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Uma história de amor sobre o poder da arte como organização

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    Aja Monet: A nossa história começa
    como todas as grandes histórias de amor.
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    Phillip Agnew:
    Ela meteu conversa comigo...
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    AM: Ele gostou de 50 fotos minhas,
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    uma atrás da outra, a meio da noite
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    PA: O que eu vi foi uma artista
    dedicada à verdade e à justiça
  • 0:16 - 0:19
    e ela é linda!
    Mas já estou a divagar.
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    AM: Na verdade, a nossa história
    começa entre muitos mundos,
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    entre "maqluba"
    e vinho tinto na Palestina.
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    Mas, como é que fomos lá parar?
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    PA: Bem, eu nasci em Chicago,
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    filho de um pregador e de uma professora.
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    Desde pequeno, ouço a minha mãe a cantar
    músicas de igreja, aos sábados de manhã.
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    Os sermões do Sul do meu pai
    contagiaram-me.
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    As minhas primeiras palavras
    foram mais notas do que frases.
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    Foi a música que me modelou.
  • 0:44 - 0:49
    Foi a Universidade A&M da Flórida
    que me apresentou à organização.
  • 0:49 - 0:52
    Em 2012, um jovem negro
    chamado Trayvon Martin foi assassinado,
  • 0:52 - 0:55
    e isso mudou a minha vida
    e a de milhões de outros.
  • 0:55 - 0:58
    Éramos um grupo confuso
    de universitários, ainda pouco adultos,
  • 0:58 - 1:01
    que decidiram que bastava.
  • 1:01 - 1:05
    A arte e a organização tornaram-se
    a resposta para a raiva e ansiedade.
  • 1:05 - 1:07
    Construímos um movimento
    que viajou pelo mundo,
  • 1:07 - 1:09
    até à Palestina, em 2015.
  • 1:09 - 1:12
    AM: Eu nasci de uma mãe solteira,
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    no projeto Pink House em Brooklyn,
    Nova Iorque.
  • 1:15 - 1:16
    Enlouquecida pela sobrevivência,
  • 1:16 - 1:21
    mergulhei nos livros, poemas
    e no Walkman usado do meu irmão.
  • 1:21 - 1:24
    Eu vi teatro de rua,
  • 1:24 - 1:27
    ruas de carros com música aos berros
    e paredes com "graffitis".
  • 1:27 - 1:30
    No secundário, encontrei um grupo
    de mágicos metafóricos
  • 1:30 - 1:32
    e poetas amantes da verdade
  • 1:32 - 1:35
    numa organização chamada Urban Word NYC.
  • 1:35 - 1:37
    Adotada pelo movimento Black Arts,
  • 1:37 - 1:41
    ganhei o lendário título
    de Nuyorican Poets Cafe Grand Slam.
  • 1:41 - 1:42
    (Aplausos)
  • 1:42 - 1:45
    Trabalhei com artistas
    na universidade Sarah Lawrence.
  • 1:45 - 1:48
    para responder ao furacão Katrina
    e ao terramoto;
  • 1:48 - 1:51
    Descobri o impacto da poesia
  • 1:51 - 1:54
    e a capacidade de articular
    os nossos sentimentos
  • 1:54 - 1:57
    e também de trabalhar pela mudança
  • 1:57 - 1:59
    e fazer alguma coisa nesse sentido,
  • 1:59 - 2:03
    quando uma amiga, Maytha Alhassen,
    me convidou para ir à Palestina ...
  • 2:03 - 2:05
    PA: Éramos uma delegação
    de artistas e organizadores,
  • 2:05 - 2:08
    e imergimo-nos na cultura palestina,
  • 2:08 - 2:10
    na música, nas suas histórias.
  • 2:10 - 2:12
    Pela noite fora, tínhamos discussões
  • 2:12 - 2:14
    sobre o papel da arte na política
  • 2:14 - 2:16
    e sobre o papel da política na arte.
  • 2:16 - 2:18
    Aja e eu discordávamos.
  • 2:18 - 2:20
    AM: Oh, se discordávamos.
  • 2:20 - 2:23
    PA: Mas apaixonámo-nos
    rápida e como seria de esperar..
  • 2:23 - 2:26
    Exibição A: Eu a mostrar a minha magia.
