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[Sino]
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[Sino]
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[Sino]
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Tour pelos EUA 2013
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Upper Hamlet
31 de outubro de 2013
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Querida sangha, hoje é...
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31 de outubro,
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2013.
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Estamos no Salão de Meditação Água Tranquila,
Upper Hamlet, Plum Village, França,
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no Retiro de Outono...
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2013.
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Esta manhã, em...
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Phương Khê, ao acordar,
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estavam 3 graus lá fora. Acima de zero.
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Em Plum Village,
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ainda é início de outono, então
as folhas ainda não ficaram amarelas.
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Havia neblina esta manhã,
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mas assim que o sol nasceu,
ela dissipou-se.
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Agora, Thay pode dedicar tempo para compartilhar
um pouco sobre a recente tour pela América do Norte.
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Mais tarde, outras pessoas provavelmente continuarão
detalhando mais.
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Thay compartilhará apenas
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os pontos principais.
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A recente tour durou dois meses e...
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20 dias.
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2 meses e 20 dias.
Quase 3 meses.
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Antes de partir, Thay não estava muito bem,
ainda com tosse.
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Quando chegámos ao Canadá,
Thay ainda estava a tossir.
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Mas este retiro foi uma bênção porque...
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depois dos retiros no Canadá,
Thay já não tinha mais tosse.
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E na América do Norte, bem,...
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Nos EUA, temos três mosteiros.
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O Mosteiro Blue Cliff, em Nova Iorque.
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Depois, o Mosteiro Magnolia Grove, no Mississippi.
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E, por fim, o Mosteiro Deer Park, na...
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Califórnia.
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Não houve chuva
em nenhum dos três lugares.
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Sem chuva. Muito sol.
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Todos os riachos nas florestas secaram.
Não havia chuva em nenhum lugar.
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Mas, quando a sangha chegou,
choveu nos três lugares.
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Primeiro, choveu no Mosteiro Blue Cliff.
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Cerca de 3 ou 4 dias
depois da nossa chegada, choveu.
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Foi uma felicidade enorme.
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Todos os seres sencientes,
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incluindo humanos, estavam tão felizes.
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As plantas e os animais
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ficaram tão felizes.
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O mesmo aconteceu quando chegámos
ao Mosteiro Magnolia Grove.
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Não chovia há tanto tempo.
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Mas, depois do retiro para vietnamitas,
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choveu.
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E no retiro para americanos,
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todos puderam desfrutar de tal frescura.
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Foi algo muito bom.
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Thay ouviu dizer que
no Mosteiro Deer Park,
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estava muito quente e ensolarado
há demasiados dias.
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Estava tão seco.
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Algumas árvores começaram a morrer.
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Por isso, antes de chegar ao Deer Park,
Thay já tinha concentrado e...
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orado para que a Mãe Terra
e o Pai Céu oferecessem chuva.
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Depois de desembarcar no Aeroporto de Los Angeles,
Thay ouviu que ainda não tinha chovido.
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Então, no caminho do aeroporto para o mosteiro,
Thay continuou a concentrar-se
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e orar: "A sangha de Plum Village ora à Mãe Terra
e ao Pai Céu por um dia e uma noite de chuva."
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Às vezes, Thay pensava que a Mãe Terra
e o Pai Céu ainda não tinham dado chuva
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talvez porque a sangha não fosse amável
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o suficiente para mover a terra e
o céu às lágrimas, então Thay orou:
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"Todos os seres nas florestas,
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todas as espécies de plantas, e milhões de...
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outras espécies de seres vivos
estão fervorosamente a orar
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e a desejar sinceramente
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que a Mãe Terra ofereça um dia de chuva."
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E, finalmente, choveu.
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Nesse dia, quando choveu, Thay estava
a meditar dentro de casa, olhando para fora.
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A chuva era tão bonita.
Um momento tão feliz.
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No dia seguinte, Thay quis
visitar algumas árvores e plantas.
