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Como transformar a ansiedade climática em ação

  • 0:01 - 0:03
    É profundamente doloroso
  • 0:04 - 0:07
    enfrentar o que está a acontecer
    no nosso planeta neste momento.
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    Desde incêndios em florestas,
  • 0:11 - 0:13
    plástico nos oceanos,
  • 0:13 - 0:16
    extinção de espécies todos os dias,
  • 0:17 - 0:18
    migração forçada.
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    É fácil sentirmo-nos completamente
    esmagados.
  • 0:24 - 0:27
    Talvez um pouco inúteis,
  • 0:27 - 0:29
    impotentes,
  • 0:29 - 0:31
    com raiva,
  • 0:31 - 0:33
    revoltados,
  • 0:34 - 0:36
    paralisados,
  • 0:36 - 0:38
    desconectados.
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    Talvez, tudo isso junto.
  • 0:43 - 0:46
    Esses sentimentos complicados e confusos
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    fazem pleno sentido.
  • 0:50 - 0:54
    Eu gostaria que alguém
    me tivesse dito isso 30 anos atrás.
  • 0:55 - 0:59
    Eu era caloira em estudos ambientais,
  • 0:59 - 1:04
    o que é, basicamente,
    um semestre de péssimas notícias
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    sobre todas as formas
    como os seres humanos
  • 1:08 - 1:12
    têm destruído profundamente
    o nosso belo planeta.
  • 1:13 - 1:18
    Senti-me como se tivesse sido
    largada num túnel escuro,
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    sem nenhuma ferramenta para sair,
  • 1:20 - 1:23
    e tendo de seguir
    com a minha vida quotidiana,
  • 1:23 - 1:26
    como se as coisas estivessem normais.
  • 1:26 - 1:29
    Mas depois de sermos expostos
    a este tipo de informações,
  • 1:29 - 1:31
    as coisas nunca mais são normais.
  • 1:33 - 1:36
    Eu estava ansiosa, apavorada,
  • 1:36 - 1:39
    ninguém falava nisso,
  • 1:39 - 1:42
    e eu quase abandonei a faculdade.
  • 1:43 - 1:47
    Mas em vez disso, matriculei-me
    num estudo de campo, na Califórnia.
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    Viajámos juntos, de mochila às costas,
    num pequeno grupo, durante dois meses,
  • 1:52 - 1:55
    — eu sei, parece muito tempo.
  • 1:55 - 2:00
    E foi mesmo, mas descobri
    que nós falávamos bastante.
  • 2:00 - 2:04
    Falávamos sobre como nos sentíamos
    quanto ao mundo,
  • 2:04 - 2:05
    aberta e honestamente,
  • 2:05 - 2:08
    e em nenhum momento
    ninguém me disse para ser mais positiva
  • 2:08 - 2:10
    nem para ter mais esperança.
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    Nem uma só vez.
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    Surpreendentemente, descobri
    que estava a sentir-me melhor.
  • 2:18 - 2:20
    Na verdade, sentia que podia
    enfrentar esses problemas,
  • 2:20 - 2:23
    que pareciam tão impossíveis de superar,
  • 2:23 - 2:25
    de frente.
  • 2:25 - 2:27
    E tive uma epifania:
  • 2:27 - 2:30
    e se, ao nos entendermos a nós mesmos,
  • 2:30 - 2:32
    e uns aos outros,
  • 2:32 - 2:34
    pudéssemos encontrar
    o caminho para esta crise
  • 2:34 - 2:36
    de uma forma nova e diferente?
  • 2:37 - 2:39
    E se a psicologia, de facto,
    tivesse uma peça chave
  • 2:39 - 2:41
    para desbloquear ações
  • 2:41 - 2:45
    contra os maiores desafios
    enfrentados agora pelo planeta?
  • 2:45 - 2:47
    Então, quando voltei
    do estudo de campo,
  • 2:47 - 2:50
    eu foquei-me na psicologia clínica,
  • 2:50 - 2:52
    e investiguei as relações
  • 2:52 - 2:56
    entre traumas, luto e criatividade.
  • 2:57 - 3:00
    Creio que o paradoxo
    no centro de tudo isto
  • 3:00 - 3:03
    é como estamos presentes
  • 3:03 - 3:06
    quando algo é realmente doloroso,
  • 3:06 - 3:08
    Como nos mantemos conectados
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    face ao que é ameaçador,
    angustiante e assustador?
  • 3:13 - 3:18
    Acontece que a psicologia
    sabe muito sobre estas coisas.
  • 3:18 - 3:20
    Muito, na verdade.
