que se escolhesse
    voltar ao meu corpo,
  • 6:51 - 6:54
    o corpo iria se curar muito rápido.
  • 6:55 - 6:58
    E então, naquele momento,
  • 6:59 - 7:01
    eu tomei a decisão de retornar,
  • 7:01 - 7:05
    e ouvi como se meu pai
    e minha amiga dissessem para mim:
  • 7:05 - 7:08
    "Agora que sabe a verdade
    de quem você é realmente,
  • 7:08 - 7:12
    volte e viva a sua vida sem medo".
  • 7:12 - 7:18
    E foi nessa hora que acordei do coma.
  • 7:19 - 7:22
    E minha família ficou
    muito aliviada em me ver.
  • 7:22 - 7:24
    E os médicos não conseguiam
    explicar o que aconteceu.
  • 7:24 - 7:27
    Os médicos estavam muito surpresos,
  • 7:27 - 7:29
    mas eles foram muito cautelosos,
  • 7:29 - 7:32
    porque não se tinha como saber,
    eu ainda estava muito fraca.
  • 7:32 - 7:34
    Não havia como alguém saber
  • 7:34 - 7:39
    se eu ficaria fora do coma,
    ou me curaria, ou voltaria.
  • 7:39 - 7:43
    Mas eu sabia que ficaria bem,
    falava isso para toda a família.
  • 7:43 - 7:48
    "Eu vou ficar bem, eu sei,
    vou ficar bem. Não é a minha hora."
  • 7:48 - 7:55
    Dentro de cinco dias, os tumores
    do corpo encolheram em 70%.
  • 7:55 - 8:00
    Depois de cinco semanas,
    recebi alta do hospital e fui para casa.
  • 8:00 - 8:03
    Eu estava livre do câncer.
  • 8:03 - 8:05
    O que aconteceu
  • 8:05 - 8:10
    foi que eu tinha que continuar
    a vida daquele ponto,
  • 8:10 - 8:13
    e como podem imaginar,
  • 8:13 - 8:15
    sinto minha vida completamente diferente.
  • 8:15 - 8:18
    Mudou a minha visão do mundo.
  • 8:18 - 8:22
    Essa experiência mudou
    a minha visão dos corpos físicos,
  • 8:22 - 8:27
    do meu corpo físico, da doença
    e como percebo o mundo.
  • 8:27 - 8:31
    Achei muito difícil me reintegrar a vida,
  • 8:31 - 8:33
    depois dessa experiência.
  • 8:33 - 8:38
    E a melhor forma que encontro
    para explicar o que parece
  • 8:38 - 8:41
    é usando metáforas.
  • 8:41 - 8:46
    E uma metáfora que gosto de usar
    é de um armazém.
  • 8:46 - 8:49
    Gostaria que imaginessem, se puderem,
  • 8:49 - 8:54
    que estamos em um armazém
    totalmente às escuras,
  • 8:54 - 8:56
    escuro como a noite.
  • 8:56 - 8:59
    Imaginem isso agora mesmo,
  • 8:59 - 9:02
    estão em um armazém
    completamente em trevas,
  • 9:02 - 9:05
    e não conseguem enxergar nada
    porque está muito escuro.
  • 9:05 - 9:08
    Não conseguem enxergar nada à frente,
    em nenhuma direção.
  • 9:08 - 9:13
    Mas imaginem que carregam
    uma pequena lanterna.
  • 9:13 - 9:14
    Apenas uma pequena lanterna.
  • 9:14 - 9:17
    E vocês acendem a lanterna,
  • 9:17 - 9:23
    e com ela, abrem o caminho pelo escuro.
  • 9:23 - 9:27
    Com apenas a luz da pequena lanterna
  • 9:27 - 9:30
    abrem o caminho no escuro.
  • 9:30 - 9:33
    Tudo que veem no armazém
  • 9:33 - 9:38
    é apenas o que conseguem ver
    com a luz da lanterna.
  • 9:38 - 9:41
    Agora imaginem
    que a luz se direciona para lá,
  • 9:41 - 9:43
    e tudo que veem é o que está lá.
  • 9:43 - 9:45
    Tudo mais está no escuro.
  • 9:45 - 9:50
    Direcionam a luz para lá
    e tudo que veem é esse ponto.
  • 9:50 - 9:55
    Tudo mais está no escuro
    exceto a luz da lanterna.
