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A injustiça econômica do plástico | Van Jones | TEDxGreatPacificGarbagePatch

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    Ta-da!
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    (Risos)
  • 0:25 - 0:26
    Estou honrado de estar aqui
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    e poder falar sobre este tópico,
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    o qual acho muito importante.
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    Temos falado muito sobre
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    os impactos terríveis do plástico,
    no planeta e em outras espécies,
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    mas o plástico prejudica pessoas também.
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    Especialmente pessoas pobres.
  • 0:42 - 0:45
    E tanto na produção do plástico,
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    no seu uso e no seu descarte,
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    as pessoas que têm o alvo em suas testas
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    são as pobres.
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    As pessoas ficaram muito irritadas
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    quando o derrame de óleo da "BP" ocorreu,
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    por uma boa razão.
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    Elas pensaram: "Meu Deus!
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    Isso é terrível, esse óleo...
    se espalhou pela água.
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    Vai destruir a vida marinha lá.
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    Pessoas vão se machucar.
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    Isso é uma coisa terrível.
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    Esse óleo vai prejudicar
    as pessoas no Golfo".
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    O que as pessoas não pensam é:
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    e se o óleo chegasse
    em segurança à margem?
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    E se o óleo chegasse ao seu destino?
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    Não só teria sido queimado nos motores
    e contribuído para o aquecimento global,
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    mas há um lugar chamado "Cancer Alley",
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    e a razão desse nome
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    é porque a indústria petroquímica
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    pega esse óleo e o transforma em plástico
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    e no processo, mata pessoas.
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    Ele reduz o tempo de vida
    das pessoas que vivem no Golfo.
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    Óleo e petroquímicos não são problemas
    só quando há derramamento,
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    eles são problemas quando não há.
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    E o que normalmente não percebemos
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    é o preço que os pobres pagam
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    para termos esses produtos descartáveis.
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    Outro fato que não percebemos,
  • 1:57 - 2:00
    é que os pobres não sofrem
    só por causa da produção,
  • 2:00 - 2:03
    os pobres também sofrem no uso.
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    Aqueles que têm um bom salário,
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    têm algo que se chama escolha.
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    A razão pela qual nos esforçamos
    para ter um trabalho
  • 2:11 - 2:12
    e não sermos pobres e sem dinheiro
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    é para que tenhamos escolhas,
    escolhas econômicas.
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    Temos a chance de escolher
    não usar produtos
  • 2:19 - 2:22
    que contêm plástico perigoso e tóxico.
  • 2:22 - 2:25
    As pessoas pobres não têm essas escolhas.
  • 2:25 - 2:27
    Essas pessoas normalmente
  • 2:27 - 2:31
    compram os produtos
    que têm essas substâncias perigosas,
  • 2:31 - 2:32
    e suas crianças usam.
  • 2:32 - 2:36
    Essas pessoas acabam ingerindo
    uma quantidade desproporcional
  • 2:36 - 2:38
    desse plástico tóxico ao usá-lo.
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    As pessoas dizem: "É só elas
    comprarem um produto diferente".
  • 2:42 - 2:45
    Bem, o problema de ser pobre,
    é que elas não têm essas escolhas.
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    Muitas vezes compram
    produtos mais baratos.
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    Os produtos mais baratos
    são normalmente os mais perigosos.
  • 2:50 - 2:52
    E como se não bastasse
  • 2:52 - 2:55
    a produção de plástico
    que gera câncer nas pessoas
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    como no "Cancer Alley",
    reduzindo o tempo de vida
  • 2:57 - 3:01
    e ferindo crianças pobres ao brincarem,
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    quando fazemos o descarte,
  • 3:03 - 3:06
    novamente, são os pobres
    que arcam com as consequências.
  • 3:06 - 3:09
    Geralmente, pensamos que estamos
    fazendo uma boa ação.
  • 3:09 - 3:12
    Estamos no escritório, bebendo
    uma garrafa de água ou algo parecido,
  • 3:13 - 3:15
    e pensamos: "Vou jogar isso fora.
  • 3:15 - 3:19
    Não! Serei consciente.
    Vou colocar isso na lixeira azul".
  • 3:19 - 3:21
    Daí pensamos: "Descartei na lixeira azul".
  • 3:21 - 3:24
    Então olhamos para nossos
    colegas e dizemos:
  • 3:24 - 3:28
    "Seu cretino! Você descartou
    na lixeira branca".
