A seda, o antigo material do futuro
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0:00 - 0:02Obrigado.
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0:02 - 0:04Estou emocionado por estar aqui.
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0:04 - 0:07Vou falar-vos de um novo / antigo material
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0:07 - 0:09que continua a surpreender-nos,
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0:09 - 0:11com o enorme impacto que tem na forma como pensamos
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0:11 - 0:14sobre a Ciência dos materiais, alta tecnologia --
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0:14 - 0:16e, provavelmente, ao mesmo tempo,
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0:16 - 0:19terá consequências nas áreas da medicina, saúde global, e reflorestação.
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0:19 - 0:21Parece impressionante...
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0:21 - 0:23Vou dizer-Vos um pouco mais...
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0:23 - 0:26Este material apresenta algumas características que parecem ser demasiado boas para ser verdade
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0:26 - 0:28É sustentável; é um material de produção sustentável
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0:28 - 0:30é processado em água, a temperatura ambiente --
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0:30 - 0:32é biodegradável
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0:32 - 0:35- pode dissolver-se instantaneamente num copo de água -
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0:35 - 0:37ou pode manter-se estável durante anos.
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0:37 - 0:39É comestível, é implantável no corpo humano
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0:39 - 0:41sem causar reacção imunitária.
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0:41 - 0:43De facto, este material é absorvido pelo corpo
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0:43 - 0:45É 'tecnológico',
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0:45 - 0:47pode incorporar-se em microelectrónica,
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0:47 - 0:49ou fotónica.
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0:49 - 0:51E este material espantoso
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0:51 - 0:54assemelha-se a algo como isto.
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0:54 - 0:57Este material é claro e transparente.
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0:57 - 1:00Os componentes deste material são só água e proteínas.
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1:00 - 1:03Este material é ... seda.
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1:03 - 1:05É um pouco diferente
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1:05 - 1:07da seda que estamos habituados a ver...
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1:07 - 1:09... o que coloca a questão - Como reinventar algo
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1:09 - 1:12que esteve connosco durante cinco milénios?
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1:12 - 1:15O processo de descoberta é, geralmente, inspirado pela Natureza.
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1:15 - 1:17Maravilhemo-nos com o bicho da seda --
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1:17 - 1:20a lagarta que aqui vemos produzindo a sua seda.
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1:20 - 1:22O bicho da (Bombyx mori) seda faz algo admirável;
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1:22 - 1:24Utiliza dois ingredientes, proteína e água,
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1:24 - 1:26produzidos na sua glândula sericígena,
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1:26 - 1:29para produzir um material excepcionalment robusto, para a sua protecção ---
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1:29 - 1:31comparável a fibras sintéticas
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1:31 - 1:33como o Kevlar ®.
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1:33 - 1:35Assim, no processo inverso
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1:35 - 1:37que nós conhecemos
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1:37 - 1:39e com que estamos familiarizados
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1:39 - 1:41da indústria têxtil,
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1:41 - 1:44o processo 'desenrola' o casulo
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1:44 - 1:46e produz coisas lindíssimas.
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1:46 - 1:48Queremos saber como, a partir de água e proteínas,
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1:48 - 1:51podemos chegar à forma líquida, e, daí, a este "Kevlar" natural.
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1:51 - 1:53O "truque"
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1:53 - 1:56é, de facto, como inverter este processo
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1:56 - 1:58e, partindo do casulo, chegar à glândula sericígena
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1:58 - 2:01e obter água e proteína (que são os componentes iniciais).
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2:01 - 2:03E este "truque", esta inspiração
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2:03 - 2:05recebi-a há cerca de duas décadas
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2:05 - 2:09de uma pessoa com quem tenho a sorte de trabalhar,
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2:09 - 2:12David Kaplan.
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2:12 - 2:14Assim, consideremos esta matéria-prima.
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2:14 - 2:17e decomponhamo-la nos seus constituintes.
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2:17 - 2:19Podemos utilizar estes constituintes para fazer coisas muito diferentes --
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2:19 - 2:21por exemplo, películas.
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2:21 - 2:23E podemos aproveitar-nos de algo muito simples.
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2:23 - 2:25A receita para fazer estas películas
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2:25 - 2:27é aproveitar o facto
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2:27 - 2:29de as proteínas serem muito "inteligentes"
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2:29 - 2:31... encontram formas de se auto-arrumarem
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2:31 - 2:34Pegamos na solução de seda, espalhamo-la numa superfície,
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2:34 - 2:36e esperamos que a proteína se auto-arrume.
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2:36 - 2:39destacamos o "resíduo" e obtemos esta película,
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2:39 - 2:42criada à medida que o solvente se evaporou e as moléculas se encaixaram umas nas outras...
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2:42 - 2:44Mencionei a utilização tecnológica desta palícula;
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2:44 - 2:46O que quer isto significa?
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2:46 - 2:49Significa que podemos combinar este material
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2:49 - 2:51com outros componentes tecnológicos,
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2:51 - 2:54como componentes da microelectrónica ou nanotecnologia.
