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Mies van der Rohe, Seagram Building, New York City (1958)

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    Eu sou Matthew Postal
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    que foi um historiador de arquitetura.
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    Estamos na Park Avenue na rua 53
  • 0:10 - 0:13
    de frente para um dos prédios mais
    importantes
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    da história da arquitetura dos Estados
    Unidos.
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    O prédio Seagram de Ludwig Mies
    van der Rohe.
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    Foi construído entre 56 e 58.
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    Você pode me dar uma rápida opinião
    do por quê ele é tão importante?
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    É importante de várias maneiras.
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    Mies faz designs desse tipo desde 1920,
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    mas nunca teve a chance de fazer
    um prédio comercial.
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    É a primeira oportunidade para
    ver suas ideias.
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    Houveram muitas coisas que interviram.
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    Mies estava desenvolvendo suas ideias
    no papel no final da década de 10.
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    depois na década de 20 como você disse.
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    Então, ocorreu a revolução na Alemanha,
    a guerra,
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    o fim da grande depressão
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    Ele se muda para os Estados Unidos,
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    Faz o modelo do campus do instituto
    da armadura.
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    Então, ele tem essa comissão,
    o prédio Seagram.
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    Seagram era uma companhia canadense,
    de bebidas.
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    Talvez, a maior do mundo nessa época.
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    Acho que eles se deram muito bem
    por causa da Lei seca,
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    se me lembro bem.
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    Pois sua sede era no Canadá.
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    Pois sua sede era no Canadá
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    e toda a bebida podia ser contrabandeada
    para Chicago,
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    pelos grandes lagos.
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    Então, um deles tinha a central em Nova
    York.
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    Como isso ocorreu?
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    O histórico do prédio Seagram é,
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    que eles decidiram construir a central
    no meio da década de 50.
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    Olharam para a rua.
  • 1:22 - 1:27
    Ficaram impressionados com toda a
    notoriedade que Lever House tinha atraído.
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    Que era o primeiro ícone moderno
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    para expor na Park Avenue.
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    O primeiro prédio de parede de cortina
    em Manhattan.
  • 1:32 - 1:33
    Ok.
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    Charles Luckman,
  • 1:34 - 1:38
    que fora um dos executivos chefes
    na Lever,
  • 1:38 - 1:39
    foi treinado como arquiteto
  • 1:39 - 1:42
    e deixou a Lever para abrir sua
    própria firma.
  • 1:42 - 1:48
    Bronfman, que dirigia a Seagram
    recorreu a Luckman?
  • 1:48 - 1:49
    Como isso...
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    Ele contrata Luckman
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    e Luckman vai bem mais além
    dos desenhos iniciais.
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    Existe um modelo grande.
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    O modelos estava em sua sala
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    quando sua filha vem visitá-lo,
    Phyllis Lambert.
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    O que ela tem a ver com isso?
  • 2:00 - 2:02
    Ela estudava na Harvard,
  • 2:02 - 2:05
    na escola de arquitetura e design.
  • 2:05 - 2:08
    Ele disse, "Pai, isso é a coisa mais feia
    que eu já vi.
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    Espero que Luckman não esteja ouvindo.
  • 2:10 - 2:11
    O que ela faz?
  • 2:11 - 2:14
    Ela diz, "Pai, teremos de ir ao Museu de
    Arte Moderna"
  • 2:14 - 2:16
    "e você irá falar com Arthur Drexler,"
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    "o curado chefe de arquitetura."
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    O Museu é apenas a alguns quarteirões
    daqui,
  • 2:20 - 2:22
    também na 53, então será rápido.
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    O que Drexler disse a Bronfman?
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    Drexler disse que existiam três escolhas.
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    Le Corbusier.
  • 2:28 - 2:29
    O arquiteto francês.
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    Isso, muito difícil de trabalhar com ele.
  • 2:31 - 2:32
    Ok.
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    Tinha Frank Llyod Wright.
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    A escolha óbvia, o americano.
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    Mas, muito velho.
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    ahh.
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    Ele tinha quase 90 anos.
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    Ele sugeriu que fossem com Ludwig Mies
    van der Rohe.
  • 2:41 - 2:42
    Isso foi o que eles fizeram.
  • 2:42 - 2:44
    O que Mies fez aqui?