  • 9:55 - 10:00
    Agora imaginem que, um dia,
    refletores se acendam,
  • 10:00 - 10:03
    então todo o armazém se ilumina,
  • 10:03 - 10:07
    e percebem que esse armazém é enorme.
  • 10:07 - 10:11
    É maior do que haviam imaginado.
  • 10:11 - 10:15
    E está lotado de prateleiras,
    muitas delas,
  • 10:15 - 10:17
    com muitos artigos diferentes.
  • 10:17 - 10:22
    Tudo que possam imaginar,
    e tudo que não podem,
  • 10:22 - 10:27
    tudo existe nessas
    prateleiras, lado a lado.
  • 10:27 - 10:31
    Algumas coisas são bonitas,
    outras nem tanto,
  • 10:31 - 10:33
    algumas grandes, algumas pequenas.
  • 10:33 - 10:37
    algumas coisas têm cores
    que nunca viram antes,
  • 10:37 - 10:40
    cores que nunca imaginaram existir,
  • 10:40 - 10:43
    e algumas coisas estranhas
    e com aparência engraçada,
  • 10:43 - 10:46
    tudo existe lado a lado,
  • 10:46 - 10:50
    e vocês viram algumas delas
    antes com a lanterna,
  • 10:50 - 10:52
    mas muitas delas vocês nunca viram antes
  • 10:52 - 10:56
    porque a lanterna
    nunca as havia iluminado.
  • 10:56 - 10:59
    Agora imaginem
    se as luzes se apagam novamente,
  • 10:59 - 11:03
    e vocês retornam a uma lanterna.
  • 11:03 - 11:08
    Agora, apesar de conseguirem ver
    apenas com uma lanterna,
  • 11:08 - 11:11
    a luz de uma lanterna,
  • 11:11 - 11:13
    pelo menos vocês sabem
  • 11:13 - 11:17
    que há muito mais coisas
  • 11:17 - 11:22
    que vocês não conseguem ver.
  • 11:22 - 11:26
    Sabem agora que,
    apesar de não conseguir vê-las,
  • 11:26 - 11:29
    não poder experimentá-las.
    não quer dizer que não existam.
  • 11:29 - 11:33
    Agora sabem disso
    porque tiveram a experiência.
  • 11:33 - 11:35
    É assim que me sinto.
  • 11:35 - 11:40
    Parece que há muito mais
    do que acreditamos,
  • 11:40 - 11:45
    há muito mais do que vivenciamos.
  • 11:45 - 11:47
    Está além da lanterna.
  • 11:48 - 11:51
    E para ajudá-los a entender um pouco mais,
  • 11:51 - 11:55
    quero tentar um jogo,
    um pequeno experimento com vocês.
  • 11:55 - 11:59
    Quero que observem a sala
    e achem tudo que puderem
  • 11:59 - 12:03
    que tenha tons de vermelho,
    do vermelho ao roxo.
  • 12:03 - 12:07
    Olhem a sua volta
    e guardem na memória.
  • 12:07 - 12:10
    O mais que puderem.
    Guardem na memória.
  • 12:10 - 12:12
    Porque vou pedir que lembrem.
  • 12:12 - 12:16
    Tudo bem. Fechem seus olhos,
    voltados para frente.
  • 12:16 - 12:20
    Quantas coisas vocês se lembram
    de terem cor azul?
  • 12:20 - 12:21
    (Risos)
  • 12:21 - 12:24
    Quase nada. Pensem bem, quase nada.
  • 12:24 - 12:26
    Abram os olhos e vejam em volta.
  • 12:26 - 12:30
    Quantas coisas em azul existem
    ao lado das vermelhas,
  • 12:30 - 12:34
    mas vocês nem as perceberam, não as viram.
  • 12:34 - 12:37
    Por quê? Porque não tinham
    consciência delas.
  • 12:37 - 12:40
    O que é a luz da lanterna?
  • 12:40 - 12:42
    É a sua consciência.
  • 12:42 - 12:44
    Aquela luz é a sua consciência.
  • 12:44 - 12:49
    Quando iluminamos a consciência em algo,
  • 12:49 - 12:53
    torna-se realidade,
    torna-se o que vivenciamos.
  • 12:53 - 12:56
    Pode ser algo embaixo do nariz,
  • 12:56 - 12:59
    mas, se a lanterna não o ilumina,
  • 12:59 - 13:03
    não o notamos, não temos consciência dele.
