A ciência das células que nunca envelhecem
-
0:01 - 0:03Onde começa o fim?
-
0:03 - 0:07Para mim, tudo começou
com essa criaturinha. -
0:08 - 0:11Este bichinho adorável,
eu o acho adorável, -
0:11 - 0:15se chama Tetrahymena
e é uma criatura unicelular. -
0:15 - 0:17É conhecido como lodo das lagoas.
-
0:17 - 0:21É verdade, minha carreira
começou com o lodo das lagoas. -
0:22 - 0:25Não foi surpresa eu me tornar cientista.
-
0:25 - 0:30Eu cresci muito longe daqui
e era muito curiosa quando criança -
0:30 - 0:32sobre tudo que era vivo.
-
0:32 - 0:36Eu costumava pegar águas-vivas
mortalmente venenosas e cantar para elas. -
0:38 - 0:41Comecei assim minha carreira,
-
0:41 - 0:44eu era extremamente curiosa
sobre os mistérios fundamentais -
0:44 - 0:47da construção das partes
mais básicas da vida -
0:47 - 0:53e tive a sorte de viver numa sociedade
na qual essa curiosidade era valorizada. -
0:53 - 0:56Para mim, essa criaturinha
do lodo, a Tetrahymena, -
0:56 - 0:58era uma ótima forma de estudar
o mistério fundamental -
0:58 - 1:00sobre o qual eu estava muito curiosa:
-
1:00 - 1:04aquelas estruturas do DNA em nossas
células chamadas cromossomos. -
1:06 - 1:11Eu estava curiosa sobre
as extremidades dos cromossomos, -
1:11 - 1:13conhecidos como telômeros.
-
1:13 - 1:16Quando comecei minha pesquisa,
-
1:16 - 1:20sabíamos apenas que eles ajudavam a
proteger as extremidades dos cromossomos. -
1:20 - 1:23Era muito importante
na divisão das células, -
1:23 - 1:27mas eu queria descobrir
do que os telômeros eram feitos -
1:27 - 1:30e, para isso, eu precisaria
de muitos telômeros. -
1:30 - 1:32Acontece que a belezinha da Tetrahymena
-
1:32 - 1:35tem muitos cromossomos lineares menores,
-
1:35 - 1:38cerca de 20 mil, um monte de telômeros.
-
1:39 - 1:44Eu descobri que os telômeros
tinham segmentos especiais -
1:44 - 1:48de DNA não codificado bem
nas extremidades dos cromossomos. -
1:48 - 1:50Mas tem um problema.
-
1:50 - 1:54Todos começamos a vida como uma única
célula, que se multiplica por dois, -
1:54 - 1:57dois se tornam quatro,
quatro se tornam oito e por aí vai, -
1:57 - 2:01até formar as 200 trilhões de células
que formam o corpo humano adulto. -
2:01 - 2:05Algumas dessas células precisam
se dividir milhares de vezes. -
2:06 - 2:08Mesmo quando estou aqui, perante vocês,
-
2:09 - 2:12as células do meu corpo
estão se renovando furiosamente -
2:12 - 2:14para me manter aqui.
-
2:16 - 2:19Cada vez que uma célula se divide,
todo o seu DNA é copiado, -
2:20 - 2:22todos os códigos do DNA dos cromossomos,
-
2:22 - 2:27porque ele carrega aquelas
instruções de operações vitais -
2:27 - 2:30que mantêm nossas células funcionando,
-
2:30 - 2:34de forma tal que as células do meu coração
mantêm uma batida constante, -
2:34 - 2:37que garanto, não estão fazendo isso agora,
-
2:37 - 2:40minhas células imunológicas
-
2:40 - 2:44podem combater as bactérias e os vírus,
-
2:45 - 2:49e nossas células cerebrais conseguem
manter a lembrança daquele primeiro beijo -
2:49 - 2:52e continuam aprendendo ao longo da vida.
