Linguagem Limpa e Modelos de Metáfora | Caitlin Walker | TEDxMerseyside
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0:04 - 0:06Obrigada.
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0:06 - 0:09Foi ótimo ver esta última palestra,
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0:09 - 0:12porque quero apresentar a vocês
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0:13 - 0:15uma linguagem de investigação
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0:15 - 0:18para que possamos questionar
nossa própria experiência e a do outro -
0:18 - 0:22de uma maneira completamente diferente
da que eu vivenciei quando criança. -
0:23 - 0:26Nessa palestra,
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0:28 - 0:31contarei um pouquinho sobre o meu passado
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0:31 - 0:34e por que ele foi tão importante para mim,
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0:34 - 0:37um pouco sobre David Grove,
que originou a Linguagem Limpa; -
0:37 - 0:38esta ferramenta não é minha.
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0:38 - 0:40O que fiz com ela é meu trabalho.
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0:40 - 0:42E aquele homem a cedeu gratuitamente.
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0:42 - 0:45Ele disse: "Faça o que quiser com ela"
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0:45 - 0:46e nós fizemos.
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0:46 - 0:50Oferecerei a mesma coisa para vocês aqui.
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0:50 - 0:53Vou falar sobre alguns estudos de caso.
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0:53 - 0:55Um deles, curiosamente,
é no Liverpool John Moores, -
0:55 - 0:59e tem sido um grande projeto
aqui na Universidade, -
0:59 - 1:01usando linguagem limpa e metáforas.
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1:01 - 1:02Falarei sobre isso.
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1:02 - 1:05E então finalizaremos com:
"O que gostariam que acontecesse?" -
1:07 - 1:09Um pouquinho sobre o meu passado.
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1:09 - 1:12Sou norte-americana por nacionalidade,
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1:12 - 1:15mas meu pai é britânico e nasci na África,
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1:15 - 1:18o que significa que aos nove anos,
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1:18 - 1:22nasci na África, fui para Newcastle,
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1:22 - 1:25morei lá por um tempo,
era muito frio e cinza, -
1:25 - 1:28me mudei para a Califórnia
e morei lá um pouco. -
1:28 - 1:30Quando se viveu em três continentes,
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1:30 - 1:34você entende rapidamente
que as regras não são verdadeiras. -
1:34 - 1:36Quando se muda para uma nova sociedade,
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1:36 - 1:41ela é regida por toda uma carga de regras
sobre a maneira como fazem as coisas, -
1:41 - 1:44você as aprende e faz coisas que afetam
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1:44 - 1:46a maneira como pensa,
o que faz, o que fala, -
1:46 - 1:48com quem sai e conversa,
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1:48 - 1:52e então você se muda de novo e tudo muda.
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1:52 - 1:53Com nove anos,
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1:53 - 1:57eu morava na Califórnia e me disseram
que não podia ser amiga de Tui, -
1:57 - 1:58o único garoto com quem me conectei,
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1:58 - 2:00porque ele era negro.
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2:00 - 2:04Eu disse: "Mas isso não é certo.
É só uma regra que inventaram. -
2:04 - 2:08Podíamos criar regras novas
e isso não importar mais", -
2:09 - 2:13mas não podemos, porque estando nessa
sociedade, essas regras são verdadeiras, -
2:13 - 2:16estão tão profundamente embutidas
que não são facilmente contrariadas, -
2:16 - 2:20certamente não por uma garota
muito séria de nove anos. -
2:21 - 2:23Então, parti numa missão
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2:23 - 2:27de descobrir alguma ferramenta
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2:27 - 2:32que permitisse ver minhas próprias regras,
ajudar outras pessoas a verem as delas, -
2:32 - 2:35sem envolver julgamento
e que nos levaria a dizer: -
2:35 - 2:39"Quais regras funcionam e quais não?