  • 2:26 - 2:28
    (Risos)
  • 2:29 - 2:31
    AM: Óbvio, não é?
  • 2:31 - 2:34
    Quatro meses depois, esta artista...
  • 2:34 - 2:36
    PA: e este organizador...
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    AM: ... mudaram-se para uma pequena casa
    com um grande quintal, em Miami.
  • 2:43 - 2:44
    PA: (Suspiro)
  • 2:44 - 2:47
    Ouçam, cinco meses
    antes de isto acontecer,
  • 2:47 - 2:48
    eu previ tudo.
  • 2:48 - 2:49
    Vou-vos contar.
  • 2:49 - 2:51
    Falei com um amigo e ele disse-me:
  • 2:51 - 2:54
    "Tens feito tanto pela organização,
    quando é que vais assentar?"
  • 2:54 - 2:56
    Olhei para ele, olhos nos olhos, e disse:
  • 2:56 - 2:59
    "A única maneira de isso acontecer
    é se houver uma colisão.
  • 2:59 - 3:03
    Esta mulher teria de me derrubar, claro.
  • 3:03 - 3:05
    Eu não sabia o quão certo eu estava.
  • 3:05 - 3:06
    (Risos)
  • 3:06 - 3:09
    Os nossos primeiros meses foram
    como os de qualquer casal jovem:
  • 3:09 - 3:13
    "cheios de ardentes,
    apaixonadas, longas noites...
  • 3:13 - 3:14
    AM: sem parar...
  • 3:15 - 3:16
    PA: ... discussões.
  • 3:16 - 3:17
    (Risos)
  • 3:17 - 3:20
    A Aja desafiou tudo o que eu sabia
    e percebia sobre o mundo.
  • 3:20 - 3:22
    Ela obrigou-me...
  • 3:22 - 3:23
    AM: ... carinhosamente,
  • 3:23 - 3:25
    PA: ... a ver a nossa organização
    com novos olhos.
  • 3:25 - 3:27
    Ajudou-me a ver o invisível
  • 3:27 - 3:29
    e como os artistas iluminam
    o interior do nosso mundo.
  • 3:29 - 3:32
    AM: Houve muitos dias
    em que não me queria levantar da cama
  • 3:33 - 3:35
    e encarar o mundo exterior.
  • 3:35 - 3:36
    Eu estava desencorajada.
  • 3:36 - 3:39
    Havia tanta perda e tantas mortes
  • 3:39 - 3:43
    e os artistas estavam a ser usados
    para entorpecer, acalmar e explorar.
  • 3:44 - 3:49
    Enquanto ganhar prémios, os elogios
    e os subsídios iam acalmando muitos egos,
  • 3:49 - 3:51
    as pessoas continuavam a morrer
  • 3:51 - 3:54
    e eu procurava uma comunidade.
  • 3:54 - 4:00
    Conhecer o Phillip trouxe-me
    muita alegria, amor e verdade na vida,
  • 4:00 - 4:03
    e tirou-me do isolamento.
  • 4:03 - 4:05
    Ele mostrou-me
    que a comunidade e as relações
  • 4:05 - 4:08
    não era apenas construir
    grandes movimentos.
  • 4:08 - 4:12
    Era integrante na criação de arte
    poderosa e significativa,
  • 4:12 - 4:15
    e também não podia ser feito na solidão.
  • 4:15 - 4:18
    PA: Descobrimos que muitos dos artistas
    e amigos organizadores
  • 4:18 - 4:21
    também estavam perdidos
    nestes ciclos de tristeza,
  • 4:21 - 4:25
    e estávamos em movimentos que muitas
    vezes se encontravam em funerais.
  • 4:25 - 4:26
    Perguntámo-nos
  • 4:26 - 4:29
    o que acontece com uma geração
    familiarizada
  • 4:29 - 4:32
    com fins de vida precoces
    que nos são transmitidos diariamente.
  • 4:32 - 4:35
    Foi durante uma das nossas
    discussões tardias
  • 4:35 - 4:38
    que vimos para além da arte e organização
  • 4:38 - 4:41
    e que começámos a ver
    que a arte era organização
  • 4:41 - 4:42
    AM: A ideia estava estabelecida:
  • 4:42 - 4:46
    a arte era uma base,
    não um acessório do movimento.