-
2:53 - 2:57Mas há um pequeno problema
na forma como o DNA é copiado. -
2:57 - 3:00É apenas uma daquelas coisas da vida.
-
3:00 - 3:04Toda vez que a célula se divide
e o DNA é copiado, -
3:04 - 3:08um pouco desse DNA das extremidades
fica desgastado e menor, -
3:08 - 3:10um pouco daquele DNA dos telômeros.
-
3:11 - 3:12Pensem nisso
-
3:12 - 3:16como aquelas capinhas de proteção
nas extremidades dos cadarços. -
3:16 - 3:21São elas que evitam o desgaste do cadarço
ou, neste caso, do cromossomo -
3:21 - 3:26e quando essa ponta fica menor, ela cai
-
3:27 - 3:30e o telômero desgastado
envia um sinal para as células. -
3:32 - 3:34"O DNA não está mais protegido".
-
3:34 - 3:36É hora de morrer.
-
3:36 - 3:37Fim da história.
-
3:37 - 3:40Desculpem, não tão rápido.
-
3:41 - 3:45Não pode ser o fim da história porque
a vida não desapareceu da face da Terra. -
3:45 - 3:50Fiquei curiosa: "Se esse
desgaste é inevitável, -
3:50 - 3:53como a Mãe Natureza se certifica
-
3:53 - 3:56que podemos manter
nossos cromossomos intactos? -
3:57 - 4:00Lembram-se da criaturinha
da lagoa, a Tetrahymena? -
4:01 - 4:06A coisa mais louca é que as células
da Tetrahymena nunca envelhecem e morrem. -
4:07 - 4:11Seus telômeros não ficam
menores com o tempo. -
4:13 - 4:15Às vezes, eles ficaram maiores.
-
4:15 - 4:17Alguma coisa a mais está acontecendo
-
4:17 - 4:20e, acreditem, não é algo
que esteja nos livros. -
4:21 - 4:24Trabalhando no meu laboratório
com minha aluna Carol Greider, -
4:24 - 4:27Carol e eu ganhamos o Prêmio
Nobel por este trabalho, -
4:27 - 4:29começamos a fazer experiências
-
4:30 - 4:33e descobrimos que as células
têm alguma coisa a mais. -
4:34 - 4:37Era uma enzima jamais imaginada,
-
4:37 - 4:40que poderia repor e alongar os telômeros,
-
4:41 - 4:43denominada telomerase.
-
4:44 - 4:47Quando se remove
a telomerase do lodo da lagoa, -
4:47 - 4:50seus telômeros enfraquecem e morrem.
-
4:51 - 4:53Foi graças à grande
quantidade de telomerase -
4:53 - 4:57que as criaturinhas nunca envelheceram.
-
4:58 - 5:01Esta é uma notícia
incrivelmente auspiciosa -
5:02 - 5:05para nós, esta notícia
que vem do lodo da lagoa, -
5:06 - 5:12porque, à medida que envelhecemos,
nossos telômeros ficam menores -
5:12 - 5:16e é isso o que nos envelhece.
-
5:16 - 5:19Quanto mais compridos forem
os seus telômeros, melhor para você. -
5:21 - 5:22É o encurtamento dos telômeros
-
5:22 - 5:26que nos leva a sentir e ver
os sinais de envelhecimento. -
5:26 - 5:31As células da minha pele começam a morrer
e começo a ver linhas finas, as rugas. -
5:31 - 5:33Células do pigmento do cabelo morrem.
-
5:33 - 5:35Ele começa a ficar acinzentado.
-
5:35 - 5:37Células do sistema imunológico morrem.
-
5:38 - 5:41Aumentam os riscos de ficarmos doente.
-
5:41 - 5:44Uma pesquisa cumulativa
dos últimos 20 anos -
5:45 - 5:48mostra claramente
que o desgaste dos telômeros -
5:48 - 5:52contribui para os riscos de se contrair
doenças cardiovasculares, -
5:52 - 5:56Alzheimer, alguns tipos
de câncer e diabetes, -
5:56 - 5:59doenças responsáveis por muitas mortes.
