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Retraite francophone — dimanche 17 mars 2013

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    Uma sensação dolorosa, uma emoção forte
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    podemos trazer alívio através da prática
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    e podemos ir longe, podemos transformar esse sofrimento
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    com a prática podemos também gerar, criar momentos felizes
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    a qualquer hora do dia
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    podemos aprender a criar alegria e felicidade
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    e podemos saborear pequenas felicidades do dia a dia
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    e isso é possível
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    há uma relação estreita entre sofrimento e felicidade
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    o sofrimento desempenha um certo papel na criação da felicidade
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    é algo importante,
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    como quando plantamos flores de lótus,
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    precisamos de lama
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    assim, a felicidade é um tipo de flor
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    como o lótus
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    e a felicidade precisa de condições
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    para estar presente, tal como esta flor
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    esta flor é bonita
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    representa a felicidade
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    mas é feita de elementos não-flor, como a chuva
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    a chuva não é uma flor, é um elemento não-flor
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    que é indispensável para que a flor
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    se manifeste
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    quando olhamos para a flor, vemos a terra
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    a terra não é flor, é um elemento não-flor
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    que é essencial para a manifestação da flor
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    há muitos elementos não-flor dentro da flor e nós podemos
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    reconhecer esses elementos não-flor dentro da flor.
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    Se retirarmos todos os elementos não-flor da flor,
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    a flor já não existe.
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    Assim, aprendemos no budismo
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    “não podemos simplesmente ser, temos de inter-ser com tudo no mundo”
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    assim, a flor não pode existir por si só
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    ela tem de inter-ser com o sol
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    com a Terra, com a chuva, com tudo
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    assim, a felicidade é um tipo de flor,
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    é feita de elementos não-felicidade
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    incluindo o sofrimento.
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    O sofrimento tem um papel importante na construção da felicidade
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    na criação da felicidade
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    por isso, na prática, aprendemos a usar o sofrimento para criar felicidade
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    falámos sobre a arte da felicidade
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    há uma arte em criar felicidade
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    mas não falámos sobre a arte de sofrer
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    aprender a sofrer é algo que precisa de ser aprendido
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    aprender a sofrer é algo que precisa de ser aprendido
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    porque o sofrimento faz parte da vida
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    mas se soubermos como sofrer,
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    sofremos muito menos, podemos aprender muito com o sofrimento
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    podemos usar o sofrimento
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    para criar felicidade
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    por isso, durante este retiro vamos
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    considerar isso, praticar juntos
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    para integrar esta capacidade de
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    gerir o sofrimento e criar felicidade
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    Normalmente, não gostamos de pensar em sofrimento
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    não gostamos de estar em contacto com o sofrimento
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    temos medo de entrar em contacto com o sofrimento
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    não é agradável tocar no sofrimento
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    por isso, tentamos sempre
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    ignorar o sofrimento
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    fingimos que o sofrimento não está aqui
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    mas ele está aqui, em nós e no mundo
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    e o Buda disse-nos que uma compreensão profunda
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    do sofrimento vai ajudar-nos
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    a transformar o sofrimento
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    se temos medo de entrar em contacto com o sofrimento é porque
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    não sabemos como gerar a energia da atenção plena
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    com a meditação caminhando e a respiração consciente,
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    vamos conseguir gerar a energia da atenção plena,
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    e é exatamente com essa energia que podemos regressar a
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    nós mesmos e reconhecer o sofrimento e abraçá-lo
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    com ternura
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    fazendo isso,
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    não somos dominados pelo sofrimento
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    na psicologia moderna, falamos
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    sobre consciência e inconsciência
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    no budismo também.
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    A inconsciência é uma parte dessa consciência chamada
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    a “consciência armazenadora” (consciência profunda), no budismo falamos da consciência armazenadora
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    e da “mente”: consciência armazenadora em baixo e mente em cima
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    Na vida diária, a inconsciência produz muitos pensamentos e imagens
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    Estamos sentados aqui, e a nossa inconsciência está a trabalhar
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    A inconsciência está a produzir pensamentos, há uma espécie de rádio
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    a funcionar dentro de nós.
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    Em Plum Village chamamos-lhe
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    “NPR”: Pensar Sem Parar
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    saltamos de uma ideia para outra, e continua
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    imagens, ideias, e
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    não temos a possibilidade de parar para
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    reconhecer a ideia, para ver se essa ideia é
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    correta, é verdadeira
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    e não sabemos porque é que essa ideia está aqui,
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    não conseguimos ver as suas raízes em nós
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    e o rádio continua,
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    a inconsciência traz-nos alimento
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    e não é um alimento bom,
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    porque essas ideias contêm
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    sofrimento, medo, ansiedade.
