A Vida Revolucionária de Emma Goldman #MulheresComuns
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0:00 - 0:02Anos antes de ser considerada
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0:02 - 0:04uma das pessoas mais
perigosas dos EUA, -
0:04 - 0:05uma jovem chamada Emma Goldman
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0:05 - 0:07se encontrava numa festa.
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0:07 - 0:08Apesar de ser uma ativista
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0:08 - 0:11indo ao evento para ganhar
apoio à sua causa -
0:11 - 0:13ela também adorava dançar,
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0:13 - 0:15até que um de seus
aliados a chamou à parte -
0:15 - 0:18para criticá-la por ser
frívola e indigna. -
0:18 - 0:20Afinal, deve um ativista sério
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0:20 - 0:22ser visto se divertindo tanto?
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0:22 - 0:23Furiosa pela interrupção,
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0:23 - 0:24Goldman disse ao rapaz
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0:24 - 0:26para cuidar da própria vida,
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0:26 - 0:27pois a liberdade pela qual lutava
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0:27 - 0:30não se baseava na “negação da
vida e da alegria”. -
0:30 - 0:30E então, disse:
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0:30 - 0:31“Quero a liberdade,
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0:31 - 0:33o direito à autoexpressão,
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0:33 - 0:36o direito de todos ao que é
belo e radiante”. -
0:36 - 0:39Para Goldman, uma revolução sem dança
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0:39 - 0:41não é uma revolução que valha a pena.
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0:44 - 0:46Ela nasceu em 1869 numa família judaica
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0:46 - 0:48no Império russo e foi criada
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0:48 - 0:50por uma mãe distante e um pai abusivo,
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0:50 - 0:53que tentou forçá-la a se casar
com 15 anos. -
0:53 - 0:54Ao recusar, ele jogou seu
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0:54 - 0:56livro de francês no fogo, dizendo que
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0:56 - 0:58“Garotas não têm que estudar muito!
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0:58 - 0:59Uma filha judia só precisa
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0:59 - 1:01saber preparar peixe recheado,
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1:01 - 1:03cortar macarrão e dar muitos
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1:03 - 1:04filhos ao marido.”
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1:04 - 1:06Poucas mulheres da época desafiariam
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1:06 - 1:08essa ideia de feminilidade tanto
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1:08 - 1:09quanto Emma Goldman.
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1:09 - 1:11Com 16 anos, ela fugiu do pai
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1:11 - 1:12e imigrou para os EUA,
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1:12 - 1:14onde descobriu sua verdadeira vocação:
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1:14 - 1:17uma rebelde política e uma
oradora intensa que -
1:17 - 1:20passaria a vida chamando a revolução.
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1:20 - 1:21Ela ficou horrorizada pela
história -
1:21 - 1:24trágica de trabalhadores
ativistas executados -
1:24 - 1:26em Chicago e se viu atraída
pelo movimento -
1:26 - 1:28dos trabalhadores e enfim pelo anarquismo.
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1:28 - 1:31Contrário ao que a palavra possa sugerir,
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1:31 - 1:32a filosofia de Goldman não defendia
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1:32 - 1:34a desordem e o caos,
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1:34 - 1:35mas a liberdade individual
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1:35 - 1:37e a rejeição de instituições que
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1:37 - 1:38ela julgava opressoras:
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1:38 - 1:39governo, religião, guerra,
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1:39 - 1:41interesses comerciais
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1:41 - 1:42e até o casamento.
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1:42 - 1:44Apesar de ter se casado várias vezes,
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1:44 - 1:46por conveniência ou pela cidadania,
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1:46 - 1:49Goldman rejeitava ideias tradicionais
de casamento -
1:49 - 1:51e decidiu nunca ter filhos.
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1:51 - 1:52Goldman rapidamente se tornou uma
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1:52 - 1:55das figuras radicais mais famosas nos EUA,
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1:55 - 1:56cuja retórica era às vezes
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1:56 - 1:58chamada de “marreta”.
