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Como os pais separados podem ser aliados e não adversários

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    Ebony Roberts: Recordo-me de ver
    o meu pai a apontar a pistola
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    à cabeça da minha mãe.
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    Ela implorou-lhe que baixasse a pistola,
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    mas ele ignorou-a.
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    Quando ela correu para a porta
    ele perseguiu-a imediatamente,
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    e já no exterior disparou uma única vez.
  • 0:23 - 0:24
    Eu tinha 12 anos.
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    Recordo-me desse momento
    segundo a segundo.
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    Recordo-me de me sentir atordoado,
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    recordo-me de me sentir só.
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    Graças a Deus, a bala não lhe acertou,
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    mas a minha família
    nunca mais seria a mesma.
  • 0:40 - 0:43
    Eu nunca mais seria a mesma.
  • 0:44 - 0:48
    Naquela altura, não sabia
    que a relação dos meus pais
  • 0:48 - 0:51
    de constante terminar e reatar,
    me causaria tanto impacto,
  • 0:51 - 0:54
    mas sabia que não queria
    um amor como o deles.
  • 0:54 - 0:57
    A minha história teria de ser diferente.
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    Anos mais tarde, quando te conheci,
  • 1:00 - 1:03
    apaixonei-me loucamente.
  • 1:03 - 1:05
    A nossa ligação era indiscutível.
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    Era como se tivesses sido
    escolhido a dedo para mim.
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    Pensava que iríamos ficar
    juntos para sempre.
  • 1:12 - 1:15
    Mas debatemo-nos com alguns dos
    mesmos problemas dos meus pais
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    e, passados quase nove anos juntos,
  • 1:18 - 1:20
    decidimos terminar.
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    Tínhamos o Sekou naquela altura.
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    Ele só tinha três anos.
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    Apesar de ser muito pequeno
    para compreender o que se passava,
  • 1:27 - 1:29
    já tinha idade para saber
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    que a mamã e o papá
    já não iriam viver na mesma casa.
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    A nossa separação afetou-me muito.
  • 1:40 - 1:42
    Mas eu decidi
  • 1:42 - 1:47
    que não ia deixar o meu coração partido
    interferir no que era melhor para o Sekou.
  • 1:48 - 1:50
    De início foi uma luta,
    a tentar navegar neste novo espaço
  • 1:50 - 1:52
    como pais separados.
  • 1:54 - 1:55
    Perguntei-me:
  • 1:56 - 2:00
    Como vamos educar este lindo rapaz
    repleto de maravilhas e de promessas
  • 2:00 - 2:02
    e com tanta força,
  • 2:02 - 2:04
    apesar das nossas falhas como casal?
  • 2:05 - 2:08
    A resposta para mim era simples.
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    Podia escolher o medo,
  • 2:10 - 2:12
    o medo de estar só,
  • 2:12 - 2:14
    o medo do desconhecido,
  • 2:14 - 2:16
    ou escolher o amor.
  • 2:16 - 2:18
    Eu escolhi o amor.
  • 2:18 - 2:22
    Isto quer dizer,
    ver o melhor em ti como pai.
  • 2:22 - 2:24
    Isto quer dizer
    ver o melhor em ti como pai
  • 2:24 - 2:27
    e não os teus erros como companheiro.
  • 2:27 - 2:30
    Quer dizer pôr sempre o Sekou
    em primeiro lugar,
  • 2:30 - 2:32
    mesmo que não seja como eu quero.
  • 2:33 - 2:37
    Sei que os meus pais
    andavam para a frente e para trás
  • 2:37 - 2:41
    a tentar resolver as coisas
    pelo meu irmão e por mim.
  • 2:42 - 2:44
    Apesar de valorizar o seu esforço,
  • 2:44 - 2:46
    preferia que não o tivessem feito.
  • 2:46 - 2:49
    Eu vi demasiado, ouvi demasiado.
  • 2:49 - 2:53
    Sabia que não queria
    que fosse essa a história do Sekou.
  • 2:53 - 2:55
    Queria que o Sekou soubesse
  • 2:55 - 2:58
    como era ter dois pais
    que se dessem bem,
  • 2:58 - 3:01
    dois pais que trabalhassem
    na mesma equipa.
  • 3:01 - 3:02
    Queria que soubesse
  • 3:02 - 3:05
    como é o amor
    na forma mais verdadeira.
  • 3:06 - 3:10
    O amor é paciente, o amor é amável.