  • 4:46 - 4:49
    A nossa casa era uma casa
    de imaginação radical,
  • 4:49 - 4:52
    um instrumento dos nossos corações;
  • 4:52 - 4:57
    um lugar de risco onde éramos desafiados
    a rir, amar, chorar, debater.
  • 4:57 - 5:02
    Arte, livros, discos e coisas do género
    decoravam as nossas paredes,
  • 5:02 - 5:05
    e havia lagartixas,
  • 5:05 - 5:10
    paredes com palmeiras que
    guiavam os convidados até ao quintal,
  • 5:10 - 5:14
    onde os nossos vizinhos viessem
    e se sentissem em casa.
  • 5:14 - 5:16
    O vento, o vento era uma afirmação
  • 5:17 - 5:19
    para as pessoas que entrassem no espaço.
  • 5:19 - 5:21
    E aprendemos que num mundo,
  • 5:22 - 5:24
    num mundo desconcertante
    com tantas distrações
  • 5:24 - 5:29
    podíamos cultivar um espaço onde
    as pessoas pudessem vir e estar presentes,
  • 5:29 - 5:32
    e artistas e organizadores
    se pudessem refugiar
  • 5:33 - 5:35
    PA: Isto tornou-se
    no Smoke Signals Studio.
  • 5:35 - 5:40
    AM. Enquanto lutamos para vestir, abrigar,
    alimentar e educar as nossas comunidades,
  • 5:40 - 5:44
    os nossos espíritos procuram
    ligação, alegria e um objetivo
  • 5:45 - 5:47
    e os nossos corpos
    estão na linha da frente,
  • 5:47 - 5:50
    as nossas almas ainda precisam
    de ser alimentadas,
  • 5:50 - 5:53
    senão sucumbimos
    ao desespero e à depressão.
  • 5:53 - 5:58
    A nossa arte possui comunicação rítmica,
  • 5:58 - 6:00
    sugestões emocionais em código,
  • 6:00 - 6:03
    sentimentos improvisados
    do pensamento crítico.
  • 6:03 - 6:06
    Os nossos movimentos sociais
    deveriam ser como o "jazz":
  • 6:06 - 6:09
    encorajando a participação ativa,
  • 6:09 - 6:10
    o ouvir,
  • 6:10 - 6:12
    a espontaneidade e a liberdade.
  • 6:12 - 6:14
    O que as pessoas veem como uma festa...
  • 6:14 - 6:17
    PA: ... é, na realidade,
    o encontro de um movimento.
  • 6:17 - 6:19
    Vejam, não somos só
    protesto e sofrimento.
  • 6:19 - 6:21
    Aqui está um lugar para se ser amado,
  • 6:21 - 6:23
    para ser sentido, para ser ouvido,
  • 6:23 - 6:26
    onde nos preparamos
    para os assuntos políticos mais urgentes
  • 6:26 - 6:28
    na nossa comunidade.
  • 6:28 - 6:31
    Vejam, as leis nunca mudam a cultura,
  • 6:31 - 6:34
    mas a cultura muda sempre a lei.
  • 6:35 - 6:36
    A arte...
  • 6:36 - 6:38
    (Aplausos)
  • 6:39 - 6:41
    A arte como organização
    até está a mudar e a abrir portas
  • 6:41 - 6:44
    em lugares vistos
    como o oposto da liberdade.
  • 6:44 - 6:45
    A nossa série de poesia semanal
  • 6:46 - 6:49
    está a transformar a vida dos homens
    presos na penitenciária Dade,
  • 6:49 - 6:52
    e estamos entusiasmados por vos
    trazer um trabalho publicado de um deles,
  • 6:52 - 6:54
    Echo Martinez.
  • 6:54 - 6:55
    Na introdução, ele diz...
  • 6:56 - 6:59
    AM: "Para as pessoas, a poesia
    é a penicilina para uma caneta doente.
  • 6:59 - 7:02
    "É a chave das algemas
    nos sonhos de um prisioneiro."
  • 7:02 - 7:04
    "O Molotov na tinta.
