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Paola Antonelli dá uma preview da mostra "Design e a Mente Elástica"

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    Adoro design; Sou curadora de arquitetura e design.
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    Trabalho no Museu de Arte Moderna,
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    mas o importante -- sobre o que vamos falar hoje
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    é o design. Designers realmente bons são como esponjas.
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    São realmente curiosos
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    e absorvem cada tipo de informação que aparece pelo caminho,
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    e a transforma para que pessoas como nós possam usá-las.
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    E isso me dá a oportunidade,
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    pois cada mostra de design que eu curo
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    meio que foca em mundos diferentes. E é fantástico,
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    pois parece que a cada vez mudo de trabalho.
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    E o que vou fazer hoje hoje é dar à vocês uma amostra
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    da próxima mostra que estou organizando, que se chama
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    "Design e a Mente Elástica."
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    O mundo que decidi focar desta vez
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    é o mundo da ciência e da tecnologia.
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    Tecnologia está sempre presente quando design entra em cena
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    mas a ciência, menos.
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    Mas designers são ótimos para pegar grandes revoluções
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    e transformá-las de forma que possamos usá-las.
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    E essa é como a mostra será.
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    Se você pensa sobre sua vida hoje,
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    você passa diariamente por vários níveis,
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    muitas mudanças de ritmo e passo.
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    Você trabalha em fusos horários diferentes, fala com pessoas muito diferentes,
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    faz várias tarefas ao mesmo tempo. Sabemos disso, e fazemos meio que automaticamente.
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    Algumas das mentes nessa platéia são super elásticas,
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    outras são mais devagar,
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    outras têm estrias, mas mesmo assim
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    essa é uma platéia excepcional deste ponto de vista.
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    Outras pessoas não são tão elásticas.
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    Não consigo fazer com que meu pai na Itália trabalhe com Internet.
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    Ele não quer colocar internet em casa.
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    E isso é porque existe um pouco de medo,
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    um pouco de resistência ou somente mecanismos atravancados.
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    Então designers trabalham nessa preguiça que temos,
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    esses tipos de disconfortos que temos,
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    e tentam facilitar a vida para nós.
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    Elasticidade da mente é algo que realmente necessitamos, sabe,
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    realmente necessitamos, que cuidamos e trabalhos nela.
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    E essa mostra é sobre o trabalho de designers
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    que nos ajuda a sermos mais elásticos,
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    e também de designers que realmente trabalham nessa elasticidade
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    como uma oportunidade. E uma última coisa é que
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    não são apenas designers, mas os cientistas também.
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    E antes de começar a mostrar alguns dos slides
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    e a preview da mostra, gostaria de esclarecer
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    esse belo detalhe sobre cientistas e design.
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    Pode-se dizer que a relação entre ciência e design
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    acontece há séculos. Pode-se falar é claro
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    de Leonardo da Vinci, e outros homens e mulheres da renascença,
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    e existe uma história enorme por trás.
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    Mas de acordo com um ótimo historiador científico que devem conhecer,
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    Peter Galison -- ele ensina em Harvard --
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    aquilo que, particularmente, a nanotecnologia e a física quântica
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    trouxeram para designers é esse interesse renovado,
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    essa paixão por design.
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    Então, basicamente, a idéia de ser capaz de construir objetos do início,
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    átomo por átomo, os transformou em tinkerers.
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    E de uma hora para outra, cientistas estão procurando por designers,
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    da mesma forma que designers estão procurando por cientistas.
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    É uma nova história de amor que estamos tentando cultivar
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    no MOMA, junto com Adam Bly, fundador da revista Seed--
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    que é agora uma empresa multimedia, vocës devem conhecer--
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    fundamos há mais ou menos um ano um encontro entre
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    designers e cientistas, e é bem bonito.
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    E Keith foi, e Jonathan também, e muitos outros.
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    E foi ótimo, pois no começo foi uma festa de desculpas,
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    sabem, cientistas diziam para designers,
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    sabe, não sei o que é estilo, não sou muito elegante.