  • 3:10 - 3:13
    O amor não se zanga com facilidade,
  • 3:13 - 3:15
    não guarda rancor.
  • 3:15 - 3:19
    O amor protege sempre,
  • 3:19 - 3:23
    confia sempre, deseja sempre,
    persevera sempre.
  • 3:26 - 3:28
    Shaka Senghor: Estávamos em 1983.
  • 3:29 - 3:31
    Eu tinha 11 anos.
  • 3:31 - 3:35
    Recordo-me de estar na cave
    com o meu pai,
  • 3:35 - 3:38
    na nossa casa, no lado este de Detroit.
  • 3:38 - 3:41
    Via-o a enfiar álbuns
  • 3:41 - 3:45
    nas grades do leite, azuis e laranja,
  • 3:45 - 3:47
    com as lágrimas
    a caírem-lhe pela cara abaixo.
  • 3:48 - 3:50
    Minutos antes,
  • 3:52 - 3:54
    ele e a minha mãe
  • 3:55 - 3:58
    tinham-me sentado juntamente
    com os meus irmãos
  • 3:58 - 4:00
    para nos dizer que se iam separar.
  • 4:01 - 4:03
    Trinta anos depois,
  • 4:04 - 4:06
    dei por mim com lágrimas nos olhos,
  • 4:06 - 4:10
    em casa, quando
    empacotava os meus pertences.
  • 4:12 - 4:14
    A Ebony e eu conhecemo-nos
  • 4:15 - 4:18
    quando eu estava a cumprir
    pena de prisão de 19 anos.
  • 4:20 - 4:22
    Durante quatro anos,
  • 4:22 - 4:26
    servimo-nos de cartas,
    telefonemas e visitas
  • 4:26 - 4:30
    para criar o que imaginávamos
    ser um laço inquebrável.
  • 4:32 - 4:34
    Enfrentámos o sistema juntos,
  • 4:34 - 4:38
    e pensámos que seríamos capazes
    de não cometer os erros dos nossos pais.
  • 4:39 - 4:41
    Ela era poetisa,
  • 4:41 - 4:43
    eu era escritor.
  • 4:43 - 4:46
    Ela era linda, tinha o doutoramento.
  • 4:47 - 4:48
    Eu era bem parecido,
  • 4:48 - 4:50
    com um diploma do secundário.
  • 4:50 - 4:53
    (Risos)
  • 4:54 - 4:56
    Nós construímos algo mágico.
  • 4:57 - 5:00
    Nós construímos algo
    que pensávamos que iria perdurar.
  • 5:00 - 5:02
    Mas, infelizmente,
  • 5:02 - 5:06
    a nossa relação descontrolou-se
    quando saí da prisão.
  • 5:06 - 5:09
    A síndrome pós-traumática,
  • 5:10 - 5:13
    o trauma anterior
    à minha ida para a prisão,
  • 5:14 - 5:17
    a bagagem da anterior relação dela,
  • 5:17 - 5:20
    a inexperiência numa relação,
  • 5:20 - 5:25
    quebraram a magia do que
    nós construímos atrás dos muros.
  • 5:26 - 5:29
    No centro de tudo aquilo
  • 5:29 - 5:31
    estava o nosso lindo menino.
  • 5:32 - 5:35
    Recordo-me do Sekou
    quando o levámos para casa.
  • 5:36 - 5:37
    Foi tão emocionante, tão incrível,
  • 5:37 - 5:39
    trabalhávamos juntos, colaborávamos,
  • 5:39 - 5:41
    apoiávamo-nos um ao outro.
  • 5:41 - 5:44
    Tu fazias o turno da noite,
    eu fazia o turno da manhã.
  • 5:44 - 5:47
    E estava a correr lindamente.
  • 5:48 - 5:50
    Depois, tudo mudou.
  • 5:51 - 5:54
    Mudou na manhã que chegaste
    a casa, muito animada, a dizer:
  • 5:54 - 5:56
    "Vou voltar ao trabalho!
  • 5:56 - 5:58
    "Não estás entusiasmado?"
  • 5:59 - 6:02
    E eu disse: "Sim, estou extasiado.
  • 6:02 - 6:04
    (Risos)
  • 6:04 - 6:06
    "Não podia estar mais feliz."
  • 6:07 - 6:10
    Mas, por dentro, estava mesmo receoso.
  • 6:10 - 6:13
    Mas não te podia dizer isso.
  • 6:13 - 6:15
    Assim, em vez disso, disse:
  • 6:15 - 6:17
    "Vai e tem um dia maravilhoso."
