Marcus Byrne: A dança do besouro rola-bosta
-
0:01 - 0:03Isto é cocô,
-
0:03 - 0:05e o que quero fazer hoje é compartilhar minha paixão
-
0:05 - 0:09por cocô com vocês,
-
0:09 - 0:11o que pode ser bem difícil,
-
0:11 - 0:15mas penso que podem achar que o mais fascinante
-
0:15 - 0:18é a forma como estes pequenos animais lidam com cocô.
-
0:18 - 0:20Este animal aqui tem um cérebro
-
0:20 - 0:24mais ou menos do tamanho de um grão de arroz, e ainda assim pode fazer coisas
-
0:24 - 0:28que você e eu não poderíamos nem imaginar.
-
0:28 - 0:32Basicamente ele é todo desenvolvido para lidar com sua fonte de comida,
-
0:32 - 0:34que é estrume.
-
0:34 - 0:37Portanto, a questão é: por onde começamos esta história?
-
0:37 - 0:40E parece apropriado começar pelo fim,
-
0:40 - 0:42porque isto é excremento que sai
-
0:42 - 0:46de outros animais, mas ainda contém nutrientes,
-
0:46 - 0:48e há nutrientes suficientes nele
-
0:48 - 0:51para besouros rola-bosta basicamente viverem,
-
0:51 - 0:54assim besouros rola-bosta comem excremento, e suas larvas
-
0:54 - 0:56também se alimentam de excremento.
-
0:56 - 0:59Elas se desenvolvem inteiramente em uma bola de esterco.
-
0:59 - 1:03Na África do Sul, temos aproximadamente 800 espécies de besouro rola-bosta,
-
1:03 - 1:06na África temos 2.000 espécies de besouro rola-bosta,
-
1:06 - 1:11e no mundo temos cerca de 6.000 espécies de besouro rola-bosta.
-
1:11 - 1:16Dessa forma, de acordo com besouros rola-bosta, excremento é muito bom.
-
1:16 - 1:19A menos que você esteja preparado para ter estrume debaixo de suas unhas
-
1:19 - 1:21e cavar através do próprio estrume, você nunca verá
-
1:21 - 1:2490 por cento das espécies de besouro rola-bosta,
-
1:24 - 1:26porque eles vão diretamente no esterco,
-
1:26 - 1:29direto debaixo dele, então transitam
-
1:29 - 1:31entre o esterco na superfície do solo
-
1:31 - 1:34e um ninho subterrâneo que fazem.
-
1:34 - 1:39Portanto a questão é: como eles lidam com esse material?
-
1:39 - 1:43E a maioria dos besouros rola-bosta na verdade o embrulha em algum tipo de embalagem.
-
1:43 - 1:47Dez por cento da espécie realmente fazem uma bola,
-
1:47 - 1:51e essa bola eles rodam para longe da fonte de esterco,
-
1:51 - 1:54geralmente a enterram num local distante da fonte de esterco,
-
1:54 - 1:58e eles têm um comportamento muito específico
-
1:58 - 2:03através do qual são capazes de rodar essas bolas.
-
2:03 - 2:06Este é um proprietário muito orgulhoso de uma linda bola de esterco.
-
2:06 - 2:07Você pode ver que é um macho
-
2:07 - 2:10porque ele tem alguns pelos na parte de trás das pernas
-
2:10 - 2:15e ele está claramente muito satisfeito com aquilo sobre o que está sentado ali.
-
2:15 - 2:17Então ele vai se tornar uma vítima
-
2:17 - 2:22de um cruel assaltante. (Risadas)
-
2:22 - 2:25E esta é uma indicação clara
-
2:25 - 2:27de que este é um recurso valioso.
-
2:27 - 2:31E recursos tão valiosos têm que ser cuidados
-
2:31 - 2:35e guardados de forma específica, e achamos
-
2:35 - 2:38que o motivo por que eles rodam as bolas para longe é por causa disto,
-
2:38 - 2:40por causa da competição que há
-
2:40 - 2:42para agarrar aquele esterco.
-
2:42 - 2:45Esta massa de esterco estava na verdade -- bem, era uma massa de esterco
-
2:45 - 2:4815 minutos antes que esta fotografia fosse tirada,
-
2:48 - 2:51e achamos que é a competição intensa
-
2:51 - 2:55que faz os besouros tão bem adaptados
-
2:55 - 2:57a rolar bolas de esterco.