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    E designers respondiam, oh, não sei resolver uma equação,
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    não entendo do que está falando. E de repente,
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    eles começaram a falar a mesma língua,
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    e agora estamos no ponto em que eles colaboram.
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    Conhecem Paul Steinhardt, um físico de Nova Iorque,
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    e os arquitetos Aranda/ Larsch, colaboradores em uma instalação
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    em Londres na Galeria Serpentine.
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    E é interessantíssimo ver como isso funciona.
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    A mostra vai discutir trabalhos
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    de ambos designers e cientistas,
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    e mostrar como estes apresentam possibilidades do futuro para nós.
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    E sabem, estou mostrando para vocës
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    agora partes diferentes da mostra,
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    só para dar-lhes um gostinho de como será,
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    mas nanofísica e nanotecnologia, por exemplo,
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    realmente abriram as mentes dos designers.
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    Nesse caso mostro mais o trabalho dos designers,
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    pois eles foram os que mais foram estimulados.
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    Muitos dos objetos na mostra são conceitos,
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    não objetos que já existem. Mas o que você está vendo aqui
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    é o trabalho de alguns cientistas da Universidade da Califórnia.
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    Esse tipo de sopa de alfabeto é o novo modo de classificar proteínas,
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    não somente por cores mas literalmente por letras alfabéticas.
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    Então eles as constróem, e podem construir todos os tipos de formas
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    na escala nano. Nesse caso é o trabalho de estudantes de design
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    da Escola de Belas Artes de Londres
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    que trabalharam com o seu tutor, Tony Dunne,
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    e com um bocado de cientistas da Grã-Bretanha
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    nas possibilidades da nanotecnologia no design no futuro.
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    Novos elementos de sentidos no corpo.
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    Pode crescer cabelos nas suas unhas,
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    e assim agarrar algumas partículas de outra pessoa.
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    Eles parecem muito, muito obcecados
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    em descobrir mais sobre o parceiro ideal.
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    Então eles estão trabalhando em melhorar tudo -- toque, odor,
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    tudo que podem, para poder encontrar o parceiro perfeito.
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    Muito interessante. E esse é um designer tipográfico
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    de Israel que desenvolveu -- ele os chama "tipoesperma."
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    Ele está pensando -- é claro que é tudo um conceito --
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    de injetar letras no esperma, e dentro do espermatozóide ---
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    não sei como falar em Inglês --- espermatozóide,
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    para torná-los -- para quase ter uma música
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    ou um poema inteiro com cada ejaculação. (Risos).
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    Eu disse, designers são realmente fantásticos, sabem.
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    Então, design de tecidos.
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    Nesse caso também, você tem uma mistura de cientistas e designers.
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    Esse faz parte do mesmo laboratório da Escola de Belas Artes de Londres.
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    A EBA é realmente uma escola extraordinária nesse ponto de vista.
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    Um dos projetos era trabalhar com carne in-vitro.
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    Sabem que já podem crescer carne in-vitro.
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    Na Austrália fizeram -- essa empresa de pesqusa, chamada SymbioticA,
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    O problema é que é uma peça muito feia.
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    Por isso, o trabalho para os estudantes era,
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    como o bife do futuro deveria ser?
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    Quando não precisará mais matar vacas e o bife pode ter qualquer forma,
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    como deveria ser?
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    Então esse aluno, James King,
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    passeou pelo lindo campo inglês,
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    escolheu a melhor, melhor vaca,
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    e a colocou numa máquina de ressonância magnética.
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    E então pegou os scanners dos melhores orgãos e fez as carnes.
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    Claro, esse foi feito por uma empresa japonesa que faz comida em resina,
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    mas sabem, no futuro poderá ser feito melhor.
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    Mas esse exemplo reproduz o melhor
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    E esse elemento aqui é muito mais banal.
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    Algo que vocês sabem que já pode ser feito.
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    que é crescer osso para fazer uma aliança de casamento
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    do osso do seu amado -- literalmente.
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    Então, este é feito mesmo de osso humano.
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    Isto é SymbioticA, e como sabem, eles estão com a mão na massa,
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    foram os primeiros a fazer a carne in-vitro,
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    e agora também fizeram um casaco in-vitro, um casaco de couro.
