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Quando eu era um ativista ambiental,
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a minha energia estava direcionada para o exterior.
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Achava que estava a ajudar muitas pessoas.
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Estava a ajudar o meio ambiente,
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mas, ao mesmo tempo, não conseguia ter uma boa relação com as pessoas mais próximas de mim,
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a minha família, os meus amigos, os meus colegas e até comigo próprio.
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Por isso, senti-me envergonhado.
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Senti que precisava de definir corretamente as minhas prioridades e,
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sendo ativista,
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tinha este forte hábito de olhar para fora
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e ver as coisas que não estavam bem.
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Tentava consertá-las.
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Mas não olhava para dentro de mim.
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O que está errado aqui dentro?
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Talvez houvesse algo que também precisasse de atenção.
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Tornar-me um ativista espiritual é olhar para dentro, e não apenas para fora,
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olhar mais para dentro e ver o que há cá dentro que precisa de atenção.
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E, com os ensinamentos do Thay, não há separação.
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Olhar para dentro também é cuidar do que está fora.
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Mas isso não significa abandonar completamente as atividades externas.
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Trata-se mais de cuidar do que se passa cá dentro,
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e quando o interior está mais em paz, mais calmo, qualquer ação que realizemos
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será baseada na compreensão e no amor, e não na raiva ou em emoções negativas.