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Fragonard, O Balanço, 1767

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    [música]
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    Nós estamos no Coleção Wallace em Londres.
    Este é um Fragonard, "O Balanço".
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    E a primeira coisa que eu percebo é essa
    marca de rosa e branco, como a renda,
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    no meio da pintura. Esta mulher está indo
    para cima no balanço e eu noto que ela
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    está sentada no assento vermelho veludo
    e dourado do balanço,
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    pendurado por cordas, esta fabulosa
    curva do chapéu, e nós podemos ver
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    suas meias brancas de seda, ela vira
    sua sapatilha rosa no ar
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    - E ela parece completamente maliciosa
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    - E é claro que o que está acontecendo
    é muito sugestivo por que nós temos uma
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    figura no canto esquerdo para quem ela
    olha abaixo, que é claramente seu amante
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    escondido nos arbustos, e ela foi
    conivente com o homem no canto oposto,
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    para que a empurrasse no balanço,
    um senhor mais velho.
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    - Que provavelmente não sabe que o outro
    homem está escondido atrás dos arbustos
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    - Sim, e nós vemos que existe uma cerca
    dupla, baixa, rodeando pelo lado esquerdo
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    toda a escultura, então o amante dela
    obviamente entrou em uma pequena área
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    que não se deveria ir, uma espécie
    de mato com rosas selvagens,
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    e ele está escondendo-se nos arbustos.
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    Veja a escultura à esquerda.
    Mostra uma pequena figura angelical,
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    ou um querubim que está
    com o dedo em frente aos lábios
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    como se dissésse "shh", mantenha
    segredo. - E nós não estamos em um lugar
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    desabitado aqui. Parece que estamos
    atrás de uma vila ou um palácio...
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    - Você consegue enxergar
    alguma arquitetura distante,
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    abaixo do seu braço esquerdo. Este é um
    jardim que cresceu mais do que deveria,
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    que está exuberante, mas fora de controle.
    É a natureza, no seu auge,
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    meio que energético e - Fértil
    - Fértil e abundante - Exato
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    - Certo, como se dialogando com uma
    espécie de tema sexual, sensual
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    - E algo tipo um sonho também,
    sabe, nas névoas.
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    A árvore e seus ramos são, as vezes cheios
    de folhagens, e as vezes estão nus,
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    e representa, o que às vezes
    se refere como, a explosão
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    e o galho que é quase como um raio;
    com linhas cruzadas através da tela
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    - Que algumas vezes é usada como
    uma expressão de paixão,
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    que seria bastante
    apropriado aqui, claro.
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    Nós temos atrás, logo abaixo da mulher,
    uma escultura que mostra duas figuras,
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    também pequenos querubins, ou semelhante
    à cupidos brincando um com o outro,
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    em cima de algo que parece uma colmeia.
    Talvez indicando as picadas do amor.
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    - Fácil perder, no canto inferior direito,
    está um pequeno cachorro - Sim, latindo
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    - Que parece estar latindo. Certamente
    o cachorro é um sinal de fidelidade.
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    - Que é um pouco irônico - Talvez
    por isso o cachorro pareça chateado
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    - E é quase como se o cachorro estivesse,
    talvez, delatando o segredo.
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    - Claro. Está certo.
    - E a escultura está dizendo "shh"
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    - Isto é 1767, então estamos realmente
    duas décadas antes da revolução.
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    Mas isso é o tipo de indulgencia
    e expressão de prazer que
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    realmente caracteriza a aristocracia e a
    classe dominante na França.
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    - E é esse tipo de pintura que parece
    ser algo apenas
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    sobre o prazer que Diderot,
    e os outros pensadores iluministas
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    vão protestar contra, e clamar por uma
    arte que é heroica e virtuosa
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    e recorre às mais altas aspirações humanas
    e não as aspirações básicas, e é esse tipo
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    de pensamento iluminista que levará,
    certamente, para a revolução em 1789.
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    [música]
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    [Legendado por Fernando P. M. Santos]
    [Revisado por Cainã Perri]
Title:
Fragonard, O Balanço, 1767
Description:

Jean-Honoré Fragonard, O Balanço, óleo sobre tela, 1767 (Coleção Wallace, Londres)

Oradores: Dra. Beth Harris e Dr. Steven Zucker

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Video Language:
English
Duration:
03:21

Portuguese, Brazilian subtitles

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