O que gostaríamos que acontecesse?" -
2:39 - 2:41Então estudei antropologia e linguística
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2:41 - 2:44na Escola de Estudos
Orientais e Africanos. -
2:44 - 2:46Mas enquanto fazia isso,
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2:46 - 2:50havia um homem na Nova Zelândia
chamado David Grove. -
2:50 - 2:55Ele tinha mãe maori e pai britânico
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2:55 - 3:00e foi criado no Exército
da Salvação, para servir. -
3:00 - 3:04David estudava psicoterapeutas reflexivos,
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3:04 - 3:08pessoas como Virginia Satir,
Milton Erickson, Carl Rogers, -
3:08 - 3:10examinando as transcrições deles.
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3:10 - 3:14Pessoas que escutavam outras pessoas;
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3:14 - 3:18eram psicoterapeutas muito geniais;
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3:18 - 3:24e refletiam de volta a sua experiência
pra que construíssem um senso de si mesmos -
3:24 - 3:27sem a interferência dos psicoterapeutas.
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3:27 - 3:28David disse:
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3:28 - 3:31"Se observarmos os padrões
nas transcrições deles, -
3:31 - 3:34podemos ver como começam
a moldar as perguntas -
3:34 - 3:37com base nos padrões,
regras e ideias deles, -
3:37 - 3:39e se examinarmos uma série delas,
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3:39 - 3:42podemos sentir os padrões internos
do psicoterapeuta -
3:42 - 3:45que não têm a ver com a outra pessoa,
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3:45 - 3:46e sim com eles mesmos".
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3:46 - 3:52E ele disse: "E se fizéssemos
perguntas que não tivessem conteúdo? -
3:52 - 3:55Apenas fizéssemos perguntas
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3:56 - 4:00sobre localização, atributo
e o que acontece a seguir? -
4:01 - 4:03Que tipo de coisa é essa?
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4:03 - 4:05O que é isso? Cadê?
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4:05 - 4:06De onde isso vem?
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4:06 - 4:07O que acontece depois?
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4:07 - 4:09Como é?
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4:09 - 4:11E se isso foi tudo o que você fez,
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4:11 - 4:14o que acontece com as pessoas
com quem está trabalhando?" -
4:14 - 4:18Essa era a missão dele,
estava procurando especialmente pessoas -
4:18 - 4:23que sofreram abuso sexual infantil;
ele trabalhou com veteranos do Vietnã; -
4:23 - 4:29pessoas que tiveram experiências difíceis
de várias maneiras até pra se expressarem. -
4:29 - 4:33David ajudou a construir um panorama
em torno de seus sistemas. -
4:33 - 4:34Não vou explicar isso.
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4:34 - 4:37É mais fácil apenas contar uma história.
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4:38 - 4:42Ele desenvolvia isso há 15 anos,
eu estava na minha pequena missão -
4:42 - 4:44e algumas pessoas
que nos conheciam disseram: -
4:44 - 4:48"Você deve conhecer esse homem,
ele é incrivelmente bom", então eu fui. -
4:48 - 4:52Tinha voltado de Gana, onde fiz
um doutorado em inteligência artificial. -
4:52 - 4:55Eu fazia muita programação
de computadores na época. -
4:57 - 4:58Fui até ele.
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4:58 - 5:01Ele estava no palco
e um cliente havia aparecido. -
5:01 - 5:03Ele disse: "Alguém quer trabalhar comigo?"
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5:03 - 5:04Alguém disse que sim.
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5:04 - 5:07Ele disse: "O que gostaria
que acontecesse?" -
5:07 - 5:08Vejam o que ele disse.
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5:08 - 5:10"O que você gostaria que acontecesse?"
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5:10 - 5:14Ela disse: "Sempre que falo em público,
simplesmente perco a voz". -
5:15 - 5:17Ele disse: "Simplesmente perde a voz.
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5:17 - 5:20E quando a perde, como é essa perda?"
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5:20 - 5:21Ela disse: "Ela desaparece".
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5:21 - 5:27"E quando desaparece,
para onde essa voz vai?" -
5:27 - 5:28Ela disse: "Entra em um buraco".
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5:28 - 5:31"Há mais alguma coisa sobre esse buraco?"
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5:33 - 5:35"Meu pai".
