Bruce Schneier: A ilusão da segurança
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0:00 - 0:02Portanto, a segurança é duas coisas diferentes:
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0:02 - 0:04é um sentimento, e é uma realidade.
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0:04 - 0:06E elas são diferentes.
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0:06 - 0:08Vocês podem sentir-se seguros
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0:08 - 0:10mesmo que não o estejam.
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0:10 - 0:12E podem estar seguros
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0:12 - 0:14mesmo que não o sintam.
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0:14 - 0:16Na realidade, temos dois conceitos separados
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0:16 - 0:18presentes na mesma palavra.
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0:18 - 0:20E o que eu quero fazer nesta palestra
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0:20 - 0:22é separá-los --
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0:22 - 0:24descobrindo quando divergem
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0:24 - 0:26e como convergem.
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0:26 - 0:28E, a linguagem é um verdadeiro problema neste caso.
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0:28 - 0:30Não existem muitas palavras adequadas
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0:30 - 0:33para os conceitos de que vamos falar.
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0:33 - 0:35Portanto, se olharem para a segurança
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0:35 - 0:37em termos económicos,
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0:37 - 0:39é uma negociação.
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0:39 - 0:41Cada vez que têm alguma segurança,
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0:41 - 0:43estão sempre a trocá-la por algo.
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0:43 - 0:45Quer isto seja uma decisão pessoal --
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0:45 - 0:47quer vão instalar um sistema de alarme anti-roubos em vossa casa --
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0:47 - 0:50ou uma decisão nacional -- em que vão invadir algum país estrangeiro --
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0:50 - 0:52vão ter de negociar algo,
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0:52 - 0:55seja dinheiro, ou tempo, conveniência, capacidades.
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0:55 - 0:58talvez liberdades fundamentais.
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0:58 - 1:01E a questão a fazer quando pensam na segurança de qualquer coisa
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1:01 - 1:04não é se isto nos fará mais seguros,
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1:04 - 1:07mas se vale a pena a escolha.
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1:07 - 1:09Ouviram nos últimos anos,
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1:09 - 1:11que o mundo está mais seguro porque o Saddam Hussein não está no poder.
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1:11 - 1:14Isso pode ser verdade, mas não é terrivelmente relevante.
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1:14 - 1:17A questão é, valeu a pena?
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1:17 - 1:20Podem tomar a vossa própria decisão
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1:20 - 1:22e então vão decidir se a invasão valeu a pena.
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1:22 - 1:24É assim que pensam acerca de segurança --
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1:24 - 1:26em termos de escolhas.
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1:26 - 1:29Agora, muitas vezes não existe um certo e um errado.
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1:29 - 1:31Alguns de nós temos um sistema de alarme anti-roubo em casa,
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1:31 - 1:33e alguns de nós não tem.
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1:33 - 1:35E vai depender onde vivemos,
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1:35 - 1:37se moramos sozinhos ou temos uma família,
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1:37 - 1:39quantas coisas porreiras temos,
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1:39 - 1:41e quanto estamos dispostos a aceitar
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1:41 - 1:43o risco de roubo.
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1:43 - 1:45Também na política,
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1:45 - 1:47existem opiniões diferentes.
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1:47 - 1:49Muitas vezes, estas escolhas
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1:49 - 1:51são acerca de mais do que apenas a segurança,
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1:51 - 1:53e eu penso que isso é realmente importante.
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1:53 - 1:55Agora, as pessoas têm uma intuição natural
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1:55 - 1:57acerca destas escolhas.
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1:57 - 1:59Nós fazêmo-las todos os dias --
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1:59 - 2:01ontem à noite, no meu quarto de hotel,
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2:01 - 2:03quando decidi trancar a porta,
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2:03 - 2:05ou vocês, nos vossos carros, quando conduziram até aqui,
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2:05 - 2:07quando vamos almoçar
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2:07 - 2:10e decidimos que a comida não é veneno e que a vamos comer.
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2:10 - 2:12Nós fazemos estas escolhas uma e outra vez
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2:12 - 2:14múltiplas vezes por dia.
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2:14 - 2:16Muitas vezes, nem nos vamos aperceber delas.
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2:16 - 2:18Elas são apenas parte de estar vivo; todos nós as fazemos.
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2:18 - 2:21Todas as espécies o fazem.
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2:21 - 2:23Imaginem um coelho num campo, a comer erva,
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2:23 - 2:26e o coelho vê uma raposa.
