Uma história visual do conhecimento humano
-
0:01 - 0:02Nos últimos dez anos,
-
0:02 - 0:08venho pesquisando a forma como as pessoas
organizam e visualizam a informação. -
0:08 - 0:10E notei uma mudança interessante.
-
0:10 - 0:12Durante muito tempo,
-
0:12 - 0:16acreditamos num ordenamento
natural no mundo que nos cerca, -
0:16 - 0:21também conhecida como A Grande Cadeia
dos Seres ou, em latim, "scala naturae", -
0:21 - 0:25uma estrutura hierárquica que normalmente
começa com Deus no topo, -
0:25 - 0:28seguido por anjos, nobres,
-
0:28 - 0:31pessoas comuns, animais,
e assim por diante. -
0:32 - 0:36Na verdade, essa ideia se baseia
na ontologia de Aristóteles, -
0:36 - 0:41que classifica todas as coisas conhecidas
num grupo de categorias opostas, -
0:41 - 0:43como podem ver aqui.
-
0:45 - 0:48Mas, curiosamente, com o tempo,
-
0:48 - 0:52esse conceito adotou o esquema
de ramificações de uma árvore, -
0:52 - 0:55no que se tornou conhecido
como a Árvore de Porfírio, -
0:55 - 0:58também considerada a árvore
mais velha do conhecimento. -
0:59 - 1:01O sistema de ramificações era, de fato,
-
1:01 - 1:04uma metáfora tão poderosa
para transmitir informação -
1:04 - 1:08que se tornou, com o tempo,
uma importante ferramenta de comunicação -
1:08 - 1:11para mapear diversos
sistemas do conhecimento. -
1:11 - 1:14Temos árvores sendo usadas
para mapear a moralidade, -
1:14 - 1:17como a famosa árvore das virtudes
e a árvore dos vícios, -
1:17 - 1:21como podem ver aqui nessas lindas
ilustrações da Europa medieval. -
1:21 - 1:24Temos árvores sendo usadas
para mapear a consanguinidade, -
1:24 - 1:26os laços de sangue entre as pessoas.
-
1:27 - 1:30Também temos árvores sendo
usadas para mapear a genealogia, -
1:30 - 1:33talvez o arquétipo mais famoso
do diagrama da árvore. -
1:33 - 1:36Imagino que muitos aqui já tenham
visto uma árvore genealógica. -
1:36 - 1:41Provavelmente alguns até tenham
a árvore da sua família nesse formato. -
1:41 - 1:44Temos árvores mapeando os sistemas legais,
-
1:44 - 1:49os vários decretos e normas
de reis e governantes. -
1:50 - 1:54E, finalmente, é claro, uma metáfora
científica muito popular -
1:54 - 1:58são as árvores usadas para mapear
as espécies conhecidas pelo homem. -
1:59 - 2:03E, no final das contas, elas se tornaram
uma metáfora visual muito poderosa -
2:03 - 2:06por encarnarem, de muitas formas,
esse desejo humano -
2:06 - 2:09pela ordem, pelo equilíbrio,
pela unidade, pela simetria. -
2:10 - 2:14No entanto, hoje em dia enfrentamos
novos desafios complexos e intrincados -
2:14 - 2:19que não podem ser entendidos meramente
com um simples diagrama de árvore. -
2:20 - 2:23Atualmente, está surgindo
uma nova metáfora -
2:23 - 2:25que está substituindo a árvore
-
2:25 - 2:28na visualização dos diversos
sistemas do conhecimento -
2:28 - 2:33e nos oferecendo de fato novas lentes
para entender o mundo que nos cerca. -
2:34 - 2:37E essa nova metáfora é a metáfora da rede.
-
2:38 - 2:41Podemos observar essa mudança
de árvores para redes -
2:41 - 2:43em muitos campos do conhecimento.
