Castelo Rá Tim Bum! | Ep 1 | Tchau, Não! Até Amanhã!

Três crianças, Pedro, Biba e Zeca, conhecem Nino, o menino de 300 anos, e sua família, Dr. Victor e Morgana, junto com os moradores de um Castelo mágico! Para Saber Mais Assece: http://cmais.com.br/castelo

Então Morgana, ele está
daquele jeito outra vez?

Está, como todo ano.
Quando começam as aulas.

Não.

Ah! Vitor.

Por que não tentamos
mais uma vezinha só?

Raios e trovões!

Já tentamos o ano passado,
retrasado, rerretrasado e nada.

Faz 150 anos que estamos
tentando Morgana. Não adianta.

Nenhuma escola vai aceitar
uma criança com 300 anos.

Pobre Nino, ele só
queria ter alguns amigos.

Probre Nino.

- Adorei minha professora.
- Também.

A minha é a mesma
do ano passado.

Sabe o quê sonhei?

Que na saída fomos
a um castelo mal assombrado.

Engraçado,
sonhei com uma bruxa.

Sonhei com um bicho
grande, peludo.

Ele dava risada assim.

Minha Bola!

Biba.

Está vendo
o quê estou vendo?

É o castelo do meu sonho.

Melhor ir embora

antes que encontremos
a bruxa do meu sonho.

E a minha bola?

- Trancada.
- E agora?

Quero a minha bola.

Vamos procurar a bola
e alguém para abrir a porta.

Tem alguém em casa?

Um rato!

- Um ratinho que toma banho.
- Nunca vi um rato tão limpo.

E o Zequinha? Onde está?

Pedro.

Acho que o Zeca sumiu.

O Mau quando passa
parece um vendaval.

Oi.

Oi.

Quem é você? O quê você
está fazendo na toca do Mau?

Porquê que é toca do Mau?

Porque o Mau

mora aqui.

Por quê?

Porque ele gosta

de correr e andar pelos canos
úmidos e escuros do castelo.

Por quê?

Porque ele é feio, grande,
peludo e detestará vê-lo aqui.

Por quê?

Porque você não pára
de perguntar porquê.

Godofredo!

É ele, se esconda.

- Rápido se esconda aí.
- Por quê?

Porque ele é mau
e não pode te ver aqui.

Eu estou chegando.

Eu cheguei!

- Cheguei.
- Oi Mau.

Eu hoje estou terrivelmente,
fatalmente, apaixonadamente

mau.

Que bom que você
está tão contente.

Contente?

Mau jamais fica contente,
só fico furioso, eu fico bravo!

Mas é claro.

Hoje estou tão mau

que eu vou fazer crueldade

com

você!

Eu vou dizer um enigma.

Se você não responder,

darei a minha terrível
gargalhada fatal.

Gargalhada fatal

não!

Sim.

- Por quê?
- Porque sim.

- Por quê não?
- Porque não.

O quê é, o quê é,

tem cinco dedos,
um, dois, três…

aqui só tem três,
enfim, tem cinco dedos

e não é de carne e ossso?

Cinco dedos
e não é de carne e osso…

Alguém aí
poderia me ajudar?

Você não sabe?

Pois preparesse
para ouvir a minha terrível

gargalhada fatal!

- Eu sei.
- Então conte a ninguém.

A luva.

O quê tem cinco dedos,
não tem carne nem osso é a luva.

Godofredo.
Quem é ele?

- Calma, é só um menino.
- E o quê ele faz aqui?

Sou o Zeca, sr. Mau.
Procuro minha bola.

- Você viu uma bola?
- Uma bola.

Ela é redonda?

É.

Todas bola é redonda.

E ela é colorida?

Toda bola de criança
é colorida.

Por acaso quando
ela vai ao chão quica?

Isto mesmo!

Ah! Claro!

Eu não vi não.

Tiau.

Não se preocupe.

Se ela estiver nos canos
vamos achar e devolver.

Agora, venha.
Mostro-lhe a saída.

Zequinha.

Biba, você ouviu?

Ué! Um homenzinho na lareira.

- O quê ele disse?
- Eu disse: “Olá,

como vai?” em alemão.

Você é alemão?

Você viu o Zeca

um menino com boné colorido,
procurando uma bola?

Não, não vi.

Não se preocupem,
ele aparecerá.

Agora vejam.

Pedro! Biba!

Zequinha!

Onde você está.

Aqui em cima.

O quê está fazendo
nesse cano?

Desça já.

É muito alto.

Ah meu deus!

