-
Em cada momento, temos a possibilidade de controlar onde colocamos a nossa atenção,
-
e isso torna-se a fonte de nutrição para nós,
-
para o nosso pensamento, para a nossa forma de ver o mundo.
-
Então, se colocarmos a nossa atenção numa árvore, entramos em contacto com a natureza da árvore,
-
ficando lá pacientemente, ano após ano, crescendo com a luz do sol, a terra e o ar,
-
e isso torna-se o que nutre o nosso pensamento.
-
Mas, se colocarmos a nossa atenção nessas imagens de desespero, violência, traição,
-
então, estamos também a regar essas sementes na nossa consciência.
-
Não é que seja errado, mas é o que regamos.
-
É com isso que nos alimentamos.
-
E tendemos a tornar-nos naquilo a que prestamos atenção.
-
Então, se prestamos atenção a situações de desespero num filme,
-
tornamo-nos mais desesperados.
-
Temos de saber o que é suficiente para nutrir a nossa compreensão de uma situação difícil,
-
e o que é apenas fortalecer a semente do desespero, medo e preocupação.
-
Isso é compreender a nossa mente.
-
Então, quando as situações de injustiça realmente acontecem no mundo,
-
podemos dar a nossa atenção a isso, cavar mais fundo, entender o sofrimento em nós e na Mãe Terra.
-
Mas quando apenas inventamos histórias que regam as sementes do desespero e medo,
-
inventamos histórias.
-
Passamos o nosso tempo a ouvir histórias inventadas.
-
A ver histórias inventadas, filmes e filmes.
-
E quando essas histórias regam as sementes do medo, desespero e tristeza em nós, bem, é isso que nos tornaremos.
-
Portanto, temos de saber e aceitar que não é certo ou errado, mas temos de saber que é isso que acontece.
-
O que atendemos é um espelho do que nos tornamos.
-
Portanto, se quisermos saber o nosso futuro, podemos olhar para o que estamos a prestar atenção.
-
Isso torna-se o nosso futuro.
-
E então, essa é uma sabedoria que está disponível no momento presente.
-
Acho que quando conseguimos simplesmente parar onde quer que estejamos,
-
dar um momento para caminhar numa floresta,
-
ou apenas, se não tivermos uma floresta, encontrar uma árvore e apenas estar com essa árvore.
-
Tentar compreendê-la como um irmão ou irmã.
-
Ter uma conversa com a árvore.
-
Não precisamos de linguagem, linguagem humana, para ter uma conversa com a árvore.
-
Porque essa árvore tem uma história para contar.
-
Olhamos para a sua casca,
-
as suas folhas, os seus ramos, as suas raízes.
-
Ela tem uma história maravilhosa para contar.
-
As cianobactérias flutuando no oceano, unindo-se como algas, em kelp,
-
e depois encontrando uma maneira de trazer essa água da terra
-
para as suas folhas, e as folhas transportam os açúcares da fotossíntese para baixo,
-
por todo o corpo da planta.
-
Isso tudo está no corpo da árvore.
-
Essa história está escrita no próprio corpo da árvore.
-
Esse é o tipo de conversa que podemos ter com a árvore,
-
e isso nutre-nos.
-
Ajuda-nos a compreender a nossa própria ascendência, as nossas relações com essa árvore,
-
como aprendemos a ser nutridos pelas plantas, os nossos ancestrais,
-
dando os primeiros passos em terra.
-
E vemos isto mais profundamente, a nossa relação com a árvore.
-
E esse tipo de compreensão nutre a alegria, a liberdade e a compreensão.
-
Portanto, acho que precisamos estar mais conscientes de onde colocamos a nossa atenção,
-
para que possamos nutrir este tipo de compreensão no nosso coração.