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Capitalism and Socialism: Crash Course World History #33

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    Olá, sou John Green.
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    Esse é um curso rápido de história do mundo
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    e hoje vamos falar sobre capitalismo.
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    Yes, Sr. Green,
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    o capitalismo faz os homens se transformarem em lobos.
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    Os seus falsos livres comércios, somente nos fazem de escravos.
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    Oh, Stan
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    Sou eu, da universidade. O eu do passado se tornou o eu da universidade.
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    Isso é um desastre.
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    O motivo pelo o qual ele é tão insuportável, Stan...
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    é que ele se recusa a reconhecer a validade...
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    da narração de outras pessoas...
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    e isso significa que ele nunca será...
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    capaz de ter uma conversa produtiva com outro ser humano durante toda a sua vida.
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    Então, escute, eu do passado.
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    Eu irei decepcioná-lo sendo muito capitalista.
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    E decepcionarei muitas outras pessoas por não ser capitalista suficiente.
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    E, decepcionarei os historiadores por não usar jargões suficientes.
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    Mas, o que eu posso fazer? Só tenho 12 minutos.
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    Felizmente, capitalismo tem a ver com eficiência. Então, vamos lá eu da Universidade.
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    Randy Riggs se torna um escritor famoso. John Radnor é a estrela de uma grande série.
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    Não vai dar certo com a Emily, e não vá para o Alaska com uma garota que você conhece há 10 dias.
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    Ok, vamos falar de capitalismo.
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    Capitalismo é um sistema econômico,
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    mas é também um sistema cultura.
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    É caracterizado pela inovação e pelo o investimento para aumentar a riqueza.
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    Mas, hoje, vamos focar na produção e....
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    como foi mudada pelo capitalismo industrial.
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    Stan, não posso usar esses emblemas da burguesia
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    ao mesmo tempo que Karl Marx está olhando para mim. É ridículo.
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    Vou me trocar.
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    É muito difícil tirar uma camisa dramaticamente.
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    Vamos dizer que é o ano 1200 da era comum e você é um comerciante de tapetes.
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    Como os comerciantes de hoje em dia, às vezes, você precisa pegar dinheiro emprestado para comprar tapetes,
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    que você revenderá por um lucro,
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    e, depois, pagará o empréstimo, muitas vezes com juros,
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    quando você revendeu os tapetes.
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    Isso é chamado de capitalismo mercantil,
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    e foi um fenômeno global,
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    dos chineses à rede comercial do oceano Índico,
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    aos mercantes muçulmanos que financiavam as caravanas de trocas através do Saara.
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    Mas, no século 17,
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    os comerciantes na Holanda e na Grã-Bretanha...
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    tinha ultrapassado essa ideia para criar empresas de estoque conjunto.
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    Essas empresas podiam financiar um número maior de trocas e...
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    também dividir o risco de um comércio internacional.
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    Mas, no comércio internacional ....
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    algumas vezes o barco afunda...
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    ou ele é capturado por piratas...
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    e, enquanto isso é ruim se você é um marinheiro,
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    porque você perde sua vida,
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    isso é muito ruim se você for um capitalista mercantil...
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    porque você perde todo o seu dinheiro.
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    Mas, se você é o dono de um décimo de 10 barcos, o seu risco é muito mais administrável.
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    Esse tipo de investimento, com certeza aumentou a riqueza,
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    mas só afetou uma pequena parte da população,
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    e não criou a cultura capitalista.
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    Capitalismo industrial foi bem diferente,
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    tanto em abrangência quanto em prática.
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    Vamos usar a definição de capitalismo industrial de Joyce Appleby:
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    "Um sistema econômico que depende do investimento do capital....
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    em máquinas e tecnológias que são usadas para aumentar a produção de bens de consumo."
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    Então, imagine que alguém construiu uma máquina do Stan.
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    À propósito, Stan, é uma semelhança absurda.
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    E, que a máquina do Stan consiga produzir e dirigir dez vezes mais episódios ...
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    do curso rápido do que o Stan humano.
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    É lógico que mesmo se houver custos iniciais maiores,
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    eu investirei na máquina do Stan,
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    então, eu posso disponibilizar dez vezes mais conhecimento.
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    Stan, você está filmando o robô?
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    Eu sou a estrela do show!
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    Robô Stan, você vai ficar atrás do globo.
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    Então, quando a maioria das pessoas pensa em capitalismo,
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    especialmente, quando pensamos no lado negativo....