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Era tão óbvio que as árvores
e plantas estavam mais do que felizes.
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Demorou apenas cinco dias para que as árvores
voltassem a ser elas mesmas. Começaram...
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Começaram a brotar...
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novos rebentos.
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Então, esta viagem foi uma bênção.
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Especialmente por termos tido três
dias de chuva nos três centros.
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Conseguem ouvir-me bem?
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Não conseguem ouvir?
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Vamos aumentar o volume do microfone um pouco.
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Um pouco mais.
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Agora conseguem ouvir-me bem?
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Esta tour consistiu em muitos retiros,
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muitos dias de atenção plena,
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e muitas palestras públicas.
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A delegação trabalhou muito.
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Os participantes e...
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os locais beneficiaram imenso disso.
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Mas a sangha monástica...
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Conseguem ouvir-me bem?
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Os monásticos dos três mosteiros dos EUA
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puderam estar com Thay e com a sangha de Plum Village,
França, durante toda a viagem.
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Assim, houve oportunidades...
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para o professor e os discípulos,
e os irmãos e irmãs no Dharma...
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trabalharem juntos,
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sentarem juntos e caminharem juntos,
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então houve muitos momentos felizes.
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Por isso, não apenas os participantes
foram nutridos
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pela viagem, mas
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as três sanghas monásticas também
foram igualmente nutridas.
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Todos puderam estar com Thay e com as outras sanghas,
e os irmãos no Dharma puderam trabalhar juntos
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...e servir juntos.
Todos aprenderam muito durante a viagem.
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Um dia, enquanto estava num autocarro,
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Thay perguntou a uma participante,
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"Querida criança, tu achas que o Buda
está no autocarro connosco?"
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Bem, Irmão..
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Pháp Nguyện disse,
"Querido Thay, sim, eu penso que está."
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Thay disse "Tens a certeza?"
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Porque na altura, havia 3 autocarros.
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Thay estava já sentado num.
E os outros 2?
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Para saber se o Buda está no autocarro connosco,
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é muito fácil.
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Se houvesse cinquenta pessoas no autocarro e
apenas uma pessoa a respirar com atenção plena,
poderíamos dizer que o Buda
estava no autocarro.
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poderíamos dizer que o Buda
estava no autocarro.
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E se duas, três, ou até cinco pessoas
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estivessem...
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a desfrutar das paisagens e,
ao mesmo tempo, a respirar com atenção plena,
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a presença do Buda seria palpável.
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E se todas as cinquenta pessoas estivessem a respirar com atenção plena,
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isso seria muito bonito.
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Mas pode ser apenas um desejo.
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Por essa razão, Thay diz:
"Precisamos apenas de uma pessoa...
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uma pessoa no autocarro a respirar com atenção plena
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para sabermos se o Buda está connosco."
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Quando o Buda está no autocarro
ou no carro connosco,
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todos no autocarro ou no carro
estarão protegidos por essa energia.
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Sente-se muito mais paz e segurança.
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Por isso, se te encontrares
num autocarro, numa carrinha
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ou...
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num carro,
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e sentires inspiração para te perguntares
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essa questão:
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"O Buda está no autocarro /
na carrinha / no carro?",
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podes dar a ti mesmo a resposta.
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Temos o poder de fazer o Buda
estar presente em qualquer veículo em que estivermos.
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Se respirarmos com atenção plena, sabemos
com certeza que o Buda está connosco.
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E todos no autocarro, na carrinha
ou no carro estão seguros.
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A voar no avião
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de São Francisco para Paris, Thay perguntou:
"O Buda está no avião?"
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A resposta é clara. Se quisermos que o Buda
esteja no avião connosco, só precisamos de respirar
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com atenção plena.
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Temos um poder tão grande,
mas não o sabemos.
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Se duas pessoas estiverem a respirar com atenção plena,
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a presença do Buda é muito palpável.
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Se forem três pessoas, a presença do Buda
é ainda mais palpável.