-
2:43 - 2:47Vemos essa mudança na forma
como tentamos entender o cérebro. -
2:48 - 2:50Se, no passado, pensávemos no cérebro
-
2:50 - 2:53como um órgão centralizado, modular,
-
2:53 - 2:57em que uma dada área era responsável
por um grupo de ações e comportamentos, -
2:57 - 2:58quanto mais conhecemos o cérebro,
-
2:58 - 3:02mais pensamos nele
como uma grande sinfonia, -
3:02 - 3:04tocada por centenas
e milhares de instrumentos. -
3:04 - 3:08Esta é uma linda imagem
criada pelo "Blue Brain Project", -
3:08 - 3:12na qual vemos 10 mil neurônios
e 30 milhões de conexões. -
3:13 - 3:17E estes são apenas 10% do mapeamento
do neocórtex dos mamíferos. -
3:19 - 3:23Percebemos também a mudança na forma
de se conceber o conhecimento humano. -
3:24 - 3:27Estas são árvores notáveis
do conhecimento, ou árvores da ciência, -
3:27 - 3:30do estudioso espanhol Raimundo Lúlio.
-
3:30 - 3:32E Lúlio foi, na verdade, um precursor,
-
3:32 - 3:36o primeiríssimo a criar a metáfora
da ciência como uma árvore, -
3:36 - 3:39uma metáfora que usamos todo
santo dia quando dizemos: -
3:39 - 3:40"A biologia é um ramo da ciência",
-
3:40 - 3:41quando dizemos:
-
3:41 - 3:43"A genética é um ramo da ciência".
-
3:44 - 3:48Mas, talvez, a árvore do conhecimento
mais linda, pelo menos para mim, -
3:48 - 3:52foi a criada pela enciclopédia francesa
de Diderot e d'Alembert em 1751. -
3:52 - 3:55Esse foi realmente o baluarte
do Iluminismo francês, -
3:55 - 3:59e esta linda ilustração
foi concebida como o índice -
3:59 - 4:00da enciclopédia.
-
4:00 - 4:05Ela, na verdade, mapeia todos
os domínios do conhecimento -
4:05 - 4:07como ramos separados de uma árvore.
-
4:08 - 4:11Mas o conhecimento é muito
mais intrincado que isso. -
4:11 - 4:15Existem dois mapas da Wikipédia
mostrando a interligação entre os artigos -
4:15 - 4:20relacionados à história, à esquerda,
e à matemática, à direita. -
4:20 - 4:22Penso que, observando estes mapas
-
4:22 - 4:24e outros que foram criados pela Wikipédia,
-
4:24 - 4:27provavelmente uma das maiores estruturas
rizomáticas criadas pelo homem, -
4:27 - 4:30conseguimos entender
como o conhecimento humano -
4:30 - 4:34é muito mais intrincado e interdependente,
exatamente como uma rede. -
4:35 - 4:38Também pode-se observar
a interessante mudança -
4:38 - 4:41na forma como mapeamos
os laços sociais entre as pessoas. -
4:42 - 4:44Este é um organograma típico.
-
4:44 - 4:46Estou supondo que muitos
aqui já viram um semelhante -
4:46 - 4:48em suas empresas, ou em outras.
-
4:48 - 4:50É uma estrutura hierárquica
-
4:50 - 4:53que normalmente começa
com o presidente no topo, -
4:53 - 4:57e onde podemos ir descendo
até os trabalhadores individuais na base. -
4:58 - 5:03Mas os humanos são únicos,
cada um a seu modo, -
5:03 - 5:08e, às vezes, não se adaptam
a uma estrutura tão rígida. -
5:09 - 5:12Acho que a Internet está realmente
mudando esse paradigma. -
5:12 - 5:15Este é um mapa fantástico
de colaboração social on-line -
5:15 - 5:17entre desenvolvedores "Perl".
-
5:17 - 5:19"Perl" é uma famosa
linguagem de programação, -
5:19 - 5:22e aqui vocês podem ver
como diferentes programadores -
5:22 - 5:26estão, de fato, trocando arquivos
e trabalhando juntos num dado projeto. -
5:26 - 5:30E dá para notar que este é um processo
completamente descentralizado, -
5:30 - 5:32não existe um líder nessa organização,
-
5:32 - 5:33é uma rede.