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    As imagens também.
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    Então estamos aqui e continuamos a consumir a nossa consciência
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    essa parte da consciência.
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    Quando pensas, quando inspiras,
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    e se trazes a tua atenção para a inspiração, então
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    reconheces que é uma inspiração que estás a fazer
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    e isso chama-se “respiração consciente”.
  • 9:37 - 9:46
    Reconhecemos que está a acontecer uma inspiração.
  • 9:46 - 9:51
    “Inspiro, sei que estou a inspirar”
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    É a presença da mente (atenção plena)
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    E quando caminhamos, podemos caminhar com atenção plena
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    tomamos consciência de cada passo que damos.
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    Quando comemos, podemos comer com atenção plena.
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    Estamos conscientes de que estamos aqui com amigos,
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    que a comida está na mesa, e estamos a partilhar
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    uma refeição com a Sangha
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    e cada momento da refeição pode ser em atenção plena
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    e isso é uma prática.
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    Quando bebemos chá,
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    podemos beber o chá com atenção plena.
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    Assim, a inconsciência traz-nos ideias, representações, imagens assim
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    e a consciência pode fazer o esclarecimento (focar)
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    podemos parar para olhar, reconhecer os pensamentos, imagens,
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    oferecidos pela inconsciência.
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    Essas ideias, imagens podem ser exageradas, distorcidas.
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    As suas raízes podem ser perceções erradas.
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    E somos empurrados por essas ideias, imagens
  • 11:35 - 11:39
    e quando falamos, quando agimos,
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    somos influenciados pelo que a inconsciência nos traz.
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    Assim, a atenção plena é uma energia que nos pode ajudar
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    a reconhecer o que está a acontecer,
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    primeiro, no nosso corpo.
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    No nosso corpo pode haver tensão.
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    A tensão está sempre lá, mas não estamos conscientes de que está lá.
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    Então inspiro conscientemente e reconheço a presença do meu corpo.
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    E esta respiração consciente permite-me
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    reconhecer o facto de que tenho um corpo
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    e que há tensão no meu corpo.
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    Mas se há muita tensão no meu corpo, não há bem-estar
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    Então esta atenção plena diz-me que há tensão no meu corpo
  • 12:53 - 13:02
    e isso leva-me a tomar uma decisão: vou praticar
  • 13:02 - 13:08
    para relaxar, para libertar essa tensão
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    E quando expiro,
  • 13:11 - 13:17
    deixo essa tensão sair.
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    Inspiro, sei que a tensão está aqui no meu corpo,
  • 13:22 - 13:26
    Expiro, relaxo.
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    É o trabalho da consciência, o trabalho da atenção plena.
  • 13:35 - 13:43
    E se há uma sensação que surge no corpo,
  • 13:43 - 13:45
    ou na mente,
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    tornamo-nos conscientes dessa sensação.
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    Essa sensação pode ter as suas raízes no corpo ou nas perceções.
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    Portanto, quando estamos conscientes dessa sensação,
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    podemos ver se essa sensação veio do corpo ou das perceções.
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    Por exemplo, a tensão no corpo gera uma sensação desagradável,
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    e quando estamos em contacto com essa sensação desagradável através da atenção plena,
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    sabemos bem que essa sensação vem do corpo e reconhecemos
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    essa sensação corporal.
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    E podemos fazer algo para cuidar dessa sensação
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    que não é agradável.
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    Libertar a tensão corporal gera uma sensação mais agradável,
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    uma sensação de bem-estar.
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    E é algo que podemos fazer a cada momento da vida quotidiana.
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    Se há uma sensação dolorosa que nasce
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    de uma perceção, poderemos reconhecê-la,
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    porque a perceção errada traz sempre sensações dolorosas,
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    como o medo, a raiva, etc.
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    Assim, com a atenção plena podemos reconhecer a sensação,
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    e se continuarmos, teremos concentração suficiente para conseguir
  • 15:52 - 15:56
    olhar profundamente para a sensação a fim de
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    reconhecer as suas raízes.
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    Uma perceção errada pode dar origem a uma sensação dolorosa.
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    Podemos olhar bem para a perceção,
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    seremos capazes de corrigir essa perceção errada,
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    e assim transformar a sensação dolorosa.
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    E tudo é feito com a energia da atenção plena.
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    Como praticantes, devemos possuir esta capacidade de gerir um sofrimento.
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    Devemos ser capazes de gerir uma sensação dolorosa, uma emoção forte.
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    Com o quê?
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    Com a energia da atenção plena.
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    Portanto, na vida quotidiana,
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    praticamos para tornar esta energia de atenção plena presente,
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    durante todo o dia.