-
2:57 - 2:59Assim, o que você tem que imaginar aqui é este animal
-
2:59 - 3:03movendo-se pela savana africana.
-
3:03 - 3:06Sua cabeça está abaixada. Ele está caminhando para trás.
-
3:06 - 3:12Na verdade, é a forma mais bizarra de transportar sua comida em qualquer direção específica,
-
3:12 - 3:15e, ao mesmo tempo, ele tem que lidar com o calor.
-
3:15 - 3:17Aqui é a África. É quente.
-
3:17 - 3:18Assim, o que quero compartilhar com vocês agora
-
3:18 - 3:22são alguns dos experimentos que eu mesmo e meus colegas
-
3:22 - 3:26conduzimos para investigar como besouros rola-bosta
-
3:26 - 3:28lidam com esses problemas.
-
3:28 - 3:31Observe este besouro,
-
3:31 - 3:35e há duas coisas para as quais gostaria que você atentasse.
-
3:35 - 3:38A primeira é como ele lida com este obstáculo
-
3:38 - 3:41que colocamos em seu caminho. Veja, ele faz uma pequena dança
-
3:41 - 3:44e então continua exatamente na mesma direção
-
3:44 - 3:47que tomou primeiramente.
-
3:47 - 3:51Uma pequena dança, e então se encaminha para uma direção específica.
-
3:51 - 3:54Portanto, nitidamente, este animal sabe para onde está indo
-
3:54 - 3:56e sabe para onde quer ir,
-
3:56 - 3:58e essa é uma coisa muito, muito importante,
-
3:58 - 4:00porque, se você pensa sobre isso, você está na massa de estrume,
-
4:00 - 4:04você agarrou este grande pedaço que quer levar para longe de todos os outros,
-
4:04 - 4:07e a forma mais rápida de fazer isso é numa linha reta.
-
4:07 - 4:12Então demos a eles mais algumas tarefas para resolver,
-
4:12 - 4:16e o que fizemos aqui foi virar o mundo
-
4:16 - 4:20sob os pés deles. E observe a resposta.
-
4:25 - 4:28Assim, este animal teve, na verdade, o mundo
-
4:28 - 4:31virado sob seus pés. Foi rodado em 90 graus.
-
4:31 - 4:33Mas ele não vacila. Ele sabe exatamente para onde quer ir,
-
4:33 - 4:36e se encaminha para aquela direção específica.
-
4:36 - 4:39Nossa questão seguinte foi:
-
4:39 - 4:41como eles estão fazendo isso?
-
4:41 - 4:44O que estão fazendo? E havia uma pista disponível para nós.
-
4:44 - 4:47Era que, de vez em quando, eles sobem no topo da bola
-
4:47 - 4:50e dão uma olhada no mundo ao redor deles.
-
4:50 - 4:51E para o que você acha que eles poderiam estar olhando
-
4:51 - 4:53quando sobem no topo da bola?
-
4:53 - 4:57Quais são as pistas óbvias que este animal poderia usar
-
4:57 - 5:01para direcionar seus movimentos? E a mais óbvia
-
5:01 - 5:05é olhar para o céu, então pensamos:
-
5:05 - 5:07o que poderiam estar olhando no céu?
-
5:07 - 5:11E a coisa óbvia para olhar é o sol.
-
5:11 - 5:14Assim, um experimento clássico aqui,
-
5:14 - 5:18no qual movemos o sol.
-
5:18 - 5:21O que vamos fazer agora é esconder o sol com uma placa
-
5:21 - 5:23e mover o sol com um espelho
-
5:23 - 5:25para uma posição completamente diferente.
-
5:25 - 5:26E olhe para o que o besouro faz.
-
5:26 - 5:29Ele faz uma pequena dança dupla,
-
5:29 - 5:32então se encaminha de volta exatamente para a mesma direção
-
5:32 - 5:34em que ia primeiramente.
-
5:34 - 5:38O que acontece agora? Claramente eles estão olhando para o sol.
-
5:38 - 5:41O sol é uma sinalização muito importante no céu para eles.
-
5:41 - 5:44Acontece que o sol nem sempre está disponível para você,
-
5:44 - 5:48porque no crepúsculo ele desaparece abaixo do horizonte.
