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Breakfast in the Ultimate | Thich Nhat Hanh (short teaching video)

  • 0:02 - 0:05
    O pequeno-almoço é o momento de união.
  • 0:05 - 0:09
    Nós desfrutamos do nosso pequeno-almoço.
  • 0:10 - 0:15
    Cada pedaço de pão
  • 0:18 - 0:25
    deveríamos apreciá-lo com a nossa atenção plena.
  • 0:30 - 0:36
    Comemos de tal forma
    que um pedaço de pão se torna real,
  • 0:38 - 0:42
    torna-se verdadeiramente um pedaço de pão.
  • 0:43 - 0:53
    Eu acho que esta é a intenção de...
  • 0:55 - 0:59
    os nossos mestres
  • 1:01 - 1:07
    quando criaram a tradição da Eucaristia.
  • 1:08 - 1:14
    Jesus partiu o pão
    e ofereceu-o aos seus discípulos,
  • 1:14 - 1:20
    e disse: "Desfrutem deste pão.
    Este é o meu corpo, oferecido a vocês."
  • 1:21 - 1:28
    Para mim, este é um tipo de ensino muito drástico
  • 1:28 - 1:30
    Que pode ajudar-te a estar desperto.
  • 1:31 - 1:33
    Estás a tocar num pedaço de pão,
  • 1:34 - 1:38
    não menos do que um milagre, uma maravilha da vida.
  • 1:38 - 1:44
    Se seguras o teu pão na mão
    e olhas profundamente com atenção plena,
  • 1:44 - 1:53
    verás que o pedaço de pão
    não é menos do que o corpo do cosmos.
  • 1:56 - 1:58
    A luz do sol está lá.
  • 1:58 - 2:01
    A nuvem, o céu estão lá.
  • 2:02 - 2:07
    A grande Terra está no pedaço de pão,
    os agricultores.
  • 2:08 - 2:13
    Tudo no cosmos está presente
    naquele pequeno pedaço de pão.
  • 2:13 - 2:19
    Só precisas de respirar de forma atenta
    para o ver no pedaço de pão.
  • 2:20 - 2:24
    Um pedaço de pão é algo
    não menos do que um milagre.
  • 2:25 - 2:29
    É um embaixador do cosmos
    que vem até ti.
  • 2:29 - 2:33
    Se conseguires ver assim,
    a vida está cheia de milagres.
  • 2:33 - 2:37
    E se o pedaço de pão não se revelou
  • 2:37 - 2:41
    profundamente assim,
    não o ponhas na boca.
  • 2:42 - 2:44
    Sorri para ele primeiro.
  • 2:44 - 2:48
    Chama-o pelo seu verdadeiro nome, "Pão."
  • 2:50 - 2:51
    Então ele se revelará.
  • 2:51 - 2:57
    Porque quando olhas com atenção,
    chamas o nome "pão" com atenção,
  • 2:57 - 3:05
    a energia da atenção plena
    traz-te de volta a ti mesmo.
  • 3:05 - 3:07
    Corpo e mente juntos.
  • 3:07 - 3:13
    Quando produzes a verdadeira presença,
    corpo e mente unidos,
  • 3:14 - 3:18
    o que está à tua frente
  • 3:18 - 3:21
    também se torna muito real.
  • 3:21 - 3:25
    Quando estás verdadeiramente lá,
    algo está também lá.
  • 3:25 - 3:27
    Isso é a vida.
  • 3:27 - 3:31
    Essa é a maravilha da vida.
  • 3:32 - 3:37
    Então, quando respiras
    ou olhas com atenção,
  • 3:37 - 3:43
    ou dizes algo com atenção,
    tu tornas-te em casa.
  • 3:44 - 3:46
    Tu tornas-te real.
  • 3:46 - 3:50
    E o pedaço de pão é real.
    Agora, podes pô-lo na boca
  • 3:50 - 3:53
    e mastigar com atenção.
  • 3:54 - 3:58
    E tem a certeza de não mastigar mais nada.
  • 3:59 - 4:04
    Não mastigar mais nada
    como os teus projetos ou preocupações.
  • 4:04 - 4:06
    Mastiga apenas o pão.
  • 4:06 - 4:09
    Um verdadeiro prazer.
  • 4:09 - 4:11
    E come devagar.
  • 4:11 - 4:16
    Isso é bondade amorosa para o nosso corpo.