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2:26 - 2:28O coelho vai fazer uma escolha de segurança:
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2:28 - 2:30"Deverei ficar, ou fugir?"
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2:30 - 2:32E se pensarem acerca disso,
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2:32 - 2:35os coelhos que são bons a fazerem essa escolha
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2:35 - 2:37tendem a viver e reproduzir-se
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2:37 - 2:39e os coelhos que são maus
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2:39 - 2:41vão ser comidos ou morrer de fome.
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2:41 - 2:43Portanto, vocês pensam
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2:43 - 2:46que nós, enquanto espécie bem sucedida no planeta --
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2:46 - 2:48vocês, eu, toda a gente --
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2:48 - 2:51seríamos realmente bons a fazer estas escolhas.
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2:51 - 2:53Contudo, parece, uma e outra vez,
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2:53 - 2:56que somos, desesperadamente, maus nisto.
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2:56 - 2:59E eu penso que esta é uma questão interessante e fundamental.
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2:59 - 3:01Vou-vos dar a resposta curta.
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3:01 - 3:03A resposta é, nós respondemos ao sentimento de segurança
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3:03 - 3:06e não à realidade.
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3:06 - 3:09Agora, na maioria do tempo, isso funciona.
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3:10 - 3:12Na maioria do tempo,
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3:12 - 3:15o sentimento e a realidade são o mesmo.
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3:15 - 3:17Isso é certamente verdade
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3:17 - 3:20para a maioria da pré-história humana.
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3:20 - 3:23Nós desenvolvemos esta capacidade
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3:23 - 3:25porque faz sentido evolutivamente.
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3:25 - 3:27Uma forma de pensar acerca disto
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3:27 - 3:29é que somos altamente optimizados
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3:29 - 3:31para decisões de risco
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3:31 - 3:34que são endémicas a viver em pequenos grupos familiares
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3:34 - 3:37nos planaltos do este de África em 100,000 A.C. --
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3:37 - 3:402010 Nova Iorque, nem tanto.
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3:41 - 3:44Agora, existem vários enviesamentos na percepção de risco.
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3:44 - 3:46E muitas experiências boas acerca disto.
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3:46 - 3:49E podem ver certos enviesamentos que surgem uma e outra vez.
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3:49 - 3:51Portanto, vou-vos dar quatro.
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3:51 - 3:54Tendemos a exagerar os riscos espectaculares e raros
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3:54 - 3:56e subestimamos riscos comuns --
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3:56 - 3:59portanto, voar versus conduzir.
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3:59 - 4:01O desconhecido é percepcionado
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4:01 - 4:04como mais arriscado do que o familiar.
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4:05 - 4:07Um exemplo será
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4:07 - 4:10pessoas terem medo de raptos por estranhos,
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4:10 - 4:13quando a informação confirma que raptos por familiares é muito mais comum.
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4:13 - 4:15Isto para crianças.
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4:15 - 4:18Terceiro, riscos personificados
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4:18 - 4:21são percebidos como mais prováveis do que riscos anónimos --
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4:21 - 4:24portanto, o Bin Laden era ameaçador porque ele tem um nome.
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4:24 - 4:26E o quarto
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4:26 - 4:28é a subestima de riscos pelas pessoas
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4:28 - 4:30em situações que podem controlar
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4:30 - 4:34e a sobrestimação em situações que não controlam.
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4:34 - 4:37Assim, quando começam a fazer paraquedismo ou a fumar,
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4:37 - 4:39subestimam os riscos.
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4:39 - 4:42Se um risco é forçado sobre vós -- o terrorismo foi um bom exemplo --
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4:42 - 4:45vão sobrestimá-lo, porque não sentem que é do vosso controlo.
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4:47 - 4:50Existe uma variedade de outros enviesamentos destes, destes erros cognitivos,
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4:50 - 4:53que afectam as nossas decisões de risco.
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4:53 - 4:55Existe a heurística da disponibilidade,
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4:55 - 4:57que basicamente quer dizer que
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4:57 - 5:00avaliamos a probabilidade de algo
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5:00 - 5:04conforme a facilidade mental de aceder à informação acerca disso.
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5:04 - 5:06Por isso, podem imaginar como funciona.
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5:06 - 5:09Se ouvirem muita informação acerca de ataques de tigres, têm de haver muitos tigres nas redondezas.