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    muitas horas, baixo salário, condições de trabalho deploráveis,
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    trabalho infantil, Stans desempregrados. É sobre isso que nós pensamos.
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    Agora, certamente essa é apenas uma das definições de capitalimo industrial,
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    mas, é a definição que vamos usar.
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    Certo, vamos para o balão de pensamento.
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    O capitalismo industrial foi desenvolvido primeiro na Grã-Bretanha no século 19.
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    A Grã-Bretanha tinha muitas vantagens:
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    era o poder dominante dos mares...
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    e ganhava bastante dinheiro com o comércio com suas colônias,
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    incluindo o comércio de escravos.
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    Também, o crescimento do capitalismo foi ajudado pelo meio-século...
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    de inquietação civil resultante da guerra civil inglesa no século 17.
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    Agora, não estou justificando uma guerra civil, mas nesse caso, em particular....
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    foi útil, porque antes da guerra...
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    a coroa Inglesa tinha posto várias regulamentações na economia,
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    licenças complicadas, monopólios reais, etc.,
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    mas, durante a revolta, não conseguiram enforça-las,
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    o que contribuiu para o livre comércio.
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    Outro fator foi o aumento da produção agrícula no século 16.
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    Com o aumento do preço dos alimentos,
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    tornou-se possível para os agricultores,
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    tanto grandes quanto pequenos,
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    investir em tecnologias na agricultura que melhorariam o rendimento das safras.
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    Os maiores preços pelos grãos provavelmente resultaram do aumento da população,
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    que foi facilitado pelo aumento na produção de safra.
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    Um grande número dessas melhorias na agricultura vieram dos holandeses,
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    que tinha um problema crônico para conseguir alimentos e descobriram que...
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    plantando diferentes tipos de cultivos,
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    como o trevo que adicionava nitrogênio ao solo e poderia ser usado
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    para alimentar as aves ao mesmo tempo,
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    significava que mais campos poderiam ser usados de uma vez.
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    Esse aumento de produtividade consequentemente baixou os preços,
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    e proporcionou mais inovações para poder aumentar produção...
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    para recuperar a baixa dos preços.
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    Preços baixos de alimentos tinham mais um benefício...
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    já que a comida custava menos, os salários na Inglaterra permaneciam altos,
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    os trabalhadores tinham mais dinheiro disponível,
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    o que significava que se havia bens de consumo disponíveis,
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    eles seriam consumidos,
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    o que incentiva a produção de mais bens de consumo,
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    e, consequentemente, mais baratos.
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    Você pode ver como....
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    esse ciclo positivo levava a mais comida e coisas,
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    terminando em um mundo onde as pessoas tem tantas coisas...
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    que elas precisam alugar espaços para guardar tudo,
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    e tanta comida, que a obesidade se tornou mais letal do que a fome.
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    Obrigado, balão do pensamento.
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    Então, esse aumento na produtividade também significava que menos pessoas precisavam...
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    trabalhar com agricultura para poder alimentar a população.
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    Em perspectiva,
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    em 1520, 80% da população inglesa trabalhava no campo.
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    Em 1800, somente 36% dos homens adultos estavam trabalhando no campo,
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    e, em 1850, essa porcentagem caiu para 25.
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    Isso significou que quando as fábricas começaram a trabalhar,
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    havia traballhadores suficientes para trabalhar.
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    Especialmente, trabalhadores infantis.
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    Até agora, tudo isso parece ser muito bom,
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    quero dizer, com exceção do trabalho infantil.
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    Quem não iria querer mais comida e mais barata?
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    Bem, não tão rápido.
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    Um dos modos com que os britânicos conseguiram toda essa produção agricultural...
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    foi através do processo de clausura.
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    Onde os donos de terra tomavam e privatizavam os campos...
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    que por séculos estavam nas mãos de vários inquilinos.
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    Esse aumento de produtividade,
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    também empobreceu vários inquilinos nas fazendas,
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    muitos perderam o seu ganha-pão.
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    Ok, para o nosso objetivo,
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    capitalismo também é um sistema cultural,
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    enraizado na necessidade de obter lucro de investidores particulares.
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    Portanto, a mudança verdadeira precisava ser uma mudança de espírito.
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    Pessoas tinham que desenvolver os valores capitalistas....
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    de se arriscar e apreciar inovação.
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    E, eles tinham que acreditar que fazer um investimento inicial em algo...