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5:35 - 5:36"Seu pai.
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5:36 - 5:39E além de seu pai, há mais alguma coisa?"
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5:40 - 5:41Ela disse: "Fico presa".
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5:42 - 5:45Dava para ver que o que quer
que fosse falar em público, -
5:45 - 5:48ela travava e dizia: "Estou presa".
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5:48 - 5:51"E você fica presa. E que tipo
de "eu" está preso desse jeito?" -
5:51 - 5:53"Estou prendendo a respiração".
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5:53 - 5:57"E eu estou prendendo a respiração.
Há algo mais sobre essa respiração?" -
5:57 - 6:01Enquanto o assistia trabalhar
e ela estava lá no palco, -
6:01 - 6:05eu a vi travar, a fisiologia do sintoma.
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6:05 - 6:09E com a linguagem limpa,
ele, de maneira lenta e segura, -
6:09 - 6:12construiu o panorama em torno do sintoma,
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6:12 - 6:14o que induz metáforas.
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6:15 - 6:18Não sei o que vocês acharam.
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6:18 - 6:20Todos estremecemos
com o que assistimos. -
6:20 - 6:21E os ritos de passagem
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6:21 - 6:25foram que uma coisa é
expressa em termos de outra. -
6:26 - 6:30Aquela mulher de 40 anos,
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6:30 - 6:33quando era criança,
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6:33 - 6:37entrou em um quarto e viu o pai se matar.
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6:39 - 6:40Por ter internalizado tudo
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6:40 - 6:45e não ter tido uma comunidade
para se lamentar, compartilhar -
6:45 - 6:49e se desprender daquilo,
isso se instalou na psique dela. -
6:50 - 6:54Simplesmente, toda vez que ela saía
para algum lugar ou fazia alguma coisa, -
6:54 - 6:57especialmente quando havia
algo grande e importante, -
6:57 - 7:02ela travava daquele jeito,
prendia a respiração para parar o tempo. -
7:03 - 7:05Enquanto assistia, pensava:
"Isso é fenomenal!" -
7:05 - 7:10Realmente gostei do fato de ele pegar
o negativo como um sintoma, -
7:10 - 7:11mas quando está no contexto certo,
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7:11 - 7:15quando vemos como, por que e de onde vem,
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7:15 - 7:17particularmente na esfera da metáfora,
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7:19 - 7:20isso reduz suas forças,
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7:20 - 7:22dá para ver como isso funciona.
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7:22 - 7:24E eu a observei no palco,
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7:24 - 7:28reintegrando o poder
e a vontade de uma garotinha -
7:28 - 7:30que não conseguiu parar o tempo,
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7:31 - 7:33mas pôde segurar esse poder
e essa vontade no corpo dela, -
7:33 - 7:37vê-los serem reabsorvidos,
e então ela foi embora. -
7:37 - 7:40E eu pensando: "Isso foi fenomenal!"
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7:40 - 7:44Mas é psicoterapia, não é o que faço,
ou o que me interessa. -
7:44 - 7:45Mas foi: "Uau!
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7:45 - 7:48Não sei o que esse cara faz,
mas é fenomenal". -
7:48 - 7:50E ele disse: "Vamos fazer um exercício".
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7:50 - 7:53São quatro perguntas.
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7:53 - 7:55Encontrem alguém na plateia e perguntem:
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7:55 - 7:58"O que você gostaria que acontecesse?
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7:58 - 7:59Mais alguma coisa?
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7:59 - 8:01Onde?
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8:01 - 8:04De que tipo?"
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8:05 - 8:07Achei que tudo bem.
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8:07 - 8:11Olhei em volta e havia
um homem muito sem graça. -
8:11 - 8:13E pensei: "Por favor, eu não".
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8:13 - 8:17E ele veio direto. Pensei: "Tudo bem".
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8:17 - 8:18Olhei para todo mundo.
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8:18 - 8:21Perguntei para ele primeiro:
"O que gostaria que acontecesse?" -
8:21 - 8:23Ele disse algo. E eu: "Que tipo?"