  • 7:04 - 7:06
    "É conhecer, é entender,
  • 7:06 - 7:08
    "é provar ingredientes
    em tudo o que nos obrigam a comer,
  • 7:08 - 7:11
    "mas acima de tudo,
    lembra-nos que todos temos voz,
  • 7:11 - 7:15
    "todos nós podemos ser ouvidos
    mesmo que tenhamos de gritar."
  • 7:15 - 7:20
    Em 2018, criámos o nosso primeiro
    festival anual, Maroon Poetry
  • 7:20 - 7:23
    no centro Tacolcy, em Liberty City.
  • 7:23 - 7:27
    Foi lá que, os Últimos Poetas,
    Sonia Sanchez, Emory Douglas
  • 7:27 - 7:30
    e o grande Ntozake Shange, já falecido,
  • 7:30 - 7:34
    atuaram e estiveram
    com os artistas locais e organizadores.
  • 7:34 - 7:36
    Pudemos honrá-los
  • 7:36 - 7:39
    pelo seu compromisso
    em dizer a verdade de forma radical,
  • 7:39 - 7:41
    E, para além disso,
  • 7:41 - 7:43
    transformámos um parque público
  • 7:43 - 7:48
    na manifestação física do mundo
    que estamos a preparar.
  • 7:48 - 7:50
    Tudo o que colocamos na poesia,
  • 7:50 - 7:53
    colocamos na arte, na criatividade,
  • 7:53 - 7:55
    nos jogos de crianças
  • 7:55 - 7:58
    e no deslumbrante "design" do palco.
  • 7:58 - 8:01
    PA: O nosso trabalho está numa longa
    linha de organizadores culturais
  • 8:01 - 8:05
    que entenderam usar a arte
    para animar um futuro radical.
  • 8:05 - 8:07
    Artistas como June Jordan,
  • 8:07 - 8:08
    Emory Douglas
  • 8:08 - 8:10
    e Nina Simone.
  • 8:10 - 8:12
    Eles entenderam o que muitos de nós
    só agora perceberam
  • 8:13 - 8:15
    que, para arranjarmos pessoas
    que construam o navio,
  • 8:15 - 8:17
    temos de os fazer desejar o mar,
  • 8:17 - 8:21
    que as informações raramente
    movem as pessoas, mas uma boa arte move.
  • 8:21 - 8:22
    Este entendimento...
  • 8:22 - 8:24
    (Aplausos)
  • 8:25 - 8:26
    Este entendimento
    deu forma ao pensamento
  • 8:27 - 8:29
    por trás dos "Papéis da Liberdade"
    dos Dream Defenders,
  • 8:29 - 8:32
    uma visão política radical
    para o futuro da Flórida
  • 8:32 - 8:34
    que falava sobre pessoas acima de lucros.
  • 8:35 - 8:37
    Agora, podíamos ter feito
    um documento político
  • 8:37 - 8:40
    Em vez disso, os artistas e organizadores
    juntaram-se na poesia
  • 8:40 - 8:43
    para criar murais incríveis
  • 8:43 - 8:45
    e fizeram o vídeo que veem atrás de nós.
  • 8:45 - 8:49
    Juntámo-nos à precisão política
    do Black Panther Party
  • 8:49 - 8:52
    e à bela poesia do poeta
    de Porto Rico, Martín Espada,
  • 8:52 - 8:55
    para dar vida à nossa visão política.
  • 8:55 - 8:58
    AM: Milhares de pessoas da Flórida
  • 8:58 - 9:02
    de idades, raças, género
    e classes diferentes
  • 9:02 - 9:06
    veem "Papéis da Liberdade" como
    uma visão para o futuro da sua vida.
  • 9:06 - 9:11
    Durante décadas, os nossos artistas
    e a nossa arte foram usados para explorar,
  • 9:11 - 9:13
    para abafar, para entorpecer,
  • 9:13 - 9:15
    para nos venderem coisas
  • 9:15 - 9:17
    e para afastar as nossas comunidades,
  • 9:17 - 9:21
    mas nós acreditamos
    que o pessoal é político
  • 9:22 - 9:25
    e que o coração é medido pelo que é feito,
  • 9:25 - 9:27
    não pelo que alguém sente.
  • 9:27 - 9:32
    A arte como organização não está apenas
    preocupada com as intenções dos artistas,
  • 9:32 - 9:34
    mas no seu impacto.