-
5:48 - 5:51O que acontece no céu aqui
-
5:51 - 5:54é que há um enorme padrão de luz polarizada no firmamento
-
5:54 - 5:58que não podemos ver. É a forma como nossos olhos são feitos.
-
5:58 - 6:02Mas o sol está no horizonte bem ali
-
6:02 - 6:05e sabemos que, quando o sol está no horizonte,
-
6:05 - 6:06não está deste lado,
-
6:06 - 6:11há um norte-sul, um enorme caminho através do céu
-
6:11 - 6:13de luz polarizada que não podemos ver,
-
6:13 - 6:16mas os besouros podem ver.
-
6:16 - 6:19Como testamos isso? Bem, isso é fácil.
-
6:19 - 6:22O que fazemos é pegar um grande filtro de polarização,
-
6:22 - 6:26colocar o besouro sob ele, e o filtro está no ângulo correto
-
6:26 - 6:29com o padrão de polarização do céu.
-
6:29 - 6:33O besouro sai debaixo do filtro
-
6:33 - 6:36e vira à direita,
-
6:36 - 6:38porque está novamente sob o céu
-
6:38 - 6:41que originalmente o orientava
-
6:41 - 6:43e então se reorienta
-
6:43 - 6:47para a direção na qual ia inicialmente.
-
6:47 - 6:53Então, obviamente, besouros podem ver luz polarizada.
-
6:53 - 6:55Ok, o que temos até agora é:
-
6:55 - 6:58o que os besouros estão fazendo? Estão rolando bolas.
-
6:58 - 7:01Como estão fazendo isso? Bem, estão rolando-as em linha reta.
-
7:01 - 7:05Como a estão mantendo em uma linha reta específica?
-
7:05 - 7:08Bem, estão olhando para pistas no céu,
-
7:08 - 7:10algumas das quais não podemos ver.
-
7:10 - 7:11Mas como eles escolhem essas sinalizações celestes?
-
7:11 - 7:14Isso era o que nos interessava a seguir.
-
7:14 - 7:18E foi este pequeno comportamento específico, a dança,
-
7:18 - 7:21que pensamos que era importante, porque, veja,
-
7:21 - 7:22ele faz uma pausa de vez em quando,
-
7:22 - 7:27e se encaminha na direção em que quer ir.
-
7:27 - 7:31Então, o que estão fazendo quando executam essa dança?
-
7:31 - 7:35Quanto podemos forçá-los antes que se reorientem?
-
7:35 - 7:39E neste experimento aqui, o que fizemos foi empurrá-los
-
7:39 - 7:41para um canal, e você pode ver que ele não foi
-
7:41 - 7:44particularmente forçado neste canal específico,
-
7:44 - 7:49e gradualmente deslocamos o besouro em 180 graus
-
7:49 - 7:53até que esse indivíduo acaba indo exatamente na direção oposta
-
7:53 - 7:56à que queria ir inicialmente.
-
7:56 - 7:59Vamos ver qual é sua reação
-
7:59 - 8:01enquanto é encaminhado para 90 graus aqui
-
8:01 - 8:03e agora ele vai -- quando chegar aqui embaixo,
-
8:03 - 8:06ele vai estar 180 graus na direção errada.
-
8:06 - 8:09E veja qual é sua resposta.
-
8:09 - 8:12Ele faz uma pequena dança, volta-se
-
8:12 - 8:15e retorna. Ele sabe exatamente para onde vai.
-
8:15 - 8:18Ele sabe exatamente qual é o problema
-
8:18 - 8:19e sabe exatamente como lidar com isso,
-
8:19 - 8:22e a dança é o comportamento de transição
-
8:22 - 8:25que lhes permite se reorientar.
-
8:25 - 8:30Então esta é a dança, mas depois de passar muitos anos
-
8:30 - 8:33sentados em arbustos africanos observando besouros rola-bosta em belos dias quentes,
-
8:33 - 8:36percebemos que havia um outro comportamento
-
8:36 - 8:38associado com o da dança.
-
8:38 - 8:42Vez por outra, quando sobem no topo da bola,
-
8:42 - 8:46eles limpam a face.
-
8:46 - 8:48E você o vê fazer isso de novo.
-
8:48 - 8:51Pensamos: o que poderia estar acontecendo aqui?
