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Somalis no Reino Unido: Nossos Heróis Cotidianos

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    Eu sou Amal Ahmed,
    sou produtora de TV.
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    Eu sou Omar Deria,
    sou diretor escolar.
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    - Eu sou Mariam.
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    Eu trabalho como assistente social
    na Evolve.
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    Eu sou Awale Olad.
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    Sou um conselheiro do borough
    de Camden, em Londres.
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    Eu sou o Dr. Mohamed Abdi.
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    Sou um clínico geral no
    Sul de Londres.
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    - Eu estava no Guardian.
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    Era uma época que a pirataria
    surgiu na Somália.
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    Eu lembro que eu era
    a única somali
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    na organização.
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    Mesmo trabalhando na área de TI, um
    departamento completamente diferente,
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    eu sentia um desejo ardente de
    contar a história da comunidade
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    no Reino Unido e como
    se sentiam a respeito
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    do que viam nas notícias
    o tempo todo.
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    Há quase 500 mil
    somalis no Reino Unido
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    e os números estão crescendo,
    e é essencial
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    que pessoas de descendência africana,
    em particular
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    tenham um lugar
    pra chamar de lar.
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    Se nós tivermos um lugar assim,
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    significa que nós temos que decidir
    o que acontece no nosso local.
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    Sinto que todos podem estar
    vulneráveis
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    e expostos à serem explorados.
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    Não importa sua classe social,
    sua religião,
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    Sua crença, seu local -
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    É algo que persiste
    em várias comunidades,
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    e sinto que meu trabalho é
    dar apoio aos jovens,
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    diminuindo os riscos
    de serem explorados
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    e, em teoria, criar um mundo
    mais seguro.
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    Eu sempre amei educação.
    Amo apoiar e ajudar crianças.
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    Quando eu era criança, me disseram
    que eu não era inteligente o bastante
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    para entrar na universidade
    e que deveria trabalhar em um galpão.
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    - Eu cheguei aqui no Reino Unido
    como refugiado da Somália.
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    Tivemos que aprender o idioma,
    aprender a cultura.
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    Tivemos que nos integrar.
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    Passei por maus bocados
    no ensino médio, nos exames, me falavam
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    que eu nunca seria um médico.
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    - Eu prometi a mim mesmo que
    quando eu fosse professor
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    eu iria ser uma influência positiva
    para as crianças,
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    algo que eu não tive
    na escola.
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    - Para mim, sempre foi um sonho
    ser um profissional de saúde.
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    Especialmente vindo de uma cultura
    aonde ajudar a comunidade,
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    ajudar a sociedade é bem importante.
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    Decidi que eu queria muito ser médico.
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    Eu queria retribuir à comunidade.
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    - Na minha experiência,
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    muitas pessoas não entendem
    a comunidade dos somalis.
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    Elas não entendem nossas necessidades.
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    Eu entrei nesse cargo porque
    era importantíssimo
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    que pessoas como eu
    e a minha família,
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    e a minha comunidade
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    tivéssemos voz e vez.
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    Ter alguém como eu nos espaços
    onde ideias e políticas
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    são discutidas significa trazer
    uma perspectiva diferente.
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    Eu conheço minha cultura,
    conheço meu povo
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    e eu sei o que está acontecendo.
    Era interessante ver
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    como os somalis do Reino Unido
    estavam se sentindo
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    sobre como as notícias retratavam
    seu próprio país,
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    especialmente para os mais jovens
    que estão descobrindo sua identidade,
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    estão descobrindo quem eles são,
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    eles sentem que são ingleses, mas
    ao mesmo tempo eles são somali
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    e eles tem vergonha de ser somalis
    por conta do que veem no noticiário.
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    - Como uma somali, eu acredito que
    representatividade é importante para
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    reduzir as desigualdades.
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    Na cultura da Somália
    há muitos tabus e muita vergonha
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    em precisar de assistência, de
    serviços sociais, exploração, gangues,
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    e eu sinto que precisamos de mais
    somalis envolvidos em serviços sociais
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    para reduzir as diferenças
    e ajudar a quem precisa.
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    - Como um diretor somali,
    eu sinto que sou um exemplo
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    para as gerações mais jovens.
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    Eu falo com os pais, falo com as crianças,
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    Sempre estou conversando com os pais
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    e dou a eles as informações necessárias
    na língua somali, o que é muito importante
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    para o bem estar deles.
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    Eu sou muito sortudo. Todo dia,
    quando saio para trabalhar,
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    eu encontro pessoas de
    diferentes comunidades, e em especial
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    a comunidade somali, pois
    trabalhando como médico há muitos anos
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    eu percebi que, muitas vezes, os somalis
    não são tratados da mesma forma
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    por conta de uma barreira linguística.
    Um estigma.
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    Precisamos de médicos de todas as
    comunidades retribuindo às comunidades
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    nas quais trabalhamos.
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    - Eu acredito que é importante
    contar suas próprias histórias;
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    Ser o portão de acesso à sua comunidade
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    onde você será a voz do seu povo.
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    Toda história tem dois lados,
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    e é por isso que nós seremos o elo
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    entre você e as outras comunidades.
    As pessoas vão te entender melhor
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    e elas vão saber exatamente
    o que está acontecendo.
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    Ser um conselheiro é um papel
    realmente interessante,
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    intrigante e desafiador.
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    Você está sempre tentando
    transformar o conselho, um local fechado,
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    em um espaço que realmente quer ouvir
    e aprender e se tornar um lugar melhor,
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    um lugar positivo para as pessoas.
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    Acho que é muito importante ser parte
    da mudança que você quer ver acontecer
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    e estar envolvido nela,
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    sentar-se à mesa e tomar decisões.
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    - Os professores tem papel crucial
    no desenvolvimento da próxima geração.
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    Se você acredita nas crianças e
    ensina a elas o caminho certo,
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    o céu é o limite para elas.
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    - Crescendo aqui e
    contribuindo para a sociedade,
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    mostrando às pessoas que você é
    bem mais do que eles veem na TV.
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    Somos muito mais do que apenas somalis.
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    Você só precisa nos dar uma chance
    e nos ouvir.
Title:
Somalis no Reino Unido: Nossos Heróis Cotidianos
Description:

Este vídeo destaca as contribuições profissionais dos somali-ingleses na mídia, na educação, na saúde, nas políticas locais e nos serviços sociais.

Os primeiros somalis que vieram ao Reino Unido eram imigrantes econômicos no Século XIX. Comerciantes navais assentados em cidades como Cardiff, Liverpool e Londres.

Financiado pela People's Post Code Lottery.

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Video Language:
English
Team:
Amplifying Voices
Project:
Diversity and Equality
Duration:
06:38

Portuguese, Brazilian subtitles

Incomplete

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