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2:54 - 2:56... e esta imagem de um DVD
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2:56 - 2:58ilustra o facto
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2:58 - 3:02de a seda acompanhar detalhes muito subtis da superfície,
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3:02 - 3:05o que permite replicar detalhes a nível nano (micro) scópico.
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3:05 - 3:07É, assim, possível replicar a informação
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3:07 - 3:10contida neste DVD.
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3:10 - 3:13Podemos armazenar informação num suporte de água e proteína.
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3:13 - 3:16Podemos escrever uma mensagem num pedaço de seda,
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3:16 - 3:18aqui está, a mensagem está aqui.
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3:18 - 3:21E, tal como o DVD, podemos proceder a uma leitura óptica,
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3:21 - 3:23o que requer uma mão muito segura,
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3:23 - 3:26pelo que decidi fazê-lo num palco, em frente a mil pessoas.
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3:27 - 3:29Vejamos...
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3:29 - 3:31Como podem ver, a película passa por aqui
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3:31 - 3:33e então...
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3:38 - 3:45(palmas...)
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3:45 - 3:47E o mais importante...
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3:47 - 3:50é que a minha mão se manteve firme o tempo suficiente para o efeito...
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3:50 - 3:53Assim, com as características
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3:53 - 3:55deste material,
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3:55 - 3:57podemos fazer uma série de coisas.
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3:57 - 3:59não apenas limitadas a películas;
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3:59 - 4:02a seda pode assumir muitas outras formas
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4:02 - 4:05incluindo componentes ópticos
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4:05 - 4:07conjuntos de microprismas
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4:07 - 4:09como a fita reflectora utilizada nas sapatilhas de corrida
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4:09 - 4:11Ou podemos fazer coisas bonitas
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4:11 - 4:13capturáveis pelas máquinas fotográficas.
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4:13 - 4:16Podemos adicionar tridimensionalidade à película que vimos antes...
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4:16 - 4:18... e, se o ângulo for o correcto,
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4:18 - 4:21podemos ver aparecer um holograma nesta película de seda.
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4:23 - 4:25Mas podemos ainda fazer outras coisas.
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4:25 - 4:27Podemos utilizar proteína pura para conduzir luz,
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4:27 - 4:29e por isso criámos fibras ópticas.
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4:29 - 4:32Mas a versatilidade da seda ultrapassa esta utilização
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4:32 - 4:34Podemos pensar em diferentes formatos
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4:34 - 4:37Se, por exemplo, tem medo das agulhas dos consultórios médicos,
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4:37 - 4:39pode utilizar uma série de microagulhas
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4:39 - 4:41O que está projectado no ecrâ é um cabelo humano
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4:41 - 4:43comparado com uma agulha feita de seda --
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4:43 - 4:45para Vos dar uma ideia das dimensões relativas.
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4:45 - 4:47Podemos fazer objectos maiores.
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4:47 - 4:49como parafusos, porcas, rodas dentadas --
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4:49 - 4:52que pode comprar em "Whole Foods."
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4:52 - 4:55Estas peças podem operar em água
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4:55 - 4:57podemos pensar em partes mecânicas
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4:57 - 5:00e podemos pensar em utilizar este material se necessitarmos de um material resistente
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5:00 - 5:03para substituir veias periféricas, por exemplo
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5:03 - 5:05ou talvez um osso completo.
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5:05 - 5:07Aqui está um pequeno exemplo
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5:07 - 5:09ou talvez um pequeno crânio---
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5:09 - 5:11que poderemos chamar mini Yorick (cf. Hamlet/Shakespeare).
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5:11 - 5:14(risos)
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5:14 - 5:17Podemos fazer chávenas, por exemplo
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5:17 - 5:20e, se adicionarmos um pouco de ouro, podemos obter semicondutores
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5:20 - 5:23podemos faze sensores que se fixam na superfície de bens alimentares
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5:23 - 5:25podemos fazer componentes electrónicos
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5:25 - 5:27que se dobram e enrolam
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5:27 - 5:30ou, no campo da moda, podemos fazer tatuagens com LEDs
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5:30 - 5:33Temos, portanto, versatilidade
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5:33 - 5:35no que podemos obter
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5:35 - 5:38a partir da seda.
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5:38 - 5:40Mas temos alguns desafios...
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5:40 - 5:43Porque quereríamos, de facto, fazer algumas destas coisas?
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5:43 - 5:45Mencionei a principal causa, no início
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5:45 - 5:47a proteína é biodegradável e biocompatível.
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5:47 - 5:50Vejam esta imagem de uma secção de um tecido
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5:50 - 5:53o que significa biodegradável e biocompatível?
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5:53 - 5:56Podemos implantar este material no corpo sem necessidade de recuperação posterior
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5:56 - 6:00o que quer dizer que todos os objectos que viram antes
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6:00 - 6:03podem, em princípio, ser implantados e desaparecer.
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6:03 - 6:05E o que estamos a ver, nesta secção,
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6:05 - 6:08é uma fita reflectora.
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6:08 - 6:11semelhante às que são usadas para sermos vistos à noite, pelos condutores de veículos automóveis...
