How Sand Made From Crushed Glass Rebuilds Louisiana’s Shrinking Coast | World Wide Waste

Narrador: Normalmente usa-se
areia para fazer vidro.

Mas esta empreendedora

faz areia de garrafas.

Ela cofundou o que pode ser

a maior operação de reciclagem
de vidro de Louisiana.

E em cerca de dois anos ela retirou

4 milhões de garrafas de cerveja
de vidro de aterros sanitários.

Fran: Nunca deixe que lhe digam que
indivíduos não fazem a diferença

porque tudo isso é graças
a indivíduos incríveis.

Narrador: Glass Half Full
opera em um estado

com um crescente
desaparecimento da costa

em um momento em que
os suprimentos globais de areia

estão se esgotando.

Fran: Estamos usando
areia em um ritmo mais rápido

do que pode ser criado naturalmente.

Narrador: Então os voluntários
usam o vidro triturado

para ajudar a reconstruir o litoral.

Mas será que
despejar material

feito de lixo na natureza
é uma boa ideia?

Fran: Há muito ceticismo,

principalmente sobre a pureza da areia.

Narrador: Fomos a Nova
Orleans para ver como

uma empresa está formando
linhas costeiras com resíduos.

Franziska Trautmann começou
a Glass Half Full

com seu namorado em fevereiro de 2020

enquanto eles ainda eram estudantes.

Uma noite na faculdade,
com uma garrafa de vinho

que sabíamos que iria acabar
em um aterro sanitário,

nós decidimos que, ao invés

de reclamar sobre o problema
e a falta de reciclagem do vidro,

que apenas faríamos algo a respeito.

Então tivemos esta ideia.
Que foi sobre isso.

Nenhuma experiência em gestão do lixo,
nenhuma experiência de reciclagem.

Narrador: Eles arrecadaram
cerca de 18 mil dólares.

para cobrir os custos iniciais,
incluindo a máquina

que poderia triturar uma
garrafa de cada vez.

Fran: O financiamento coletivo no
começo foi crucial

E não nos deu apenas dinheiro,

mas nos deu muito suporte
da comunidade também.

Max: Esta montanha de vidro
começou a se formar

em um bairro residencial,

nós estávamos tipo, "Tudo bem, nós temos
algo para fazer aqui, e rápido."

Narrador: Desde que se mudaram
para este armazém

em Agosto de 2020, eles têm recebido sem
parar uma avalanche de vidro para reciclar

Fran: Nós temos recebido muito mais vidro
do que somos capazes de processar,

como vocês podem ver na montanha
atrás de mim.

Narrador: Recicladores tradicionais
enviam o vidro triturado aos fabricantes,

que misturam com outros materiais

e então derretem tudo para
fazer novas garrafas.

Mas Fran diz que não há nenhuma
dessas estruturas por perto.

Fran: E isso não faz tanto
sentido ambientalmente

porque você está gastando todo aquele gás

para enviar um produto superpesado
a quatro horas de distância.

Narrador: Então eles decidiram
pular essa etapa.

Fran: O objetivo sempre foi poder

reciclar o vidro localmente.

Narrador: Glass Half Full recebe

cerca que um caminhão de lixo
com vidro por semana.

As pessoas podem deixá-lo de graça
ou pagar para que seja recolhido.

Uma vez que uma lata esteja cheia,

jogamos na nossa montanha de vidro.

A menos que seja de uma cor especial,
que será misturada aqui.

Narrador: Garrafas coloridas podem
virar areia especial

que é vendida a um preço maior.

Fran: Então esta é areia azul feita
de garrafas de gin Bombay.

Artistas amam usá-la.

Pessoas amam usá-la nos seus jardins.

Narrador: Mas a maioria das garrafas
foram jogadas

no que a Fran chama de montanha de vidro.

Então, montanhas de vidro estão sempre
em expansão e encolhimento.

Estamos sempre adicionando vidro

e pegando vidro para ser esmagado.

Woo!

Narrador: Eventualmente, os
trabalhadores recolhem as garrafas

com esta carregadeira e os
jogam em uma trituradora.

Fran: Que é medido na
esteira transportadora.

E subirá nesta esteira transportadora

e vão para os martelos,
onde vai ser esmagado

e vai virar uma

mistura de areia e cascalho e rótulos.

Narrador: O pulverizador deixa para trás

alguns pedaços de vidro que são
grandes demais para serem usados.

Fran: Tudo que é maior que
9,52 milímetros

será retirado.

Isso incluirá etiquetas, metais, tampas.

Qualquer coisa que não seja vidro
sai deste processo.

Narrador: Eles ainda estão descobrindo
o que fazer com estas sobras.