-
8:51 - 8:54Obviamente o chão é muito quente, e quando o chão está quente,
-
8:54 - 8:57eles dançam com mais frequência e, quando fazem esta dança específica,
-
8:57 - 8:59limpam a base da face.
-
8:59 - 9:02Achamos que isso poderia ser um comportamento termorregulador.
-
9:02 - 9:04Pensamos que talvez o que estejam fazendo é tentar
-
9:04 - 9:07escapar do solo quente e também lançando saliva na face
-
9:07 - 9:10para resfriar a cabeça.
-
9:10 - 9:14Assim, o que fizemos foi desenhar um par de arenas,
-
9:14 - 9:16uma era quente, outra, fria.
-
9:16 - 9:19Sombreamos esta. Deixamos a outra no calor.
-
9:19 - 9:22Daí o que fizemos foi filmá-los com uma câmera térmica.
-
9:22 - 9:26Então o que estão vendo aqui é a imagem de calor
-
9:26 - 9:30do sistema, e o que podem ver aqui, emergindo
-
9:30 - 9:34do cocô é uma bola refrigerada de estrume.
-
9:34 - 9:37Na verdade, se você olha para a temperatura bem aqui,
-
9:37 - 9:42estrume é fresco. (Risadas)
-
9:42 - 9:45Tudo que nos interessa aqui é comparar a temperatura
-
9:45 - 9:48do besouro com o plano de fundo.
-
9:48 - 9:52O plano de fundo aqui está por volta de 50 graus centígrados.
-
9:52 - 9:55O besouro e a bola estão provavelmente de
-
9:55 - 9:5730 a 35 graus centígrados,
-
9:57 - 9:59portanto esta é uma grande bola de sorvete
-
9:59 - 10:02que este besouro está transportando através da savana quente.
-
10:02 - 10:05Ele não está subindo. Ele não está dançando, porque
-
10:05 - 10:08sua temperatura corporal é, na verdade, relativamente baixa.
-
10:08 - 10:11É mais o menos a mesma de vocês e minha.
-
10:11 - 10:16E o que interessa aqui é que o pequeno cérebro está bastante refrescado.
-
10:16 - 10:20Mas, por outro lado, agora o que acontece em um meio ambiente quente,
-
10:20 - 10:23olhe para a temperatura do solo.
-
10:23 - 10:26É de 55 a 60 graus centígrados.
-
10:26 - 10:29Observe com que frequência o besouro dança.
-
10:29 - 10:34E olhe para suas pernas dianteiras. Estão extremamente quentes.
-
10:34 - 10:37E a bola deixa uma pequena sombra térmica
-
10:37 - 10:39e o besouro sobe no topo da bola
-
10:39 - 10:43e limpa a face, e o tempo todo está tentando refrescar-se,
-
10:43 - 10:49achamos, e evitar a areia quente na qual está caminhando.
-
10:49 - 10:53O que fizemos a seguir foi colocar pequenas botas nessas pernas,
-
10:53 - 10:56porque esta foi a forma de testar se as pernas
-
10:56 - 11:00estavam envolvidas na percepção da temperatura do solo.
-
11:00 - 11:04E se você olhar bem aqui, com botas eles sobem na bola
-
11:04 - 11:08com muito menos frequência do que quando estão sem botas.
-
11:08 - 11:10Portanto descrevemos estas como botas refrescantes.
-
11:10 - 11:13Foi um composto dentário que usamos para fazer essas botas.
-
11:13 - 11:16E também refrescamos a bola de estrume,nós
-
11:16 - 11:20colocamos a bola na geladeira, demos a eles uma bela bola de estrume fresca,
-
11:20 - 11:22e eles subiram nessa bola muito menos frequentemente
-
11:22 - 11:24do que quando tinham uma bola quente.
-
11:24 - 11:27Isso é chamado andar com pernas de pau. É um comportamento térmico
-
11:27 - 11:29que você e eu fazemos se cruzamos a praia,
-
11:29 - 11:31pulamos em uma toalha, alguém tem essa toalha --
-
11:31 - 11:33"Desculpe, pisei em sua toalha." --
-
11:33 - 11:35e você se apressa para a toalha de mais alguém,
-
11:35 - 11:37e dessa forma não queima seus pés.
-
11:37 - 11:40E isso é exatamente o que os besouros estão fazendo aqui.