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    como a máquina do Stan...
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    poderia pagar por si mesmo e mais um pouco.
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    Uma das razões que esses valores foram desenvolvidos na Grã-Bretanha foi que...
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    as pessoas que inicialmente os tinham eram muito boas em marketing.
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    Escritores como Thomas Mun,
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    que trabalhou para a Companhia Britânica das Índias Orientais,
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    expôs pessoas à ideia de que a economia era controlada pelos mercados.
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    E, outros escritores popularizaram a ideia de que era da naturaza humana...
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    que indivíduous participassem de mercados como participantes racionais.
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    Até a nossa língua mudou:
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    a palavra "indivíduo"
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    não era usada para pessoas até o século 17.
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    E, no século 18, a "carreira" ainda se referia a vida de um cavalo de corrida.
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    Talvez a idea mais importante foi popularizada na Inglaterra...
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    era de que o homem e a mulher eram não só consumidores como também produtores...
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    e, isso é basicamente uma coisa boa...
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    porque o desejo de consumir produtos manufaturados...
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    podia aumentar o crescimento econômico.
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    "O principal incentivo ao comércio, ou melhor, à indústria e a criatividade,
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    é o apetite exorbitante do homem, que aceita dor para se satisfazer,"
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    Escreveu John Cary,
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    um dos entusiamados capitalistas em 1695.
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    E, por falar em apetite,
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    ele não falava apenas de comida.
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    Não parece muito radical agora, mas com certeza era naquela época.
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    Aqui no século 21,
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    é claro que o capitalismo industrial,
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    pelo menos por enquanto ganhou.
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    Me desculpa, meu chapa.
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    Mas, você sabe, você foi longe.
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    Você não conhecia o Stalin.
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    Mas o capitalismo também tem problemas,
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    críticas,
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    e havia, com certeza, várias deficiências no
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    capitalismo industrial do século 19.
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    As condições de trabalho era terríveis.
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    Os dias eram longos, árduos e monótonos.
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    Os trabalhadores viviam em condições que hoje em dia...
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    no mundo desenvolvido, seriam associadas à pobreza.
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    Um modo de lutar contra essas condições...
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    foi organizar os sindicatos.
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    Outra resposta, em muitos casos, foi puramente téorica:
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    socialismo,
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    mais conhecido como o socialismo de Marx.
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    Eu devo salientar aqui...
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    que o socialismo é um imperfeito oposto do capitalismo,
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    apesar dos dois, com frequência, se tocarem.
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    Os defensores do capitalismo gostam de salientar que é natural,
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    significando que se deixados ao vento,
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    os humanos iriam construir relações econômicas semelhantes ao capitalismo.
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    Socialismo, pelo menos, nas encarnações modernas,
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    tem menos pretensão em se tornar uma expressão da natureza humana,
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    é o resultado de uma escolha humana, de um planejamento.
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    Portanto, socialismo, como uma construção intelectual,
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    comecou na França.
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    Como estou indo, Stan?
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    Na fronteira, entre o Egito e a Líbia.
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    Havia duas vertentes do socialismo na França.
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    a útopica e a revolucionária.
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    O socialismo útopico é normalmente associado
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    com o Conde de Saint-Simon e Charles Fourier,
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    e ambos rejeitam a ação revolucionária...
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    depois de presenciar o desastre da Revolução Francesa.
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    Ambos, criticavam o capitalismo...
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    e, enquanto Fourier é uma piada nas aulas de história....
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    porque ele acreditava que, no seu mundo socialista ideal,
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    os mares se tornariam limonada,
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    ele estava certo que os seres humanos têm desejos
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    que vão além do do interesse próprio,
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    e que não são sempre economicamente racionais.
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    Os outros socialista franceses eram revolucionários,
  • 8:37 - 8:40
    e, ele viram a revolução francesa, e sua violência,
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    de um modo bem mais positivo.
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    O revolucionário mais importante era Auguste Blanqui,
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    e nós associamos várias ideais dele com o comunismo, que é um termo que ele usava.
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    Como os útopicos, ele criticava o capitalismo,
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    mas ele acreditava que o capitalismo só poderiam ser superado...
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    através de uma revolução violenta das classes trabalhadoras.
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    Entretanto,
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    enquanto Banqui achava que os trabalhadores dominariam o mundo comunista,
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    ele era um elitista.