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    É minúsculo, mas é um casaco de verdade. Tem a forma de um.
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    Então não teremos mais desculpas
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    de usar tudo em couro no futuro.
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    Um dos temas mais importantes da mostra, sabem,
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    como em tudo na nossa vida hoje,
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    podemos analisá-lo por vários pontos de vista,
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    e vários níveis.
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    Um dos conceitos mais importantes e interessantes
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    é a idéia de escala. Mudamos dimenções muitas vezes,
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    mudamos a resolução de monitores, e nós não --
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    não temos dificuldades em fazê-lo, fazemos bem confortavelmente.
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    Então você vem, mesmo na mostra,
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    desde a idéia da nanotecnologia e escala nano
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    a manupulação de grandes quantidades de informação;
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    o mapeamento e a etiquetagem do universo e do mundo.
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    E nesse caso particularmente, uma seção será designada
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    para o design da informação.
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    E aqui vêem o trabalho do Ben Fry. Este é humano contra chimpamzés.
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    os poucos cromossomos que nos distingue deles.
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    Foi uma bela visualização que ele fez para a revista Seed.
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    E aqui está o código inteiro do Pac-Man visualizado
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    com todos os vá-para, volte-para,
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    também transformado em uma bela coreografia.
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    E também gráficos feitos por cientistas,
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    esse bonito diagrafo de homologia protéica.
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    Cientistas estão começando a considerar a estética.
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    Estávamos discutindo com Keith Shrubb esta manhã
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    o fato que muitos cientistas
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    geralmente não usam nada adornado nas suas apresentações,
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    se não eles têm medo de serem considerados loiras burras.
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    Então eles escolhem os piores planos de fundo
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    de qualquer PowerPoint, o pior tipo de letra.
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    Só recentemente que este casamento
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    entre design e ciência está produzindo as primeiras---
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    se podemos dizer assim -- apresentações científicas bonitinhas.
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    Outro aspecto do design contemporâneo
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    que penso ser promisor
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    e será realmente o futuro do design,
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    que é a idéia de design coletivo.
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    Sabem, o XO laptop, o projeto Um Laptop por Criança,
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    é baseado na idéa de colaboração e grupo e networking.
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    Então, quanto mais, melhor.
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    Quanto mais computadores, mais forte o sinal,
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    e as crianças trabalham na modelagem das telas então tudo é baseado
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    em fazer tudo juntos, tarefas juntas.
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    Então a idéia de design coletivo
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    é algo que se tornará ainda maior no futuro,
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    e esse foi escolhido como exemplo.
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    Em relação a idéia do design coletivo e do novo equilíbrio
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    entre o indivíduo e a atividade coletiva,
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    é a idéia da existência máxima.
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    Este é um termo que inventei alguns anos atrás
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    enquanto estava pensando quanto vivemos uns em cima dos outros
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    e ao mesmo tempo como esses objetos pequenos,
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    como, primeiramente, o Walkman e depois o iPod,
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    cria bolhas de espaço ao nosso redor e nos deixam
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    ter um espaço metafísico
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    muito maior que o nosso espaço físico.
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    Pode estar no metro e estar completamente isolado.
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    e ter seu próprio espaço em seu iPod.
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    E esse é o trabalho de vários designers
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    que realmente aumenta a idéia de solidão e expansão
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    pelo meio de várias técnicas.
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    Esse é o telefone spa. A idéia é que tornou-se tão difícil
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    ter uma conversa em privacidade em qualquer lugar
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    que você vai a um spa, faz uma massagem, limpeza de pele,
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    talvez uma esfoliação, e depois tem essa bela piscina
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    com a temperatura perfeita, e você pode ter
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    uma conversa nesse tanque de isolamento
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    com quem quer que você tem desejado falar, por bastante tempo.
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    E o mesmo aqui, Tele-presença Social.
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    Na verdade já é um pouco utilizado por militares,
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    mas é a idéia de poder estar em outro lugar
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    com seus sentidos enquanto é removido dele fisicamente.
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    E esse se chama Encontro às escuras.