  • 2:44 - 2:46
    Ele construiu uma forma relativamente
    simples,
  • 2:46 - 2:49
    Uma torre com a laje folheada
    em bronze.
  • 2:49 - 2:50
    Espere um pouco.
  • 2:50 - 2:51
    Bronze?
  • 2:51 - 2:52
    É bronze.
  • 2:52 - 2:53
    Esculturas são feitas de bronze.
  • 2:53 - 2:55
    Por isso que sempre digo
  • 2:55 - 2:59
    que isso não é apenas um dos ícones
    da arquitetura moderna em Nova York,
  • 2:59 - 3:03
    mas também um dos prédios mais clássicos
    da cidade.
  • 3:03 - 3:03
    Interessante.
  • 3:03 - 3:07
    Você está pensando no classicismo da
    antigas esculturas gregas.
  • 3:07 - 3:10
    Esse prédio tem o que se espera de
    uma escultura.
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    Não é apenas um marrom escuro.
  • 3:13 - 3:16
    Tem uma sutileza com a cor
  • 3:16 - 3:19
    de uma forma bem sofisticada.
  • 3:19 - 3:21
    É um pouco mais escuro do que
    originalmente era,
  • 3:21 - 3:25
    mas imagine que cada ano, ao menos
    uma vez,
  • 3:25 - 3:27
    eles esfreguem com olho, para que
    não oxide.
  • 3:27 - 3:28
    Isso é ótimo.
  • 3:28 - 3:31
    Para que não fique verde ou vermelho.
  • 3:31 - 3:32
    Sim.
  • 3:32 - 3:35
    Qualquer das reações químicas que o bronze
    possa ter.
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    Mies amava a arquitetura grega
  • 3:37 - 3:40
    acima de tudo, então ele fez o prédio
  • 3:40 - 3:44
    muito simétrico, é uma estética bem
    disciplinada.
  • 3:44 - 3:48
    Se você olhar para os pilares que ficam
    na frente,
  • 3:48 - 3:50
    Parecem colunas caneladas.
  • 3:50 - 3:52
    Isso é bem interessante,
  • 3:52 - 3:54
    pois eles têm essas estrias verticais,
  • 3:54 - 3:55
    então é um tipo de canelamento.
  • 3:55 - 3:58
    Todo o prédio está dessa forma.
  • 3:58 - 4:00
    Parece um estilo grego,
  • 4:00 - 4:02
    como se estivéssemos olhando para
    o Parthenon.
  • 4:02 - 4:02
    Absolutamente.
  • 4:02 - 4:04
    Existe uma proporção aqui
  • 4:04 - 4:08
    que parece muito clássico e é incrível
    poder dizer que
  • 4:08 - 4:11
    apesar da altura do prédio,
    pois este é um grande prédio.
  • 4:11 - 4:13
    Os gregos estavam trabalhando
    em uma escala muito menor.
  • 4:13 - 4:15
    Os Romanos em uma escala um pouco
    maior.
  • 4:15 - 4:16
    mas nada como isso.
  • 4:16 - 4:18
    Esse é o desafio.
  • 4:18 - 4:20
    como você refina as lições dos antigos
  • 4:20 - 4:23
    em um prédio de metal e vidro.
  • 4:23 - 4:26
    É mesmo um projeto absurdo,
  • 4:26 - 4:29
    tentar pegar uma cultura e material
    industrial
  • 4:29 - 4:33
    e fazê-la lembrar construções de
    2500 anos de idade?
  • 4:33 - 4:34
    Mies diria que não.
  • 4:34 - 4:35
    Por que isso é legal?
  • 4:35 - 4:38
    Pois eu acho que o movimento moderno
  • 4:38 - 4:40
    na arquitetura sempre procurou um
    pouco de disciplina.
  • 4:40 - 4:44
    Sempre procurou balancear o velho
    e o novo.
  • 4:44 - 4:47
    Essa foi uma das soluções que ele achou.
  • 4:47 - 4:48
    Vejamos o prédio.
  • 4:48 - 4:49
    É bem limpo.
  • 4:49 - 4:53
    Quando você olha pra cima de baixo,
    ele apenas sobe.
  • 4:53 - 4:56
    O termo que me vem a mente
    é rapidez vertical.
  • 4:56 - 4:57
    Como uma ascensão.
  • 4:57 - 4:59
    Visualmente, fomos até o topo.