Zequinha!
Pare com isto.

Posso saber
onde o senhor estava?

Na toca do Mau.

Mau? Que Mau?

Ele é um bicho grande,
peludo e bravo

que vive nos canos do castelo.

É, agora so falta você dizer
que viu um fantasma.

Que cara é esta?

Um fantasma!

Não disse? Só faltava
dizer que viu um…

Fantasma!

Acho que o fatasma
já foi embora.

Temos que ir embora.

Isso mesmo,
vamos embora.

Coitadinhos,
estão morrendo de medo.

Com o Nino
não tem jeito mesmo.

- Depois diz que não tem amigos.
- Então vamos falar com eles.

Fadas.

Muito prazer.

Eu sou a Lana.
E esta é minha irmã

Lara.

Prazer.

Viemos para dizer que não
precisam ter medo do fantasma.

Não?!

Vamos contar
tudinho para vocês.

O dr. Vitor
é o dono deste castelo.

O Nino é o filho dele.

Ué! Cadê aquelas crianças?

Aonde será que foram?

Fantasma!

Eu não achei a menor graça!

Por quê?

Porquê deveriam
ter medo de mim.

Mas ficamos com medo.

- Por quê?
- Por quê o quê?

Por quis nos asustar?

Para me divertir.

Mas assustar é uma
brincadeira muito sem graça.

Desculpem vocês têm razão,
também não gostei de levar susto.

Agora não vão querer
brincar mais comigo.

Bom, tudo bem.

De qualquer maneira, foi…
um prazer conhecê-los.

Tiau.

Nino,

volte aqui.

- Como sabem meu nome?
- As fadas nos disse.

E eu, me chamo Pedro.

- Oi Pedro.
- Sou a Biba.

Sou o Zequinha.
Tenho seis anos.

Só isto? Seis?

Ué! Quantos anos tem?

300.

É mas serei como tio Vitor. De
3 mil anos, um grande inventor.

E sabe muitas coisas
que também saberei.

- também tem minha tia…
- Nino.

Essa é minha tia Morgana.

Quem pegou minha vassoura?

Vassoura?

Que vassoura?
Ah, essa vassoura! Eu não sei.

Nino.

Eu já falei

para você não pegar
a minha vassoura.

A próxima vez que pegá-la,
darei um beliscão em você.

Viu só?

Vejo que encontrou
alguns amigos.

Olá anjinhos.

Fiquem a vontade.

Se sentirem fome podem pegar
o quê quiserem na geladeira.

Até logo.

Essa é a minha tia-avó Morgana.

Não precisam ter medo. Parece
brava mas é um amor de pessoa.

Parece uma bruxa.

Parece não.

Ela é.

- Aonde ela foi com a vassoura?
- Foi até o quarto dela.

Mas que cara é essa?

Cara Adelaide, não entendo
essa mania de ter medo de bruxa.

Sou uma bruxa
tão boa, tão comum.

Boa pode ser,

mas comum…
tenho minhas dúvidas.

Por quê?

Eu não faço nada de mais.
Eu respiro como todo mundo,

durmo como todo mundo,
como como todo mundo,

vou ao banheiro
como todo mundo

e vôo de vassoura como
todo mundo.

Nem todos voam de vassoura.
Nem todos têm 6 mil anos.

Quase seis mil anos,

quase!

Isso é motivo para ter medo?

Quando era bem pequena
tinha medo de ficar só,

tinha medo de escuro,

de trovão.

Agora não tem mais?

Não.

Porque agora sei que
posso procurar companhia.

Eu sei que o escuro
é gostoso para dormir.

E que a chuva faz bem
as plantas e limpa o ar.

Mas eu tenho medo de trovão.

Eu também tive medo de animais.
Mas eu vi que tratando eles bem

eles tornavam amigáveis. Se não
os provocarmos eles não atacam.

Mas eu é que não
chego perto de um leão.

Também tive muito
medo dos homens,

das brigas, das guerras.

Mas então descobri que os que
gostam da paz e lutam por ela.

Do quê mais teve medo Morgana?

Eu descobri que tive medo
como todo mundo tem.

De tudo que não conhecia,
e não sabia como funcionava.

- Então descobri algo.
- O quê?

Que é normal sentir medo.

Principalmente do quê
você desconhece.

Significa que se as crianças
conhecerem você melhor

vão parar de ter medo.

Claro.

Porque elas descobriram que
apesar de voar numa vassoura

sou uma ótima feiticeira.

Sei muitas histórias
e estou louca para contá-las.

E tem quase 6 mil anos.