  • 4:16 - 4:22
    Mastiga o teu pão cuidadosamente
    até se tornar algo muito saboroso
  • 4:22 - 4:25
    antes de engolir.
  • 4:26 - 4:28
    Isso ajuda muito o teu corpo.
  • 4:28 - 4:32
    Se comeres assim,
    não precisas de comer muito.
  • 4:32 - 4:40
    E a quantidade de nutrição será
    suficiente, ou mais do que suficiente.
  • 4:41 - 4:44
    Desfruta de cada pedaço de comida assim
  • 4:44 - 4:52
    e desfruta da comunidade de
    irmãos e irmãs que nos rodeiam.
  • 4:53 - 5:00
    De vez em quando, olhamos para
    um irmão ou irmã e sorrimos.
  • 5:00 - 5:09
    E sentimos a felicidade
    de ter uma sangha em prática.
  • 5:13 - 5:18
    Quando estamos na fila
  • 5:19 - 5:33
    à espera da nossa vez para servir
    para levar a comida ao prato,
  • 5:35 - 5:39
    também praticamos desfrutar
    das nossas inspirações e expirações.
  • 5:40 - 5:45
    Nem um minuto, nem um segundo
    da vida diária é desperdiçado.
  • 5:45 - 5:49
    Porque cada minuto é um minuto de prática.
  • 5:50 - 5:55
    Em pé na fila, não esperas nem um segundo, nem um minuto.
  • 5:55 - 5:58
    Todo o tempo é para a prática.
  • 5:58 - 6:04
    Todo o tempo pode ser alegre.
  • 6:07 - 6:11
    Não há espera. O que estás a esperar?
  • 6:11 - 6:19
    Porque a vida está disponível neste exato momento.
  • 6:23 - 6:28
    Há entre nós aqueles que são novos na prática
  • 6:30 - 6:34
    e que vieram pela primeira vez.
  • 6:35 - 6:38
    Não devemos sentir vergonha.
  • 6:38 - 6:45
    Às vezes, talvez não saibamos se devemos curvar-nos, se devemos ficar de pé,
  • 6:45 - 6:49
    ou se não devemos curvar-nos, ou não devemos ficar de pé.
  • 6:50 - 6:52
    Mas isso não é importante.
  • 6:53 - 6:57
    O certo a fazer não é curvar-se ou não curvar-se.
  • 6:57 - 7:01
    O certo a fazer é fazer isso com atenção plena.
  • 7:02 - 7:06
    É melhor não curvar-se do que curvar-se sem atenção plena.
  • 7:07 - 7:09
    Por isso, por favor, não sintam vergonha.
  • 7:09 - 7:15
    Se conseguirem permitir-se instalar-se no momento presente,
  • 7:15 - 7:18
    isso já é o melhor que podem fazer.
  • 7:18 - 7:22
    Não precisam imitar exatamente outras pessoas.
  • 7:23 - 7:29
    Podem aprender com algumas das suas experiências, mas não precisam de imitar.
  • 7:29 - 7:31
    Se conseguem produzir verdadeira presença,
  • 7:31 - 7:35
    e desfrutar de cada minuto que estamos aqui juntos,
  • 7:35 - 7:41
    isso já é excelente.
  • 7:46 - 7:48
    Caminhar é bom ou correr é bom.
  • 7:49 - 7:54
    Se conseguem correr com atenção plena, isso é bom.
  • 7:55 - 7:58
    O problema não está entre caminhar e correr.
  • 7:58 - 8:05
    O problema está em saber se caminhas com atenção plena, se corres com atenção plena.
  • 8:06 - 8:08
    Em Plum Village, no inverno,
  • 8:09 - 8:14
    os monges e as monjas praticam a corrida atenta também para se aquecerem.
  • 8:14 - 8:19
    A prática da atenção plena não significa que tenham de abrandar tudo.
  • 8:22 - 8:27
    Mas temos de reconhecer que, no início, abrandar ajuda.
  • 8:27 - 8:31
    É mais fácil estar atento quando fazemos as coisas de forma mais lenta.
  • 8:31 - 8:38
    Mas isso não significa que temos de ser lentos o tempo todo.
  • 8:40 - 8:47
    Quando ouvimos uma palestra Dharma, isso também é um momento para desfrutar.
  • 8:48 - 8:53
    Permitam-se sentar com conforto.
  • 8:54 - 8:55
    Não lutem.
  • 8:55 - 8:58
    Não usem o intelecto.