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    E, ele acreditava que os trabalhadores sozinhos nunca poderiam...
  • 9:02 - 9:04
    superar suas superstições e preconceitos para...
  • 9:04 - 9:06
    se livrar da opressão burguesa.
  • 9:06 - 9:08
    E isso nos traz de volta ao Karl Marx,
  • 9:08 - 9:12
    cujas ideias e barba assombraram a maior parte do século 20.
  • 9:12 - 9:13
    Oh, é a hora da carta?
  • 9:17 - 9:19
    Uma carta para a barba do Karl Marx.
  • 9:19 - 9:21
    Mas, antes vamos ver o que está dentro do compartimento secreto hoje.
  • 9:22 - 9:24
    Robôs. Robôs Stan.
  • 9:25 - 9:27
    Dois robôs Stan, e um é mulher.
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    Agora tenho todos os meios de produção.
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    Você é oficialmente inútil para mim, Stan.
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    Agora, desligue a câmera.
  • 9:33 - 9:34
    Desligue a câm...
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    Vou ter que levantar e desligar a câmera?
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    Robô Stan, desligue a câmera.
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    Olá, barba do Karl Marx.
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    Uau, você é intensa.
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    Karl Marx, atualmente há vários jovens que acreditam que barbas são legais.
  • 9:46 - 9:47
    Amantes de barbas, se quiser.
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    Não são barbas, são bigodes de leite exagerados.
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    Eu não faço a barba há algumas semanas, Karl Marx,
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    mas eu não digo que eu tenho barba.
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    Você não consegue uma barba se for preguiçoso,
  • 9:54 - 9:56
    você consegue ter uma barba se for um revolucionário comprometido.
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    É por isso que os Marxistas de verdade, são conhecidos literalmente como...
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    Marxistas barbudos.
  • 10:01 - 10:02
    Hoje, isso é um insulto.
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    Mas sabe, Karl Marx,
  • 10:03 - 10:06
    quando eu penso na história, eu prefiro os comunistas barbudos.
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    Vamos falar de alguns comunistas que não tinham barbas:
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    Mao Zedong,
  • 10:10 - 10:10
    Pol Pot,
  • 10:11 - 10:11
    Kim Jong-il,
  • 10:12 - 10:15
    Joseph Stalin com sua taturana facial.
  • 10:15 - 10:16
    Portanto, barba do Karl Marx,
  • 10:16 - 10:17
    é com profunda tristeza que eu informo...
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    que alguns barbichas estão tentando comandar a luta de classes hoje em dia.
  • 10:22 - 10:24
    Felicidades, John Green.
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    Apesar de ser considerado o pai do comunismo,
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    porque ele co-escreveu o Manisfeto Comunista,
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    Marx era, acima de tudo, um filósofo e um historiador.
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    É que diferente de muitos filósofos e historiadores,
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    ele era à favor da revolução.
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    O seu maior trabalho, O Capital,
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    quer explicar o mundo do século 19,
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    em termos filósoficos e históricos.
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    O pensamento de Marx é denso e profundo...
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    temos pouco tempo, mas eu quero introduzir uma de suas ideias,
  • 10:45 - 10:46
    a luta de classes.
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    Para Marx, o foco não era na classe e sim na luta.
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    Basicamente, Marx acreditava que as classes não só lutavam para fazer história,
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    mas que a luta era o que construia as classes.
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    A ideia é de que através do conflito, as classes desenvolviam um sentido próprio, e sem conflito,
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    não existe algo como a consciência de classe.
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    Marx escrevia durante o século 19 na Inglaterra e, portanto, havia somente duas classes que importavam:
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    os trabalhadores e os capitalistas.
  • 11:09 - 11:12
    Os capitalistas eram donos da maioria dos fatores da produção...
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    nesse caso, a terra e o capital para investir em indústrias.
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    Os trabalhadores tinha somente o seu trabalho.
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    Portanto, a luta de classes é entre os capitalistas,
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    que querem pagar o menor valor possível pelo trabalho,
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    e os trabalhadores que querem serem pagos o maior valor possível pelo trabalho deles.
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    Há duas ideias que são a base da teoria da luta de classes.
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    Primeiro, Marx acreditava que produção, ou trabalho,
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    era o que dava significado material à vida.
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    Segundo, é que por natureza somos animais sociais.
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    Trabalhamos e colaboramos juntos....
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    somos mais eficientes quando dividimos recursos.