  • 6:20 - 6:22
    Saíste,
  • 6:22 - 6:24
    e eu fiquei com o Sekou.
  • 6:26 - 6:28
    O que agora compreendo
    sobre aquele momento
  • 6:28 - 6:31
    é que estávamos
    a fomentar uma confiança
  • 6:31 - 6:35
    que era necessária para
    a coexistência entre pais.
  • 6:35 - 6:38
    E que me estavas a confiar
    o nosso presente mais precioso.
  • 6:39 - 6:44
    E que estávamos a criar os alicerces
    e as paredes do que é importante
  • 6:44 - 6:47
    para esta entrada
    a que chamamos parentalidade.
  • 6:48 - 6:53
    ER: Sabendo como a separação
    dos nossos pais nos afetou,
  • 6:53 - 6:54
    tínhamos maior sensibilidade
  • 6:54 - 6:57
    quanto ao impacto
    da nossa separação no Sekou.
  • 6:59 - 7:01
    Lutámos,
  • 7:01 - 7:03
    mas encontrámos a nossa forma.
  • 7:04 - 7:06
    O Sekou que o diga,
  • 7:06 - 7:08
    éramos os melhores pais do mundo.
  • 7:08 - 7:11
    Adoro que ele nos veja dessa forma.
  • 7:11 - 7:13
    Fizemos uma escolha no início
  • 7:13 - 7:17
    para agirmos como aliados
    e não como adversários.
  • 7:17 - 7:19
    Para quebrar o padrão tóxico
  • 7:19 - 7:22
    a que assistimos, recorrentemente.
  • 7:22 - 7:26
    quando os pais perdem o foco
    do que é mais importante,
  • 7:26 - 7:27
    os filhos.
  • 7:27 - 7:30
    Permitem que a dor da relação interfira.
  • 7:30 - 7:33
    Mas, no fim de contas,
    estamos na mesma equipa,
  • 7:33 - 7:35
    que é a equipa do Sekou.
  • 7:36 - 7:37
    Tenho de reconhecer
  • 7:37 - 7:39
    que não temos uma relação convencional.
  • 7:39 - 7:42
    Muitas pessoas não compreendem.
  • 7:42 - 7:45
    Não somos perfeitos como pais
    ou como pessoas,
  • 7:45 - 7:48
    mas honramos o papel de cada um
    na vida do Sekou.
  • 7:50 - 7:52
    Permitimos que ele faça coisas
  • 7:52 - 7:55
    que os nossos pais nunca nos permitiriam.
  • 7:55 - 7:59
    Não deixamos que os nossos medos
    lhe imponham limites.
  • 8:00 - 8:03
    Nutrimos a sua curiosidade natural
    sobre o universo
  • 8:03 - 8:06
    e a sua relação com o mundo.
  • 8:06 - 8:09
    Lembras-te quando íamos para casa
    depois de um longo dia de trabalho
  • 8:09 - 8:13
    e o Sekou encontrou uma poça na rua,
  • 8:13 - 8:14
    uma poça de lama, reparem.
  • 8:14 - 8:18
    Tinha vestido um fato novinho,
    Levi's da cabeça aos pés.
  • 8:18 - 8:22
    Encontrou aquela poça de lama
    e foi direitinho a ela.
  • 8:22 - 8:25
    Queria tocar na lama barrenta,
    e nós permitimos que ele o fizesse.
  • 8:25 - 8:28
    Resistimos à tentação de dizer não.
  • 8:28 - 8:30
    Na realidade, até fomos buscar uma pá,
  • 8:30 - 8:32
    e deixámos que ele sentisse a terra
  • 8:32 - 8:35
    e explorasse tudo que quisesse.
  • 8:35 - 8:37
    Ele brincou e estava feliz,
    como um porco no lameiro.
  • 8:37 - 8:38
    (Risos)
  • 8:38 - 8:40
    Apercebemo-nos que o fato
    podia ser lavado,
  • 8:41 - 8:43
    que um banho lavava toda a sujidade,
  • 8:43 - 8:46
    mas que a emoção daquele momento,
  • 8:46 - 8:47
    de poder tocar
  • 8:47 - 8:51
    e ser surpreendido por aquilo
    que ele nunca tinha descoberto
  • 8:51 - 8:56
    era mais valioso do que a roupa
    ou a sujidade que podia ser lavada.
  • 8:57 - 9:01
    Continuamos a pensar
    o que está certo ou errado
  • 9:01 - 9:03
    no que respeita a parentalidade.