-
11:40 - 11:43Contudo, há mais uma história que gostaria de compartilhar com vocês,
-
11:43 - 11:45e é esta espécie em particular.
-
11:45 - 11:48É do gênero chamado Pachysoma.
-
11:48 - 11:51Há 13 espécies no gênero, e elas têm
-
11:51 - 11:57um comportamento específico que, penso, acharão interessante.
-
11:57 - 12:02Este é um besouro rola-bosta. Observe o que ele está fazendo.
-
12:02 - 12:04Consegue perceber a diferença?
-
12:04 - 12:08Eles normalmente não vão tão devagar. Está em câmera lenta.
-
12:08 - 12:09Mas ele está caminhando para a frente,
-
12:09 - 12:13e na verdade está carregando uma bolinha de estrume seco.
-
12:13 - 12:15Esta é uma espécie diferente no mesmo gênero,
-
12:15 - 12:19mas com exatamente o mesmo comportamento na alimentação.
-
12:19 - 12:22Há um aspecto mais interessante do
-
12:22 - 12:26comportamento deste besouro que achamos bastante fascinante,
-
12:26 - 12:31que é ele se alimenta e provê um ninho.
-
12:31 - 12:34Então, observe este indivíduo aqui, o que ele está tentando fazer
-
12:34 - 12:36é construir um ninho.
-
12:36 - 12:38Ele não gosta dessa primeira localização
-
12:38 - 12:40e surge com uma segunda,
-
12:40 - 12:43e, mais ou menos 50 minutos depois, o ninho está pronto,
-
12:43 - 12:47e ele ele se encaminha, para alimentar-se e conseguir provisões,
-
12:47 - 12:50para um monte de bolinhas de estrume seco.
-
12:50 - 12:53E o que quero que observem é o caminho de ida
-
12:53 - 12:57e o de volta para casa e comparem os dois.
-
12:57 - 13:00No geral, você verá que o caminho de volta para casa
-
13:00 - 13:03é muito mais direto que o caminho de ida.
-
13:03 - 13:06No caminho de ida, ele está sempre à procura
-
13:06 - 13:08de uma nova bola de esterco.
-
13:08 - 13:10No caminho de casa, ele sabe onde a casa está
-
13:10 - 13:13e quer chegar direto a ela.
-
13:13 - 13:16A coisa importante aqui é que está não é uma viagem única,
-
13:16 - 13:20como na maioria dos besouros rola-bosta. A viagem aqui é repetida,
-
13:20 - 13:24ida e volta, entre o local de provisão e o local do ninho.
-
13:24 - 13:25E observe, você vai ver
-
13:25 - 13:29um outro crime sul-africano acontecendo agora. (Risadas)
-
13:29 - 13:34E o vizinho rouba uma de suas bolinhas de estrume.
-
13:34 - 13:37O que estamos vendo aqui
-
13:37 - 13:40é um comportamento chamado caminho de integração.
-
13:40 - 13:43O que está acontecendo é que o besouro
-
13:43 - 13:47conseguiu um local para a casa, ele sai num caminho tortuoso
-
13:47 - 13:50procurando por comida; quando encontra comida,
-
13:50 - 13:54ele se encaminha direto para casa. Ele sabe exatamente onde está sua casa.
-
13:54 - 13:57Há duas maneiras pelas quais ele poderia fazer isso,
-
13:57 - 14:00e podemos testar isso deslocando o besouro
-
14:00 - 14:03para uma nova posição quando ele está no local de provisão.
-
14:03 - 14:06Se ele estiver usando pontos de referência, achará sua casa.
-
14:06 - 14:10Se estiver usando algo chamado caminho de integração,
-
14:10 - 14:14não encontrará a casa. Chegará ao local errado,
-
14:14 - 14:16e o que está fazendo aqui, se estiver usando caminho de integração,
-
14:16 - 14:20é contar seus passos ou medir a distância nesta direção.
-
14:20 - 14:24Ele sabe o rumo de casa e sabe que deveria estar naquela direção.
-
14:24 - 14:27Se você o desloca, ele acaba no lugar errado.
-
14:27 - 14:29Então vejamos o que acontece quando colocamos este besouro
-
14:29 - 14:33em teste com um experimento semelhante.
-
14:33 - 14:37Aqui está nosso esperto pesquisador.