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1:58 - 1:59Ela viajou pelo país discursando
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1:59 - 2:01tão apaixonadamente que a famosa repórter
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2:01 - 2:04Nellie Bly a chamou de
“pequena Joana d’Arc”. -
2:04 - 2:06Ao longo dos anos, Goldman foi presa
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2:06 - 2:07várias vezes por suas ideias:
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2:07 - 2:09por promover métodos contraceptivos,
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2:09 - 2:11por desencorajar jovens de se alistarem
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2:11 - 2:13no exército e por dizer a trabalhadores
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2:13 - 2:15desempregados que “tomassem o pão”
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2:15 - 2:16dos ricos, se não tivessem
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2:16 - 2:18comida e trabalho.
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2:18 - 2:20Mesmo apoiando a independência
feminina, ela -
2:20 - 2:22discordava com frequência das sufragistas
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2:22 - 2:24por acreditar que o voto feminino
era menos -
2:24 - 2:26importante que derrubar sistemas
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2:26 - 2:27opressores por completo.
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2:27 - 2:30Emma dizia: “o direito ao voto ou
a igualdade de direitos civis -
2:30 - 2:33podem ser boas demandas, mas a
verdadeira emancipação -
2:33 - 2:35não começa nem nas urnas
nem nos tribunais”. -
2:35 - 2:38Ela dizia: “começa na alma da mulher”.
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2:38 - 2:40Ela acreditava que as mulheres
deviam rejeitar -
2:40 - 2:43as leis sexistas da sociedade e do governo
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2:43 - 2:44e reivindicar o direito de
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2:44 - 2:46decidirem sobre suas vidas e corpos.
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2:46 - 2:48Apenas isso, dizia Goldman,
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2:48 - 2:50libertaria as mulheres.
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2:50 - 2:51Apesar de heterossexual,
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2:51 - 2:52Goldman foi uma das primeiras
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2:52 - 2:54defensoras dos gays nos EUA,
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2:54 - 2:56assim como de métodos contraceptivos
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2:56 - 2:58e da liberdade sexual das mulheres.
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2:58 - 2:59“Exijo a independência da mulher;
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2:59 - 3:01seu direito de se sustentar,
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3:01 - 3:03de viver por conta própria,
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3:03 - 3:04de amar quem ela quiser,
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3:04 - 3:07ou quantos ela quiser”, ela escreveu.
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3:07 - 3:08“Exijo liberdade para ambos os sexos,
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3:08 - 3:11liberdade de ação, liberdade no amor,
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3:11 - 3:13e liberdade na maternidade”.
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3:13 - 3:16Muitas de suas ideias sobre gênero,
sexo e sexualidade -
3:16 - 3:18seriam consideradas polêmicas ainda hoje,
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3:18 - 3:19e no fim do séc. XIX
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3:19 - 3:21eram categoricamente chocantes.
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3:21 - 3:22Goldman foi um espinho no pé das
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3:22 - 3:24autoridades americanas por muitos anos.
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3:24 - 3:26Em 1919, por fim anularam sua
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3:26 - 3:29cidadania americana e a deportaram
para a Rússia, -
3:29 - 3:30onde havia acabado de
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3:30 - 3:32acontecer uma revolução popular.
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3:32 - 3:33Mas o que ela encontrou
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3:33 - 3:35não foi a utopia de seus sonhos,
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3:35 - 3:37e sim outro regime opressor
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3:37 - 3:39disposto a esmagar os direitos
de seus cidadãos. -
3:39 - 3:41Após se encontrar com o próprio Lênin,
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3:41 - 3:43ela ficou bastante desiludida
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3:43 - 3:45com o novo governo comunista.
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3:45 - 3:47Então ela foi ao exterior discursar sobre
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3:47 - 3:48a opressão dos sovietes,
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3:48 - 3:50o que afastou muitos de seus aliados
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3:50 - 3:51e causou sua expulsão tanto
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3:51 - 3:53da Suécia quanto da Alemanha.
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3:53 - 3:55Quando finalmente voltou aos EUA, em 1934,
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3:55 - 3:57com permissão da administração Roosevelt,
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3:57 - 4:00Goldman era uma senhora com mais
de 60 anos, -
4:00 - 4:02mas continuava tão obstinada e franca
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4:02 - 4:03quanto sempre fora.