  • 3:28 - 3:30
    E usamos isso como lição de moral.
  • 3:30 - 3:32
    Nos sentimos bem.
  • 3:32 - 3:35
    Mas se nós... bem, esse sou eu.
  • 3:35 - 3:37
    Não vocês, mas eu me sinto assim às vezes.
  • 3:37 - 3:39
    (Risos)
  • 3:39 - 3:42
    Então temos esse sentimento
    de que fizemos a nossa parte.
  • 3:42 - 3:45
    Mas, se pudéssemos seguir
    essa pequena garrafa
  • 3:45 - 3:47
    em sua jornada,
  • 3:47 - 3:49
    ficaríamos chocados
    em descobrir que, normalmente,
  • 3:49 - 3:52
    essa garrafa é colocada em um navio,
  • 3:53 - 3:55
    atravessa o oceano
  • 3:56 - 3:57
    a um certo custo,
  • 3:57 - 4:00
    e chega em um país em desenvolvimento,
    normalmente a China.
  • 4:01 - 4:03
    Então acho que pensamos
  • 4:03 - 4:04
    que alguém vai pegá-la e dizer:
  • 4:04 - 4:09
    "Olá garrafinha! Estamos tão felizes
    em te ver garrafinha".
  • 4:09 - 4:10
    (Risos)
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    "Você prestou um bom serviço."
  • 4:13 - 4:14
    (Risos)
  • 4:14 - 4:16
    Ela recebe uma massagem,
  • 4:16 - 4:17
    e uma pequena medalha.
  • 4:18 - 4:20
    E daí dizem: "O que
    gostaria de fazer agora?"
  • 4:20 - 4:22
    A garrafinha então diz: "Eu não sei..."
  • 4:22 - 4:23
    (Risos)
  • 4:23 - 4:26
    Mas isso não é o que ocorre na realidade.
  • 4:27 - 4:28
    Sabem...
  • 4:28 - 4:32
    Essa garrafa acaba sendo queimada.
  • 4:33 - 4:36
    A reciclagem do plástico
    em muitos países em desenvolvimento
  • 4:36 - 4:40
    significa incinerar o plástico, queimá-lo,
  • 4:40 - 4:42
    o que libera substâncias químicas tóxicas
  • 4:42 - 4:44
    e mais uma vez, mata pessoas.
  • 4:44 - 4:48
    Então, as pessoas pobres
    que fabricam esses produtos
  • 4:48 - 4:50
    nos centros petroquímicos
    como o "Cancer Alley",
  • 4:50 - 4:53
    que consomem esses produtos
    desproporcionalmente,
  • 4:53 - 4:57
    e os pobres que estão
    na ponta final da reciclagem,
  • 4:57 - 4:59
    estão tendo suas vidas reduzidas.
  • 4:59 - 5:02
    Todos eles estão sendo muito afetados
  • 5:03 - 5:07
    por esse vício que temos em descartar.
  • 5:07 - 5:10
    Agora, pensamos...
    eu sei como vocês são...
  • 5:10 - 5:13
    Dizemos: "Isso é terrível
    para essas pessoas.
  • 5:15 - 5:18
    É horrível! Coitados.
  • 5:18 - 5:20
    Espero que alguém
    faça algo para ajudá-los".
  • 5:21 - 5:23
    Mas o que não entendemos é...
  • 5:24 - 5:26
    Nós estamos aqui em Los Angeles.
  • 5:26 - 5:30
    Nós nos esforçamos muito
    para reduzir a poluição aqui.
  • 5:30 - 5:31
    Mas querem saber?
  • 5:31 - 5:34
    Por causa de tanta poluição que eles
    estão produzindo na Ásia agora,
  • 5:34 - 5:38
    e por conta das leis ambientais
    que não protegem os asiáticos,
  • 5:38 - 5:42
    quase todo nosso ganho de ar limpo
    e limpeza de ar tóxico
  • 5:42 - 5:44
    que conquistamos aqui na Califórnia,
  • 5:44 - 5:47
    estão sendo perdidos pela chegada
    do ar poluído que vem da Ásia.
  • 5:48 - 5:51
    Então, todos nós somos atingidos.
    Todos somos impactados.
  • 5:51 - 5:54
    E os pobres são atingidos
    primeiro e de maneira pior.