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5:09 - 5:12Não ouvem acerca de ataques de leões, não existem muitos leões pela área.
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5:12 - 5:15Isto funciona inventarem os jornais.
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5:15 - 5:17Porque o que os jornais fazem
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5:17 - 5:19é repetir vez após vez
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5:19 - 5:21os riscos raros.
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5:21 - 5:23Eu digo às pessoas, se está nas notícias, não se preocupem acerca disso.
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5:23 - 5:25Porque, por definição,
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5:25 - 5:28as notícias são algo que quase nunca acontece.
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5:28 - 5:30(risos)
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5:30 - 5:33Quando algo é muito comum, já não é notícia --
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5:33 - 5:35acidentes de carros, violência doméstica --
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5:35 - 5:38esses são os riscos com que se devem preocupar.
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5:38 - 5:40Nós também somos uma espécie de contadores de histórias.
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5:40 - 5:43Nós respondemos mais a histórias do que a informação.
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5:43 - 5:45E existe alguma incapacidade matemática.
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5:45 - 5:48Quer dizer, a piada "Um, dois, três, muitos" está, de certa forma, correcta.
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5:48 - 5:51Nós somos muitos bons com números pequenos.
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5:51 - 5:53Uma manda, duas mangas, três mangas,
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5:53 - 5:5510,000 mangas, 100,000 mangas --
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5:55 - 5:58são muito mais mangas do que as que conseguem comer antes de apodrecerem.
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5:58 - 6:01Por isso, uma metade, um quarto, um quinto -- somos bons nisso.
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6:01 - 6:03Um num milhão, um num bilião --
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6:03 - 6:06não existem quase nunca.
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6:06 - 6:08Por isto temos problemas com riscos
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6:08 - 6:10que não são muitos comuns.
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6:10 - 6:12E o que fazem esses enviesamentos cognitivos
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6:12 - 6:15é agir como filtros entre nós e a realidade.
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6:15 - 6:17E o resultado é que
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6:17 - 6:19o sentimento e a realidade se tornam discrepantes
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6:19 - 6:22se tornam diferentes.
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6:22 - 6:25E ou têm uma sensação -- sentem-se mais seguros que dantes.
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6:25 - 6:27Existe um falso sentimento de segurança.
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6:27 - 6:29Ou [têm o sentimento] oposto,
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6:29 - 6:31e esse é o falso sentimento de insegurança.
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6:31 - 6:34Eu escrevo muito acerca do "teatro de segurança",
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6:34 - 6:37que são produtos que fazem as pessoas sentirem-se seguras
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6:37 - 6:39mas que, na realidade, não fazem nada.
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6:39 - 6:41Não existem uma palavra real para as coisas que nos fazem seguros,
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6:41 - 6:43mas que não nos fazem sentir seguros.
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6:43 - 6:46Talvez seja isso o que a CIA faz supostamente por nós.
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6:48 - 6:50Portanto, de volta à economia.
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6:50 - 6:54Se a economia, se os mercados, impulsionam segurança,
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6:54 - 6:56e se as pessoas fazem escolhas
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6:56 - 6:59baseadas nos sentimentos de segurança,
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6:59 - 7:01então, a coisa mais acertada para as companhias fazerem
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7:01 - 7:03para os incentivos económicos
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7:03 - 7:06é fazer as pessoas sentirem-se seguras.
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7:06 - 7:09E existem duas formas de fazer isto.
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7:09 - 7:11Uma, podem fazer as pessoas sentirem-se realmente seguras
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7:11 - 7:13e esperar que elas reparem.
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7:13 - 7:16Ou a segunda, podem fazer simplesmente as pessoas sentirem-se seguras
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7:16 - 7:19e esperar que não reparem.
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7:20 - 7:23E o que faz as pessoas repararem?
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7:23 - 7:25Bem, um conjunto de coisas:
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7:25 - 7:27compreensão da segurança,
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7:27 - 7:29dos riscos, das ameaças,
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7:29 - 7:32das medidas de combate, como funcionam.
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7:32 - 7:34Mas se souberem coisas,
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7:34 - 7:37é mais fácil que os vossos sentimentos coincidam com a realidade.
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7:37 - 7:40Exemplos suficientes do mundo real ajudam.