-
6:01 - 6:04Então, devemos refletir sobre isso.
-
6:05 - 6:07O que está acontecendo?
-
6:07 - 6:11Esse desgaste que percebemos
e nos faz sentir mais velhos. -
6:11 - 6:15Nossos telômeros estão perdendo
rapidamente a guerra do desgaste. -
6:15 - 6:18E para aqueles que se sentem mais jovens,
-
6:18 - 6:22os telômeros estão ficando maiores
por períodos de tempo maiores, -
6:22 - 6:25estendendo a nossa percepção de juventude
-
6:25 - 6:28e reduzindo os riscos
daquilo que mais tememos -
6:28 - 6:31à medida que os aniversários passam.
-
6:32 - 6:36Muito bem, parece ser muito fácil.
-
6:37 - 6:40Se meus telômeros forem conectados
-
6:40 - 6:44com a rapidez com que vou
sentir e envelhecer, -
6:44 - 6:48se meus telômeros puderem
ser renovados pelas minhas telomerases, -
6:48 - 6:53então, o que tenho a fazer para reverter
os sinais e sintomas do envelhecimento -
6:53 - 6:56é descobrir onde comprar essa raridade
-
6:56 - 7:01da telomerase nota 10, certo?
-
7:01 - 7:02Beleza. Problema resolvido.
-
7:02 - 7:03(Aplausos)
-
7:03 - 7:06Não tão rápido, desculpe.
-
7:06 - 7:10Infelizmente, não é o caso.
-
7:10 - 7:11Certo. E por quê?
-
7:11 - 7:15Porque a genética humana nos ensinou
-
7:15 - 7:19que, quando se trata da nossa telomerase,
-
7:19 - 7:22nós vivemos no fio da navalha.
-
7:22 - 7:23Certo,
-
7:25 - 7:31aumentar um pouco a telomerase
diminui os riscos de algumas doenças, -
7:31 - 7:37mas também aumenta os riscos
de cânceres especialmente malignos. -
7:37 - 7:42Mesmo se pudéssemos comprar
essa telomerase muito rara, -
7:42 - 7:49e há muitos sites que comercializam
produtos duvidosos, -
7:49 - 7:54o problema é que isso poderia
aumentar as chances de câncer. -
7:55 - 7:56E não queremos isso.
-
7:57 - 8:00Mas não se preocupe,
-
8:00 - 8:05enquanto eu penso que é meio
engraçado que, neste momento, -
8:05 - 8:09muitos de nós talvez pensemos
que é preferível ser lodo de lagoa, -
8:11 - 8:13(Risos)
-
8:15 - 8:19existe algo bom para nós
na história dos telômeros. -
8:19 - 8:20Mas quero deixar bem claro.
-
8:20 - 8:26Não se trata de prolongar demais
a vida humana ou de imortalidade. -
8:26 - 8:29É sobre o tempo em que se mantém a saúde.
-
8:29 - 8:31Esse tempo representa os anos de sua vida
-
8:31 - 8:35em que se fica livre de doenças,
saudável e produtivo, -
8:35 - 8:37está-se curtindo a vida adoidado.
-
8:37 - 8:40Tempo da doença,
o oposto do tempo de saúde, -
8:40 - 8:44é o tempo em que se começa
a se sentir velho, doente e morrendo. -
8:45 - 8:49A questão real é, se não consigo
controlar a telomerase, -
8:51 - 8:54tenho o controle do comprimento
dos meus telômeros -
8:54 - 8:58e, portanto, do meu bem-estar
e da minha saúde, -
8:58 - 9:00sem os riscos de desenvolver câncer?
-
9:01 - 9:06Certo? O ano é 2000.