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    A crítica do Marx ao capitalismo é que o capitalismo substitui esse colaboração igualitária com conflito.
  • 11:48 - 11:52
    E isso significa que não é um sistema natural no final das contas.
  • 11:52 - 11:55
    E, ao argumentar que o capitalismo, na verdadem não é consistente com a natureza humana,
  • 11:55 - 11:57
    Marx procurou dar poder aos trabalhadores.
  • 11:57 - 12:00
    E isso é muito mais atraente do que o elitismo socialista de Blanqui,
  • 12:00 - 12:03
    e, enquanto os estados Marxistas, como a União Soviética,
  • 12:03 - 12:06
    normalmente abandonam o poder dos trabalhadores bem rápido,
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    a ideia de proteger o nossos interesses coletivos permanece poderosa.
  • 12:10 - 12:11
    Vamos terminar por aqui por enquanto,
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    a não ser que eu comece a ler o Manisfesto Comunista.
  • 12:13 - 12:16
    Mas, no final, o socialino não obteve o sucesso de substituir o capitalismo,
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    como seus idealizadores imaginaram.
  • 12:18 - 12:21
    Nos Estados Unidos, por exemplo, socialismo se tornou algo como um palavrão.
  • 12:21 - 12:23
    Então, o capitalismo industrial parece ter ganho,
  • 12:23 - 12:28
    em termos de bens materiais e acesso aos serviços e produtos para as pessoas em todo o mundo,
  • 12:28 - 12:30
    isso é provavelmente algo bom.
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    Você está sempre caindo.
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    Você é bem legal, mas um pouco mole.
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    Na verdade, você é mais um 8-bit.
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    Mas como e até que ponto usamos os princípios socialistas...
  • 12:38 - 12:41
    para regular os mercados livres é a questão,
  • 12:41 - 12:45
    e com respostas diferentes, por exemplo, na Suécia e nos Estados Unidos.
  • 12:45 - 12:48
    E isso, eu afirmo, é onde o Marx ainda importa.
  • 12:48 - 12:52
    A competição capitalista é algo natural e bom, ou deveríamos ter sistemas...
  • 12:52 - 12:55
    instalados para verificá-la para o nosso próprio bem?
  • 12:55 - 12:57
    Deveríamos nos unir para proporcionar um sistema de saúde para os doentes,
  • 12:57 - 12:58
    ou aposentadoria para os idosos?
  • 12:58 - 13:01
    Os governos deveriam ser responsável pela empresas, mas quais?
  • 13:01 - 13:05
    Os correios? A segurança nos aeroportos? A educação?
  • 13:05 - 13:10
    Esses são os lugares onde o capitalismo industrial e o socialismo ainda estão competindo.
  • 13:10 - 13:12
    E, nesse sentido, pelo menos, a luta continua.
  • 13:12 - 13:13
    Obrigado por assistir.
  • 13:13 - 13:14
    Até a próxima semana.
  • 13:14 - 13:16
    O curso rápido é produzido e dirigido por Stan Muller.
  • 13:16 - 13:18
    Supervisão de roteiro: Danica Johnson.
  • 13:18 - 13:21
    O show é escrito pelo meu professor de história do Ensino Médio, Raoul Meyer, e eu.
  • 13:21 - 13:23
    Estágiaria: Meredith Danko.
  • 13:23 - 13:25
    E a nossa equipe gráfica é Thought Bubble.
  • 13:25 - 13:27
    A frase da semana passada era " TARDIS",
  • 13:27 - 13:29
    portanto você pode parar de sugerir essa agora.
  • 13:29 - 13:31
    Se você quiser sugerir as futuras frases da semana,
  • 13:31 - 13:32
    ou adivinhar a frase dessa semana,
  • 13:32 - 13:33
    faça nos comentários,
  • 13:33 - 13:35
    onde você também pode fazer perguntas sobre o vídeo de hoje...
  • 13:35 - 13:36
    que serão respondidas pelo nosso time de historiadores.
  • 13:36 - 13:38
    Obrigado por assistir ao Curso Rápido,
  • 13:38 - 13:39
    e como dizemos na minha cidade natal,
  • 13:39 - 13:40
    Não esqueça de ser demais!
  • 13:40 - 13:42
    Certo, Stan, a mágica dos filmes...
Title:
Capitalism and Socialism: Crash Course World History #33
Video Language:
English, British
Duration:
14:03

Portuguese, Brazilian subtitles

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