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8:23 - 8:25Ele disse algo. Eu disse: "Onde?"
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8:25 - 8:27E ele disse. E eu: "Mais alguma coisa?"
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8:27 - 8:29Na verdade foi bem legal.
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8:29 - 8:31Me senti um pouco estranha,
eram perguntas estranhas, -
8:31 - 8:32mas foi tudo bem.
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8:32 - 8:36Ele se virou para mim e disse:
"O que gostaria que acontecesse?" -
8:36 - 8:39E eu disse: "Gostaria
de encontrar meu caminho". -
8:39 - 8:41Ele disse: "Que tipo de caminho?"
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8:41 - 8:44Eu disse: "Um que saiba
que tenho que seguir". -
8:44 - 8:46E ele: "Onde é esse caminho?"
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8:46 - 8:47E eu...
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8:52 - 8:53"É ali".
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8:54 - 8:56E ele disse: "Existe mais
alguma coisa nesse caminho?" -
8:56 - 8:59E eu disse: "Não, é para onde estou indo".
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9:01 - 9:03E foi tudo, todos foram pra casa.
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9:03 - 9:07Fui a um bar e pensei: "Caramba!
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9:07 - 9:10Um homem de quem não gosto,
com quem eu não queria falar, -
9:10 - 9:13com quatro perguntas limpas
me deu mais informações -
9:13 - 9:15sobre por que geralmente
estou deprimida, infeliz, triste -
9:15 - 9:17e bebendo demais.
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9:18 - 9:23Porque estou me formando
em inteligência artificial, -
9:23 - 9:26passo todo o meu tempo na frente de telas,
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9:26 - 9:29tenho um parceiro que não amo mais há anos
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9:29 - 9:31e preciso mudar tudo isso".
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9:32 - 9:38Se ele fez isso com quatro perguntas,
eu posso ensinar qualquer um a fazer. -
9:40 - 9:42Isso mudou completamente minha vida.
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9:42 - 9:44Sentei-me no bar e não bebi,
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9:44 - 9:46fiquei lá com um copo de água.
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9:46 - 9:49E uma semana depois,
deixei meu parceiro de 12 anos, -
9:49 - 9:50deixei meu doutorado,
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9:50 - 9:52deixei muitas pessoas descontentes,
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9:52 - 9:57eu o procurei e disse: "Você precisa
me ensinar o que está fazendo. -
9:57 - 9:59Preciso entender como fazer,
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9:59 - 10:03porque acho que, com uma ferramenta
como essa, você pode mudar o mundo". -
10:04 - 10:05Tive que arrumar um trabalho,
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10:05 - 10:11porque claramente perdi
minha bolsa da "ESRC". -
10:11 - 10:13E consegui trabalho no "Home Office".
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10:13 - 10:15Eu já era uma Jovem trabalhadora.
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10:15 - 10:17Uma maneira que paguei a faculdade
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10:17 - 10:20foi com esse trabalho em Kings Cross.
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10:22 - 10:24Então, arrumei trabalho no Home Office,
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10:24 - 10:27com dez dos piores jovens
da pior escola de Hackney. -
10:27 - 10:30Pensei: "É a ferramenta dele".
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10:31 - 10:33Existem regras para a ferramenta.
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10:33 - 10:37O que quer que digam, aceite
e crie uma pergunta relacionada, -
10:37 - 10:39você não tem resultado,
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10:40 - 10:42e não decide o que
eles querem ou não fazer, -
10:42 - 10:44nem o que é bom para eles.
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10:45 - 10:48Eram os dez piores jovens
das piores escolas de Hackney, -
10:48 - 10:51estão fora do sistema escolar,
são jovens criminosos. -
10:51 - 10:53Decidi violar as regras.
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10:53 - 10:59Eu devia fazer avaliações básicas deles
e dar pacotes de aprendizagem individuais, -
10:59 - 11:00mas não fiz isso.
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11:00 - 11:03Eu os reuni num grupo e disse:
"O que vocês gostariam que acontecesse?" -
11:03 - 11:07E eles disseram muitas coisas diferentes.