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7:40 - 7:43Todos sabemos a taxa de criminalidade do nosso bairro,
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7:43 - 7:46porque vivemos aí, e temos um sentimento acerca disso
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7:46 - 7:49que, praticamente, coincide com a realidade.
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7:49 - 7:52Os teatros de segurança são expostos
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7:52 - 7:55quando é óbvio que não estão a funcionar apropriadamente.
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7:55 - 7:59Okay, portando, o que acontece quando as pessoas não reparam?
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7:59 - 8:01Bem, um entendimento fraco.
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8:01 - 8:04Se não compreenderem os riscos, não entendem os custos,
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8:04 - 8:06e são capazes de fazer a escolha errada,
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8:06 - 8:09e o vosso sentimento não coincide com a realidade.
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8:09 - 8:11Não há exemplos suficientes.
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8:11 - 8:13Existe um problema inerente
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8:13 - 8:15com eventos com baixa probabilidade.
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8:15 - 8:17Se, por exemplo,
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8:17 - 8:19o terrorismo quase nunca ocorre,
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8:19 - 8:21é muito difícil de avaliar
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8:21 - 8:24a eficácia de medidas contra-terroristas.
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8:25 - 8:28Este é o porquê de continuarem a sacrificar virgens,
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8:28 - 8:31e porque as vossas defesas de unicórnios funcionam muito bem.
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8:31 - 8:34Não existem exemplos suficientes de falhas.
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8:35 - 8:38Para além disso, sentimentos que abafam os problemas --
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8:38 - 8:40os enviasamentos cognitivos de que falámos antes,
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8:40 - 8:43os medos, as crenças populares,
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8:43 - 8:46basicamente, um modelo inadequado da realidade.
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8:47 - 8:50Deixem-me complicar as coisas.
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8:50 - 8:52Eu tenho sentimento e realidade.
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8:52 - 8:55Eu quero adicionar um terceiro elemento. Eu quero adicionar um modelo.
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8:55 - 8:57O sentimento e o modelo [estão] na nossa cabeça,
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8:57 - 8:59a realidade é o mundo exterior.
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8:59 - 9:02Não muda; é real.
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9:02 - 9:04Portanto, o sentimento é baseado na nossa intuição.
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9:04 - 9:06O modelo é baseado na razão.
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9:06 - 9:09Essa é a diferença fundamental.
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9:09 - 9:11Num mundo primitivo e simples,
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9:11 - 9:14não existem motivos para [a existência] de um modelo.
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9:14 - 9:17Porque o sentimento está próximo da realidade.
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9:17 - 9:19Não precisam de um modelo.
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9:19 - 9:21Mas num mundo moderno e complexo,
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9:21 - 9:23precisam de modelos
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9:23 - 9:26para compreender os riscos com que nos defrontamos.
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9:27 - 9:29Não existem sentimentos em relação a germes.
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9:29 - 9:32Precisam do modelo para os compreender.
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9:32 - 9:34Este modelo
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9:34 - 9:37é uma representação inteligente da realidade.
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9:37 - 9:40É, obviamente, limitado pela ciência,
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9:40 - 9:42pela tecnologia.
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9:42 - 9:45Não podíamos ter uma teoria de doenças de germes
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9:45 - 9:48antes de inventarmos o microscópio para os ver.
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9:49 - 9:52É limitado pelos nossos vieses cognitivos.
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9:52 - 9:54Mas tem a capacidade
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9:54 - 9:56de se sobrepôr aos nossos sentimentos.
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9:56 - 9:59Onde aprendemos estes modelos? Aprendêmo-los dos outros.
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9:59 - 10:02Aprendemo-los da religião, cultura,
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10:02 - 10:04professores, anciãos.
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10:04 - 10:06Há alguns anos,
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10:06 - 10:08estava num safari na África do Sul.
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10:08 - 10:11O batedor com quem estava tinha crescido no Parque Nacional de Kruger.
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10:11 - 10:14Ele tinha alguns modelos muito complexos acerca de como sobreviver.
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10:14 - 10:16E dependiam se eram atacados
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10:16 - 10:18por um leão, ou um leopardo, ou um rinoceronte, ou um elefante --
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10:18 - 10:21e sobre quando tinham de correr, e quando tinham de subir a uma árvora --
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10:21 - 10:23quando nunca podiam subir a uma árvore.
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10:23 - 10:26Eu teria morrido nesse dia,
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10:26 - 10:28mas ele tinha nascido ali,
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10:28 - 10:30e ele compreendia como sobreviver.