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    E com esta energia podemos reconhecer o que está a acontecer
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    no corpo, nas sensações e nas perceções.
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    Por isso, quando vens para Plum Village,
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    fazes como todos nós, a cada momento
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    da vida quotidiana, praticamos viver em atenção plena.
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    Quando bebes chá, é possível fazê-lo com atenção plena,
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    o que significa que paramos de pensar.
  • 18:24 - 18:28
    Se o pensamento está presente, não estamos realmente com o chá.
  • 18:28 - 18:34
    Com a inspiração consciente, reconhecemos que estamos aqui,
  • 18:34 - 18:36
    no momento presente.
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    Que temos uma chávena de chá na mão,
  • 18:40 - 18:48
    e que agora vamos beber o chá em paz, com alegria.
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    E enquanto bebemos, não há mais pensamentos, há apenas
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    sensações agradáveis.
  • 18:59 - 19:06
    Estás ali, não tens nada para fazer, apenas beber o teu chá.
  • 19:06 - 19:17
    E podemos beber o nosso chá com atenção plena, com concentração
  • 19:17 - 19:21
    e com insight (olhar profundo).
  • 19:21 - 19:27
    Podemos envolver 100% do nosso corpo ao beber o chá.
  • 19:27 - 19:35
    Podemos envolver 100% da nossa mente no ato de beber chá,
  • 19:35 - 19:41
    realmente concentrados no momento.
  • 19:41 - 19:44
    Sabemos que estamos aqui, vivos.
  • 19:44 - 19:52
    Sabemos que há uma chávena de chá na mão, então podemos beber o chá assim,
  • 19:52 - 19:58
    e é o modo do Buda beber chá.
  • 19:58 - 20:02
    Podemos beber chá como um Buda, com atenção plena,
  • 20:02 - 20:08
    com Despertar.
  • 20:08 - 20:15
    E quando precisamos de nos deslocar, caminhamos com atenção plena,
  • 20:15 - 20:20
    o que significa que não nos deixamos arrastar pelo pensamento,
  • 20:20 - 20:25
    pela inconsciência.
  • 20:25 - 20:35
    Trazemos a atenção para a respiração e para cada passo que damos.
  • 20:35 - 20:39
    A atenção plena significa que estamos aqui, vivos.
  • 20:39 - 20:43
    Que o Mundo está aqui com todas as suas maravilhas.
  • 20:43 - 20:57
    Dar um passo, tocando este planeta maravilhoso, é uma alegria.
  • 20:57 - 21:07
    Assim, podemos saborear cada passo em atenção plena.
  • 21:07 - 21:15
    Cada passo é uma felicidade. E para podermos saborear cada passo,
  • 21:15 - 21:18
    saborear a Felicidade, temos de ser livres.
  • 21:18 - 21:22
    Liberdade é a base de toda a felicidade.
  • 21:22 - 21:25
    Livres de quê?
  • 21:25 - 21:44
    Livres do esquecimento, que é o contrário da atenção plena.
  • 21:44 - 21:52
    Livres do passado, já não pensamos nele, já não somos prisioneiros dele.
  • 21:52 - 22:02
    Já não pensamos no futuro, já não somos prisioneiros do futuro.
  • 22:02 - 22:11
    Estamos verdadeiramente livres para habitar o momento presente.
  • 22:11 - 22:17
    Por estarmos livres, podemos realmente saborear cada passo que damos,
  • 22:17 - 22:22
    caminhar na Terra é um milagre.
  • 22:22 - 22:30
    Assim, podemos criar bem um momento de felicidade a cada passo.
  • 22:30 - 22:43
    E essa felicidade pode curar e nutrir-nos.
  • 23:11 - 23:19
    Quando escovas os dentes, também o podes fazer com atenção plena,
  • 23:19 - 23:25
    e a Alegria também é algo possível enquanto escovas os dentes.
  • 23:25 - 23:39
    Quando urinas, também podemos fazer isso com atenção plena, e pode ser um momento agradável.
  • 23:39 - 23:48
    Quando defecas também. Quando lavas as mãos, a loiça,
  • 23:48 - 23:59
    cada momento pode ser um momento de felicidade se a atenção plena estiver presente.
  • 23:59 - 24:07
    Quando abres a torneira e a água começa a correr, se fores habitado pela atenção plena,
  • 24:07 - 24:12
    verás que é um milagre, que a água veio até ti
  • 24:12 - 24:23
    das montanhas, do fundo da Terra, e podes desfrutar da água
  • 24:23 - 24:28
    que passa pelos teus dedos.