  • 9:34 - 9:36
    A grande arte não é um monólogo.
  • 9:36 - 9:40
    A grande arte é um diálogo
    entre o artista e as pessoas.
  • 9:41 - 9:44
    PA: Há quatro anos, esta artista...
  • 9:44 - 9:46
    AM: ... e este organizador...
  • 9:47 - 9:49
    PA: ... descobriram que nós
    não éramos só um jogo.
  • 9:49 - 9:51
    AM: Nós éramos um espelho.
  • 9:51 - 9:53
    PA: Os nossos mundos
    colidiam verdadeiramente,
  • 9:53 - 9:55
    e de várias formas...
  • 9:55 - 9:56
    AM: ... eles combinavam.
  • 9:56 - 9:58
    PA: Aprendemos muito sobre movimento,
  • 9:58 - 10:02
    sobre amor e sobre arte
    na sua forma de maior impacto:
  • 10:02 - 10:06
    quando articula o impossível
    e quando erode o individualismo,
  • 10:06 - 10:11
    quando joga nos lugares cinzentos
    dos nossos mundos a preto e branco,
  • 10:11 - 10:13
    quando faz aquilo que
    a nossa democracia não faz,
  • 10:14 - 10:16
    quando nos lembra
    que nós não somos ilhas,
  • 10:16 - 10:20
    quando enfeita todas as ruas
    menos a Wall Street e a Madison Avenue,
  • 10:20 - 10:22
    quando nos lembra que não somos ilhas
  • 10:22 - 10:25
    e se recusa a sucumbir ao entorpecimento,
  • 10:25 - 10:27
    quando acusa um império
  • 10:27 - 10:30
    e inspira cada um de nós a amar,
  • 10:30 - 10:31
    a dizer a verdade
  • 10:31 - 10:34
    e torna a revolução irresistível.
  • 10:34 - 10:35
    AM: Para os iniciados...
  • 10:36 - 10:39
    (Aplausos)
  • 10:40 - 10:43
    Para os iniciados
    e para os caminhos do nosso desafio,
  • 10:44 - 10:49
    visões de um amor caótico do nosso ego
    crescente, crescido, elevado.
  • 10:49 - 10:51
    A graça superadora,
  • 10:51 - 10:53
    incêndios, línguas amargas,
  • 10:53 - 10:56
    sensatas como frágeis cadeiras de baloiço,
  • 10:56 - 10:59
    sal sofredor e céus de areia.
  • 10:59 - 11:02
    Memórias sem algemas e suturas brilhantes
  • 11:02 - 11:04
    num coração dilatado.
  • 11:04 - 11:08
    Para as flores que florescem
    em cicatrizes de meia-noite.
  • 11:08 - 11:12
    Como nós sofremos
    e procurámos a Estrela Polar,
  • 11:12 - 11:14
    quando não havia luz, nós brilhávamos.
  • 11:14 - 11:17
    Nós provocávamos esta alegria,
  • 11:17 - 11:19
    este prazer certo.
  • 11:19 - 11:22
    Temos uma causa para estarmos felizes.
  • 11:22 - 11:25
    Como resistimos e persistimos,
    de forma tenaz,
  • 11:25 - 11:27
    nenhuma pedra por revirar.
  • 11:27 - 11:31
    Como testemunhámos
    o horror da humanidade
  • 11:31 - 11:35
    e não nos tornámos
    no que nos horrorizou.
  • 11:35 - 11:37
    PA: Obrigado.
  • 11:37 - 11:38
    AM: Obrigada.
  • 11:38 - 11:41
    (Aplausos)
Title:
Uma história de amor sobre o poder da arte como organização
Speaker:
Aja Monet e Phillip Agnew
Description:

Numa conversa lírica cheia de imaginação radical, a poeta Aja Monet e o organizador de comunidades Phillip Agnew partilham a história de como se apaixonaram e o que aprenderam sobre a poderosa ligação entre grandes movimentos sociais e a arte com significado. Uma viagem até ao Smoke Signals Studio em Miami, a casa deles e o espaço da arte comunitária onde estão a criar um refúgio para os vizinhos e criadores — e a imaginar uma nova resposta para a distração, raiva e ansiedade.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
11:56

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