  • 13:03 - 13:05
    Reflitam sobre isso,
  • 13:05 - 13:09
    pensem sobre os bilhões de dólares gastos
    em tomar consciência do câncer.
  • 13:09 - 13:13
    Observem todas as campanhas
    de conscientização do câncer.
  • 13:13 - 13:19
    Imaginem se usássemos dinheiro, energia
    e esforço em consciência de bem-estar.
  • 13:19 - 13:21
    Teríamos um mundo muito diferente.
  • 13:21 - 13:24
    Imaginem se colocássemos
    todo nosso esforço na paz
  • 13:24 - 13:26
    em vez das batalhas e guerras.
  • 13:26 - 13:30
    Teríamos um mundo muito diferente
    se mudássemos nossa consciência.
  • 13:31 - 13:34
    Para trazer a um nível pessoal,
  • 13:34 - 13:38
    quero compartilhar as cinco maiores lições
  • 13:38 - 13:41
    que aprendi nessa experiência.
  • 13:41 - 13:45
    Primeiro, a coisa mais
    importante que aprendi:
  • 13:45 - 13:50
    a coisa mais importante que temos
    onde a consciência deve se focar é o amor.
  • 13:50 - 13:52
    Esse é o número um.
  • 13:52 - 13:56
    E quando digo amor, é muito fácil dizer:
  • 13:56 - 13:57
    "Precisamos amar os outros".
  • 13:57 - 14:02
    Mas aprendi que uma das razões
    de ter tido câncer
  • 14:02 - 14:05
    foi porque eu não me amava.
  • 14:05 - 14:06
    Isso é extremamente importante.
  • 14:06 - 14:10
    Quando nos amamos,
    nós nos valorizamos.
  • 14:10 - 14:14
    Quando nos valorizamos,
    ensinamos os outros como nos tratar.
  • 14:14 - 14:19
    Quando nos amamos, não há necessidade
    de controlar ou intimidar os outros
  • 14:19 - 14:23
    nem permitimos que os outros
    nos controle ou nos intimide.
  • 14:23 - 14:27
    Amar-se é tão importante
    quanto amar os outros.
  • 14:27 - 14:29
    Quanto mais nos amamos,
  • 14:29 - 14:32
    mais amor temos para dar aos outros.
  • 14:32 - 14:36
    A segunda maior lição que aprendi,
  • 14:36 - 14:39
    foi viver sem medo.
  • 14:39 - 14:42
    Muitos de nós fomos criados
    à base da dieta do medo.
  • 14:42 - 14:43
    Fomos ensinados a ter medo de tudo.
  • 14:43 - 14:47
    Eu tinha medo de tudo, medo do câncer,
  • 14:47 - 14:49
    tinha medo de comer comida estragada,
  • 14:49 - 14:51
    medo de desagradar as pessoas.
  • 14:51 - 14:54
    Tinha medo de praticamente tudo,
    tinha medo de falhar,
  • 14:54 - 14:58
    e muitos de nós crescemos
    com medo de tudo.
  • 14:58 - 15:02
    As pessoas pensam que o medo
    as torna seguras, mas isso não é verdade.
  • 15:02 - 15:05
    Amor nos torna seguros.
  • 15:05 - 15:08
    Quando nos amamos,
    e quando amamos os outros,
  • 15:08 - 15:11
    garantimos que permaneceremos seguros
  • 15:11 - 15:14
    e manteremos os outros fora de perigo.
  • 15:14 - 15:17
    Amor nos torna muito mais
    seguros que medo.
  • 15:18 - 15:21
    A terceira coisa importante
  • 15:21 - 15:24
    é humor, riso e alegria.
  • 15:24 - 15:26
    Nascemos sabendo disso.
  • 15:26 - 15:29
    Nascemos sabendo que é importante rir
  • 15:29 - 15:31
    porque é isso que as crianças
    fazem o tempo todo.
  • 15:31 - 15:34
    Nascemos sabendo sobre amor e audácia,
  • 15:34 - 15:38
    mas ficamos condicionados
    à medida que crescemos.
  • 15:38 - 15:43
    Rir é muito importante,
    ter humor e ter alegria na vida.
  • 15:43 - 15:48
    É muito mais importante
    do que qualquer experiência espiritual.