  • 24:28 - 24:32
    Assim, cada momento pode ser um momento de Felicidade.
  • 24:32 - 24:35
    É por isso que, na Aldeia Plum, dizemos sempre que
  • 24:35 - 24:39
    a Atenção Plena é uma fonte de alegria.
  • 24:39 - 24:43
    Uma fonte de felicidade.
  • 24:43 - 24:49
    É uma arte: ser feliz com a atenção plena.
  • 24:49 - 24:54
    Podemos transformar cada momento da nossa vida diária em momentos de alegria.
  • 24:54 - 25:05
    E isto é feito facilmente com o apoio da Sangha.
  • 25:05 - 25:09
    Porque os outros tentam fazer a mesma coisa.
  • 25:09 - 25:20
    Tentam andar assim, respirar assim, cozinhar assim, lavar-se assim,
  • 25:20 - 25:24
    cada momento pode ser um momento de felicidade.
  • 25:24 - 25:30
    Portanto, cada um de nós tem de aprender a criar momentos de Felicidade.
  • 25:30 - 25:37
    Algumas pequenas felicidades, e saborear essas pequenas felicidades a cada momento
  • 25:37 - 25:48
    para curar, para nos transformar, para nos nutrir.
  • 25:48 - 25:54
    E isto é feito através da gestão do sofrimento.
  • 25:54 - 26:04
    Se uma sensação dolorosa se manifesta, sabemos o que fazer para cuidar deste sofrimento.
  • 26:04 - 26:11
    Com a atenção plena, com o andar, podemos reconhecer esta sensação
  • 26:11 - 26:16
    e seremos capazes de olhar profundamente na natureza desta sensação,
  • 26:16 - 26:20
    para reconhecer as suas raízes.
  • 26:20 - 26:31
    Podemos, de facto, transformar. E sempre podemos trazer alívio a essa dor, a essa sensação.
  • 26:31 - 26:42
    Porque essa sensação é uma energia, e a atenção plena é outra.
  • 26:42 - 26:52
    A atenção plena gerada pela respiração, pela caminhada, pelo sorriso, é uma energia.
  • 26:52 - 27:06
    E é esta energia que reconhece a energia do sofrimento, e abraça essa energia do sofrimento,
  • 27:06 - 27:13
    como a mãe que toma o seu bebé nos seus dois braços.
  • 27:13 - 27:22
    Há um bebé a sofrer, há uma mãe com energia de amor.
  • 27:22 - 27:30
    E a energia de amor da mãe, a ternura começa a penetrar no corpo do bebé.
  • 27:30 - 27:36
    E faz bem, traz alívio imediatamente.
  • 27:36 - 27:43
    O mesmo é feito com esta prática de atenção plena:
  • 27:43 - 27:51
    quando sabemos reconhecer e abraçar a dor, obtemos alívio imediatamente.
  • 27:51 - 28:01
    Porque esta é a mãe, a ternura, o Buda, a Atenção Plena, a concentração.
  • 28:01 - 28:06
    E com isso podemos curar-nos, curar o nosso próprio sofrimento.
  • 28:06 - 28:19
    A energia da atenção plena será capaz de penetrar nesta zona de energia "de sofrimento" e trazer alívio.
  • 28:19 - 28:30
    Portanto, após um ou dois minutos de prática, seremos capazes de ter alívio imediatamente.
  • 28:30 - 28:42
    A mãe, depois de tomar o bebé nos seus braços, nota que o bebé já não chora.
  • 28:42 - 28:53
    Porque a energia de ternura, a energia de amor penetraram no bebé, e o bebé sofre menos.
  • 29:06 - 29:14
    E a mãe pode continuar.
  • 29:14 - 29:22
    Ela continua a olhar para ver a causa do sofrimento do bebé.
  • 29:22 - 29:32
    O bebé pode ter fome, talvez esteja muito quente, coisas assim...
  • 29:32 - 29:40
    E quando a mãe reconhece as causas do sofrimento, ela pode mudar a situação muito rapidamente.
  • 29:40 - 29:43
    O mesmo acontece com a nossa prática.
  • 29:43 - 29:50
    O primeiro passo é reconhecer o sofrimento tal como é.
  • 29:50 - 29:57
    Reconhecer. Simplesmente reconhecer.
  • 29:57 - 30:06
    A segunda coisa é abraçar. Uma energia abraçando outra, esta é a prática.
  • 30:06 - 30:14
    Não há violência. Porque a dor é o teu bebé.
  • 30:14 - 30:23
    Não deves fazer violência ao teu bebé.
  • 30:23 - 30:33
    Quando abraçamos o sofrimento, o alívio vem, e podemos seguir em frente.
