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Braque, Le Viaduc à L'Estaque, (O Viaduto de L'Estaque), 1908

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    (música de piano)
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    Estamos no Centro Pompidou em Paris,
    vendo uma tela de Georges Braque,
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    uma de suas primeiras.
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    Foi pintada logo após a morte de Cézanne,
    Braque fez uma espécie de homenagem
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    e começou a pintar no estilo de Cézanne
    nas suas últimas pinturas.
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    Podemos ver o viaduto que vemos
    em várias pinturas de Cézanne.
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    A mesma paleta de cores e a mesmo
    uso de linhas paralelas nas pinturas
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    que vemos em Cézanne, mas com algumas
    diferenças.
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    Braque viu "As Senhoritas de Avignon",
    o espaço está bem comprimido.
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    Por ele ter conhecido Picasso, e ter visto
    como ele filtra Cézanne,
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    e outros artistas, inclusive Matisse,
    tem um impacto aqui.
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    São as pinturas que Braque retoma,
    que Picasso vê
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    e elas o impulsionam.
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    Estamos falando de uma compressão.
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    Esta cordilheira quer estar
    no plano de fundo,
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    mas ela também vem para a frente
    de maneira bem agressiva.
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    O céu acima dela parece empurrar
    ainda mais,
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    e assim toda a tela parece subir
    em nossa direção.
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    Os prédios no primeiro plano parecem,
    de certo modo, subir para trás
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    e o viaduto e as casas
    no plano de fundo...
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    não parece que tem um meio termo.
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    Exato, como ele
    conseguiu isso?
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    Vejo que houve muita redução dos objetos
    a formas geométricas.
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    Vejo retângulos e triângulos e formatos
    de pirâmides e semi-circulares.
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    Como se as casas parecessem montanhas,
    e as montanhas parecessem casas,
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    e as árvores parecem o céu.
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    É difícil não ver esta tela pela lente
    da dissolução de forma
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    que ocorrerá com o cubismo analítico.
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    As cores são bem típicas do cubismo
    analítico: cinza e marrom.
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    Há tons de azul acizentado
    na parte de cima,
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    e de azul esverdeado nas sombras
    embaixo.
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    Há tons de bege, marrom e vermelho
    por toda a tela.
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    Há uma continuidade na superfície da tela,
    o que articula a superfície.
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    Também há uma exclusão das formas
    que vemos mais tarde
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    no cubismo analítico onde o telhado,
    este telhado horizontal,
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    com os tons de ocre e dourados,
    parece escorregar,
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    se seguirmos a cor ao outro lado dourado
    do telhado.
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    Não há uma distinção em espaço.
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    E o modo que temos uma certa modelagem
    e um contorno preto,
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    de novo, isto é bem típico
    do cubismo analítico.
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    Esta condensação de uma forma com outra
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    é considerada uma característica chave
    de Cézanne
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    e é geralmente mencionada, em sua obra,
    como uma passagem,
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    uma abertura da geometria desta estrutura.
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    Falamos a pouco sobre a natureza
    e da presença da superfície.
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    Não é só pelas pinceladas
    ou só pelas cores em geral,
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    mas também pela arbitrariedade.
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    Olhe as pinceladas verdes
    no centro à esquerda
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    ou as pinceladas bege na parte de cima
    à direita,
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    elas nos lembram de que vemos
    uma superfície bidimensional,
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    uma rejeição do espaço.
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    Parece quase uma, para mim, esta é a lição
    que Braques teve do Fauvismo,
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    estes toques de tinta que podem estar
    separados do que ele representa.
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    Exato, mas aqui a cor não é um meio.
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    É verdade, há umas pinceladas
    de tinta aleatórias.
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    Toda a pintura parece tão rudimentar...
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    E inacabada, assim como as telas
    de Cézanne.
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    Isto é uma exploração, não foi feita para
    ser um produto final, mas sim uma etapa.
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    E uma retomada de Cézanne após sua morte.
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    (música de piano)
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    [Legendado por Sophia Bento]
Title:
Braque, Le Viaduc à L'Estaque, (O Viaduto de L'Estaque), 1908
Description:

Georges Braque, Le Viaduc à L'Estaque, (O Viaduto de L'Estaque), 1908, óleo sobre tela, 72.5 x 59 cm (Museu Nacional de Arte Moderna, Centro Pompidou, Paris)

Narradores: Dra. Beth Harris and Dr. Steven Zucker

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Video Language:
English
Duration:
03:51

Portuguese, Brazilian subtitles

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