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11:07 - 11:10Uma das principais coisas
que a maioria deles disse foi: -
11:10 - 11:12"Eu sempre perco a paciência".
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11:12 - 11:13"Vocês perdem a paciência
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11:13 - 11:17e como é quando isso acontece?"
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11:18 - 11:19E vocês podem responder.
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11:19 - 11:22Não costumo me apresentar,
não sei se vocês costumam ajudar. -
11:22 - 11:25Gostaria que vocês
aqui embaixo fizessem isso, -
11:25 - 11:26um de nós pode fazer as perguntas
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11:26 - 11:28e podem responder por si mesmos.
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11:28 - 11:32Eu disse: "Como é quando
vocês perdem a paciência?" -
11:32 - 11:33"Eu fico vermelho".
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11:33 - 11:36"E que tipo de vermelho é?"
-
11:36 - 11:37"Vermelho-sangue".
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11:37 - 11:39"Mas quem não fica assim?"
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11:39 - 11:41"Eu mudo". (Dedos estalando)
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11:41 - 11:43"Mais alguma coisa sobre essa mudança?"
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11:43 - 11:44"É muito rápido.
-
11:44 - 11:47Estou andando. De repente,
alguém está deitado sangrando". -
11:47 - 11:48"Certo, quem não é assim?"
-
11:48 - 11:51"Eu, senhorita". "Como você é?"
"Nunca me meto em encrencas". -
11:51 - 11:53"Nunca?" "Não, nunca".
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11:53 - 11:56"Ele está certo. Nunca se mete
em encrencas, nem em brigas". -
11:56 - 12:00"Tudo bem. Então, o que acontece
logo antes de você ficar vermelho?" -
12:00 - 12:04Ele não fala inglês muito bem
e aponta para algo marrom. -
12:04 - 12:05Ele disse: "É assim".
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12:05 - 12:08Eu disse: "Onde está quando fica marrom?"
Ele disse: "Está aqui". -
12:10 - 12:12Eu disse: "Sempre
que fica marrom, está aqui". -
12:12 - 12:14"Com uma mudança? O que acontece
logo antes de mudar?" -
12:14 - 12:19"Oh, não sei. Estou andando pela rua
e de repente já aconteceu". -
12:19 - 12:21"Quem não é assim?"
"Eu, senhorita. Sou tranquilo". -
12:21 - 12:24Estamos fazendo, muito gentilmente,
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12:25 - 12:28duas ou três perguntas
de qualquer pessoa ao mesmo tempo -
12:29 - 12:31e eles começam a desenvolver modelos.
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12:31 - 12:35Com o garoto que fica vermelho,
faço algumas rodadas. -
12:35 - 12:40Não sabia que isso seria crucial
nos processos que desenvolvemos depois. -
12:40 - 12:42Como eles eram adolescentes,
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12:42 - 12:46não podia passar muito tempo com cada um,
-
12:46 - 12:49porque seria muito intenso
e o resto ficaria entediado, -
12:49 - 12:51e eles eram jovens incontroláveis.
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12:51 - 12:55Então, duas ou três perguntas
com o garoto que fica vermelho. -
12:55 - 12:58Antes disso, eu disse:
"Como é antes de ficar marrom?" -
12:58 - 13:03Ele disse: "Azul, como o céu,
como minha mãe". -
13:04 - 13:06Pensei que os outros jovens
fossem tirar o maior sarro dele. -
13:06 - 13:08Mas não tiraram.
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13:08 - 13:10Sempre que fizemos essa modelagem limpa,
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13:10 - 13:14notei que os jovens raramente
zombavam uns dos outros; -
13:14 - 13:16era como a criação de um espaço sagrado.
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13:16 - 13:19Nós fazemos isso, todos eles vão para casa
-
13:19 - 13:22e penso: "Poxa, vou ser demitida".