  • 30:33 - 30:42
    Continuamos a abraçar o nosso sofrimento em concentração. Com esta atenção plena, com esta concentração,
  • 30:42 - 30:51
    seremos capazes de entender as raízes dessa dor, as raízes dessa sensação dolorosa.
  • 30:51 - 31:05
    Quando reconhecemos as raízes dessa dor, já estamos no caminho da transformação e da cura.
  • 31:05 - 31:20
    Portanto, a atenção plena, a concentração e a visão sobre a dor serão capazes de transformar e curar.
  • 31:20 - 31:38
    Quando praticamos com uma comunidade, é muito mais fácil. Porque todos estão a praticar, podemos gerar
  • 31:38 - 31:55
    uma energia coletiva, e essa energia coletiva nos apoia na nossa prática.
  • 31:55 - 32:01
    Falámos esta manhã sobre esta dor no nosso coração.
  • 32:01 - 32:16
    Podemos muito bem deixar que a energia coletiva da Sangha reconheça e abrace a nossa dor, e obteremos alívio.
  • 32:16 - 32:21
    Estamos apoiados por outros praticantes à nossa volta.
  • 32:21 - 32:27
    Porque todos estão a fazer o mesmo: a tentar viver cada momento em atenção plena,
  • 32:27 - 32:34
    gerando energia de atenção plena, paz e compaixão.
  • 32:34 - 32:52
    Quando uma pessoa pratica, ela pode gerar a energia de atenção plena para estar realmente aqui e agora.
  • 32:52 - 33:02
    E como pode reconhecer o sofrimento, pode gerar a energia de compreensão.
  • 33:02 - 33:08
    Compreensão aqui é, antes de mais, compreensão do sofrimento.
  • 33:08 - 33:20
    Compreender o sofrimento é algo fundamental. E quando compreendemos o sofrimento
  • 33:20 - 33:25
    a compaixão nasce.
  • 33:25 - 33:35
    E essa compaixão transformará a nós e ajudará a transformar a outra pessoa, o sofrimento da outra pessoa.
  • 33:35 - 33:44
    Assim, na pessoa praticante, há uma energia positiva.
  • 33:44 - 33:54
    Há dentro dela a energia da atenção plena, que a ajuda a estar aqui e agora, no momento presente.
  • 33:54 - 34:16
    Que traz a energia de compreensão e a energia de compaixão, e essa pessoa emite uma espécie de energia à sua volta.
  • 34:16 - 34:22
    Podes sentir uma vibração, saudável, agradável.
  • 34:22 - 34:31
    É porque essa pessoa está habitada pela energia de atenção plena, pela energia de compreensão e pela energia de compaixão.
  • 34:31 - 34:40
    Se estás sentado perto de uma pessoa assim, sentes-te bem, melhor.
  • 34:40 - 34:52
    Há uma vibração saudável, e podes sentir essa vibração.
  • 34:52 - 35:08
    Se cem pessoas têm esta energia dentro delas, a energia coletiva será muito forte.
  • 35:08 - 35:23
    E podemos sempre tirar proveito dessa energia coletiva para a nossa própria transformação e cura.
  • 35:23 - 35:25
    E podemos praticar juntos.
  • 35:25 - 35:45
    Hoje vou propor-vos algumas práticas que podem ajudar-nos a viver em atenção plena durante os dias de hoje e de amanhã.
  • 35:45 - 35:59
    Quando me tornei monge noviço aos 16 anos, já me ensinaram a fazer assim.
  • 35:59 - 36:05
    Existem cerca de dez versos
  • 36:05 - 36:17
    que o noviço tem de aprender para praticar atenção plena.
  • 36:17 - 36:28
    Cada vez que lavas as mãos, há um pequeno poema, uma gatha, um verso
  • 36:28 - 36:40
    para pronunciar, recitar com respiração atenta.
  • 36:40 - 36:51
    Cada noviço recebe um pequeno livro com cerca de cinquenta pequenos poemas assim para a prática de atenção plena no dia a dia.
  • 36:51 - 37:06
    Pertence à cultura monástica, mas podemos partilhar com praticantes leigos.
  • 37:06 - 37:22
    Quando acordas de manhã, há uma gatha para praticar.
  • 37:22 - 37:32
    A primeira coisa é fazer uma inspiração, e recitar a primeira linha da gatha.
  • 37:32 - 37:45
    Neste livro, "Canções do Coração", podes encontrar uma centena de gathas para a prática diária.
  • 37:45 - 37:50
    "Ao acordar esta manhã, sorrio."
  • 37:50 - 38:00
    A primeira coisa que fazemos de manhã: sorrimos. Com uma inspiração, "Ao acordar esta manhã, sorrio".
