Kerry James Marshall: Nos Museus | Art21 "Mini-álbum"

Episódio #030: Kerry James Marshall discute sua relação com os museus, durante a instalação da exibição "Black Romantic" na Galeria Jack Shainman, Nova Iorque, que inclui cinco quadros dos artistas da série "Vignettes" (2003-07).

Marshall confronta instituições de arte, e o cânone da Arte Ocidental em geral, sobre a evidente ausência de artistas negros. “Nós assumimos que é assim
que a história da arte foi estruturada”, diz Marshall. “Eles (os artistas apresendados nos museus) são todos europeus. E quando outras pessoas entraram em cena? Só quando elas são dominadas e colonizadas pelos europeus.”

O trabalho de Kerry James Marshalls é baseado em uma work is based on a broad range of art-historical references, from Renaissance painting to folk art. A striking aspect of his paintings is the emphatically black skin tone of his figures, a development the artist says emerged from an investigation into the invisibility of blacks in America and the unnecessarily negative connotations associated with darkness.

Saiba mais sobre o artista em:
https://art21.org/artist/kerry-james-marshall/

Produtor de vídeo: Wesley Miller e Nick Ravich. Câmera e Som: Nick Ravich. Editor: Mary Ann Toman. Cortesia de Arte: Kerry James Marshall. Agradecimentos: Jack Shainman Gallery.

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NOS MUSEUS

Você entra no museu, e a forma
como eles são estruturados,

principalmente os grandes
museus enciclopédicos,

onde você pode entrar,
e sua introdução ao mundo da arte

se dá através de coleções
promitivas e antigas.

Você vai subindo as escadas,
e vê o trabalho medieval europeu.

.

Então você percorre todo o caminho
desde o século XIV, o século XV,

o século XVI, o século XVII,
o século XVIII, o século XIX,

e todas essas coisas magníficas.

É tudo ótimo. Todos nós gostamos.

.

Mas em algum momento,
você percebe a sua ausência

em toda a linha do tempo que desenvolve
esse tipo de narrativa de maestria.

Nós assumimos que é assim
que a história da arte foi estruturada.

Como se as pessoas que fazem as coisas,

e essas pessoas são as que fazem
as melhores coisas,

são todas europeias.

Elas são todas europeias.

E quando outras pessoas entram em cena?

Só quando elas são dominadas
e colonizadas pelos europeus.

E o que elas começam a fazer?

Elas começaram a fazer
o que os europeus estavam fazendo.

Se houvessem tantas instituições
como o Museu de Arte Moderna,

como o Museu Whitney, como o Metropolitan,

se houvessem instituições
onde as pessoas quiseram participar,

que fossem dirigidas por negros,
chineses, por todas as pessoas,

isso não seria uma questão,
de jeito nenhum.

Só é uma questão porque
só há esse grupo de instituições,

que todos reconhecem como as melhores,

e você sabe que não a controla,

então tem que continuar pedindo àqueles
que controlam para que o deixem entrar.