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6:11 - 6:14se pudermos iluminar o material
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6:14 - 6:16poderemos ver melhor o seu interior
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6:16 - 6:18porque a fita reflectora é feita de seda.
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6:18 - 6:20e, como podem ver, é reabsorvida pelo tecido.
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6:20 - 6:22e a reintegração, no corpo humano,
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6:22 - 6:24não é o único ponto
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6:24 - 6:27Também a "reintegração" ambiental é importante
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6:27 - 6:29Temos uma velocidade de decomposição das proteínas,
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6:29 - 6:31e uma chávena de seda como esta
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6:31 - 6:34pode ser descartada sem culpa.
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6:34 - 6:41(Palmas)
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6:41 - 6:44Contrariamente às chávenas de polistireno
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6:44 - 6:47que, infelizmente, contaminam a natureza diariamente
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6:47 - 6:49- é comestível
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6:49 - 6:51pelo que pode utilizá-la para acomodar bens alimentares
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6:51 - 6:53pode cozinhá-la
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6:53 - 6:55Não tem um sabor particularmente agradável
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6:55 - 6:57- preciso de ajuda neste ponto -
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6:57 - 7:00mas o mais importante é o fecho do ciclo.
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7:00 - 7:02A seda, durante o seu processo de formação
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7:02 - 7:04actua como um casulo para a matéria orgânica
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7:04 - 7:06pelo que se mudarmos a receita,
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7:06 - 7:08e adicionarmos alguns ingredientes nesta fase --
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7:08 - 7:10vamos adicionar alguns ingredientes extras --
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7:10 - 7:12estamos a adicionar enzimas
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7:12 - 7:15ou anticorpos, ou vacinas,
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7:15 - 7:17o processo de auto-formação
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7:17 - 7:20preserva a função biológica destes componentes
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7:20 - 7:23tornando o produto ambientalmente activo
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7:23 - 7:25e interactivo.
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7:25 - 7:27Assim, o parafuso que viu há pouco
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7:27 - 7:29pode, de facto, ser utilizado
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7:29 - 7:32para fixar um osso - um osso partido --
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7:32 - 7:34e administrar medicamentos ao mesmo tempo,
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7:34 - 7:37enquanto o osso se recupera
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7:37 - 7:40ou pode conservar remédios na sua carteira, e não no frigorífico.
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7:40 - 7:43Fizemos um cartão de seda
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7:43 - 7:45com penicilina
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7:45 - 7:47e armazenámos penicilina a 60ºC
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7:47 - 7:49(140 ºF)
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7:49 - 7:52durante dois meses, sem perda da eficácia do princípio activo.
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7:52 - 7:54Assim, estes métodos --
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7:54 - 7:58(Palmas)
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7:58 - 8:00poderiam ser boas alternativas
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8:00 - 8:03a camelos refrigerados a energia solar.
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8:03 - 8:06Claro que não há nenhuma vantagem em guardar se não se usar
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8:06 - 8:10e temos outra característica única neste material
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8:10 - 8:13cuja biodegradação se pode programar
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8:13 - 8:15Veja aqui a diferença
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8:15 - 8:18No topo, temos uma película que foi programada para não se degradar
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8:18 - 8:21e, em baixo, uma película programada para se degradar em água
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8:21 - 8:23observa-se que a película que está em baixo
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8:23 - 8:25liberta o componente activo
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8:25 - 8:28permitindo a recuperação do que foi armazenado
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8:28 - 8:31o que permite uma libertação controlada de princípios activos.
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8:31 - 8:34e a reintegração (biodegradação) no ambiente
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8:34 - 8:36em todos os formatos que apresentei.
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8:36 - 8:39Este fio condutor de descoberta é, de facto, um fio condutor
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8:39 - 8:42Estamos empolgados com a ideia de que para tudo o que queremos fazer,
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8:42 - 8:44quer seja substituir uma veia ou um osso,
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8:44 - 8:47ou ter equipamento de microelectónica mais sustentável,
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8:47 - 8:49beber um café numa chávena de uso único,
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8:49 - 8:51e deitá-la fora sem culpa,
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8:51 - 8:53transportar os nossos medicamentos no bolso,
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8:53 - 8:55administrá-los dentro do nosso corpo,
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8:55 - 8:57ou transportá-los em condições extremas,
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8:57 - 8:59a resposta pode estar num fio de seda...
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8:59 - 9:01Obrigado.
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9:01 - 9:19(Aplausos)
- Title:
- A seda, o antigo material do futuro
- Speaker:
- Fiorenzo Omenetto
- Description:
-
Fiorenzo Omenetto ilustra uma vintena de espantosas novas utilizações para a seda, uma das matérias-primas naturais mais espantosas - transmissão de luz, aumento da sustentabilidade, reforço da resistência mecânica e produção de implantes cirúrgicos. Em pleno palco, Fiorenzo mostra alguns materiais surpreendentes feitos a partir de uma substância espantosa.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 09:20
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Silk, the ancient material of the future | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Silk, the ancient material of the future | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Silk, the ancient material of the future | ||
Ricardo Matos added a translation |