-
9:06 - 9:11Estudei minuciosamente
esses pequeninos telômeros, -
9:11 - 9:13alegremente durante muitos anos,
-
9:13 - 9:17quando, então, entra no meu laboratório
uma psicóloga chamada Elissa Epel. -
9:17 - 9:23Ela era especializada nos efeitos severos
do estresse psicológico crônico -
9:24 - 9:26sobre a saúde do corpo e da mente.
-
9:27 - 9:29Ela estava ali no meu laboratório,
-
9:29 - 9:34de onde, ironicamente,
se via a entrada do necrotério e... -
9:34 - 9:36(Risos)
-
9:37 - 9:39Ela me fez uma pergunta crucial:
-
9:39 - 9:44"O que acontece com os telômeros
em pessoas cronicamente estressadas?" -
9:44 - 9:46Ela vinha estudando sobre cuidadores,
-
9:46 - 9:52especificamente mães de crianças
com uma condição crônica, -
9:52 - 9:57como desarranjo intestinal,
autismo e outras, -
9:57 - 10:02grupos que estão permanentemente
sob estresse psicológico. -
10:05 - 10:09A pergunta dela provocou
uma profunda mudança em mim. -
10:09 - 10:12Todo esse tempo eu estava
pensando em telômeros -
10:12 - 10:15como aquelas minúsculas
estruturas moleculares -
10:15 - 10:18e os genes que os controlam.
-
10:19 - 10:22Quando Elissa me perguntou
sobre estudar cuidadores, -
10:22 - 10:25de repente, vi os telômeros
sob uma nova perspectiva. -
10:28 - 10:30Além dos genes e dos cromossomos,
-
10:30 - 10:34entrando na vida das pessoas reais
que estávamos estudando. -
10:34 - 10:38Eu sou mãe e naquele momento,
-
10:38 - 10:42fiquei impressionada
com a imagem daquelas mulheres -
10:42 - 10:45que cuidavam de crianças em condições
-
10:46 - 10:49muito difíceis e, muitas vezes,
sem nenhuma ajuda. -
10:50 - 10:53E essas mulheres, simplesmente,
-
10:53 - 10:57pareciam esgotadas.
-
10:58 - 11:02Seria possível que seus telômeros
também estivessem esgotados? -
11:02 - 11:05Nossa curiosidade coletiva se agitou.
-
11:05 - 11:09Elissa selecionou um grupo dessas mães
para o nosso primeiro estudo -
11:09 - 11:13e queríamos descobrir: "Qual é
o comprimento dos telômeros delas, -
11:14 - 11:18em relação ao número de anos
que elas tinham passado cuidando -
11:18 - 11:21de um filho com uma condição crônica?"
-
11:21 - 11:24Passaram-se quatro anos,
-
11:24 - 11:27veio o dia em que todos
os resultados estavam prontos, -
11:27 - 11:31Elissa observou o gráfico
de dispersão e engoliu seco, -
11:33 - 11:36porque havia um padrão nesses dados,
-
11:36 - 11:41e era exatamente o gradiente
que mais temíamos. -
11:41 - 11:43Estava ali mesmo.
-
11:43 - 11:48Quanto mais anos a mãe
tinha ficado como cuidadora, -
11:48 - 11:52e não importava a idade dela,
mais curtos eram seus telômeros. -
11:52 - 11:55E quanto mais a mãe percebia
-
11:55 - 12:00sua situação como sendo mais estressante,
-
12:00 - 12:05ela tinha menos telomerase
e seus telômeros eram mais curtos. -
12:07 - 12:11Então, descobrimos algo inédito:
-
12:11 - 12:15quanto mais estressado você estiver,
mais curto serão seus telômeros, -
12:15 - 12:20o que significa que é mais provável
que você seja vítima de uma doença precoce -
12:20 - 12:22e talvez de uma morte prematura.