-
5:34 - 5:40Também podemos ver essa interessante
mudança quando analisamos o terrorismo. -
5:40 - 5:43Um dos maiores desafios para se entender
o terrorismo hoje em dia -
5:43 - 5:47é o fato de estarmos lidando com células
descentralizadas, independentes, -
5:47 - 5:50onde não há um líder
conduzindo o processo todo. -
5:51 - 5:54E aqui podem ver como
a visualização está sendo usada. -
5:54 - 5:56O diagrama aqui atrás de mim
-
5:56 - 6:00mostra todos os terroristas envolvidos
no ataque de Madri em 2004. -
6:00 - 6:03E, na verdade, o que eles fizeram
foi segmentar a rede -
6:03 - 6:04em três anos diferentes,
-
6:04 - 6:07representados por camadas verticais
que vocês veem atrás de mim. -
6:07 - 6:09As linhas azuis unem
-
6:09 - 6:13as pessoas que estavam
naquela rede ano a ano. -
6:13 - 6:15Daí, mesmo sem um líder
propriamente dito, -
6:15 - 6:18provavelmente essas pessoas
são as mais influentes da organização, -
6:18 - 6:21as que mais sabem sobre o passado
-
6:21 - 6:24e os planos e os objetivos
dessa célula em particular. -
6:25 - 6:28Vemos também essa mudança
de árvores para redes -
6:28 - 6:32na forma como classificamos
e organizamos as espécies. -
6:33 - 6:36A imagem à direita é a única ilustração
-
6:36 - 6:39que Darwin incluiu
em "A Origem das Espécies", -
6:39 - 6:42a qual ele chamou de a "Árvore da Vida".
-
6:42 - 6:45Na verdade, existe uma carta
de Darwin para o editor do livro -
6:45 - 6:48ressaltando a importância
desse diagrama em particular. -
6:48 - 6:50Ele foi crucial para a teoria
da evolução de Darwin. -
6:51 - 6:55Mas, recentemente, os cientistas
descobriram que, recobrindo essa árvore, -
6:55 - 6:57existe uma densa rede de bactérias,
-
6:57 - 7:02e essas bactérias na verdade estão ligando
espécies que eram completamente separadas, -
7:02 - 7:05naquilo que os cientistas chamam
hoje não de árvore da vida, -
7:05 - 7:08mas de teia da vida, rede da vida.
-
7:09 - 7:12E, finalmente, podemos
ver essa mudança de novo -
7:12 - 7:15quando observamos os ecossistemas
do nosso planeta. -
7:16 - 7:19Nada de diagramas simplificados
de predador versus presa -
7:19 - 7:21que todos aprendemos na escola.
-
7:21 - 7:24Esta é uma representação muito
mais precisa de um ecossistema. -
7:24 - 7:27Este diagrama foi criado
pelo professor David Lavigne, -
7:27 - 7:31mapeando cerca de 100 espécies
que interagem com o bacalhau -
7:31 - 7:34na costa da Terra Nova, no Canadá.
-
7:34 - 7:38Acho que assim vamos conseguir entender
a natureza intrincada e interdependente -
7:38 - 7:41da maioria dos ecossistemas
que abundam em nosso planeta. -
7:42 - 7:46Mas, mesmo sendo recente,
essa metáfora da rede -
7:46 - 7:49já está adotando várias formas e formatos
-
7:49 - 7:52e quase se tornando
uma taxonomia visual dominante. -
7:52 - 7:54Quase se tornando a sintaxe
de uma nova linguagem. -
7:54 - 7:58E esse aspecto realmente me fascina.
-
7:58 - 8:00Estas são, na verdade,
15 tipologias diferentes -
8:00 - 8:02que venho coletando ao longo do tempo,
-
8:02 - 8:06que mostram a imensa diversidade
visual dessa nova metáfora. -
8:07 - 8:09Eis aqui um exemplo.