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10:30 - 10:32Eu nasci na cidade de Nova Iorque.
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10:32 - 10:35Eu poderia tê-lo levado a Nova Iorque, e ele teria morrido nesse dia.
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10:35 - 10:37(risos)
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10:37 - 10:39Porque tínhamos modelos diferentes
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10:39 - 10:42baseados nas nossas diferenças.
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10:43 - 10:45Os modelos podem vir dos meios de comunicação,
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10:45 - 10:48dos nossos oficiais elegidos.
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10:48 - 10:51Pensem em modelos de terrorismo,
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10:51 - 10:54rapto infantil,
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10:54 - 10:56segurança aérea, segurança automóvel.
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10:56 - 10:59Os modelos podem vir da indústria.
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10:59 - 11:01Os dois que eu sigo são as câmaras de vigilância,
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11:01 - 11:03cartões de identificação,
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11:03 - 11:06bastantes dos nossos modelos de segurança computacional vêm daí.
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11:06 - 11:09Muitos dos modelos vêm da ciência.
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11:09 - 11:11Os modelos de saúde são exemplos excelentes.
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11:11 - 11:14Pensem em cancro, em gripe das aves, gripe suína, o vírus SARS.
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11:14 - 11:17Todos os nossos sentimentos de segurança
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11:17 - 11:19acerca dessas doenças
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11:19 - 11:21vêm de modelos
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11:21 - 11:24que nos são dados, na realidade, pela ciência filtrada pelos meios de comunicação.
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11:25 - 11:28Por isso, os modelos podem mudar.
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11:28 - 11:30Os modelos não são estáticos.
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11:30 - 11:33À medida que nos tornamos mais confortáveis nos nossos ambientes,
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11:33 - 11:37o nosso modelo pode tornar-se mais próximo dos nossos sentimentos.
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11:38 - 11:40Por isso, um exemplo pode ser,
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11:40 - 11:42se voltarem atrás no tempo 100 anos
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11:42 - 11:45quando a electricidade ainda se estava a tornar comum,
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11:45 - 11:47existiam muitos medos acerca disso.
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11:47 - 11:49Quer dizer, havia pessoas que tinham medo de tocar à campainha,
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11:49 - 11:52porque existia ali electricidade, e era perigoso.
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11:52 - 11:55Para nós, somos bastante condescendentes em relação à electricidade.
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11:55 - 11:57Nós mudamos lâmpadas
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11:57 - 11:59sem sequer pensar nisso
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11:59 - 12:03O nosso modelo de segurança acerca da electricidade
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12:03 - 12:06é algo para o qual nascemos.
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12:06 - 12:09Não mudou enquanto crescíamos.
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12:09 - 12:12E somos bons nele.,
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12:12 - 12:14Ora, pensem nos riscos
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12:14 - 12:16na Internet entre gerações --
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12:16 - 12:18como os vossos pais lidavam com a segurança da Internet,
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12:18 - 12:20versus, como vocês o fazem,
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12:20 - 12:23versus como os vossos filhos vão lidar.
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12:23 - 12:26Os modelos acabam por se dissolver.
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12:27 - 12:30Intuitivo é apenas outra palavra para familiar.
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12:30 - 12:32Quando o nosso modelo é próximo da realidade,
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12:32 - 12:34e converge com os sentimentos,
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12:34 - 12:37vocês raramente se apercebem que ele lá está.
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12:37 - 12:39Um bom exemplo disto
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12:39 - 12:42veio o ano passado com a gripe suína.
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12:42 - 12:44Quando a gripe suína apareceu,
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12:44 - 12:48as notícias iniciais causaram muitas reacções excessivas.
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12:48 - 12:50Tinha um nome,
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12:50 - 12:52o que a fazia mais assustadora que a gripe comum,
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12:52 - 12:54apesar desta ser mais mortal.
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12:54 - 12:58E as pessoas pensavam que os médicos deveriam saber lidar com ela.
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12:58 - 13:00Por isso existia um sentimento de falta de controlo.
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13:00 - 13:02E essas duas coisas
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13:02 - 13:04tornaram o risco mais do que ele era.
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13:04 - 13:07Quando a novidade se desvaneceu, os meses passaram,
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13:07 - 13:09existia uma quantidade de tolerância,
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13:09 - 13:11as pessoas habituaram-se.