-
12:23 - 12:27Nossas descobertas mostraram
que eventos na vida das pessoas -
12:27 - 12:30e a maneira como respondemos a eles
-
12:30 - 12:34podem alterar as condições
dos seus telômeros. -
12:36 - 12:41O comprimento dos telômeros
não era apenas uma questão de idade. -
12:43 - 12:44Aquela pergunta da Elissa,
-
12:44 - 12:48quando ela chegou ao meu laboratório
tinha sido uma questão crucial. -
12:50 - 12:54Felizmente, havia uma esperança
implícita nesses dados. -
12:54 - 12:56Percebemos que algumas mães,
-
12:56 - 13:00apesar de cuidar de seus filhos
com muita atenção e por muitos anos, -
13:00 - 13:02conseguiam manter seus telômeros.
-
13:04 - 13:09O estudo dessas mulheres revelou
que elas eram resistentes ao estresse. -
13:09 - 13:12Eles conseguiam lidar com essas situações,
-
13:12 - 13:16não como uma ameaça diária
mas sim como um desafio, -
13:16 - 13:20e isso nos mostrou
uma visão muito importante: -
13:20 - 13:24temos o controle sobre
a forma como envelhecemos -
13:24 - 13:26do início ao fim em nossas células.
-
13:28 - 13:31Nossa curiosidade inicial
tornou-se contagiante. -
13:31 - 13:34Milhares de cientistas
de diferentes campos -
13:34 - 13:37contribuíram, em suas especialidades,
com a pesquisa dos telômeros, -
13:37 - 13:39adicionando novas descobertas.
-
13:40 - 13:45São mais de 10 mil artigos
científicos e continuam aumentando. -
13:47 - 13:50Vários estudos confirmaram
rapidamente a nossa descoberta inicial -
13:50 - 13:53que, sim, o estresse crônico
é ruim para os telômeros. -
13:55 - 13:56Muitos deles estão revelando
-
13:56 - 14:00que temos mais controle sobre
esse processo de envelhecimento -
14:00 - 14:03do que jamais poderíamos ter imaginado.
-
14:03 - 14:04Alguns exemplos:
-
14:04 - 14:08num estudo da Universidade
da Califórnia, em Los Angeles, -
14:08 - 14:14sobre pessoas que cuidavam de um parente
com demência por muito tempo, -
14:14 - 14:19realizou-se uma análise das condições
do telômero do cuidador -
14:19 - 14:21e a análise mostrou que elas melhoraram
-
14:21 - 14:25quando praticaram
alguma forma de meditação -
14:25 - 14:28por apenas 12 minutos
por dia, durante dois meses. -
14:30 - 14:31A atitude é importante.
-
14:31 - 14:34Quando se tem sempre
pensamentos negativos, -
14:34 - 14:40normalmente se vê uma situação
estressante como uma ameaça, -
14:40 - 14:42o que significa que,
se o seu chefe chamá-lo, -
14:42 - 14:46você automaticamente imagina:
"Serei demitido", seus vasos se contraem -
14:46 - 14:52seu nível de hormônio do estresse,
o cortisol, aumenta e permanece alto; -
14:52 - 14:57ao longo do tempo, esse alto
nível constante de cortisol -
14:57 - 15:01efetivamente reduz sua telomerase,
o que não é bom para seus telômeros. -
15:02 - 15:09Por outro lado, quando se vê
uma situação estressante como um desafio, -
15:09 - 15:13o sangue flui para o coração
e para o cérebro, -
15:13 - 15:18e se experimenta um pico breve,
mas estimulante de cortisol. -
15:18 - 15:23Graças a uma atitude habitual tipo "deixa
comigo", seus telômeros ficam sempre bem. -
15:26 - 15:27Então,
-
15:28 - 15:31o que tudo isso significa?
-
15:33 - 15:35Os telômeros estão bem.
-
15:35 - 15:41Temos efetivamente o poder
de mudar o que está acontecendo -
15:41 - 15:44com nossos próprios telômeros.