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13:22 - 13:25Não fiz nada que deveria fazer,
é tudo muito estranho. -
13:25 - 13:29E se eles contarem aos pais
e eu nem sei o que estou fazendo? -
13:29 - 13:33Mas eles voltaram na quarta-feira
seguinte, era uma aula voluntária, -
13:34 - 13:39e o garoto que ficou vermelho disse:
"Eu estive pensando no que fizemos. -
13:39 - 13:42Quando acordo de manhã,
meu pai está bêbado; vermelho. -
13:42 - 13:45Pego minhas roupas e elas cheiram a suor,
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13:45 - 13:47porque meu pai não as lavou;
-
13:47 - 13:48vermelho.
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13:48 - 13:52Não tenho o suficiente para comer
e nem dinheiro para o ônibus. -
13:52 - 13:54Quando chego à escola,
meu vermelho está bem aqui. -
13:54 - 13:57É por isso que eu bato nas pessoas?"
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13:57 - 14:00E eu disse: "Não sei por quê".
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14:00 - 14:01Ele disse: "Estava pensando,
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14:01 - 14:05se meu vermelho estiver aqui em cima
e for me atrasar mesmo pra escola, -
14:05 - 14:07vou para o lago dos patos de Clapton
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14:07 - 14:10olhar a água e respirar o azul,
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14:10 - 14:12me tornarei roxo
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14:12 - 14:14e acho que posso controlar
meu temperamento". -
14:15 - 14:16Eu disse: "Tudo bem".
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14:18 - 14:20Então todos eles quiseram participar.
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14:20 - 14:23Aquele que mudava disse:
"Não é justo, o meu foi muito rápido". -
14:23 - 14:27Eu disse: "Certo, vamos descobrir.
O que acontece pouco antes de mudar?" -
14:27 - 14:30"Você está andando,
alguém te olha e aí já era". -
14:30 - 14:32"Que tipo de olhar é esse?"
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14:32 - 14:34"Um que atinge você".
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14:34 - 14:36"E o que esse olhar vê dentro de você?"
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14:37 - 14:39E todos eles têm uma metáfora.
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14:39 - 14:41Eu tenho uma metáfora para temperamentos,
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14:41 - 14:44mas eles também começaram a controlá-los.
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14:44 - 14:47E no dia seguinte, Jamie entra e diz:
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14:47 - 14:49"Essa coisa que você fez.
Poderia fazer com matemática?" -
14:49 - 14:51"Matemática? Como assim?"
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14:51 - 14:52Ele é um rapaz grande.
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14:52 - 14:56Ele disse: "Quando penso
em números, eles ficam rodando". -
14:56 - 14:58"Certo, vamos descobrir.
-
14:58 - 15:00Vamos, rapazes. Juntem-se.
Vamos fazer matemática". -
15:00 - 15:02"Ah, não...!" "Não, me escutem.
-
15:02 - 15:04Farei algumas perguntas,
-
15:04 - 15:07não quero saber as respostas,
quero saber como vocês sabem. -
15:07 - 15:10Quanto é dois mais três?"
"São cinco, senhorita". -
15:10 - 15:11"Que tipo de cinco é esse?"
-
15:11 - 15:14"O resultado apenas vem".
-
15:14 - 15:15"Quem não faz isso?" "Eu".
-
15:15 - 15:16"O que você faz?"
-
15:16 - 15:22"É como dois mais três e depois cinco.
Como se pudesse vê-lo em giz na lousa". -
15:22 - 15:24Eu disse: "Tudo bem, quem não é assim?"
-
15:24 - 15:26E começamos a modelar.
-
15:26 - 15:32Quando terminamos o temperamento,
a matemática, a ortografia -
15:32 - 15:36e "Como você é quando dá o seu melhor?"
"Quando aprende da melhor maneira?", -
15:36 - 15:39algo fenomenal começou a acontecer,
eles aprenderam a linguagem, -
15:40 - 15:44assumiram o controle
e a capacidade de se modelarem. -
15:44 - 15:47Começaram a dizer coisas como:
"Você precisa desacelerar, senhorita. -
15:49 - 15:52Porque você fala rápido demais".