  • 9:03 - 9:06
    O Sekou desafia-nos todos os dias.
  • 9:06 - 9:10
    Permitimos que suba aos sofás
  • 9:10 - 9:14
    e pinte as roupas e os sapatos,
  • 9:14 - 9:18
    que corra na loja
    — bom, pelo menos eu permito.
  • 9:18 - 9:22
    Todas as mães me olham com horror,
  • 9:22 - 9:26
    acham que as crianças devem estar quietas
    e ser bem comportadas em púbico.
  • 9:26 - 9:29
    Também me fazem perguntas
    que são juízos de valor,
  • 9:29 - 9:31
    mas eu não lhes presto atenção.
  • 9:31 - 9:33
    Porque, afinal de contas,
  • 9:33 - 9:38
    o nosso trabalho é guiar o Sekou
    por esta viagem que é a vida,
  • 9:38 - 9:40
    não é controlá-lo.
  • 9:40 - 9:43
    Estamos aqui para o ajudar
    a encontrar o seu lugar no mundo,
  • 9:43 - 9:47
    a desvendar a sua maior dádiva,
  • 9:47 - 9:49
    a descobrir porque nasceu.
  • 9:49 - 9:51
    Estamos a educar um rapaz negro livre
  • 9:51 - 9:54
    num mundo que despreza a alegria negra
  • 9:54 - 9:58
    e recusamos impor-lhe os limites
    que o mundo já tem.
  • 10:00 - 10:03
    SS: A nossa forma de sermos pais
    pode ser encarada como uma alegoria
  • 10:03 - 10:07
    para esta moeda de duas faces
    de possibilidades.
  • 10:07 - 10:08
    Num lado,
  • 10:09 - 10:13
    a realidade de educar
    um rapaz negro numa sociedade
  • 10:13 - 10:17
    que diz que os rapazes negros,
    os corpos dos negros, as vidas dos negros
  • 10:17 - 10:20
    apenas são encarados
    como lucrativos ou descartáveis.
  • 10:22 - 10:24
    Depois há o outro lado.
  • 10:24 - 10:27
    A possibilidade de dois pais
    que já não estão a viver juntos,
  • 10:27 - 10:30
    apoiarem-se mutuamente,
  • 10:30 - 10:33
    amarem-se, demonstrarem
    afeto publicamente
  • 10:33 - 10:37
    de uma forma que honra
    a relação com o nosso filho.
  • 10:38 - 10:40
    Mais importante
  • 10:40 - 10:44
    é o poder de nos apoiarmos mutuamente
    em todos os momentos vulneráveis.
  • 10:44 - 10:46
    Uma vez,
  • 10:46 - 10:49
    era a minha vez de ir buscar o Sekou
    — recordas-te dessa vez?
  • 10:50 - 10:52
    Vou buscar o Sekou,
    ele está na primeira classe,
  • 10:52 - 10:54
    e quando me dirijo para lá
  • 10:54 - 10:56
    uma mãe vem ter comigo e diz:
  • 10:56 - 11:00
    "Olá, Shaka. Vi a Oprah Winfrey
    a mencionar o teu nome
  • 11:00 - 11:02
    "na CNN, ontem à noite."
  • 11:02 - 11:05
    Estava super emocionada, até exuberante.
  • 11:06 - 11:08
    Fiquei preocupado.
  • 11:08 - 11:12
    Porque pensei no que aconteceria
    quando ela dissesse a outro pai,
  • 11:12 - 11:14
    e a outro pai,
  • 11:14 - 11:17
    e depois iriam pesquisar-me
  • 11:17 - 11:18
    e iriam descobrir
  • 11:18 - 11:21
    que eu tinha estado preso
    por homicídio em segundo grau.
  • 11:21 - 11:23
    Depois o filho deles ouve a história.
  • 11:23 - 11:26
    Vem para a escola e diz ao Sekou:
  • 11:26 - 11:29
    "O teu pai foi condenado
    por assassinar alguém."
  • 11:31 - 11:34
    Recordo-me,
    enquanto via o Sekou a correr,
  • 11:34 - 11:37
    saber que tinha de telefonar à Ebony.
  • 11:37 - 11:40
    Quando lhe telefonei
    e lhe expliquei o que acontecera,
  • 11:40 - 11:43
    a Ebony disse:
    "Tens de ter a conversa."
  • 11:44 - 11:47
    Por isso, levei o Sekou para casa,
  • 11:47 - 11:49
    preparei-o para dormir,
  • 11:49 - 11:51
    e falei com ele durante meia hora.