  • 15:48 - 15:53
    Se ríssemos mais,
    se os políticos aprendessem a rir,
  • 15:53 - 15:55
    teríamos um mundo muito diferente.
  • 15:55 - 16:00
    Se ríssemos mais,
    ficaríamos menos doentes,
  • 16:00 - 16:04
    teríamos menos hospitais e presídios.
  • 16:05 - 16:09
    A quarta coisa que aprendi
    é que a vida é um presente.
  • 16:09 - 16:10
    É verdade.
  • 16:10 - 16:13
    Muitos vivem como se a vida
    fosse uma tarefa,
  • 16:13 - 16:15
    mas não precisa ser.
  • 16:15 - 16:17
    E é triste
  • 16:17 - 16:21
    que somente quando perdemos algo valioso,
  • 16:21 - 16:23
    percebemos o seu verdadeiro valor.
  • 16:23 - 16:28
    Tive que perder a vida
    para perceber o seu valor.
  • 16:28 - 16:31
    Não quero que os outros
    cometam o mesmo erro,
  • 16:31 - 16:34
    por isso estou aqui,
    transmitindo a minha mensagem.
  • 16:34 - 16:38
    Porque não quero
    que percebam tarde demais
  • 16:38 - 16:40
    o valor da vida.
  • 16:40 - 16:42
    E sua vida é um presente.
  • 16:42 - 16:46
    Mesmo os desafios que chegam
    a você são um presente.
  • 16:46 - 16:47
    Quando estava com câncer,
  • 16:48 - 16:51
    foi o maior desafio que poderia ter tido,
  • 16:51 - 16:53
    mas hoje ao olhar para trás,
  • 16:53 - 16:56
    foi o maior presente
    que poderia ter ganhado.
  • 16:56 - 16:57
    As pessoas pensam que o câncer,
  • 16:57 - 17:00
    pelo menos eu pensava,
    que o câncer estava me matando,
  • 17:00 - 17:04
    mas na verdade eu estava me matando
    antes de ter câncer.
  • 17:04 - 17:07
    O câncer salvou a minha vida.
  • 17:07 - 17:10
    Todos os seus desafios são presentes.
  • 17:10 - 17:16
    Por fim, sempre sabemos
    que os desafios são presentes.
  • 17:16 - 17:20
    Se estamos sendo desafiados,
    e ainda não parece um presente,
  • 17:20 - 17:23
    significa que ainda não chegamos ao fim.
  • 17:24 - 17:28
    A quinta e última lição importante
  • 17:28 - 17:33
    é sempre ser você mesmo.
  • 17:33 - 17:36
    Sejam vocês mesmos o máximo possível.
  • 17:36 - 17:39
    Brilhem tanto quanto possam.
  • 17:39 - 17:41
    Abracem a sua singularidade.
  • 17:41 - 17:45
    Percebam quem são, conheçam-se,
  • 17:45 - 17:50
    amem-se incondicionalmente,
    e sejam vocês mesmos.
  • 17:50 - 17:52
    E com essas cinco coisas,
  • 17:52 - 17:55
    convido-os a viver sem medo.
  • 17:55 - 17:56
    Muito obrigada.
  • 17:56 - 17:58
    (Aplausos)
Title:
Morrendo de vontade de ser eu | Anita Moorjani | TEDxBayArea
Description:

Esta palestra foi dada em um evento TEDx local, produzido independentemente das conferências TED.

Os médicos deram a Anita Moorjani apenas algumas horas de vida quando ela chegou ao hospital em coma na manhã de 2 de fevereiro de 2006. Impossibilitada de se mover devido ao câncer que havia devastado seu corpo por quase quatro anos, Anita entrou em uma outra dimensão, onde experienciou grande clareza e compreensão da sua vida e a finalidade aqui na terra. Foi dada escolha a ela de retornar ou não, e ela escolheu retornar à vida quando percebeu que o "céu" é um estado e não um lugar. Isso resultou em uma recuperação surpreendente da sua saúde. A palestra de Anita vai inspirá-lo a transformar sua vida ao vivê-la com mais autenticidade, descobrindo grandes paixões, trascendendo seus medos profundos e vivendo de um lugar de pura alegria. Sua história verdadeira vai alterar radicalmete suas crenças atuais sobre você, seu propósito na terra, sua saúde, seus relacionamentos e sua vida!

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
18:06

Portuguese, Brazilian subtitles

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