  • 3:20 - 3:23
    Mas eu não ouvia nada disso
    a ser tratado
  • 3:23 - 3:25
    nas minhas aulas de estudos ambientais,
  • 3:25 - 3:28
    ou nos encontros de ações ambientais,
    a que eu comecei a ir,
  • 3:28 - 3:30
    ou em conferências internacionais,
  • 3:30 - 3:32
    onde toda a gente perguntava:
  • 3:32 - 3:36
    Porque não estamos a agir mais depressa,
    e o que é preciso para agir?
  • 3:36 - 3:40
    Então, essa tornou-se a minha missão:
  • 3:40 - 3:43
    ou seja, eu agarro em ideias da psicologia
  • 3:43 - 3:46
    e traduzo-as em recursos e ferramentas
  • 3:46 - 3:50
    para ajudar quem trabalha
    na linha da frente, para mudar tudo isso.
  • 3:51 - 3:53
    Aliás, isso quer dizer
    para qualquer pessoa.
  • 3:53 - 3:55
    Estamos todos na linha de frente agora.
  • 3:55 - 3:59
    E eu acredito, depois de anos
    a percorrer estes mundos,
  • 3:59 - 4:01
    entre o meio ambiente,
    o clima e a psicologia,
  • 4:01 - 4:05
    que isso é um ingrediente
    que falta no nosso trabalho,
  • 4:05 - 4:08
    que pode acelerar exponencialmente
  • 4:08 - 4:14
    a nossa capacidade de sermos criativos,
    resilientes, aptos, hábeis e corajosos
  • 4:14 - 4:17
    e tudo aquilo de que o mundo
    precisa de nós, agora.
  • 4:18 - 4:21
    Gostava de partilhar convosco
    três conceitos
  • 4:21 - 4:23
    que eu acredito poderem
    mudar as regras do jogo
  • 4:23 - 4:26
    e como eu interpreto esse momento
  • 4:26 - 4:28
    para nós como seres humanos.
  • 4:28 - 4:32
    O primeiro é algo chamado
    a nossa "janela de tolerância".
  • 4:33 - 4:37
    O Dr. Dan Siegel considera
    que nós todos temos uma janela,
  • 4:37 - 4:40
    a quantidade de "stress"
    que conseguimos tolerar
  • 4:40 - 4:41
    enquanto ficamos conectados
  • 4:41 - 4:44
    e aquilo a que os clínicos
    chamariam "integrados".
  • 4:44 - 4:46
    Integrados, quando podemos, de facto,
  • 4:46 - 4:48
    estar ligados aos nossos
    pensamentos e sentimentos
  • 4:48 - 4:51
    e não ficarmos apenas cooptados.
  • 4:51 - 4:53
    Todos temos um limite.
  • 4:53 - 4:56
    O que ocorre quando
    experienciamos "stress"
  • 4:56 - 4:59
    para além do que podemos tolerar?
  • 4:59 - 5:02
    Tendemos a chegar aos limites
    da nossa janela.
  • 5:03 - 5:04
    Por um lado,
  • 5:04 - 5:07
    podemos entrar numa espécie de colapso,
  • 5:07 - 5:09
    aquilo a que se chama
    uma "resposta caótica",
  • 5:09 - 5:12
    que se parece com a depressão,
    com o desespero,
  • 5:12 - 5:14
    algo como uma interrupção.
  • 5:14 - 5:18
    Do outro lado dessa janela,
    está uma resposta mais rígida:
  • 5:18 - 5:20
    a negação,
  • 5:20 - 5:21
    a raiva,
  • 5:21 - 5:22
    a rigidez.
  • 5:23 - 5:25
    Então, quando isso acontece,
  • 5:25 - 5:27
    perdemos a nossa capacidade
    de estarmos integrados,
  • 5:27 - 5:29
    resilientes, adaptáveis,
  • 5:29 - 5:32
    todas essas coisas que queremos ser.
  • 5:32 - 5:33
    Isso é completamente normal,
  • 5:33 - 5:37
    mas está a acontecer no mundo todo
    nesse momento, certo?
  • 5:37 - 5:41
    Estamos todos a vacilar entre esses
    diversos sentimentos e emoções.
  • 5:41 - 5:44
    E com algo como a alteração climática,
  • 5:44 - 5:47
    com todos os novos relatos científicos,
  • 5:47 - 5:49
    documentários,
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    que ligam os pontos
  • 5:51 - 5:54
    entre o que estamos a fazer
    e o impacto que isso tem,
  • 5:54 - 5:58
    isso pode empurrar-nos coletivamente
    para fora da nossa janela de tolerância.