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    Então se você é muito tímido para um encontro de verdade,
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    você fica à distância com suas flores
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    e outra pessoa te substitui no encontro.
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    Produção rápida é outra área importante
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    em que tecnologia e design são, eu acho,
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    feitas para mudar o mundo. Já ouviu falar várias vezes antes.
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    Produção rápida é um arquivo de computador
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    enviado diretamente do computador para a máquina de produção.
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    Era chamado de protótipo rapido, modelo rápido.
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    Começou nos anos 80, mas no começo
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    eram máquinas modelando a partir de um bloco de isopor
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    um modelo que era muito, muito frágil,
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    e não tinha nenhum uso real.
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    Devagar e sempre, os materias se tornaram melhores -- melhores resinas.
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    As técnicas se tornaram melhores -- não só modelando
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    mas também o uso de stereolitografia e laser, solidificando todos os tipos de resinas,
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    em pó ou líquido. E as máquinas ficaram cada vez maiores,
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    ao ponto de agora podermos fazer cadeiras de verdade
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    feitas por produção rápida.
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    Levam sete dias para se fabricar uma cadeira,
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    mas sabem? Um dia, levará sete horas.
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    E então o sonho é que você poderá, de casa,
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    individualizar sua cadeira. Sabem, empresas e designers
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    desenharão as matrizes ou as margens
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    que respeitam ambas qualidade e a marca, e a identidade do design.
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    E então poderá enviar para a loja da esquina
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    e ir buscar a sua cadeira. Agora, as implicações são enormes,
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    não somente a respeito à participação do consumidor final
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    no processo do design, mas também sem rastreamento,
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    sem armazém, sem desperdício de materiais.
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    E também, imagino que muitos empresas de design
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    terão de reanalisar seus próprios planos de negócio
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    e talvez investir na loja da esquina. Mas é realmente uma grande mudança.
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    E aqui mostro uma foto da revista WIRED,
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    sabem, a parte dos Artefatos do Futuro que amo tanto,
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    que mostra que você poderá ter sua impressora 3D
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    e imprimir sua própria bola de basquete.
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    Mas aqui temos exemplos, você já pode imprimir tecidos em 3D,
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    o que é muito interessante.
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    Esse é um toque muito legal -- chamado de prototipagem lenta.
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    É um designer que coloca 10.000 abelhas para trabalhar e elas fazem esse vaso.
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    Elas tinham uma forma que deveriam respeitar.
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    Mapeando e etiquetando.
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    Com a capacidade das memórias de computador sempre aumentando,
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    e o crescimento da capacidade de nossas mentes nem tanto,
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    descobrimos que temos de etiquetar tanto quanto pudermos
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    para que possamos traçar nossos caminhos.
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    Também fazemos para compartilhar informação com outras pessoas.
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    Novamente, esse senso de experiência comunal
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    que parece tão importante nos dias de hoje.
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    Portanto, várias formas de mapeamento e identificação
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    são trabalhos de muitos designers hoje em dia.
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    Os sentidos. Designers e cientistas trabalham para tentar expandir
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    nossas capacidades sensoriais para que possamos alcançar mais.
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    E tambem sentidos animais, de certa forma.
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    Esse objeto em particular que muitas pessoas amam tanto
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    é na verdade baseado num tipo de experimento científico --
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    o fato que as abelhas tem um olfato muito forte,
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    e então -- assim como cachorros que podem cheirar tipos de câncer --
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    as abelhas também podem ser treinadas por reflexo Pavloviano
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    para detectar um tipo de câncer, e também gravidez.
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    Então esse estudante da Academia Real de Belas Artes
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    desenhou esse belo objeto de vidro
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    onde as abelhas movem de um compartimento a outro
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    se detectam um cheiro particular
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    que significa, nesse caso, gravidez.
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    Outra forma é usada para câncer.
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    Design em Debate é uma área muito interessante
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    que designers criaram para si próprios.
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    Alguns designers não desenham objetos, produtos,
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    coisas que vamos realmente usar,
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    ao invés, eles desenham cenários que são baseados em objetos.
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    São bastante úteis.