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13:11 - 13:14Não existia informação nova, mas existia menos medo.
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13:14 - 13:16No Outono,
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13:16 - 13:18as pessoas pensaram
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13:18 - 13:20que os médicos já deveriam ter resolvido isto.
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13:20 - 13:22E existe uma espécie de bifurcação --
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13:22 - 13:24as pessoas tinham de escolher
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13:24 - 13:28entre o medo e a aceitação --
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13:28 - 13:30ter medo ou indiferença --
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13:30 - 13:33elas escolheram suspeita.
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13:33 - 13:36E quando a vacina surgiu o Inverno passado,
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13:36 - 13:39existiu uma grande quantidade de pessoas - um número surpreendente -
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13:39 - 13:42que se recusaram a recebê-la -
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13:43 - 13:45é um bom exemplo
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13:45 - 13:48que como os sentimentos de segurança das pessoas mudam, como os seus modelos mudam
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13:48 - 13:50de forma rompante
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13:50 - 13:52sem nova informação,
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13:52 - 13:54sem novo dado.
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13:54 - 13:57Este tipo de evento acontece frequentemente.
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13:57 - 14:00Vou-vos mostrar mais uma complicação.
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14:00 - 14:03nós temos sentimento, modelo, realidade.
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14:03 - 14:05Eu tenho uma visão muito relativista da segurança.
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14:05 - 14:08Eu penso que depende do observador.
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14:08 - 14:10E a maioria das decisões de segurança
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14:10 - 14:14têm uma variedade de pessoas envolvidas.
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14:14 - 14:16E os responsáveis
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14:16 - 14:19com vista em trocas específicas
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14:19 - 14:21vão tentar influenciar a decisão.
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14:21 - 14:23E eu exponho os seus planos.
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14:23 - 14:25E vocês vêem os seus planos --
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14:25 - 14:28isto é marketing, isto é política --
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14:28 - 14:31tentar convencer-vos a aceitar um modelo versus outro,
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14:31 - 14:33tentar convencer-vos a ignorar um modelo
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14:33 - 14:36a confiar nos vossos sentimentos,
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14:36 - 14:39marginalizando pessoas com modelos que vocês não gostam.
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14:39 - 14:42Isto não é invulgar.
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14:42 - 14:45Um exemplo, um óptimo exemplo, é o risco de fumar.
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14:46 - 14:49Na história dos últimos 50 anos, o risco de fumar
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14:49 - 14:51demonstra como um modelo muda,
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14:51 - 14:54e também demonstra como uma indústria luta contra
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14:54 - 14:56um modelo de que não gosta.
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14:56 - 14:59Comparem isso com o debate de fumo em segunda mão --
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14:59 - 15:02está provavelmente atrasado 20 anos.
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15:02 - 15:04Pensem acerca dos cintos de segurança.
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15:04 - 15:06Quando eu era criança, ninguém usava cinto de segurança.
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15:06 - 15:08Hoje em dia, nenhum miúdo vos deixa conduzir
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15:08 - 15:10se não estiverem a usar cinto de segurança.
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15:11 - 15:13Comparem isso ao debate acerca do airbag --
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15:13 - 15:16provavelmente atrasado 30 anos.
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15:16 - 15:19Todos são exemplos de modelos em mudança.
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15:21 - 15:24O que nós aprendemos é que mudar modelos é difícil.
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15:24 - 15:26É difícil desinstalar modelos
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15:26 - 15:28se eles coincidem com os nossos sentimentos.
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15:28 - 15:31Vocês nem sequer sabem que têm um modelo.
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15:31 - 15:33E existe outro erro cognitivo
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15:33 - 15:35vou-lhe chamar enviusamento confirmatório,
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15:35 - 15:38no qual tendemos a aceitar informação
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15:38 - 15:40que confirma as nossas crenças
-
15:40 - 15:43e rejeita informação que contradiz aquilo em que acreditamos.
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15:44 - 15:46Portanto, provas contra o nosso modelo,
-
15:46 - 15:49nós iremos, provavelmente, ignorar, mesmo que seja convincente.
-
15:49 - 15:52Tem de se tornar muito convincente para nós lhe prestarmos atenção.
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15:53 - 15:55Os novos modelos que se estendem por largos periodo de tempo são difíceis.
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15:55 - 15:57O aquecimento global é um óptimo exemplo.