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4:03 - 4:05Em sua última turnê nos EUA, seus
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4:05 - 4:06discursos se opunham
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4:06 - 4:08ao fascismo da Alemanha de Hitler
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4:08 - 4:10e ao comunismo da Rússia de Stalin,
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4:10 - 4:13enfurecendo membros da direita
e da esquerda. -
4:13 - 4:14Mesmo a velhice não pôde apagar
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4:14 - 4:16seu espírito revolucionário;
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4:16 - 4:18aos 67 anos, ela foi a Barcelona apoiar
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4:18 - 4:19trabalhadores e anarquistas
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4:19 - 4:21que haviam se insurgido contra o fascismo
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4:21 - 4:23durante a Guerra Civil Espanhola.
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4:23 - 4:25Ela os chamou de um “brilhante exemplo”
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4:25 - 4:26para o resto do mundo
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4:26 - 4:28e disse a uma audiência de 10.000 que
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4:28 - 4:31“o seu ideal tem sido o meu ideal
por 45 anos, -
4:31 - 4:33e continuará sendo até meu
último suspiro”. -
4:33 - 4:34No fim da vida, quando
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4:34 - 4:35as metas de sua causa pareciam
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4:35 - 4:37mais impopulares e distantes
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4:37 - 4:39da realidade que nunca,
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4:39 - 4:41Goldman jamais titubeou em suas crenças,
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4:41 - 4:42mesmo quando o preço foi deportação,
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4:42 - 4:45ameaças violentas e penas de prisão.
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4:45 - 4:47Ela esperava que seu exemplo pudesse
iluminar o caminho -
4:47 - 4:49para as futuras gerações.
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4:49 - 4:51Como ela escreveu a um amigo
e ex-amante, -
4:51 - 4:53anos antes de sua morte:
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4:53 - 4:55“um dia, muito depois de termos partido,
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4:55 - 4:58talvez a liberdade erga sua cabeça
com orgulho. -
4:58 - 5:00Cabe a nós iluminar o caminho, mesmo
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5:00 - 5:01que hoje nossa tocha pareça fraca
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5:01 - 5:03ela ainda é a verdadeira chama."
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5:03 - 5:05Ao longo da vida, Goldman
teve o dom -
5:05 - 5:07de enfurecer amigos e inimigos, mas
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5:07 - 5:09jamais comprometeu suas convicções
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5:09 - 5:12ou seu jeito de viver para agradar
a algum deles. -
5:12 - 5:14“Uma trilha de fogueiras marcou o alvoroço
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5:14 - 5:15que fora Goldman pela vida”,
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5:15 - 5:17escreveu um historiador e, de fato,
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5:17 - 5:19Goldman queimaria quase qualquer ponte
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5:19 - 5:20em nome de sua verdade.
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5:20 - 5:21Como ela disse quando
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5:21 - 5:23um jovem tentou impedi-la
de dançar, ela -
5:23 - 5:25jamais deixaria de lutar por um mundo
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5:25 - 5:26onde a liberdade seja um
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5:26 - 5:28direito universal
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5:28 - 5:29e onde as mulheres possam
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5:29 - 5:31viver, amar e dançar
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5:31 - 5:32tão livremente quanto queiram.
- Title:
- A Vida Revolucionária de Emma Goldman #MulheresComuns
- Description:
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Considerada uma das pessoas mais perigosas nos Estados Unidos por J. Edgar Hoover, a ativista e oradora Emma Goldman desafiou a história com seu apoio revolucionário aos diretos dos trabalhadores, das mulheres e ao "direito de todos ao que é belo e radiante".Assista mais episódios de #MulheresComuns: http://bit.ly/2cjkhhL
Mulheres Comuns: Ousando Desafiar a História explora as vidas e conquistas de mulheres fascinantes que desafiaram esteriótipos de gênero, mas que frequentemente se encontram às margens ou apagadas de livros de história que não estavam prontos para aceitá-las. Essa série é possível graças às generosas doações da nossa campanha de financiamento coletivo na Seed & Spark.
- Video Language:
- English
- Team:
- Feminist Frequency
- Duration:
- 05:51
Fernando Bufalari edited Portuguese, Brazilian subtitles for The Revolutionary Life of Emma Goldman #OrdinaryWomen | ||
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