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    Eles ajudam empresas e outros designers a pensar melhor sobre o futuro.
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    E geralmente são acompanhados por vídeos.
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    Esse é muito bonito. É Dunne e Raby, "Todos os Robôs."
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    São uma série de robôs que devem ser cuidados.
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    Sempre pensamos que robôs tomarão conta de nós,
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    e ao invés eles desenharam esses robôs que são muito, muito carentes.
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    Precisa pegar um no colo e olhá-lo nos olhos
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    por mais ou menos cinco minutos antes que ele faça algo.
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    Outro fica muito, muito nervoso se você entra no quarto,
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    e começa a tremer, então tem que acalmá-lo.
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    Então é realmente um modo de nos fazer pensar mais
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    sobre o que robôs significam para nós.
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    "Noam Toram" e "Acessórios para o Homem Só."
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    A idéia é que quando você perde seu amado
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    ou termina feio com alguém,
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    o que você realmente sente saudade sâo as coisas irritantes
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    que você odiava quando estava com a outra pessoa.
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    Então ele desenhou todos esses acessórios.
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    Como esse que tira seu lençol a noite.
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    E tem outro que respira no seu pescoço.
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    Outro que atira pratos e os quebra.
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    Então é só a idéia do que realmente sentimos saudade na vida.
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    Elio Caccavale -- por sua vez, pegou a idéia
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    daquelas bonecas que explicam leucemia.
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    Está trabalhando em bonecas que explican transplante,
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    e também no gene de aranha em cabra, de alguns anos atrás.
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    Ele está trabalhando em uma série de bonecas para a mostra
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    que explicam à crianças de onde os bebês se originam.
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    Pois não é mais mamãe, papai, as flores e as abelhas
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    e então nasce o bebê. Não, podem ser duas mães, três pais,
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    in-vitro -- a idéia toda
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    de como os bebês podem ser feitos hoje em dia mudou.
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    Portanto é uma coleção de bonecas que ele está trabalhando agora.
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    Uma das coisas mais bonitas
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    é que designers não trabalham realmente em vida,
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    mesmo que levem tecnologia em conta.
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    E muitos designers têm trabalhado recentemente
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    na idéia de morte e luto,
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    e o que podemos fazer hoje em dia com novas tecnologias.
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    Ou como deveríamos nos comportar perante isso com novas tecnologias.
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    Esses três objetos ali são discos rígidos
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    com uma conexão Bluetooth. Mas são na realidade
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    artefatos muito, muito bem esculpidos
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    que contém todo o desktop e a memória do computador
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    de alguém que faleceu.
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    Então, ao invés de ter somente fotos,
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    poderá colocar esse objeto ao lado do seu computador
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    e de uma hora para outra, sabe, ter
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    a vida inteira e todos os arquivos da Gertrude
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    e a sua agenda telefônica.
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    Esse é ainda melhor. Esse é do Auger-Loizeau, "Vida após a Morte."
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    É a idéia de que algumas pessoas não acreditam em vida após a morte.
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    Então para dar-lhes algo tangível para mostrar-lhes que
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    existe algo depois da morte, eles pegam os sucos gástricos
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    de falecidos e os concentra,
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    e os coloca em uma bateria que pode ser usada
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    para dar energia a lanternas. Usadas também em -- você sabe, brinquedos sexuais, etc.
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    É incrível como esses objetos podem fazê-lo sorrir,
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    rir, e algumas vezes chorar.
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    Mas espero que essa mostra em especial
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    poderá traçar um novo perfil do futuro do design,
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    no qual é sempre, espero, um perfil adiantado
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    do mundo que está para vir.
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    Muito obrigada.
Title:
Paola Antonelli dá uma preview da mostra "Design e a Mente Elástica"
Speaker:
Paola Antonelli
Description:

A curadora de design do MOMA, Paola Antonelli, apresenta sua extraordinária mostra "Design e a Mente Elástica"-- cheia de produtos e designs que refletem a forma na qual pensamos neste momento.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
17:15
Fabiana Vidal Leao de Aquino added a translation

Portuguese, Brazilian subtitles

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