  • 5:58 - 6:01
    Então, perdemos essa capacidade.
  • 6:02 - 6:05
    Ao longo dos anos, tenho entrevistado
    centenas de pessoas
  • 6:05 - 6:08
    de todos os meios e filiações políticas,
  • 6:08 - 6:11
    do Midwest americano à China,
  • 6:11 - 6:13
    e conversei com pessoas sobre
    como nos estamos a sentir
  • 6:13 - 6:15
    sobre o que está a acontecer.
  • 6:15 - 6:17
    Não sobre opiniões e crenças.
  • 6:17 - 6:18
    O que estamos a sentir
  • 6:18 - 6:21
    quanto ao que está a acontecer
    no seu ambiente local,
  • 6:21 - 6:23
    com a água, o solo, com tudo isso.
  • 6:23 - 6:25
    O que eu ouvi das pessoas
  • 6:25 - 6:28
    vou-vos dizer, quase sempre,
  • 6:28 - 6:29
    é um vínculo.
  • 6:29 - 6:33
    As pessoas dizem-me
    a certa altura da conversa:
  • 6:33 - 6:35
    "Eu importo-me muito
    com o que está a acontecer.
  • 6:35 - 6:37
    "Estou extremamente apavorado.
  • 6:37 - 6:39
    "Estou assustado.
  • 6:39 - 6:42
    "Adoro esta terra, adoro os pássaros,
  • 6:42 - 6:44
    "o que quer que seja,
  • 6:45 - 6:48
    "mas sinto que as minhas ações
    são insignificantes.
  • 6:48 - 6:50
    "E não sei por onde começar.
  • 6:51 - 6:52
    "E eu ..."
  • 6:52 - 6:54
    Eu ouço nas entrelinhas
    do que as pessoas dizem:
  • 6:54 - 6:56
    "Estou muito assustado para mudar.
  • 6:56 - 6:58
    "Muito assustado com qualquer mudança...
  • 6:58 - 7:01
    "Nem posso pensar nisso,
    é como se fosse impensável."
  • 7:01 - 7:03
    E este é o segundo conceito,
  • 7:03 - 7:05
    uma coisa chamada "vínculo duplo".
  • 7:06 - 7:09
    Um vínculo duplo
    é quando sentimos algo como
  • 7:09 - 7:12
    "preso por ter cão e preso por não o ter",
  • 7:12 - 7:14
    estamos presos ali.
  • 7:14 - 7:17
    É uma experiência humana intolerável.
  • 7:18 - 7:21
    E faremos qualquer coisas para
    nos podermos livrar dela.
  • 7:22 - 7:25
    Então, todo esse cuidado e preocupação,
  • 7:25 - 7:28
    está lá, mas fica em segundo plano.
  • 7:29 - 7:30
    Mas o que acontece
  • 7:30 - 7:34
    é que parece que as pessoas
    não se importam, parece apatia.
  • 7:34 - 7:38
    E então muitas pessoas que estão
    a ver a urgência da situação, dizem:
  • 7:38 - 7:40
    "Nós temos de vos motivar.
  • 7:40 - 7:43
    "Temos de vos entusiasmar."
  • 7:43 - 7:46
    E tornamo-nos motivadores de soluções.
  • 7:46 - 7:51
    Ou então: "Aqui estão os factos,
    isto está a acontecer, acordem!"
  • 7:52 - 7:55
    Estas coisas não são intrinsecamente más.
  • 7:55 - 7:59
    porque precisamos de soluções
    e precisamos de encarar os factos.
  • 7:59 - 8:02
    Mas, sem querer,
    isso pode sair pela culatra
  • 8:03 - 8:05
    e levar a mais paralisia e inação,
  • 8:05 - 8:07
    o que deixa muita gente perplexa.
  • 8:08 - 8:10
    É como: "Mas o que é
    que está a acontecer?"
  • 8:11 - 8:15
    Então, isso acontece por causa disso,
  • 8:16 - 8:19
    não se está realmente a tocar
    no cerne da questão.
  • 8:19 - 8:22
    Imaginem que vão a um terapeuta,
  • 8:23 - 8:24
    e têm um vínculo duplo.
  • 8:25 - 8:27
    Vocês sentem-se realmente presos,
  • 8:27 - 8:29
    sabem que têm de mudar
  • 8:30 - 8:32
    e o terapeuta começa a gritar
    com vocês, a dizer:
  • 8:33 - 8:35
    "Não percebe o que está a acontecer?