  • 38:00 - 38:03
    Sorrio para o Mundo, sorrio para mim mesmo.
  • 38:03 - 38:08
    É uma forma bonita de começar o nosso dia.
  • 38:08 - 38:16
    "Eu tenho 24 novas horas", para a expiração.
  • 38:16 - 38:26
    E quando expiras, tens a visão correta de que tens diante de ti 24 horas novinhas em folha para viver.
  • 38:26 - 38:31
    É um presente, é um presente da Vida.
  • 38:31 - 38:36
    24 horas novinhas para viver.
  • 38:36 - 38:46
    E inicias novamente a inspiração, "Faço o voto de viver cada momento na sua plenitude."
  • 38:46 - 38:57
    Não vou desperdiçar a minha vida, o meu tempo, vou viver profundamente e com felicidade cada momento que me é dado para viver.
  • 38:57 - 39:08
    É isso que recitas durante a inspiração, depois a quarta linha:
  • 39:08 - 39:11
    "e colocar no Mundo um olhar amoroso."
  • 39:11 - 39:19
    A minha prática é tentar olhar para as pessoas à minha volta com olhos de compaixão.
  • 39:19 - 39:23
    Quando olhamos assim, já não sofremos mais.
  • 39:23 - 39:29
    Portanto, uma gatha como essa é muito importante.
  • 39:29 - 39:38
    Há centenas de gathas assim para praticar.
  • 39:38 - 39:56
    Quando eu era noviço, no Vietname, dormíamos com rede contra mosquitos, porque havia muitos mosquitos.
  • 39:56 - 40:15
    E para lembrar da gatha, colocava uma folha de outono sobre ela, e quando acordava, lembrava da prática:
  • 40:15 - 40:25
    Inspirava e recitava a primeira linha da gatha.
  • 40:25 - 40:40
    Naquela altura, as gathas não estavam em vietnamita moderno, estavam em chinês clássico
  • 40:40 - 40:53
    e quando me tornei professor jovem, traduzi tudo para vietnamita.
  • 40:53 - 41:08
    E depois para inglês e francês. Tens centenas de gathas assim para praticar.
  • 41:08 - 41:18
    Quando deitavas água para lavar as mãos, naquela altura não havia torneiras.
  • 41:18 - 41:25
    No meu templo não havia eletricidade, nem água corrente.
  • 41:25 - 41:34
    Tínhamos de ir buscar água ao poço, deitá-la na bacia para lavar as mãos
  • 41:34 - 41:45
    e havia outra gatha, um poema para praticar. Assim, ficávamos em atenção plena o dia todo.
  • 41:45 - 41:55
    Agora, gostaria de partilhar esta prática, proponho que cada pessoa escolha
  • 41:55 - 42:04
    4 ou 5 gathas para praticar, começamos apenas com 3, 4 ou 5.
  • 42:08 - 42:20
    Primeiro, vou ler algumas gathas para dar-vos uma ideia.
  • 42:32 - 42:45
    Há uma para usares quando abres a torneira: "a água desce da montanha alta,
  • 42:45 - 42:49
    a água sobe das profundezas da Terra,
  • 42:49 - 42:58
    a água flui miraculosamente até nós, minha gratidão por ela transborda."
  • 42:58 - 43:10
    Versão vietnamita
  • 43:33 - 43:40
    Há uma gatha que eu amava muito quando era noviço.
  • 43:40 - 43:51
    Depois de respirar com a primeira gatha, levanto-me,
  • 43:51 - 44:08
    e com os meus pés tento encontrar as minhas chinelas. E a gatha é assim:
  • 44:08 - 44:32
    "Do amanhecer ao anoitecer, cada ser vivo deve proteger-se; se por acaso pisarmos um de vós
  • 44:32 - 44:41
    – ou seja, corro o risco de esmagar um inseto, algo assim, sob as minhas chinelas –
  • 44:41 - 45:00
    não é porque tenha intenção de destruir-vos, matar-vos, e faço o voto de que possais renascer imediatamente
  • 45:00 - 45:16
    no reino do Buda Amitabha."
  • 45:16 - 45:27
    Esta gatha é para nutrir a compaixão. Quando vivemos, podemos destruir a vida dos outros
  • 45:27 - 45:40
    e, especialmente, as pequenas criaturas. Então, para nutrir a compaixão, recitamos a gatha, e tentamos ao máximo
  • 45:40 - 45:50
    não matar seres vivos, mesmo que sejam pequenos.
  • 45:50 - 46:00
    Portanto, se respeitarmos a vida, teremos compaixão pelas pequenas criaturas.