  • 8:58 - 9:00
    Não tentem compreender.
  • 9:01 - 9:03
    Não tentem.
  • 9:04 - 9:09
    Não tentem comparar. Não tentem pensar sobre isso.
  • 9:09 - 9:16
    Deixem a palestra Dharma chegar até vocês naturalmente, como...
  • 9:16 - 9:21
    a terra acolhendo a chuva.
  • 9:22 - 9:31
    A melhor forma de ouvir uma palestra Dharma não é usar o intelecto.
  • 9:32 - 9:41
    Usar o intelecto é como usar uma folha de nylon para receber a chuva.
  • 9:41 - 9:48
    Impede que a chuva penetre no solo da nossa consciência.
  • 9:49 - 9:56
    Está confirmado que a semente da compreensão, a semente da iluminação,
  • 9:56 - 10:03
    ...a semente do amor e da alegria já estão lá na nossa consciência,
  • 10:03 - 10:06
    no solo da nossa consciência.
  • 10:07 - 10:08
    Talvez no passado
  • 10:09 - 10:14
    não muitas pessoas tenham sido capazes de tocá-las e ajudá-las a crescer.
  • 10:15 - 10:20
    É por isso que ainda não se tornaram significativas o suficiente na nossa vida.
  • 10:20 - 10:30
    Mas se permitirmos que a chuva Dharma penetre na nossa consciência,
  • 10:30 - 10:42
    no solo da nossa consciência, e toque profundamente as sementes dentro,
  • 10:43 - 10:49
    o melhor que o mestre pode fazer é ajudar
  • 10:49 - 10:57
    a semente da iluminação e do amor no aluno
  • 10:57 - 11:04
    a surgir, ser tocada, e manifestar-se.
  • 11:06 - 11:10
    Na manhã em que o Buda atingiu a Iluminação Perfeita,
  • 11:10 - 11:16
    ele disse algo a si mesmo.
  • 11:17 - 11:22
    Traduzindo a sua surpresa, ele disse: "Que estranho!
  • 11:22 - 11:28
    Todos têm a capacidade de grande compreensão e grande amor,
  • 11:28 - 11:35
    mas permitem-se afundar cada vez mais no oceano do sofrimento."
  • 11:36 - 11:40
    Essa afirmação feita pelo Buda na manhã da iluminação
  • 11:40 - 11:49
    lembra-nos que todos nós temos a capacidade de compreensão e amor, de sermos felizes.
  • 11:49 - 11:55
    Devemos permitir que essas sementes sejam tocadas e cresçam e se manifestem.
  • 11:56 - 12:02
    E o propósito da prática é fazer isso.
  • 12:03 - 12:08
    O propósito de uma palestra Dharma também é fazer isso:
  • 12:09 - 12:15
    criar oportunidades para as sementes mais preciosas em nós
  • 12:15 - 12:19
    serem tocadas, crescerem e se manifestarem.
  • 12:20 - 12:23
    Mesmo que sintas sono durante as palestras Dharma,
  • 12:23 - 12:30
    isso ainda é muito, muito melhor do que usar o teu intelecto
  • 12:31 - 12:38
    porque, nesse caso, a palestra Dharma pode entrar em ti, facilmente.
  • 12:38 - 12:44
    Mas com o intelecto, não há chance.
  • 13:02 - 13:08
    Há uma outra linha do gatha que mencionei,
  • 13:08 - 13:13
    "Eu cheguei, estou em casa.
  • 13:13 - 13:17
    No aqui e no agora.
  • 13:17 - 13:20
    Estou sólido, estou livre."
  • 13:20 - 13:26
    A última linha é: "No Último, eu habito."
  • 13:27 - 13:33
    "No Último, eu habito" é uma prática profunda.
  • 13:34 - 13:41
    Há duas dimensões para a mesma realidade.
  • 13:41 - 13:46
    A primeira dimensão, chamamos de "dimensão histórica."
  • 13:47 - 13:51
    E a segunda dimensão, chamamos de "dimensão última."
  • 13:51 - 13:56
    E ambas são aspectos da mesma realidade
  • 13:56 - 14:00
    como a onda e a água.
  • 14:02 - 14:06
    A onda é uma onda.
  • 14:06 - 14:09
    Mas ela é, ao mesmo tempo, a água.
  • 14:09 - 14:15
    Do lado da onda, podemos ver começo e fim,
  • 14:16 - 14:22
    podemos ver se a onda é alta ou baixa, mais ou menos bonita,
  • 14:22 - 14:26
    esta onda ou a outra onda.