Os novos modelos permitem

enviar este fluxo de resíduos
de volta pelo sistema.

Então estamos economizando dinheiro
para conseguirmos esse novo sistema

Narrador: Agora, está se acumulando

na parte de trás do armazém.

Fran: Podemos reutilizá-lo?
Podemos esmagá-lo de novo?

Como pode ser utilizado

em vez de enviá-lo para o aterro sanitário?

Narrador: Fran e Max tentam ser criativos
com todo tipo de coisas que não são vidros

que as pessoas jogam fora.

Fran: Nós separamos todos os metais
dos metais não recicláveis,

e o plástico nós estamos separando para
um projeto especial, fique ligado

Narrador: Como pegar papelão sujo
que não pode ser reciclado

e levar para uma fazenda de porcos
para virar adubo

No armazém, areias utilizáveis estão
sendo empilhadas também,

por causa de uma peça crucial do
equipamento que é muito pequena.

Fran: Vocês podem ver a diferença pelo
tamanho dessa comparado com nossa máquina

A nossa máquina processa muito mais
rápido do que essa pode peneirar

Narrrados: A peneira filtra para fora

qualquer resto de peças de etiquetas
e ordena a areia pelo tamanho.

Fran: E basta recolher o produto
que não foi enxertado,

colocá-lo no topo, e isso
vai chacoalhar tudo

até estar separado em cada um
dos cinco tamanhos.

Narrador: Os grãos mais largos de vidro
ajudam a pagar as contas.

A Glass Half Full vende a eles
como cascalho.

Alguns compradores misturam
isso em pavimentos.

O mais pequeno tipo de areia é um pó fino.

Fran: Isso é, como a consistência
de farinha.

É extremamente macio.

Eu queria que todos pudessem
tocar e andar nele.

Narrador: Isso vai para sacos de areia
que a empresa dá de graça

Fran: As pessoas usam sacos de areia
para encostarem suas portas,

contra as suas casas, em qualquer
lugar onde a água possa entrar

porque nós somos propensos
a inundações aqui.

Narrador: Entre o pó e o cascalho
está a areia grossa,

o tipo que Fran e Max usam
para reconstruir a costa.

Fran: Este é o tamanho que usaríamos

para a restauração da costa.

Como você pode ver não é afiado,
então não vai me cortar.

Narrador: Em um evento chamado
The Deployment,

a Coalizão para Restaurar
a costa de Louisiana

jogaram cerca de 10 toneladas de areia
reciclada no lago Pontchartrain.

Homem: Essa é a frente de batalha que
todos vocês nos ajudam a proteger.

Obrigado por virem.

Narrador: Fran e Max distribuir a areia
em sacos de serapilheira,

que são doados por torradores de café
locais.

Gostamos de poder movê-lo com mão de obra

e conseguir o máximo de pessoas
envolvidas que pudermos.

É algo lindo de se ver.

Narrador: Voluntários carregam eles
até um barco.

Voluntário: Obrigado, Fran.
Fran: Sem problemas!

Narrador: Então o time arrasta

as sacolas de 16 quilos para o local.

Eles colocam os sacos de areia
em uma linha,

ligando dois pedaços de terra.

Esses sacos serão biodegradados em cerca
de seis meses.

Agentes de Pesca e Vida Selvagem dos EUA
voltaram com mais voluntários

para plantar mudas de junco.

A ideia é que as plantas vão criar raízes

que vão segurar a areia no lugar,
criando uma nova terra.

Fran e Max passaram um ano trabalhando
com cientistas.

para garantir que o produto deles era
seguro para o ecossistema.

Fran: Nós recebemos um subsídio

da Fundação de Ciência Nacional

pra trabalhar com cientistas e engenheiros
da Universidade Tulane

para mergulhar mais fundo nessa pesquisa.

Narrador: Eles descobriram que a areia
feita do vidro

não derrama nada na água

e que a vida vegetal pode crescer nela.

Fran: E na verdade parece que
cresceu o melhor

da mistura da areia de vidro reciclado

com a areia nativa, o que é muito legal.

Narrador: Os pesquisadores
ainda não testaram

se animais podem comer, mas a Fran testou.

Fran: Na verdade foi testado
na minha cachorra,

que comeu muita areia um dia.

E nós ficamos tipo —

Mas ela fez cocô, então tudo bem.

Narrador: São realmente boas notícias,
porque mesmo que a perda de terras

em Lousiana tenha diminuído,
enormes pedaços de pântanos

ainda pode ser engolidos
nas próximas décadas.

Essas áreas são habitats essenciais
para vida selvagem,

e ajudam a proteger as comunidades
próximas de tempestades.