  • 8:35 - 8:37
    "Se você não agir agora,
  • 8:37 - 8:39
    "vai ter de enfrentar
    as terríveis consequências.
  • 8:39 - 8:41
    "Não se importa?
  • 8:41 - 8:43
    "Qual é o seu problema?
  • 8:43 - 8:45
    "Do que é que você precisa?"
  • 8:45 - 8:48
    Ou veem um terapeuta
    e estão a sentir-se tristes
  • 8:48 - 8:49
    e de luto.
  • 8:50 - 8:52
    E o terapeuta diz:
  • 8:52 - 8:54
    "Sabe, não pense muito nisso.
  • 8:54 - 8:57
    "Aqui estão algumas coisas simples
    que você pode fazer.
  • 8:57 - 8:58
    "Simples e positivas."
  • 8:58 - 9:00
    E manda-vos seguir o vosso caminho.
  • 9:01 - 9:03
    Bom, se fosse eu,
  • 9:03 - 9:06
    eu despediria esse terapeuta na hora,
  • 9:07 - 9:12
    porque um bom terapeuta
    pratica algo chamado sintonia.
  • 9:12 - 9:14
    Eu adoro este conceito.
  • 9:14 - 9:18
    Sintonia, sim, a palavra "sintonizar."
  • 9:18 - 9:21
    Sintonia é quando
    nos sentimos em harmonia,
  • 9:21 - 9:24
    quando nos sentimos compreendidos
  • 9:24 - 9:28
    e nos sentimos aceites, exatamente
    na situação em que estamos.
  • 9:28 - 9:31
    Sentimos isso quando estamos
    numa relação com o mundo
  • 9:31 - 9:33
    de uma forma que faz sentido,
  • 9:33 - 9:35
    ninguém está a tentar mudar-nos
  • 9:35 - 9:37
    ou envergonhar-nos, ou julgar-nos.
  • 9:37 - 9:38
    Certo?
  • 9:38 - 9:40
    A sintonia precisa de competência.
  • 9:40 - 9:42
    Quando os riscos são altos,
  • 9:42 - 9:47
    é muito difícil querermos sentir-nos
    sintonizados com alguma coisa,
  • 9:48 - 9:51
    quando estamos a enfrentar
    ameaças tão urgentes.
  • 9:51 - 9:54
    Mas o paradoxo
    do momento em que estamos
  • 9:54 - 9:58
    é que, quando estamos mais sintonizados
    na nossa janela de tolerância,
  • 9:58 - 10:02
    somos muito mais capazes
    de resolver problemas,
  • 10:02 - 10:05
    de ser criativos, adaptáveis,
  • 10:05 - 10:07
    de ser flexíveis,
  • 10:07 - 10:09
    de sermos incrivelmente nós mesmos.
  • 10:11 - 10:14
    Então, e se nosso trabalho
    ambiental e climático
  • 10:14 - 10:16
    estivesse ciente destes conceitos
  • 10:16 - 10:19
    da janela da tolerância,
  • 10:19 - 10:21
    de um monte de vínculos duplos
  • 10:21 - 10:23
    e de sintonia?
  • 10:24 - 10:26
    Isto pode parecer um monte de coisas.
  • 10:26 - 10:28
    Estão sempre a perguntar-me:
  • 10:28 - 10:31
    "Ok, Renee, isso parece fantástico
    num contexto clínico,
  • 10:31 - 10:33
    "mas nós não temos tempo para isso."
  • 10:33 - 10:35
    Isso não é verdade de forma nenhuma.
  • 10:35 - 10:38
    Porque podemos introduzir sintonia
  • 10:38 - 10:43
    em qualquer aspeto do nosso
    trabalho nesta questão.
  • 10:43 - 10:46
    Isso começa connosco.
  • 10:47 - 10:51
    Só consegue sintonia quem estiver
    em contacto consigo mesmo,
  • 10:51 - 10:53
    desculpem-me por dizer isso.
  • 10:53 - 10:54
    Não há outra forma para isso.
  • 10:54 - 10:56
    Isso vem cá de dentro.
  • 10:56 - 11:00
    Começa por se sintonizar em
    "como estou a sentir-me?"
  • 11:01 - 11:03
    E por ter compaixão.
  • 11:03 - 11:04
    Eu sei que é fácil falar,
  • 11:04 - 11:06
    mas, de facto, ter compaixão
  • 11:06 - 11:08
    é como, essas questões são difíceis.
  • 11:08 - 11:10
    É um momento difícil para um ser humano,
  • 11:10 - 11:11
    estamos a acordar.