  • 4:59 - 5:00
    Como ele fez isso?
  • 5:00 - 5:02
    Olhe bem para os divisores verticais
  • 5:02 - 5:04
    que estão entre as janelas.
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    Eles basicamente sobem sem interrupção
    da base da torre até o topo.
  • 5:09 - 5:10
    estou olhando para eles
  • 5:10 - 5:13
    e não são simples divisores, parecem
    feixes em I.
  • 5:13 - 5:14
    Eles tem vigas.
  • 5:14 - 5:14
    Isso.
  • 5:14 - 5:15
    O que está acontecendo?
  • 5:15 - 5:18
    Eles não tem outro propósito senão
    o de decoração.
  • 5:18 - 5:22
    Eles tornam a superfície menos reta,
  • 5:22 - 5:23
    dão uma textura.
  • 5:23 - 5:24
    Uma profundidade.
  • 5:24 - 5:26
    Dão um pouco de profundidade.
  • 5:26 - 5:28
    Dá um jogo de luzes e sombras também.
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    Acho que quando fizeram construíram
    o prédio,
  • 5:30 - 5:34
    falaram sobre material industrial
    e sobre esse tipo de problemas,
  • 5:34 - 5:36
    mas a medida em que o tempo passou,
  • 5:36 - 5:38
    reconheceram que Mies sabia o que estava
    fazendo
  • 5:38 - 5:41
    e deixaram ter a decoração.
  • 5:41 - 5:44
    É decorativo, mas também é simbólico,
    não é,
  • 5:44 - 5:47
    pode causa dos feixes em I são o que
    sustentam o prédio?
  • 5:47 - 5:48
    Eles são "desplanejados".
  • 5:48 - 5:50
    Não esses feixes em I
  • 5:50 - 5:50
    Isso, não esses feixes em I.
  • 5:50 - 5:51
    Isso mesmo.
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    Eles estão refletindo o que está dentro
    do prédio,
  • 5:53 - 5:55
    o interior das estrutura.
  • 5:55 - 5:56
    Em uma escala menor.
  • 5:56 - 5:58
    Assumo que o interior,
  • 5:58 - 6:00
    é de aço e não bronze.
  • 6:00 - 6:01
    Isso, e você nunca irá querer vê-los.
  • 6:01 - 6:03
    Não são muito atraentes.
  • 6:03 - 6:05
    Mies tem esses feixes em I
  • 6:05 - 6:07
    e eles nos interessam.
  • 6:07 - 6:09
    Eles funcionam em um sentido decorativo.
  • 6:09 - 6:12
    Claro, estamos falando sobre um momento
    clássico
  • 6:12 - 6:15
    e o Parthenon por exemplo, é muito
    decorado,
  • 6:15 - 6:16
    então não existe proibição ali,
  • 6:16 - 6:19
    mas parece ser um
    pouco anátema par a forma
  • 6:19 - 6:22
    que geralmente pensamos
    de Mies van der Rohe
  • 6:22 - 6:24
    ou achamos do movimento moderno
    como
  • 6:24 - 6:26
    se quisesse despir o desnecessário
    e o decorativo.
  • 6:26 - 6:28
    Ele está permitindo isso.
  • 6:28 - 6:30
    Acho que é um estereótipo sobre
    modernismo,
  • 6:30 - 6:33
    pensar que não tem decoração alguma.
  • 6:33 - 6:35
    Pois existe um belo uso
  • 6:35 - 6:39
    não somente do exterior de bronze,
    mas dos mosaicos, mármore, granito
  • 6:39 - 6:42
    e temos essas belas piscinas refletoras
    na frente do prédio.
  • 6:42 - 6:44
    Baseado nesse orçamento fixo,
  • 6:44 - 6:47
    esse é um dos prédios mais caros de
    seu tempo.
  • 6:47 - 6:49
    Pois não está usando todo o seu...
  • 6:49 - 6:51
    Não usa todo o terreno,
  • 6:51 - 6:52
    mas não, por causa dos materiais.
  • 6:52 - 6:54
    Bronze é mais caro que alumínio.
  • 6:54 - 6:55
    Uma fortuna.
  • 6:55 - 6:55
    Sua maior parte é cobre.
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    Veja o travertino que envolve os bancos
    do elevador.