  • 14:28 - 14:32
    Mas do lado da água, não podemos ver isso.
  • 14:35 - 14:38
    Não podemos dizer que a água tem um começo e um fim,
  • 14:38 - 14:41
    alta ou baixa, mais ou menos bonita,
  • 14:41 - 14:49
    porque a água é o próprio fundamento do ser da onda.
  • 14:52 - 15:01
    Portanto, é natural que a onda possa viver a vida de uma onda,
  • 15:01 - 15:03
    mas ela pode fazer melhor do que isso.
  • 15:03 - 15:08
    Ela pode, ao mesmo tempo, aprender a viver a vida da água.
  • 15:08 - 15:13
    E se a onda se inclinar e tocar a água dentro dela,
  • 15:14 - 15:23
    que é o seu próprio fundamento de ser, ela perderá todo o seu medo, toda a sua tristeza.
  • 15:25 - 15:29
    Porque, no que diz respeito à água,
  • 15:29 - 15:31
    não há começo, não há fim.
  • 15:31 - 15:34
    Não há para cima, não há para baixo.
  • 15:34 - 15:39
    Não há isto, não há aquilo.
  • 15:40 - 15:45
    Não há antes, não há depois.
  • 15:45 - 15:48
    E cada um de nós é uma onda assim.
  • 15:48 - 15:52
    Temos a nossa dimensão histórica...
  • 15:53 - 15:58
    Podemos viver a nossa vida na dimensão histórica,
  • 15:58 - 16:04
    mas podemos sentir muito medo, sofrimento e discriminação.
  • 16:04 - 16:11
    Mas, se conseguirmos tocar o fundamento do nosso ser,
  • 16:11 - 16:14
    a substância de sem nascimento e sem morte dentro de nós,
  • 16:14 - 16:16
    perderemos todo o nosso medo,
  • 16:17 - 16:24
    e obteremos o maior alívio que podemos obter da prática.
  • 16:26 - 16:30
    Na linguagem do Cristianismo,
  • 16:31 - 16:35
    esse fundamento do ser é Deus.
  • 16:36 - 16:38
    Não tenhas medo.
  • 16:38 - 16:39
    Sou eu.
  • 16:39 - 16:40
    Tu és Deus.
  • 16:41 - 16:45
    Essa é a voz da água a falar com a onda.
  • 16:47 - 16:51
    E se conseguires tocar o teu fundamento de ser,
  • 16:51 - 16:59
    então os altos e baixos, a ideia de ser e não ser,
  • 16:59 - 17:04
    não poderão mais fazer-te sofrer.
  • 17:06 - 17:08
    Tocar o Nirvana é a prática.
  • 17:08 - 17:12
    Tocar o fundamento de sem nascimento e sem morte,
  • 17:12 - 17:16
    devemos ser capazes de treinar-nos para tocar a dimensão última,
  • 17:16 - 17:22
    para que, um dia, possamos obter o maior alívio.
  • 17:23 - 17:25
    Livres de todos os tipos de medo.
  • 17:25 - 17:30
    "No Último eu habito."
  • 17:30 - 17:32
    Essa é a última linha.
  • 17:32 - 17:36
    Cantemos juntos a canção para que possamos...
  • 17:36 - 17:44
    aqueles de nós que não estão habituados a esta prática, possam memorizar.
  • 17:46 - 17:48
    "Cheguei"
  • 17:48 - 18:04
    "Cheguei, estou em casa, No aqui e no agora.
  • 18:04 - 18:20
    Cheguei, estou em casa, No aqui e no agora.
  • 18:20 - 18:38
    Estou sólido, estou livre, Estou sólido, estou livre,
  • 18:38 - 18:52
    No último eu habito, No último eu habito."
  • 18:52 - 18:54
    Mais uma vez, por favor.
  • 18:54 - 19:11
    "Cheguei, estou em casa, No aqui e no agora.
  • 19:11 - 19:27
    Cheguei, estou em casa, No aqui e no agora.
  • 19:27 - 19:45
    Estou sólido, estou livre, Estou sólido, estou livre,
  • 19:45 - 20:03
    No último eu habito, No último eu habito."
Title:
Breakfast in the Ultimate | Thich Nhat Hanh (short teaching video)
Description:

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Video Language:
English
Duration:
20:06

Portuguese subtitles

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