  • 5:54 - 5:57
    Mas a produção de sujeira,
    a queima de toxinas,
  • 5:57 - 5:59
    a falta de normas ambientais na Ásia,
  • 5:59 - 6:02
    criou tanta poluição atmosférica,
  • 6:02 - 6:03
    que atravessou o oceano,
  • 6:03 - 6:05
    e prejudicou nossos ganhos na Califórnia.
  • 6:05 - 6:07
    Voltamos para onde estávamos nos anos 70.
  • 6:07 - 6:09
    Nós estamos em um único planeta,
  • 6:09 - 6:12
    e temos que ser capazes de chegar
    na raiz desses problemas.
  • 6:12 - 6:15
    A raiz desses problemas, na minha opinião,
  • 6:15 - 6:18
    é a ideia do descarte em si.
  • 6:18 - 6:21
    Se entendemos o vínculo
  • 6:21 - 6:25
    entre o que estamos fazendo
    para envenenar e poluir nosso planeta,
  • 6:25 - 6:27
    e o que estamos fazendo com os pobres,
  • 6:27 - 6:32
    chegamos a uma percepção
    incômoda, mas também muito útil:
  • 6:32 - 6:35
    para reciclar o planeta,
  • 6:35 - 6:36
    temos que reciclar as pessoas.
  • 6:37 - 6:40
    Mas, se criarmos um mundo
    onde não reciclamos as pessoas,
  • 6:40 - 6:41
    não podemos reciclar o planeta.
  • 6:42 - 6:44
    Então, agora estamos em um momento
  • 6:44 - 6:47
    onde a união da ideia de justiça social
  • 6:47 - 6:49
    com a ideia de ecologia
  • 6:50 - 6:51
    nos permite finalmente ver
  • 6:51 - 6:53
    que, no final, elas são uma ideia única.
  • 6:53 - 6:56
    A ideia de que não temos nada descartável.
  • 6:57 - 6:59
    Não temos recursos descartáveis.
  • 7:00 - 7:02
    Não temos espécies descartáveis.
  • 7:02 - 7:05
    E também não temos pessoas descartáveis.
  • 7:05 - 7:07
    Não temos um planeta descartável,
  • 7:07 - 7:09
    e não temos crianças descartáveis,
    tudo é precioso.
  • 7:09 - 7:13
    E quando começamos a voltar
    a esse entendimento básico,
  • 7:13 - 7:16
    novas oportunidades para ação
    começam a emergir.
  • 7:16 - 7:18
    Biomimética,
  • 7:18 - 7:22
    que é uma ciência nova,
  • 7:22 - 7:25
    acaba sendo uma ideia
    muito importante de justiça social.
  • 7:25 - 7:27
    As pessoas que estão
    aprendendo sobre isso:
  • 7:27 - 7:31
    biomimética significa respeitar
    a sabedoria de todas as espécies.
  • 7:31 - 7:33
    Democracia, a propósito,
  • 7:33 - 7:35
    é respeitar a sabedoria
    de todas as pessoas. Falarei disso.
  • 7:35 - 7:38
    Mas biomimética é respeitar
    a sabedoria de todas as espécies.
  • 7:38 - 7:41
    Acontece que somos
    uma espécie inteligente.
  • 7:41 - 7:44
    Temos um córtex grande,
    temos muito orgulho de nós mesmos.
  • 7:44 - 7:47
    Mas, se quisermos fazer algo resistente,
  • 7:47 - 7:49
    pensamos: "Já sei! Farei
    uma substância resistente.
  • 7:49 - 7:53
    Vou colocar bombas e fornalhas,
  • 7:53 - 7:54
    extrair a matéria prima do solo
  • 7:54 - 7:57
    aquecê-la, deixá-la tóxica, poluir...
  • 7:57 - 8:00
    Mas vou produzir
    esse material resistente!"
  • 8:00 - 8:01
    (Risos)
  • 8:01 - 8:03
    "Sou tão inteligente!"
  • 8:03 - 8:06
    E quando olhamos para trás,
    vemos a destruição ao nosso redor.
  • 8:06 - 8:07
    Mas querem saber?
  • 8:07 - 8:10
    Somos muito inteligentes,
    mas não como um mexilhão.
  • 8:10 - 8:11
    A concha do mexilhão é resistente.
  • 8:12 - 8:15
    Não precisa de bombas.
    Não precisa de fornalhas.
  • 8:15 - 8:16
    Não há toxinas. Não há poluição.