  • 6:59 - 7:01
    Sabe o que eu acho interessante?
  • 7:01 - 7:02
    quando você olha para os bancos do
    elevador,
  • 7:02 - 7:04
    existem quatro deles
  • 7:04 - 7:06
    eles passam pela membrana de vidro
  • 7:06 - 7:08
    que envolve o lobby.
  • 7:08 - 7:11
    esse vidro é como uma bolha de sabão
    que eles atravessaram.
  • 7:11 - 7:13
    Acho que eles dão uma solidez ao prédio.
  • 7:13 - 7:15
    Isso nos prende visualmente.
  • 7:15 - 7:16
    Isso, e também faz referência
  • 7:16 - 7:18
    aos antigos Romanos.
  • 7:18 - 7:18
    Como?
  • 7:18 - 7:19
    Pois esta é um travertino romano.
  • 7:19 - 7:20
    É um travertino.
  • 7:20 - 7:22
    Claro.
  • 7:22 - 7:25
    Apesar que de novo, Mies faz referência
    a antiguidade.
  • 7:25 - 7:27
    Você mencionou antes, esse pátio.
  • 7:27 - 7:29
    Esse prédio não está usando todo seu
    terreno.
  • 7:29 - 7:32
    Eles está bem ao fundo da Park Avenue.
  • 7:32 - 7:33
    O mais fundo possível.
  • 7:33 - 7:36
    Embora tenha pequenas edições no fundo.
  • 7:36 - 7:40
    Quando Mies foi perguntado o por quê
    de ter feito isso,
  • 7:40 - 7:42
    ele disse que queria prestar respeito
  • 7:42 - 7:45
    ao clube de tennis e raqueta do outro
    lado da rua,
  • 7:45 - 7:47
    que ele não queria sobrepujar
  • 7:47 - 7:51
    o grande Palazzo italiano de Mckin, prado
    e branco.
  • 7:51 - 7:53
    É um dos maiores prédios de Nova York.
  • 7:53 - 7:54
    essa é uma bela encruzilhada.
  • 7:54 - 7:57
    Temos o Lever House, Tennis e raqueta
    e o Seagram.
  • 7:57 - 7:58
    Um grande triunvirato.
  • 7:58 - 8:03
    Acho que ele queria criar o corredor
    para que seus prédios fossem vistos.
  • 8:03 - 8:07
    Acho que chegando perto do final
    do Palazzo
  • 8:07 - 8:08
    e olhando o prédio,
  • 8:08 - 8:13
    ele provê uma experiência arquitetural
    que não se vê com frequência em Nova York.
  • 8:13 - 8:13
    Existo algo mais aqui,
  • 8:13 - 8:15
    talvez um elemento clássico também,
  • 8:15 - 8:17
    parece que isso é um espaço público,
  • 8:17 - 8:18
    onde as pessoas se juntam.
  • 8:18 - 8:22
    A medida em que estamos aqui, existem
    pessoas que caminham e param e conversam,
  • 8:22 - 8:25
    tinham pessoas sentadas ao redor das
    piscinas.
  • 8:25 - 8:26
    Se torna um tipo de espaço social.
  • 8:26 - 8:28
    Isso é algo que Mies tinha interesse?
  • 8:28 - 8:30
    Se você olhar criticamente,
  • 8:30 - 8:34
    ele manteve os bancos no menor
    número possível.
  • 8:34 - 8:38
    Não parece ter nada que faça com que
    as pessoas fiquem aqui.
  • 8:38 - 8:39
    Isso é um assunto interessante.
  • 8:39 - 8:42
    Uma das falhas no modernismo
  • 8:42 - 8:45
    é essa qualidade antiséptica, essa frieza,
  • 8:45 - 8:48
    a falta de humanidade em uma escala
    humana.
  • 8:48 - 8:50
    Você acha que Mies criou algo
  • 8:50 - 8:53
    que nos permite ocupá-la confortavelmente,
  • 8:53 - 8:56
    ou é algo que nos aliena de alguma forma?
  • 8:56 - 8:58
    Acho que depende de onde você vem.
  • 8:58 - 9:01
    [Legendado por Alef Almeida]
Title:
Mies van der Rohe, Seagram Building, New York City (1958)
Description:

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Video Language:
English
Duration:
09:09

Portuguese, Brazilian subtitles

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