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15:57 - 15:59Nós somos terríveis
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15:59 - 16:01com modelos que se estendem por 80 anos.
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16:01 - 16:03nós podemos tratar da próxima ceifa.
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16:03 - 16:06Nós podemos frequentemente pensar até quando os nossos filhos crescem.
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16:06 - 16:09Mas 80 anos, nós simplesmente não somos bons [a pensar nisso].
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16:09 - 16:12Portanto, é um modelo muito difícil de aceitar.
-
16:12 - 16:16Nós podemos ter os dois modelos simultaneamente na nossa mente,
-
16:16 - 16:19ou esse tipo de problema
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16:19 - 16:22em que estamos a manter as duas crenças em conjunto,
-
16:22 - 16:24ou a dissonância cognitiva.
-
16:24 - 16:26Eventualmente,
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16:26 - 16:29o novo modelo irá substituir o velho modelo.
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16:29 - 16:32Sentimentos fortes podem criar um modelo.
-
16:32 - 16:35O 11 de Setembro criou um modelo de segurança
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16:35 - 16:37em muitas mentes.
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16:37 - 16:40Também experiências pessoais com crime o podem fazer,
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16:40 - 16:42sustos com saúde pessoal,
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16:42 - 16:44um susto nas notícias relacionado com a saúde.
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16:44 - 16:46Verão estes eventos chamados flashes
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16:46 - 16:48pelos psiquiatras.
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16:48 - 16:51Eles podem criar um modelo instantaneamente
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16:51 - 16:54porque são tão emocionais.
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16:54 - 16:56Por isso, num mundo tecnológico,
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16:56 - 16:58nós não temos experiência
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16:58 - 17:00em avaliar modelos.
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17:00 - 17:02E confiamos nos outros. Nós confiamos nas vias de informação.
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17:02 - 17:06Quero dizer, isto funciona desde que seja para corrigir outros.
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17:06 - 17:08Nós confiamos em agências governamentais
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17:08 - 17:13que nos dizem quais farmacêuticas são seguras.
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17:13 - 17:15Eu voei para cá ontem.
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17:15 - 17:17Eu não verifiquei [o estado] do avião.
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17:17 - 17:19Eu confiei noutro grupo
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17:19 - 17:22para determinar se era seguro voar no meu avião.
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17:22 - 17:25Nós estamos aqui, nenhum de nós tem medo que o teto vá colapsar sobre nós,
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17:25 - 17:28não porque verificámos,
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17:28 - 17:30mas porque temos bastante certeza
-
17:30 - 17:33que as normas de construção aqui são boas.
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17:33 - 17:35É um modelo que, basicamente, aceitamos
-
17:35 - 17:37por fé.
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17:37 - 17:40E isso está bem.
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17:42 - 17:44Agora, o que queremos
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17:44 - 17:46é que as pessoas se sintam suficientemente familiarizadas
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17:46 - 17:48com modelos melhores --
-
17:48 - 17:50que isso se reflicta nos seus sentimentos --
-
17:50 - 17:54e lhes permita fazer escolhas de segurança.
-
17:54 - 17:56Porque quando estes se distanciam
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17:56 - 17:58têm duas opções:
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17:58 - 18:00uma, podem corrigir os sentimentos das pessoas,
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18:00 - 18:02apelar directamente aos sentimentos.
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18:02 - 18:05É manipulação, mas pode funcionar.
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18:05 - 18:07a segundo forma, mais honesta
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18:07 - 18:10é corrigir o próprio modelo.
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18:11 - 18:13A mudança acontece lentamente.
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18:13 - 18:16O debate acerca do tabaco demorou 40 anos,
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18:16 - 18:19e esse foi um fácil.
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18:19 - 18:21Algumas coisas são difíceis.
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18:21 - 18:23Eu quero dizer, realmente
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18:23 - 18:25a informação parece ser a nossa maior esperança
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18:25 - 18:27E eu menti.
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18:27 - 18:29Lembram-se quando eu disse que sentimento, modelo, realidade.
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18:29 - 18:32Eu disse que a realidade não muda. Na realidade muda.
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18:32 - 18:34Nós vivemos num mundo tecnológico;
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18:34 - 18:37a realidade muda a toda a hora.
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18:37 - 18:40Portanto podemos ter -- pela primeira vez na [história] da nossa espécie --
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18:40 - 18:43sentimentos que perseguem modelos, modelos perseguem realidade, e a realidade a mudar --
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18:43 - 18:46podem nunca se vir a alcançar.