-
15:46 - 15:50Nossa curiosidade
ficou ainda mais intensa, -
15:51 - 15:53porque começamos a imaginar:
-
15:53 - 15:56"e os fatores externos"?
-
15:56 - 16:00Eles também poderiam afetar
as condições do telômero? -
16:01 - 16:04Nós somos seres muito sociais.
-
16:04 - 16:08Será que nossos telômeros
também são sociais? -
16:09 - 16:12Os resultados foram surpreendentes.
-
16:12 - 16:14Desde a infância,
-
16:16 - 16:22negligência emocional, a exposição
à violência o "bullying" e o racismo, -
16:22 - 16:26tudo isso impacta nos telômeros
e os efeitos são duradouros. -
16:28 - 16:30É possível imaginar
o impacto sobre as crianças -
16:30 - 16:32que vivem numa zona de guerra?
-
16:34 - 16:36Pessoas que não confiam em seus vizinhos
-
16:36 - 16:39e que não se sentem
seguros em seus bairros -
16:39 - 16:41têm telômeros mais curtos.
-
16:43 - 16:46Então, seu endereço também
é importante para os telômeros. -
16:46 - 16:47Por outro lado,
-
16:48 - 16:51comunidades unidas, um casamento estável
-
16:52 - 16:54e amizades ao longo da vida,
-
16:54 - 16:57tudo isso contribui para
a manutenção dos telômeros. -
16:58 - 17:02O que tudo isso significa?
-
17:02 - 17:06Significa que posso influenciar
meus próprios telômeros -
17:06 - 17:10e também os de outras pessoas.
-
17:10 - 17:15A ciência dos telômeros mostra
como estamos todos interligados. -
17:18 - 17:19Mas ainda tenho uma curiosidade.
-
17:20 - 17:22Imagino
-
17:23 - 17:25qual será o nosso legado
-
17:27 - 17:28para a próxima geração?
-
17:29 - 17:34Vamos investir nos jovens
-
17:34 - 17:38que olharão uma criaturinha
num microscópio, -
17:38 - 17:40vindo de uma porção de lodo da lagoa,
-
17:41 - 17:44curioso sobre uma pergunta que nós
nem sabemos hoje que é uma pergunta? -
17:44 - 17:47Pode ser uma grande pergunta
que poderia afetar todo o mundo. -
17:47 - 17:51E quem sabe vocês fiquem
curiosos por vocês mesmos. -
17:52 - 17:54Agora que sabem
como proteger seus telômeros -
17:54 - 17:59estão curiosos sobre o que fazer com
todas essas décadas de muita saúde? -
17:59 - 18:03Agora que sabem que pode afetar
os telômeros dos outros -
18:04 - 18:05ficaram curiosos
-
18:06 - 18:08em como fazer a diferença?
-
18:10 - 18:14Agora que conhecem o poder
da curiosidade para mudar o mundo, -
18:14 - 18:20como se certificar que o mundo
investe em curiosidade -
18:20 - 18:25em prol das futuras gerações?
-
18:27 - 18:28Obrigada.
-
18:28 - 18:30(Aplausos)
- Title:
- A ciência das células que nunca envelhecem
- Speaker:
- Elizabeth Blackburn
- Description:
-
O que faz o nosso corpo envelhecer ... as rugas na pele, os cabelos brancos, sistemas imunológicos enfraquecidos? A bióloga Elizabeth Blackburn ganhou um Prêmio Nobel por seu trabalho, descobrindo essa resposta com a descoberta da telomerase: uma enzima que renova as capas das extremidades dos cromossomos, que se desgastam quando as células se dividem. Saiba mais sobre a pesquisa inovadora de Blackburn, incluindo como podemos ter mais controle sobre o envelhecimento do que imaginamos.
- Video Language:
- English
- Team:
closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 18:46
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Maricene Crus approved Portuguese, Brazilian subtitles for The science of cells that never get old | |
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