-
14:37 - 14:39Ele desloca o besouro,
-
14:39 - 14:44e agora temos que ver o que vai acontecer.
-
14:44 - 14:47O que temos é uma toca. Ali é onde estava o alimento.
-
14:47 - 14:50O alimento foi deslocado para uma nova posição.
-
14:50 - 14:53Se ele estiver usando orientação por pontos de referência,
-
14:53 - 14:54ele deverá conseguir encontrar a toca,
-
14:54 - 14:57porque será capaz de reconhecer os marcos ao seu redor.
-
14:57 - 15:00Se estiver usando caminho de integração,
-
15:00 - 15:04acabará no lugar errado bem aqui.
-
15:04 - 15:06Vejamos o que acontece
-
15:06 - 15:10quando colocamos o besouro no teste completo.
-
15:10 - 15:12Lá está ele.
-
15:12 - 15:18Vai se encaminhar para casa, e veja o que acontece.
-
15:18 - 15:20Pena.
-
15:20 - 15:22Ele não tem pistas.
-
15:22 - 15:25Começa a procurar por sua casa na distância correta
-
15:25 - 15:31do alimento, mas está nitidamente perdido.
-
15:31 - 15:36Assim, sabemos agora que este animal usa caminho de integração
-
15:36 - 15:40para encontrar sua rota, e o pesquisador insensível
-
15:40 - 15:43guia-o para cima, à esquerda, e o deixa lá. (Risadas)
-
15:43 - 15:47O que observamos aqui é um grupo de animais
-
15:47 - 15:49que usa uma bússola, e usam o sol como uma bússola
-
15:49 - 15:51para encontrar sua rota,
-
15:51 - 15:53e eles têm algum tipo de sistema
-
15:53 - 15:55para medir essa distância,
-
15:55 - 15:58e sabemos que esta espécie aqui na verdade
-
15:58 - 16:01conta os passos. É o que usam como um hodômetro,
-
16:01 - 16:06um sistema de contagem de passos, para encontrar seu caminho de volta para casa.
-
16:06 - 16:09Não sabemos ainda o que besouros rola-bosta usam.
-
16:09 - 16:11O que aprendemos desses animais
-
16:11 - 16:14com o cérebro que é do tamanho de um grão de arroz?
-
16:14 - 16:18Bem, sabemos que podem rolar bolas em linha reta
-
16:18 - 16:21usando indicações celestes.
-
16:21 - 16:24Sabemos que a dança é um comportamento de orientação
-
16:24 - 16:26e também é um comportamento termorregulador
-
16:26 - 16:30e ainda sabemos que usam o sistema de integração do caminho
-
16:30 - 16:32para encontrar a rota para casa.
-
16:32 - 16:37Bem, de um pequeno animal que lida com uma substância repugnante,
-
16:37 - 16:39podemos aprender grande quantidade de coisas,
-
16:39 - 16:43apresentando comportamentos que você e eu provavelmente não teríamos.
-
16:43 - 16:47Obrigado. (Aplausos)
- Title:
- Marcus Byrne: A dança do besouro rola-bosta
- Speaker:
- Marcus Byrne
- Description:
-
Um besouro rola-bosta tem o cérebro do tamanho de um grão de arroz e ainda assim demonstra uma tremenda quantidade de inteligência quando se trata de rolar sua fonte de comida -- excremento animal -- para casa. Como? Tudo se resume a uma dança. (Filmado em TEDxWitsUniversity.)
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 17:08
Dimitra Papageorgiou approved Portuguese, Brazilian subtitles for The dance of the dung beetle | ||
Gislene Kucker Arantes accepted Portuguese, Brazilian subtitles for The dance of the dung beetle | ||
Gislene Kucker Arantes edited Portuguese, Brazilian subtitles for The dance of the dung beetle | ||
Isabel Villan edited Portuguese, Brazilian subtitles for The dance of the dung beetle | ||
Isabel Villan edited Portuguese, Brazilian subtitles for The dance of the dung beetle | ||
Isabel Villan edited Portuguese, Brazilian subtitles for The dance of the dung beetle | ||
Isabel Villan edited Portuguese, Brazilian subtitles for The dance of the dung beetle | ||
Isabel Villan edited Portuguese, Brazilian subtitles for The dance of the dung beetle |