Agora mostrarei vos
o resto do castelo.

Nino.

Posso sair?

- Pode.
- A menina não vai gritar?

Não.

Esta é a Celeste.

Está mais calma queridinha?

Mais ou menos. Estou com o
coração um pouco disparado.

Nossa!

Coração disparado.

Conheço uma pessoa que
se interessaria muito por isso.

Uma não

duas.

Ola!

Este é meu irmão Perônio.

- É quase certo que sou o Tíbio.
- Então sou o Perônio.

Pensando bem tenho certeza.

Olá!

- Este é o Tíbio.
- Este o Perônio.

Nós somos gêmios.

E cientistas.

Hoje faremos um estudo
sobre as batidas do coração.

- Isto é para escutar o coração.
- Obrigado.

- O quê foi?
- Não escuto o meu coração.

Esperimente colocar no coração.

Escute só.

Perônio!

- Que susto! Por que fez isto?
- Pelo bem da ciência.

Escute só.

- Quando alguém se assusta
- O coração bate mais forte

e mais depressa.

Grande resultado.
Agora, corra sem sair do lugar.

Seu coração está batendo
mais forte e mais rápido

de novo. Por que será?

Porque é o coração que
manda sangue para o corpo todo.

Quando corro

todas as partes do meu corpo
precisam de mais sangue

e meu coração terá
de bater mais rápido.

Mais rápido?
Mais rápido?

Está é a biblioteca.

Nossa! Quantos livros!

Precisamente mil e cinco.

Este

é o Gato Pintado.
Ele cuida de toda a biblioteca.

Oi.

O Gato Pintado também fala?

Olá,

precisando de um livro
é so pedir.

Obrigada(o).

Agora mostrarei,
onde Vitor e eu trabalhamos.

Venham comigo.

Aqui é a oficina.

Onde tio Vitor e eu
criamos grandes inventos.

Este lugar é onde ele trabalha.
Mas sem subir. Ele não gosta.

- E aí pessoal!
- Tudo legal?

Tap e Flap

Estes são meus novos amigos.
Biba, Pedro, Zequinha.

- Oi Tap, oi Flap.
- Até as botas falam!

- Neste castelo minha bela.
- Todo mundo é tagarela.

Nino onde fica a cozinha?

Zequinha!

Mas a Morgana deixou pegar
o quê quiséssimos na geladeira.

Zequinha tem razão. Vamos
até lá encima fazer um lanche.

- O Nino ficará mais contente.
- Encontrou muita gente.

Vocês vão sentando
enquanto pego o suco.

Sentando onde?

Que cabeça a minha.
Um momentinho só.

Gostaram?
Meu tio quem iventou.

Olá gente nova do castelo!

Um dedo falante!

Não são só o gato a cobra
e os sapatos que falam aqui.

Meu nome é Fura-bolos.

Muito prazer.

O prazer é todo meu.
Vocês não esqueceram algo?

Não.

Olhem para suas lindas mãozinhas.

Antes de comer?

Lavar as mãos.

Prometem que voltam
para brincarmos mais?

Claro.

Quando? Amanhã?

Amanhã.

Atenção,

É hora do dr. Vitor chegar.

Oba vocês vão conhecer
meu tio Vitor!

Dentro de oito segundos
o dr. Vitor vai chegar.

Um, dois,

três,

oito!

Isto nunca acontece,
mas acho que dessa vez

o relógio se enganou.

Eu nunca me engano!

Olá pessoal.

Com vocês
o dono do castelo,

o tio, o grande amigo,
mago e inventor dr. Vitor.

Muito obrigado

Confeso que também adorei
esta minha nova invenção

o bonecóptero.

Tio, estes são os meus amigos.

O Pedro, a Biba

e o Zequinha.

Olá crianças.

Desculpe dr. Vitor
mas já é tarde,

talvez seja melhor
as crianças irem para casa.

Seus pais podem
estar preocupados.

É mesmo.
Melhor irmos embora.

Não estão esquecendo algo?

A minha bola.

Isto!
Vocês já olharam

naquela caixa preta
ali na sala da lareira?

- Será que é está?
- Só pode ser.

- Onde está minha bola?
- Sua bola?

Está aqui?

Obrigado Nino!

Tiau Nino, tiau dr. Vitor.

Tchau não.

Até amanhã.

Até amanhã.

Muito bem Nino!

Você aprendeu direitinho
o truque da bola.

Meu tio nem desconfia todos
os truques que já aprendi.

Então tchau.

Tchau não. Até amanhã.