  • 11:52 - 11:54
    Falei com ele sobre a razão
    pela qual fui para a prisão,
  • 11:54 - 11:57
    e ouvi o que ele tinha a dizer sobre isso.
  • 11:57 - 12:00
    Depois, ligámos à mãe
    para fazermos o nosso ritual noturno
  • 12:00 - 12:02
    de ela oferecer a sua prece
  • 12:02 - 12:05
    e eu fazer afirmações.
  • 12:05 - 12:08
    Recordo-me de o abraçar firmemente.
  • 12:08 - 12:12
    Apercebi-me da importância
    das afirmações que fazemos à noite.
  • 12:12 - 12:15
    Vejo-as como um mapa, um guia,
  • 12:15 - 12:19
    uma referência
    para outros pais protegerem
  • 12:20 - 12:22
    e darem poder aos seus filhos,
  • 12:23 - 12:26
    especialmente num mundo
    onde isso é bastante difícil.
  • 12:26 - 12:29
    Para nós, a parentalidade é muito mais
  • 12:29 - 12:32
    do que organizar horários
    para levar e ir buscar os filhos,
  • 12:32 - 12:34
    encontros com amigos,
  • 12:34 - 12:37
    decidir o que ele vai vestir
    e o que vai comer.
  • 12:37 - 12:40
    Para nós tem que ver com a ajuda
    mútua para carregar o peso,
  • 12:40 - 12:42
    descarregar a carga,
  • 12:42 - 12:46
    e mostrar-nos ao mundo
  • 12:46 - 12:48
    de forma a honrar a beleza do nosso filho.
  • 12:48 - 12:52
    É por estas razões
    que fazemos afirmações.
  • 12:52 - 12:55
    ER: Nunca pensámos que estaríamos aqui.
  • 12:55 - 12:57
    Mas, aqui estamos.
  • 12:57 - 13:00
    Esperamos que a forma
    como nos mostramos para o Sekou
  • 13:00 - 13:02
    e um ao outro
  • 13:02 - 13:05
    seja um modelo do que a parentalidade
    de sucesso possa ser.
  • 13:05 - 13:09
    Gostaríamos de vos convidar a todos
    para este ritual noturno de afirmações
  • 13:09 - 13:13
    que o Shaka faz com o Sekou
    todas as noites à hora de dormir.
  • 13:15 - 13:17
    SS: Olá.
  • 13:17 - 13:19
    (Aplausos)
  • 13:24 - 13:25
    - Sou bom
    - Sou bom.
  • 13:25 - 13:27
    - Sou o maior.
    - Sou o maior.
  • 13:27 - 13:29
    - Sou Incrível.
    - Sou incrível.
  • 13:29 - 13:30
    - Sou atencioso.
    - Sou atencioso.
  • 13:30 - 13:32
    - Sou gentil.
    - Sou gentil.
  • 13:32 - 13:34
    - Sou amável.
    - Sou amável.
  • 13:34 - 13:35
    - Sou caridoso.
    - Sou caridoso.
  • 13:35 - 13:37
    - Sou divertido.
    - Sou divertido.
  • 13:37 - 13:39
    - Sou esperto.
    - Sou esperto.
  • 13:39 - 13:41
    - Sou um rapaz crescido.
    - Sou um rapaz crescido.
  • 13:41 - 13:43
    - Sou um soldado.
    - Sou um soldado.
  • 13:43 - 13:45
    - Sou um guerreiro.
    - Sou um guerreiro.
  • 13:45 - 13:46
    - Sou o Sekou.
    - Sou o Sekou.
  • 13:46 - 13:49
    (Aplausos)
  • 13:53 - 13:54
    ER: Bom trabalho, bebé.
Title:
Como os pais separados podem ser aliados e não adversários
Speaker:
Ebony Roberts, Shaka Senghor
Description:

Quando Shaka Senghor e Ebony Roberts terminaram a sua relação fizeram um pacto para proteger o filho de ambos da separação. Daí resultou uma meditação poética sobre o que significa educar uma criança em conjunto, contudo, separados. Nesta palestra emocionante e profundamente pessoal, Senghor e Roberts partilham a sua abordagem à parentalidade como pais separados. Uma parceria igualitária e ativa que se move através dos obstáculos e se revela nos prazeres de conduzir o seu filho pelo mundo com consideração e intenção.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
14:07

Portuguese subtitles

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