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18:47 - 18:49Nós não sabemos.
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18:49 - 18:51Mas a longo prazo
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18:51 - 18:54sentimentos e realidade são importantes.
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18:54 - 18:57E eu quero acabar com duas histórias rápidas para ilustrar estes pontos.
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18:57 - 18:591982 -- Eu não sei se vocês se vão lembrar disto --
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18:59 - 19:02houve uma curta epidemia
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19:02 - 19:04de envenenamento por Tylenol nos Estados Unidos.
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19:04 - 19:07Foi uma história horrível. Alguém pegou numa garrafa de Tylenol,
-
19:07 - 19:10colocou veneno, fechou-a, pô-la novamente na estante.
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19:10 - 19:12Outra pessoa comprou-a e morreu.
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19:12 - 19:14Isto aterrorizou as pessoas.
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19:14 - 19:16Houve alguns ataques de imitadores.
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19:16 - 19:19Não existia nenhum risco real, mas as pessoas estavam assustadas.
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19:19 - 19:21E é por isto
-
19:21 - 19:23que a indústria de produtos farmacêuticos invioláveis foi inventada.
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19:23 - 19:25Essas tampas invioláveis, que advieram disto.
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19:25 - 19:27É absolutamente teatro de segurança.
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19:27 - 19:29Como trabalho de casa, pensem em 10 formas de contorná-las.
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19:29 - 19:32Eu dou-vos uma, uma seringa.
-
19:32 - 19:35Mas fez as pessoas sentirem-se melhor.
-
19:35 - 19:37Fez com que os seus sentimentos de segurança
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19:37 - 19:39coincidissem mais com a realidade.
-
19:39 - 19:42Última história, há alguns anos, uma amiga minha deu à luz.
-
19:42 - 19:44Eu visitei-a no hospital.
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19:44 - 19:46Acontece que, hoje em dia, quando o bebé nasce,
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19:46 - 19:48eles colocam uma pulseira RFID no bebé,
-
19:48 - 19:50e colocam a pulseira correspondente na mãe.
-
19:50 - 19:52Por isso, se alguém, que não a mãe, levar o bebé para fora da maternidade,
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19:52 - 19:54o alarme dispara.
-
19:54 - 19:56Eu disse, "Bem, isso é porreiro.
-
19:56 - 19:58Eu interrogo-me quão frequente são raptos de bebés
-
19:58 - 20:00dos hospitais."
-
20:00 - 20:02Eu chego a casa, e procuro.
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20:02 - 20:04Praticamente nunca acontece.
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20:04 - 20:06Mas se pensarem no assunto,
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20:06 - 20:08se forem um hospital,
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20:08 - 20:10e precisam de levar o bebé para longe da mãe,
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20:10 - 20:12para fora do quarto para efectuar alguns testes,
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20:12 - 20:14é melhor que tenham alguns adereços de segurança,
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20:14 - 20:16ou ela vai-vos arrancar o braço.
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20:16 - 20:18(risos)
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20:18 - 20:20Por isso, isto é importante para nós,
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20:20 - 20:22aqueles que desenvolvem segurança,
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20:22 - 20:25que investigam normas de segurança,
-
20:25 - 20:27ou que até investigam normas públicas
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20:27 - 20:29de formas que afectam a segurança.
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20:29 - 20:32Não é apenas a realidade, é o sentimento e a realidade.
-
20:32 - 20:34O que é importante
-
20:34 - 20:36é que coincidam mais ou menos.
-
20:36 - 20:38é importante porque, se os nossos sentimentos coincidirem com a realidade,
-
20:38 - 20:40nós fazemos melhores escolhas de segurança.
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20:40 - 20:42Obrigado.
-
20:42 - 20:44(Aplausos)
- Title:
- Bruce Schneier: A ilusão da segurança
- Speaker:
- Bruce Schneier
- Description:
-
O sentimento de segurança e a realidade da segurança nem sempre estão de acordo, diz o perito em segurança de computadores Bruce Schneier. Na TEDxPSU, ele explica porque gastamos biliões a responder a riscos de histórias jornalísticas, como o novo "teatro de segurança", que se encontra agora no seu aeroporto local, enquanto negligenciamos riscos mais prováveis de ocorrer -- e como podemos quebrar este padrão.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 20:44