  • 11:11 - 11:13
    Eu não sou uma pessoa má.
  • 11:13 - 11:14
    O que está a acontecer
  • 11:15 - 11:17
    provoca a curiosidade
    na nossa experiência,
  • 11:17 - 11:20
    o que nos permite
    sintonizarmo-nos socialmente.
  • 11:20 - 11:22
    É essa a forma seguinte
    de podermos aplicar isso,
  • 11:22 - 11:25
    é sintonizando, seja em pequenos grupos
    ou um a um,
  • 11:26 - 11:28
    fazendo campanhas, estratégias,
  • 11:28 - 11:32
    nas salas de aulas,
    nos cinemas, nos parques.
  • 11:33 - 11:37
    Onde pudermos dar uns aos outros
    permissão para sermos quem somos,
  • 11:37 - 11:39
    e, de novo, isso permite-nos mover
  • 11:39 - 11:42
    para um nível mais alto de funcionamento.
  • 11:42 - 11:45
    A função executiva,
    o córtex pré-frontal,
  • 11:45 - 11:49
    quando sentimos que o nosso
    sistema nervoso pode acalmar
  • 11:49 - 11:52
    e somos compreendidos pelos outros.
  • 11:53 - 11:57
    O terceiro caminho é liderar
    com sintonia.
  • 11:57 - 11:59
    Como líderes e influenciadores,
  • 11:59 - 12:04
    mostrando-nos como seres humanos,
    como reais, dizendo:
  • 12:04 - 12:05
    "Sabes uma coisa?
  • 12:05 - 12:07
    "Eu estou muito assustado.
  • 12:08 - 12:11
    "Não sei quais são as respostas."
  • 12:11 - 12:13
    Conseguem imaginar líderes a dizer isso?
  • 12:13 - 12:15
    "Eu não sei.
  • 12:15 - 12:18
    "Mas aqui estamos nós,
    e nós somos tudo o que é preciso.
  • 12:18 - 12:20
    "Estamos nisto juntos.
  • 12:21 - 12:22
    "E podemos fazer isso."
  • 12:22 - 12:26
    Esta é uma mensagem diferente
    de dizer: "Podemos fazer isso."
  • 12:26 - 12:27
    É como: "Aqui estamos.
  • 12:27 - 12:31
    "Estou assustado, mas está a acontecer."
  • 12:31 - 12:35
    Bom, o facto é que
    já há todo este trabalho,
  • 12:35 - 12:39
    temos as ferramentas
    para criar estas condições
  • 12:39 - 12:41
    que podem permitir-nos aparecer
  • 12:42 - 12:45
    como sendo verdadeiramente nós mesmos.
  • 12:45 - 12:49
    Eu sei, com 100% de certeza,
  • 12:49 - 12:52
    que cada um de nós tem a capacidade
  • 12:52 - 12:55
    de enfrentar estes desafios
    com engenho,
  • 12:55 - 12:58
    genialidade e coragem que nós,
    como seres humanos, temos.
  • 12:58 - 13:02
    Só precisamos de cultivar
    as condições juntos.
  • 13:02 - 13:04
    Precisamos uns dos outros,
  • 13:04 - 13:06
    de nos ajudarmos uns aos outros
  • 13:06 - 13:09
    e permitir a nós mesmos
    este encontro de verdade.
  • 13:09 - 13:11
    Isso é o que precisamos, então...
  • 13:12 - 13:14
    Vamos respirar fundo,
  • 13:15 - 13:20
    ter compaixão por nós mesmos
    e pelos outros, neste momento da história.
  • 13:21 - 13:25
    Assim, processamos coletivamente
    estas verdades dolorosas,
  • 13:25 - 13:27
    estas realidades difíceis.
  • 13:28 - 13:30
    Vamos fazer isso juntos.
  • 13:31 - 13:35
    O mundo está pronto para fazermos isto.
  • 13:36 - 13:38
    E podemos fazer isto.
  • 13:39 - 13:40
    Obrigada.
  • 13:40 - 13:44
    (Aplausos)
Title:
Como transformar a ansiedade climática em ação
Speaker:
Renee Lertzman
Description:

É normal sentirmo-nos ansiosos ou esmagados por causa da alteração climática, diz a psicóloga Renée Lertzman. Podemos transformar esses sentimentos em algo produtivo? Numa palestra persuasiva, Lertzman analisa os efeitos emocionais da alteração climática e apresenta perspetivas sobre como a psicologia pode ajudar-nos a descobrir a criatividade e a resiliência necessárias para agir em questões ambientais.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
13:57

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