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Taking Care of Suffering | Brother Phap Dung

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    Jovens –
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    Nunca nos ensinaram como cuidar do nosso sofrimento.
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    Isso é o básico.
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    Na escola, ninguém sabe fazer isso.
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    Se tivermos sorte, aprendemos com os nossos pais,
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    mas, na verdade, eles foram um modelo de como não cuidar do nosso sofrimento,
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    vendo a minha própria infância.
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    Essa é a raiz de tudo,
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    as pessoas não sabem como cuidar do seu sofrimento,
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    e olhar para ele e encontrar a sua causa.
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    Isso é muito básico.
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    Há uma fonte de onde essas emoções vêm.
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    O teu vazio, a tua solidão, o teu julgamento, o teu trauma.
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    Essas coisas, através da atenção plena, e através de parar,
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    e de abraçar, e compreender é o caminho para fora.
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    Portanto, o caminho para fora é o caminho para dentro.
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    O caminho para fora do sofrimento é tocar no sofrimento.
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    Não tenhas medo dele.
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    O sofrimento pode ser um elemento muito bom para a nossa transformação e cura.
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    Portanto, não é que o sofrimento não tenha nada a ver com a nossa cura.
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    Precisamos do sofrimento, para o segurar e para o compreender.
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    E através disso, a nossa humanidade,
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    a nossa totalidade surge, porque há uma parte de nós que queremos -
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    E isso é muito discriminatório,
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    Aprender a sofrer, sofremos menos.
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    Isso é a magia. Não precisas de te livrar de todo o sofrimento,
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    não precisas de te livrar de todas as feridas,
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    podes ser saudável com a ferida, podes ser feliz com o sofrimento.
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    Isso é o que as pessoas não conseguem acreditar,
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    porque não sabem como fazer isso. Há um caminho para fazer isso.
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    Estou a sofrer, mas não estou a reagir, não estou a julgar.
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    Nesse momento, também estou em paz e feliz com o meu sofrimento.
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    Ao mesmo tempo.
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    Não precisas de ir, 'Ok, agora o sofrimento acabou, posso ser feliz'.
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    Na verdade, o sofrimento pode ser o maior professor.
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    Aprender a sofrer, aprender a estar com a tua raiva,
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    com a tua emoção forte,
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    é o primeiro passo. Parar
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    e reconhecer, abraçar como uma mãe com uma criança.
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    É um passo muito importante.
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    E a partir disso,
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    a cura é possível.
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    A inquietação, a discriminação, o empurrar, o negar,
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    é uma maneira de mexer na ferida, no sofrimento.
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    Ou de o reprimir, e prendê-lo, e atá-lo em um nó.
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    E o que é que isso produz? Mais sofrimento.
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    Vês isso na forma como te comportas, na forma como te carregas,
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    na forma como reagis, na forma como falas.
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    Então, só quando consegues parar, reconhecer, abraçar, acalmar, ser gentil,
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    é que a possibilidade de entender, de soltar o nó,
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    de curar, de parar de sangrar, é possível.
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    Portanto, não mexer, não fazer mais nós.
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    Parar,
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    e lentamente sabes como desatar o nó. Sabes porque é que o bebé está a chorar.
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    Sabes o que fazer para não mexer nas tuas feridas,
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    e continuar a fazê-las sangrar.
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    Estar calmo é como prover um ambiente saudável,
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    para que a cura aconteça.
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    Portanto, o sofrimento é um elemento muito importante a desempenhar.
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    E nós não aceitamos isso.
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    Queremos livrar-nos dele, queremos -
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    Eu não quero a lama, só quero o lotus.
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    Olhas para a natureza, olhas para o mundo, olhas para qualquer coisa.
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    Encontras algo puro por si só? Não.
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    Na verdade, tudo está muito relacionado.
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    Interconectado.
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    A ideia de algo puro, e feliz, e absolutamente sem sofrimento
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    é apenas a tua mente.
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    Portanto, tens de realmente ter tempo para ver isso.
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    Porque somos alimentados pelos media, pelos filmes e assim por diante, pelo nosso Facebook...
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    Pensamos que há algo como um mundo,
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    ou um lugar, ou um estado de ser
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    onde é como se fosse feliz, alegre ou pacífico sem sofrimento.
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    Isso é uma ilusão.
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    Portanto, já não temos medo do sofrimento quando ele aparece,
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    já não temos medo quando as nossas emoções surgem.
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    E lentamente vais ver que o padrão, lentamente, vai acontecer menos.
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    Não sobe mais. E alguns sofrimentos já não surgem.
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    Porque foi curado. E o nó foi desfeito.
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    E estás atento para não o amarrar mais.
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    A tua raiva em relação a alguém,
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    uma vez que compreendes a pessoa,
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    compreendes porque é que isso aconteceu, não a culpas.
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    Não precisas sequer de perdoá-la.
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    Apenas porque estás a compreender
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    o sofrimento comum em que estamos, a compaixão nasce.
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    Então, compaixão.
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    Não há perdão, não precisas disso.
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    Apenas compreensão pura e verdadeira,
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    e conectar-te com isso...
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    Há paz. Não há mais nós.
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    Portanto, o sofrimento é muito necessário para a compaixão.
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    Na verdade, a compaixão é construída sobre o sofrimento.
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    Felicidade? Paz? Podem -
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    Mas a compaixão?
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    A essência que a torna saborosa e rica é o sofrimento.
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    Eu amo-te.
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    Sim, é alegre, pacífica. Aceito-te. És uma pessoa maravilhosa. Mas tipo -
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    Eu sinto por ti. Eu sou um com tu.
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    Eu estou a compadecer-me contigo.
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    Isso requer dor.
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    Se tiveres tempo para olhar para a compaixão, a sua origem,
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    é dor e sofrimento.
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    Esse sentimento é um sentimento muito maravilhoso, sentir-te muito conectado e completo.
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    É realmente curador para nós também.
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    Então, Mãe Terra, tira tempo para sentar e sentir a tua dor.
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    Então podemos cultivar esse tipo de maneira de ser nas nossas próprias vidas,
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    e como olhamos para os seres humanos, como olhamos para as plantas, as pedras.
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    É difícil para nós atirar uma pedra violentamente depois disso.
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    Então as pessoas, os jovens,
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    eles precisam saber como cuidar do seu sofrimento.
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    Um aspeto. O outro é gerar alegria e felicidade.
Title:
Taking Care of Suffering | Brother Phap Dung
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Video Language:
English
Duration:
07:36

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