-
8:09 - 8:13Na parte de cima, temos
uma convergência radial, -
8:13 - 8:17um modelo de visualização que se tornou
bastante popular nos últimos cinco anos. -
8:17 - 8:22E, no alto, à esquerda, o primeiro
projeto é uma rede de genes, -
8:22 - 8:26seguida por uma rede de endereços IP,
isto é, máquinas, servidores, -
8:26 - 8:29seguida por uma rede
de amigos no Facebook. -
8:29 - 8:32Seria difícil encontrar
tópicos mais díspares, -
8:32 - 8:36mas, ainda assim, estão usando a mesma
metáfora, o mesmo modelo visual, -
8:36 - 8:40para mapear as complexidades
ilimitadas do seu próprio objeto. -
8:41 - 8:44E aqui estão mais alguns exemplos
dos muitos que venho coletando -
8:44 - 8:47dessa dominante taxonomia visual de redes.
-
8:48 - 8:52Mas redes não são apenas
uma metáfora científica. -
8:52 - 8:55Quando designers,
pesquisadores e cientistas -
8:55 - 8:57tentam mapear sistemas
complexos diversos, -
8:57 - 9:01eles também estão influenciando
campos tradicionais da arte, -
9:01 - 9:02como a pintura e a escultura,
-
9:02 - 9:05e influenciando diversos artistas.
-
9:05 - 9:09E, como talvez as redes tenham
uma enorme força estética para eles, -
9:09 - 9:11por serem deslumbrantes,
-
9:11 - 9:13elas estão se tornando um "meme" cultural
-
9:13 - 9:17e liderando um novo movimento,
que chamei de "networkismo". -
9:18 - 9:22E podemos ver a influência
nesse movimento de diversas formas. -
9:22 - 9:24Este é apenas um dos muitos exemplos
-
9:24 - 9:26em que podemos ver essa influência
da ciência na arte. -
9:26 - 9:29O exemplo do lado esquerdo
é um mapeamento IP, -
9:29 - 9:31um mapa de endereços IP
gerado por computador, -
9:31 - 9:33
ou seja, servidores e máquinas. -
9:33 - 9:34E, à sua direita,
-
9:34 - 9:39temos "Transient Structures
and Unstable Networks", de Sharon Molloy, -
9:39 - 9:42que usou óleo e esmalte sobre a tela.
-
9:42 - 9:45Aqui estão mais algumas pinturas
de Sharon Molloy, -
9:45 - 9:48pinturas lindas, intrincadas.
-
9:48 - 9:52Aqui, um outro exemplo dessa
interessante polinização cruzada -
9:52 - 9:54entre a ciência e a arte.
-
9:54 - 9:56Do lado esquerdo, temos "Operation Smile".
-
9:56 - 9:59É um mapa, gerado por computador,
de uma rede social. -
9:59 - 10:03Do lado direito, temos "Field 4",
de Emma McNally, -
10:03 - 10:05usando apenas grafite sobre papel.
-
10:05 - 10:09Emma McNally é uma das principais
líderes desse movimento, -
10:09 - 10:11e ela cria essas paisagens
imaginárias incríveis, -
10:11 - 10:16nas quais podemos notar a influência
da visualização em rede tradicional. -
10:18 - 10:21Mas o "networkismo" não acontece
apenas em duas dimensões. -
10:21 - 10:25Talvez este seja um dos meus projetos
favoritos desse novo movimento. -
10:25 - 10:27E acho que o título realmente diz tudo.
-
10:27 - 10:30O nome é "Galaxies Forming
Along Filaments, -
10:30 - 10:34Like Droplets Along the Strands
of a Spider's Web". -
10:35 - 10:38Este projeto em particular
eu acho imensamente poderoso. -
10:38 - 10:40Ele foi criado por Tomás Saraceno,
-
10:40 - 10:42que ocupa grandes espaços,
-
10:42 - 10:46cria essas instalações enormes
usando apenas fios elásticos. -
10:46 - 10:50À medida que se navega no espaço
e se balança nesses fios elásticos, -
10:50 - 10:55a rede inteira meio que muda,
quase como uma rede orgânica real faria. -
10:55 - 10:57Eis aqui um outro exemplo
-
10:57 - 11:00do "networkismo" levado a um nível
completamente diferente. -
11:00 - 11:04Isso foi criado pela artista japonesa
Chiharu Shiota -
11:04 - 11:06numa peça chamada "In Silence".
