Como é ser idoso e sozinho?
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0:04 - 0:11Margaret: Se você nunca sentiu solidão,
não sabe como é isso. -
0:14 - 0:22Roy: Parece que você foi jogado no fundo do poço
e não há ninguém para tirá-lo de lá. -
0:23 - 0:29Margaret: Bem, são horas e horas
sem falar com ninguém. -
0:30 - 0:35Roy: Acho que a gente nunca se acostuma
com isso. É uma solidão sem fim. -
0:36 - 0:42Narrador 3: Como medir o tamanho da solidão,
quando só de falar nisso nos tira o fôlego? -
0:43 - 0:45Margaret: A sala fica vazia.
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0:55 - 1:00Narrador 3: Margaret Nicholas, de 91 anos,
viveu nessa casa praticamente toda sua vida. -
1:00 - 1:04Primeiro com seus pais,
depois com seu marido e filhos. -
1:04 - 1:08Dois anos atrás, seu marido faleceu.
Agora é só ela. -
1:09 - 1:12Margaret: Costumávamos cuidar juntos
de um grande jardim. -
1:12 - 1:14Fazíamos compras juntos.
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1:14 - 1:16Fazíamos tudo juntos.
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1:19 - 1:21Narrador 3: Com certeza
você sente saudades dele. -
1:22 - 1:24Margaret: Sim.
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1:26 - 1:31Narrador 3: A neta de Margaret a leva às compras
e os vizinhos dão um pulo para ver se ela está bem. -
1:31 - 1:33Mas é da companhia do dia a dia
que ela sente falta. -
1:34 - 1:40Margaret: Alguns podem achar meio estranho,
mas eu converso com meu marido. -
1:40 - 1:45Assim parece que estou conversando.
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1:46 - 1:48Roy: Esta é a minha esposa com a prima.
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1:48 - 1:54Narrador 3: Roy Croucher mora perto. Ele
e a Margaret têm em comum a solidão. -
1:54 - 1:59Ele perdeu o filho único para o câncer
e depois a esposa de 50 anos de casados. -
1:59 - 2:03Roy: Sempre tenho a esperança
de que minha esposa entre pela porta. -
2:03 - 2:05Mas ela não vai entrar.
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2:08 - 2:12Se eu saio e depois volto,
volto para uma casa vazia. -
2:13 - 2:16De novo a solidão.
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2:16 - 2:18Sempre espero que alguém me ligue.
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2:19 - 2:24Narrador 3: Roy diz que tem sorte. Uma amiga
e a família dela o visitam quase toda semana. -
2:24 - 2:27Assim como Margaret, em alguns dias,
a única voz que ouvem -
2:27 - 2:31é a ligação de um disque amizade de voluntários.
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2:32 - 2:35Roy: A Judy liga no sábado à noite.
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2:35 - 2:40Sábado passado, ela foi a primeira pessoa
com quem falei durante o dia todo. -
2:42 - 2:43Narrador 3: Isso é um dia bem longo.
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2:43 - 2:45Roy: Isso é um dia bem longo.
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2:47 - 2:51Narrador 3: Faz muita diferença o telefonema
do sábado de noite -
2:51 - 2:53se você não tinha conversado
com ninguém o dia todo? -
2:53 - 2:59Roy: Fico ansioso esperando. Sempre coloco
o telefone na cadeira, pronto para atender. -
3:02 - 3:05É uma grande ajuda.
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3:07 - 3:09Narrador 3: A Campanha para o Fim da Solidão
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3:09 - 3:12diz que deve ser tratado
como um problema de saúde pública. -
3:12 - 3:15Identificar o mais vulnerável é crítico.
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3:15 - 3:21E então, oferecer apoio para lidar com a realidade desconcertante e dolorosa de acabar sozinho.
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3:21 - 3:24Margaret: Eu nunca fiquei sozinha antes.
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3:32 - 3:34Narrador 3: Acostumar-se a isso tem sido difícil.
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3:35 - 3:40Margaret: Acho que nunca vou me acostumar.
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3:41 - 3:43Roy: É como se jogassem isso para você.
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3:44 - 3:50E não podemos jogar de volta.
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3:50 - 3:53Só podemos continuar vivendo.
- Title:
- Como é ser idoso e sozinho?
- Description:
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A Campanha para o Fim da Solidão afirma que um milhão de nós já está sofrendo de solidão aguda, enquanto 2,5 milhões acima dos 60 anos temem que possam acabar isolados da mesma forma.
- Video Language:
- English
- Team:
Captions Requested
- Duration:
- 03:53
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Julia Yada edited Portuguese, Brazilian subtitles for What does it feel like to be old and alone? |