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Por isso, Thay espera que, ao irmos
do Upper Hamlet
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para o Middle Hamlet, Lower Hamlet,
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ou New Hamlet,
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quando te sentares no autocarro, na carrinha ou no carro,
perguntes a ti mesmo: "O Buda está comigo?"
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Thay lembra-se de uma das nossas peregrinações
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à Índia
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organizada pelo professor do Dharma Shantum,
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a nossa delegação tinha 300 pessoas,
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então foram necessários 11 autocarros
para nos transportar a todos.
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Thay queria garantir que
o Buda estaria sentado em cada autocarro,
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não apenas no autocarro de Thay.
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Por isso, Thay sugeriu que
cada autocarro tivesse uma campainha
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e que, de tempos em tempos,
se tocasse a campainha uma vez
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para lembrar todos de respirar com atenção plena.
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Se todos estiverem a respirar com atenção plena, podemos
ter a certeza de que o Buda está sentado connosco.
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Com a presença do Buda,
o nosso estar torna-se muito mais agradável,
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e temos muito mais
paz e segurança interior.
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Para saber se o Buda
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está no autocarro ou no carro connosco,
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é muito fácil.
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Em cada autocarro ou em cada carro,
deveria haver uma campainha.
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Bem, como uma sangha monástica ou laica,
onde quer que formos — em qualquer lugar do mundo,
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é importante ter uma campainha
em cada autocarro, ou em cada carrinha ou carro.
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Deveria haver um lugar
dedicado à campainha.
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No Vietname, assim como
em muitos países budistas,
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as pessoas geralmente têm
uma estátua do Buda no carro,
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ou têm
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pequenos blocos de madeira com sutras inscritos
pendurados. Pode ser o Sutra do Coração, ou...
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Os Mantras para Proteger contra Desventuras
e Promover o Bem-estar, por exemplo.
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No entanto, ter uma estátua do Buda no carro
não significa que o Buda está no carro.
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Porque a estátua do Buda...
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é feita de plástico
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ou...
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jade precioso.
Ainda assim, não é o Buda.
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Só quando pelo menos uma pessoa
no carro respira com atenção plena,
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é que o Buda está presente no carro.
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Caso contrário, o Buda que tens não é mais
do que um pedaço de plástico, ou jade, ou tecido.
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Por isso, Thay sugere que, a partir de agora,
em cada carro ou carrinha de Plum Village,
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haja um autocolante que diga:
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"O Buda está no carro / na carrinha?"
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Ao entrar no carro ou na carrinha,
e ao ver esse autocolante,
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podemos sentir:
"Bem, eu posso ser o Buda."
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Se todos os outros estiverem ocupados a preocupar-se,
a pensar em muitas coisas,
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deixa-me ser o Buda deles.
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Alguém se lembra do título do cântico?
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"Refugiar-se em Amitabha Buddha"
(Nương Tựa A Di Đà). Muito bem!
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[O público ri]
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No texto do cântico "Refugiar-se em
Amitabha Buddha," há uma linha que diz:
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"Se tens o Buda na tua vida,
és uma pessoa feliz."
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É quando tens o Buda na tua vida.
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Mas o Buda não é tudo na vida.
Também temos uns aos outros.
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Não só temos o Buda,
também nos temos uns aos outros.
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Temos o Buda na nossa vida,
mas também temos uns aos outros.
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Isso é uma grande felicidade.
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É por isso que, quando convidamos a campainha, todos...
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param de falar, deixam todos os pensamentos, voltam
para si mesmos e respiram com atenção plena.
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Então, temos consciência de que
temos o Buda na nossa vida
-
e ainda nos temos uns aos outros.
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Uma grande felicidade.
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Por isso, a partir de agora,
em cada veículo de Plum Village,
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seja num autocarro,
numa carrinha ou num carro,
-
deveria haver esse autocolante e
uma campainha para convidar de tempos em tempos.