-
11:06 - 11:11E Chiharu, como Tomás Saraceno,
enche salas com essa rede densa, -
11:11 - 11:15esta teia densa de fios elásticos
e de lã e linha pretas, -
11:15 - 11:18algumas vezes incluindo objetos,
como podem ver aqui, -
11:18 - 11:21às vezes incluindo até pessoas
em muitas das instalações. -
11:23 - 11:26Mas as redes não são
apenas uma nova tendência, -
11:26 - 11:29e é muito fácil para nós
rejeitá-las como tais. -
11:29 - 11:33As redes encarnam realmente
noções de descentralização, -
11:33 - 11:36de interconexão, de interdependência.
-
11:36 - 11:39E essa nova forma de pensar é fundamental
-
11:39 - 11:43para resolvermos muitos dos complexos
problemas que enfrentamos atualmente, -
11:43 - 11:44desde decodificar o cérebro humano
-
11:44 - 11:47até entender o vasto universo aí fora.
-
11:48 - 11:52No lado esquerdo, temos a imagem
da rede neural de um camundongo, -
11:52 - 11:55muito similar à nossa própria
nessa mesma escala. -
11:56 - 11:58E, no lado direito, temos
a Simulação do Milênio. -
11:58 - 12:01Foi a maior e mais realista simulação
-
12:01 - 12:04do crescimento da estrutura cósmica.
-
12:04 - 12:08Foi capaz de recriar a história
de 20 milhões de galáxias -
12:08 - 12:12com aproximadamente 25 terabytes de dados.
-
12:12 - 12:14E, coincidentemente ou não,
-
12:14 - 12:15acho em especial essa comparação
-
12:15 - 12:18entre a menor escala
do conhecimento, o cérebro, -
12:18 - 12:21e a maior escala do conhecimento,
o próprio universo, -
12:21 - 12:24muito impressionante e fascinante.
-
12:24 - 12:27Pois, como uma vez Bruce Mau disse:
-
12:27 - 12:29"Quando tudo está conectado
a todo o resto, -
12:29 - 12:31para o bem ou para o mal,
tudo importa". -
12:31 - 12:32Muito obrigado.
-
12:32 - 12:36(Aplausos)
- Title:
- Uma história visual do conhecimento humano
- Speaker:
- Manuel Lima
- Description:
-
Como o conhecimento se desenvolve? Muitas vezes, começa com um "insight" e se expande em muitos ramos. Manuel Lima, especialista em Infografia, explora a história milenar do mapeamento de dados — das línguas às dinastias —, usando árvores de informações. Trata-se da fascinante história das visualizações e de um olhar sobre esse desejo humano incontrolável de mapear o nosso conhecimento.
- Video Language:
- English
- Team:
closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 12:49
![]() |
Leonardo Silva approved Portuguese, Brazilian subtitles for A visual history of human knowledge | |
![]() |
Leonardo Silva edited Portuguese, Brazilian subtitles for A visual history of human knowledge | |
![]() |
Leonardo Silva edited Portuguese, Brazilian subtitles for A visual history of human knowledge | |
![]() |
Leonardo Silva edited Portuguese, Brazilian subtitles for A visual history of human knowledge | |
![]() |
Fernando Gonçalves accepted Portuguese, Brazilian subtitles for A visual history of human knowledge | |
![]() |
Fernando Gonçalves edited Portuguese, Brazilian subtitles for A visual history of human knowledge | |
![]() |
Fernando Gonçalves edited Portuguese, Brazilian subtitles for A visual history of human knowledge | |
![]() |
Fernando Gonçalves edited Portuguese, Brazilian subtitles for A visual history of human knowledge |