  • 8:16 - 8:21
    Acontece que outras espécies
    descobriram há muito tempo
  • 8:21 - 8:24
    como criar muitas das coisas
    que precisamos
  • 8:24 - 8:27
    usando processos biológicos
    que a natureza sabe como usar bem.
  • 8:27 - 8:31
    Essa percepção da biomimética
    fez com que nossos cientistas percebessem
  • 8:31 - 8:33
    que temos muito o que aprender
    com outras espécies.
  • 8:33 - 8:37
    Não falo sobre pegar um rato
    e encher de outras coisas.
  • 8:37 - 8:40
    Não falo dessa perspectiva,
    de abusar das pequenas espécies.
  • 8:40 - 8:43
    Eu falo de respeitá-las,
    respeitar o que elas conquistaram.
  • 8:43 - 8:45
    Isso é a biomimética,
  • 8:45 - 8:49
    e isso abre uma porta
    para não produzirmos lixo,
  • 8:49 - 8:51
    e não produzirmos poluição.
  • 8:51 - 8:53
    O que nos levaria a desfrutar
  • 8:53 - 8:55
    uma qualidade de vida alta,
    um padrão de vida alto,
  • 8:55 - 8:57
    sem prejudicar o planeta.
  • 8:57 - 9:00
    Bem, essa ideia da biomimética,
  • 9:00 - 9:02
    o respeito à sabedoria das espécies
  • 9:03 - 9:07
    combinado com a ideia
    de democracia e justiça social,
  • 9:07 - 9:09
    respeitando a sabedoria
    e valor de todas as pessoas,
  • 9:09 - 9:11
    nos dariam uma sociedade diferente.
  • 9:11 - 9:13
    Teríamos uma economia diferente.
  • 9:13 - 9:16
    Teríamos uma sociedade ecológica
  • 9:16 - 9:18
    que deixaria o Dr. King orgulhoso.
  • 9:18 - 9:19
    Esse deve ser o objetivo.
  • 9:20 - 9:23
    E o caminho para chegarmos lá
    é primeiramente reconhecer
  • 9:23 - 9:25
    que a ideia do descarte
  • 9:26 - 9:30
    não prejudica só as espécies que falei,
  • 9:30 - 9:32
    mas também a nossa própria sociedade.
  • 9:32 - 9:35
    Nós somos tão orgulhosos
    de viver aqui na Califórnia.
  • 9:35 - 9:38
    Acabamos de ter uma votação, e pensamos:
  • 9:38 - 9:39
    "Bem... não em nosso estado!"
  • 9:39 - 9:41
    (Risos)
  • 9:41 - 9:44
    "Não sei o que os outros estados
    estavam fazendo, mas..."
  • 9:44 - 9:45
    (Risos)
  • 9:45 - 9:47
    Temos muito orgulho.
  • 9:48 - 9:50
    E sim, eu tenho orgulho também.
  • 9:50 - 9:52
    Mas...
  • 9:53 - 9:57
    a Califórnia, apesar de liderar
    mundialmente alguns temas ecológicos,
  • 9:57 - 9:59
    infelizmente, também lidera mundialmente
  • 9:59 - 10:00
    problemas como o "gulag".
  • 10:01 - 10:05
    A Califórnia detém um dos mais altos
    índices de encarceramento
  • 10:05 - 10:07
    de todos os 50 estados.
  • 10:07 - 10:09
    Temos um desafio moral nesse movimento.
  • 10:10 - 10:15
    Somos dedicados em resgatar materiais
    mortos do aterro sanitário,
  • 10:15 - 10:17
    mas algumas vezes não tão dedicados
  • 10:17 - 10:19
    em resgatar seres vivos, pessoas vivas.
  • 10:19 - 10:23
    E eu digo que vivemos em um país
  • 10:23 - 10:25
    que possui 5% da população mundial,
  • 10:25 - 10:26
    25% dos gases estufa,
  • 10:27 - 10:29
    mas também 25% dos prisioneiros mundiais.
  • 10:30 - 10:33
    Uma em cada quatro pessoas
    que estão presas no mundo,
  • 10:33 - 10:35
    está presa aqui nos Estados Unidos.
  • 10:35 - 10:38
    Então isso é consistente com a ideia
  • 10:38 - 10:40
    de que descarte é algo em que acreditamos.