-
15:52 - 15:56Eu sou de New Castle... eu falo rápido.
-
15:56 - 15:58"Por que se importa, Mary Lou?
Você é nigeriana". -
15:58 - 16:00Ela fala muito rápido.
-
16:00 - 16:01"Por que se importa?"
-
16:01 - 16:05Ela disse: "Sim, mas senhorita,
não é por mim. É pela Naomi. -
16:05 - 16:06Lembra do que ela disse?
-
16:06 - 16:10Quando está aprendendo o seu melhor,
é como se uma ideia entrasse num lago -
16:10 - 16:13e as ondulações precisassem se estabilizar
antes da próxima ideia surgir. -
16:13 - 16:15E você está atirando pedras nela".
-
16:16 - 16:19E eu disse: "Certo, então apenas checando.
-
16:19 - 16:23Depois de cerca de seis sessões,
-
16:23 - 16:26você vai me ensinar como ensiná-los?"
-
16:27 - 16:28Agora o que temos?
-
16:28 - 16:29Então,
-
16:33 - 16:35eu não sabia o que fazer com isso,
-
16:35 - 16:39ganhamos o "Community Safety Awards",
os jovens voltaram para a escola, -
16:39 - 16:44mas ninguém quis entender
o que tentávamos fazer com eles. -
16:44 - 16:47Disseram: "Tome mais garotos maus.
Faça a mágica de novo". -
16:47 - 16:51E eu disse: "Não! Aprendam a fazer,
porque não é difícil". -
16:51 - 16:53Disseram: "Como você os controla assim?"
-
16:53 - 16:54Eu disse: "Não controlo.
-
16:54 - 16:57Dou a eles a capacidade de refletir
sobre si mesmos de modo que não julguem -
16:57 - 17:00para que, de algum jeito,
se tornem treinadores de pares. -
17:00 - 17:03Eu realmente não sei,
mas é um tipo de mágica". -
17:03 - 17:06Então tentei e passei 15 anos
com a cabeça baixa, -
17:06 - 17:08tentando aqui e lá,
-
17:08 - 17:09e Liverpool John Moores
-
17:09 - 17:12foi um dos primeiros grandes
momentos abrangentes -
17:12 - 17:16que realmente tivemos que testar.
-
17:16 - 17:17Então, o que eles fizeram aqui...
-
17:20 - 17:25Eles juntaram os alunos
e desenvolveram algumas apostilas. -
17:26 - 17:30Pegaram alguns heróis no mundo
do desenvolvimento esportivo; -
17:30 - 17:35Beth Tweddle e Kate Walsh,
que são atletas de elite fantásticas; -
17:35 - 17:38e usaram a linguagem limpa
para modelá-las: -
17:38 - 17:41"Então Beth, como você é
quando está no seu melhor?" -
17:41 - 17:44Eles usavam linguagem limpa pra descobrir
-
17:44 - 17:46ou perguntavam: "Kate Walsh,
-
17:46 - 17:51em que momento algo terrível aconteceu
-
17:51 - 17:54e você se reergueu e seguiu
em frente novamente?" -
17:54 - 17:57Ela pensou um pouco e eles:
"Como foi quando aconteceu?" -
17:57 - 18:01E eles desenvolveram modelos de metáforas
-
18:04 - 18:07para esses temas para esses heróis.
-
18:07 - 18:13Mas os alunos, a cada dois meses,
desenvolvem isso para si mesmos. -
18:13 - 18:16E o interessante sobre esses modelos é
-
18:16 - 18:18que quando você desenvolve um,
-
18:18 - 18:21você se conhece e consegue
entender outra pessoa; -
18:21 - 18:23quando desenvolve dois,
-
18:23 - 18:26isso se torna uma espécie
de trama, é um pouco assim. -
18:26 - 18:29Quando você tem três,
começa a desenvolver um padrão, -
18:29 - 18:33uma compreensão de si
e dos outros membros do grupo, -
18:34 - 18:36esse é um nível completamente diferente.