  • 46:00 - 46:08
    Assim, não teremos no coração a intenção de matar os humanos à nossa volta.
  • 46:08 - 46:15
    Então, é uma prática de compaixão.
  • 46:15 - 46:34
    Proponho-vos, hoje, quatro gathas.
  • 46:34 - 46:43
    A primeira é quando ligas a lâmpada.
  • 46:43 - 46:56
    Contato. Se quiseres acender a lâmpada tocando nela, para um pouco, e recita com a respiração:
  • 46:56 - 47:02
    uma inspiração para a primeira linha, uma expiração para a segunda.
  • 47:02 - 47:07
    Assim:
  • 47:07 - 47:22
    "O esquecimento, a dispersão são como a escuridão. A presença da mente, a atenção plena
  • 47:22 - 47:33
    são como a luz. Eu vou trazer de volta a atenção plena para fazer este mundo brilhar".
  • 47:33 - 47:46
    Versão vietnamita
  • 47:46 - 47:56
    E se concordares, podes fazer o voto de praticar esta gatha hoje. Cada vez que tocamos no botão,
  • 47:56 - 48:03
    paramos um pouco para respirar. "Que haja luz."
  • 48:03 - 48:13
    Existem escuridão que representam ignorância e dispersão.
  • 48:13 - 48:21
    Muitas vezes vivemos em dispersão, não estamos concentrados, não em atenção plena.
  • 48:21 - 48:30
    Então a escuridão que está lá representa ignorância, dispersão.
  • 48:30 - 48:55
    E a atenção plena representa a luz. Vou trazer de volta a atenção plena para o mundo começar a brilhar de beleza.
  • 48:55 - 49:05
    A primeira gatha é para acender a lâmpada. A segunda gatha, é para abrir a torneira, para ter água.
  • 49:05 - 49:13
    Como fazemos isso todos os dias, temos a oportunidade de praticar.
  • 49:13 - 49:30
    A terceira, pode ser para urinar. Tenta urinar de uma maneira que alegria e felicidade possam ser possíveis durante esse tempo.
  • 49:37 - 49:43
    Eu pratico isso sempre, todos os dias.
  • 49:43 - 49:49
    Enquanto escovo os dentes, urino, cada momento deve ser um momento de felicidade.
  • 49:49 - 49:58
    Um momento de relaxamento, e pode tornar-se um hábito, um bom hábito.
  • 49:58 - 50:05
    E começamos hoje.
  • 50:05 - 50:16
    Ouvimos o sino. Cada vez que ouvimos o sino tocar, paramos. Inspiramos, expiramos.
  • 50:16 - 50:25
    "Eu ouço, eu ouço, este som maravilhoso traz-me de volta à minha verdadeira casa."
  • 50:25 - 50:39
    Antes de fazer uma chamada telefónica, tocamos no nosso telemóvel e respiramos.
  • 50:39 - 50:45
    Há uma gatha para isso.
  • 50:45 - 50:52
    Inspiramos, expiramos, duas vezes para terminar a gatha.
  • 50:52 - 50:59
    E assim fazemos, somos mais compassivos, mais calmos.
  • 50:59 - 51:08
    E a qualidade da conversa será melhor.
  • 51:08 - 51:16
    Proponho-vos isso: neste livro, "Canções do Coração",
  • 51:16 - 51:20
    vais encontrar centenas de gathas assim,
  • 51:20 - 51:27
    mas se quiseres, podes escrever as tuas próprias gathas para a prática.
  • 51:27 - 51:41
    E se conseguires criar novas gathas, podes partilhá-las connosco. Vamos enriquecer o número de gathas aqui.
  • 52:10 - 52:18
    "Enquanto atendo o telefone (68), as palavras viajam milhares de quilómetros,
  • 52:18 - 52:23
    as palavras viajam milhares de quilómetros,
  • 52:23 - 52:30
    vou construir amor e confiança, que cada uma das minhas palavras seja uma joia,
  • 52:30 - 52:37
    que cada uma das minhas palavras seja uma flor."
  • 53:00 - 53:05
    Esta manhã, após o ensinamento, convido todos vocês
  • 53:05 - 53:10
    a juntarem-se a mim para uma meditação caminhando.
  • 53:10 - 53:25
    Vamos caminhar de tal maneira que cada passo possa trazer-nos paz, relaxamento e felicidade.
  • 53:31 - 53:50
    Seremos capazes de usar a energia coletiva para caminhar como devemos.
  • 53:50 - 54:11
    Tenho a certeza de que cura e transformação são possíveis durante este retiro.