  • 10:41 - 10:42
    Ainda assim,
  • 10:43 - 10:48
    como um movimento que tem
    que ampliar seu círculo,
  • 10:48 - 10:49
    que tem que crescer,
  • 10:49 - 10:52
    que tem que alcançar além
    da nossa área de conforto natural,
  • 10:52 - 10:55
    um dos desafios para o sucesso
    desse movimento,
  • 10:55 - 10:58
    de se livrar de coisas como plásticos
    e ajudar a mudar a economia,
  • 10:58 - 11:01
    é incitar as pessoas a olharem
    nosso movimento com suspeita.
  • 11:02 - 11:04
    E então se perguntarem:
  • 11:04 - 11:06
    "Porque essas pessoas se dedicam tanto?"
  • 11:07 - 11:10
    Uma pessoa pobre, uma de renda baixa,
    alguém em Cancer Alley,
  • 11:11 - 11:13
    alguém em Watts,
  • 11:13 - 11:16
    alguém no Harlem,
    alguém em uma reserva indígena,
  • 11:16 - 11:18
    pode se perguntar, e com direito:
  • 11:18 - 11:20
    "Por que essas pessoas se dedicam tanto
  • 11:21 - 11:23
    para se certificarem
  • 11:23 - 11:27
    que uma garrafa plástica
    tenha uma segunda chance na vida,
  • 11:27 - 11:29
    ou que uma lata de alumínio
    tenha uma segunda chance,
  • 11:30 - 11:33
    e quando meu filho se envolve
    em um problema e vai para a prisão,
  • 11:34 - 11:35
    ele não tem uma segunda chance?"
  • 11:35 - 11:38
    Como esse movimento pode ser
    tão enfático em dizer
  • 11:38 - 11:41
    que não temos materiais descartáveis,
    nenhum material morto,
  • 11:41 - 11:43
    e ainda assim aceita vidas descartáveis
  • 11:44 - 11:46
    e comunidades descartáveis
    como Cancer Alley?
  • 11:46 - 11:51
    E agora, temos a chance de ficarmos
    orgulhosos desse movimento.
  • 11:51 - 11:53
    Quando assumimos temas como esse,
  • 11:53 - 11:58
    isso nos permite alcançarmos
    outros movimentos,
  • 11:58 - 12:00
    nos tornarmos
    mais participativos, crescer,
  • 12:00 - 12:03
    e finalmente sair desse
    dilema maluco em que estamos.
  • 12:04 - 12:06
    A maioria de vocês
    são pessoas boas e gentis.
  • 12:07 - 12:10
    Quando éramos jovens,
    nos preocupávamos com o mundo,
  • 12:10 - 12:13
    em algum momento, fomos
    pressionados a escolher um problema,
  • 12:14 - 12:16
    e focar nesse único problema.
  • 12:16 - 12:18
    "O mundo é muito grande.
  • 12:18 - 12:21
    Ou nos focamos nas árvores,
    ou nos focamos na imigração.
  • 12:21 - 12:24
    Temos que reduzir nosso foco
    para um único problema."
  • 12:24 - 12:27
    E praticamente nos disseram:
  • 12:27 - 12:29
    "Você vai abraçar uma árvore
  • 12:29 - 12:32
    ou vai abraçar uma criança? Escolha.
  • 12:32 - 12:33
    Você vai abraçar uma árvore
  • 12:33 - 12:35
    ou vai abraçar uma criança? Escolha".
  • 12:35 - 12:38
    Quando nos focamos
    em problemas como o plástico,
  • 12:38 - 12:40
    começamos a perceber que tudo está ligado.
  • 12:40 - 12:43
    E a maioria de nós tem a sorte
    de ter dois braços.
  • 12:43 - 12:44
    Podemos abraçar os dois.
  • 12:44 - 12:46
    Muito obrigado.
  • 12:46 - 12:47
    (Aplausos)
Title:
A injustiça econômica do plástico | Van Jones | TEDxGreatPacificGarbagePatch
Description:

Van Jones levanta uma discussão sobre a poluição plástica através da perspectiva da justiça social. Ele nos mostra que, devido ao lixo plástico, pessoas e países pobres são atingidos primeiro e de maneira pior, com consequências que nós compartilhamos não importa onde vivemos ou quanto ganhamos. Ele oferece algumas ideias interessantes para nos ajudar a recuperar nosso planeta descartável.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
12:59

Portuguese, Brazilian subtitles

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