-
18:36 - 18:41E quando chega-se aos seis, se torna o que
chamo de sistema de autoaprendizagem, -
18:41 - 18:44em que começa a prever
o que o outro faria, -
18:44 - 18:47o que você provavelmente
fará em qualquer situação, -
18:47 - 18:50depois prever coisas, criar coisas juntos,
-
18:50 - 18:53que você não tinha ideia
de que seriam possíveis. -
18:54 - 18:57[Como é quando está aprendendo
da melhor maneira possível?] -
18:57 - 18:58Esses são os temas que aprenderam.
-
18:58 - 19:01[Como é quando toma boas decisões?]
-
19:01 - 19:03[De onde vem sua inspiração/motivação?]
-
19:03 - 19:05[O que acontece antes
de aprender com os erros?] -
19:05 - 19:09Com linguagem limpa,
você pode fazer qualquer coisa. -
19:09 - 19:12Pode investigar a morte.
-
19:12 - 19:16Então, quando alguém morre,
você pode usá-la para ajudar: -
19:16 - 19:17"Agora, como é isso?"
-
19:17 - 19:19Você pode usá-la para expressar tristeza.
-
19:20 - 19:22Eu a usei muito no parto.
-
19:23 - 19:26Tive sorte de ter três partos em casa.
-
19:26 - 19:27Uma das maneiras que consegui isso
-
19:27 - 19:31foi explicando muito claramente
com linguagem limpa. -
19:31 - 19:34Para descobrir o que as pessoas
queriam fazer comigo, -
19:34 - 19:36para que pudesse dizer "sim" ou "não",
-
19:36 - 19:39mas também desenvolvi um sentido
real do tipo de parto que queria -
19:39 - 19:41para manter meus limites em torno disso.
-
19:41 - 19:46Ela é usada em multinacionais, no momento.
-
19:46 - 19:48Estou com um projeto tentando trabalhar
-
19:48 - 19:51com economistas, filósofos e sociólogos
-
19:51 - 19:55dizendo: "Como seria se fôssemos remodelar
a maneira como fazemos negócios -
19:55 - 19:58para que não destruamos o mundo?
-
19:59 - 20:02E eles pegaram os diferentes temas
em que acham que estão envolvidos -
20:02 - 20:05e os desenvolveram juntos.
-
20:05 - 20:09Então, a linguagem limpa é muito simples,
-
20:09 - 20:11realmente fácil de aprender,
-
20:11 - 20:14muito difícil de aplicar,
-
20:14 - 20:18porque significa desistir de ser você
mesmo e tudo o que normalmente faz, -
20:18 - 20:20mas é muito eficaz
-
20:20 - 20:22e compartilhável.
-
20:22 - 20:26Muitas pessoas a estão usando,
David a cedeu gratuitamente. -
20:26 - 20:29Se pensar em coisas relacionadas
a ela e em novos lugares para aplicar, -
20:29 - 20:31então isso será seu;
-
20:31 - 20:32esse será o seu novo campo.
-
20:32 - 20:35Realmente os encorajo
a fazer algumas pesquisas -
20:35 - 20:36se gostaram da ideia
-
20:36 - 20:40e pensarem: "O que gostariam
de fazer com essa ferramenta?" -
20:40 - 20:41E isso somos nós.
-
20:41 - 20:42Obrigada.
-
20:42 - 20:44(Aplausos)
- Title:
- Linguagem Limpa e Modelos de Metáfora | Caitlin Walker | TEDxMerseyside
- Description:
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Caitlin se formou em Linguística na Escola de Estudos Orientais e Africanos e fez quatro anos de pesquisa de pós-graduação em Estratégias para acesso Lexical, incluindo trabalho de campo em Gana. Desde então, ela desenvolveu suas habilidades de modelagem linguística e não verbal, desde o desenvolvimento de grupos em pequena escala até programas de mudança de cultura organizacional em escala global, abordando diversidade, conflito, liderança, gerenciamento de fusões e criação de organizações de aprendizagem. Ela é apaixonada por confiar na sabedoria dos grupos.
Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/tedx.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 20:53