  • 54:11 - 54:19
    Se praticarmos de uma forma correta, se seguirmos as instruções da prática,
  • 54:19 - 54:24
    se conseguirmos pôr em prática tudo o que aprendemos,
  • 54:24 - 54:37
    a transformação e a cura podem ocorrer mesmo durante este retiro.
  • 54:37 - 54:51
    E gostaria de vos dizer que cada inspiração, cada expiração pode ser
  • 54:51 - 54:58
    uma ajuda para a cura.
  • 54:58 - 55:06
    Não há um caminho para a cura, a cura é o próprio caminho.
  • 55:06 - 55:14
    Assim, quando damos um passo assim, em paz, em paragem,
  • 55:14 - 55:22
    em relaxamento, esse passo ajuda a curar.
  • 55:22 - 55:35
    Quando fazemos uma inspiração, podemos acalmar o nosso corpo e as nossas sensações, isso já é cura.
  • 55:35 - 55:38
    Cura a cada momento.
  • 55:38 - 55:41
    É algo possível.
  • 55:41 - 55:48
    Existe aqui uma energia coletiva que nos apoia.
  • 55:48 - 55:56
    Por isso, cada momento do dia pode ser um momento de cura e transformação.
  • 55:56 - 56:02
    Podemos beneficiar da Sangha, da energia coletiva.
  • 56:02 - 56:14
    Podemos beneficiar da oportunidade de nos curarmos juntos.
  • 56:17 - 56:26
    Quando falamos de felicidade, "pequenas felicidades"
  • 56:26 - 56:30
    que todos podem criar a cada momento.
  • 56:30 - 56:48
    Sabemos que os ingredientes, os componentes da felicidade já estão aqui.
  • 56:48 - 56:54
    Por exemplo:
  • 56:58 - 57:02
    A atenção plena.
  • 57:10 - 57:21
    Em chinês escreve-se assim: esta parte representa a mente,
  • 57:21 - 57:32
    esta parte representa o momento presente.
  • 57:32 - 57:36
    "Trazer a mente de volta ao momento presente", isso é atenção plena.
  • 57:36 - 57:42
    A atenção plena é uma fonte de alegria e felicidade.
  • 57:42 - 57:55
    Temos uma semente de alegria na profundeza da nossa consciência.
  • 57:55 - 58:06
    Temos uma semente de felicidade na profundeza da nossa consciência.
  • 58:06 - 58:15
    E precisamos regar as sementes da alegria e da felicidade.
  • 58:15 - 58:18
    Porque a alegria é possível, a felicidade é possível,
  • 58:18 - 58:24
    porque há sementes de alegria e felicidade em cada um de nós.
  • 58:24 - 58:30
    É a atenção plena que tocará as sementes de alegria e felicidade
  • 58:30 - 58:40
    para as ajudar a manifestarem-se ao nível consciente.
  • 58:40 - 58:48
    Há esta parte da consciência chamada as profundezas mais íntimas (consciência armazenadora)
  • 58:48 - 58:52
    lá em baixo.
  • 58:52 - 59:02
    E as sementes estão enterradas aqui. Boas sementes como alegria e felicidade, e sementes negativas como raiva e desespero.
  • 59:02 - 59:05
    Estão todas aqui.
  • 59:05 - 59:12
    A boa notícia é que há boas sementes, como as sementes de alegria e felicidade, que estão lá.
  • 59:12 - 59:17
    Temos de lhes dar uma oportunidade.
  • 59:17 - 59:19
    A semente da alegria precisa de ser regada.
  • 59:19 - 59:29
    Devemos usar a energia da atenção plena para reconhecer essas sementes e ajudá-las.
  • 59:29 - 59:45
    Cada momento da caminhada pode ser um momento de cura, e não devemos desperdiçar o tempo que temos aqui.
  • 59:45 - 59:56
    Quando inspirarem, podem dar dois ou três passos.
  • 59:56 - 60:02
    "Inspiro, inspiro, inspiro".
  • 60:02 - 60:06
    E quando expirarem, podem dar quatro ou cinco passos.
  • 60:06 - 60:11
    "Expiro, expiro".
  • 60:21 - 60:31
    Mais tarde, talvez sintam que três passos para a inspiração e cinco para a expiração são mais naturais.
  • 60:31 - 60:42
    Devemos saborear cada passo. Cada passo é uma felicidade.
  • 60:42 - 60:47
    E é possível curar.
  • 60:47 - 60:54
    Sessão de meditação caminhando em conjunto.
  • 60:54 - 61:12
    Quando ouvirem o sino, podem juntar-se a nós na torre do sino e começaremos a caminhada.
Title:
Retraite francophone — dimanche 17 mars 2013
Description:

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Video Language:
French
Duration:
01:02:14

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