Toda a verdade sobre a desinformação | Clara Jiménez | TEDxMadrid
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0:18 - 0:21Em 28 de outubro de 2017,
um grupo de idosos -
0:21 - 0:26visitava o Parque Natural
de Cabárceno, na Cantábria. -
0:26 - 0:29Quando estavam no local dos hipopótamos,
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0:29 - 0:33um dos animais os surpreendeu
com uma estrondosa flatulência -
0:33 - 0:35que causou a queda de vários deles.
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0:36 - 0:39Três deles tiveram que ser hospitalizados.
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0:40 - 0:41Parece incrível, certo?
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0:42 - 0:43Bem, esta manchete,
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0:43 - 0:47"O peido de um hipopótamo faz
com que três visitantes do zoológico -
0:47 - 0:48sejam internados no hospital",
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0:48 - 0:52foi publicada em vários meios
considerados sérios, -
0:52 - 0:55que possuem credibilidade
e nos parecem ser confiáveis. -
0:56 - 0:57Entretanto,
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0:57 - 1:00esta notícia é falsa.
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1:00 - 1:01É um boato.
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1:02 - 1:06Há alguns meses minha vida mudou,
larguei meu trabalho em um programa de TV -
1:06 - 1:07para criar, junto com outro parceiro,
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1:07 - 1:09um projeto jornalístico independente
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1:09 - 1:11que luta contra a desinformação,
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1:11 - 1:13que aposta em um jornalismo com dados,
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1:13 - 1:18na comprovação, na transparência,
e na memória e nos arquivos do jornal. -
1:18 - 1:21Que ajuda os cidadãos
a distinguirem entre o que é verdade -
1:22 - 1:23e o que é mentira.
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1:23 - 1:25É sobre isso que quero falar hoje.
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1:25 - 1:26Comecemos.
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1:26 - 1:29(Bipes)
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1:32 - 1:36Quando ouvimos isso, sabemos
que vamos escutar um boletim informativo. -
1:36 - 1:40Identificamos esses bipes
com o horário de notícias do rádio. -
1:41 - 1:42Vemos isto...
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1:42 - 1:45(Música)
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1:51 - 1:53e sabemos que começa o noticiário.
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1:53 - 1:58Associamos essas imagens e essa música
ao consumo de informação audiovisual. -
1:58 - 2:02Pegamos este papel em nossas mãos
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2:02 - 2:08e sabemos que é um formato
de consumo de informação: um jornal. -
2:08 - 2:12Nossos sentidos associam
esses formatos com notícias. -
2:12 - 2:15Embora possam mentir para nós -
vejo caras estranhas entre o público - -
2:15 - 2:18o que internalizamos
é que, nesses formatos, -
2:18 - 2:21o que recebemos é informação.
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2:21 - 2:25Isso é o que, no maldita.es,
chamamos "a âncora". -
2:25 - 2:27Guardem essa palavra,
vão ouvi-la mais de uma vez. -
2:27 - 2:31E então vocês vão me dizer:
"O que mudou? O que é diferente?" -
2:31 - 2:35(Áudio em inglês) Donald Trump: Estamos
lutando contra as notícias falsas. -
2:35 - 2:38Chamo as notícias falsas
de "o inimigo do povo". -
2:38 - 2:40E são. "Fake News."
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2:40 - 2:41(Fim do áudio)
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2:41 - 2:44Isto é o que mudou: levar a internet
no seu bolso o tempo todo -
2:44 - 2:48e consumir mais e mais notícias
através do WhatsApp, do Twitter, -
2:48 - 2:50do Facebook, do Instagram.
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2:50 - 2:52Isso é muito bom.
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2:52 - 2:56Mas é aqui que a desinformação tem
mais facilidade de imitar a informação, -
2:56 - 2:58disfarçar-se dela.
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2:58 - 3:01É aqui que a âncora
de que falamos no início -
3:01 - 3:03desaparece.
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3:03 - 3:04Como isso acontece?
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3:05 - 3:07Esta é uma notícia real.
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3:07 - 3:10E esta é uma desinformação,
o que muitas pessoas chamam, -
3:10 - 3:14embora não goste muito do termo,
de uma notícia falsa, uma "fake news". -
3:14 - 3:17Quando digo que algo é uma notícia falsa,
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3:17 - 3:19não me refiro à mesma coisa
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3:19 - 3:22a que Donald Trump se refere
quando diz que a CNN são "fake news". -
3:22 - 3:27Porque isto não é uma notícia
e nunca pretendeu ser. -
3:27 - 3:30É apenas um disfarce para desinformar.
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3:30 - 3:32É muito importante ter isso em mente.
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3:32 - 3:34Entretanto, se parecem muito.
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3:34 - 3:37Parecem ter o mesmo formato,
com uma manchete, uma foto. -
3:37 - 3:42Não temos referências que indiquem
que uma é verdadeira e outra é falsa. -
3:42 - 3:44Temos que adicionar outro problema.
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3:44 - 3:49Cada vez mais consumimos as notícias
individualmente, isoladas, sem contexto. -
3:49 - 3:52Cada vez menos entramos no portal
de um meio de comunicação, -
3:52 - 3:55para ver o que a redação
decidiu que é importante -
3:55 - 4:00e preferimos consumir as notícias
pelas redes sociais, WhatsApp, Facebook, -
4:00 - 4:04sem saber muito bem que tipo de página
estamos entrando para consumir, -
4:04 - 4:07ou se é um meio confiável ou não.
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4:07 - 4:11Exemplo: "Suíça paga
despesas de Urdangarín". -
4:11 - 4:14Essa manchete viralizou.
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4:14 - 4:17Muitas pessoas acreditam, até hoje,
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4:17 - 4:19que, de fato, o cunhado do rei,
condenado por corrupção, -
4:19 - 4:22teve seus gastos pago pela casa real.
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4:22 - 4:26Alguns de vocês estão pesquisando
e descobrindo que é mentira. -
4:26 - 4:27Por que isso aconteceu?
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4:27 - 4:31Porque essa notícia viralizou
sem contexto, sem âncora. -
4:31 - 4:34Vamos mostrar por que isso
é tão importante. -
4:34 - 4:37Se vemos essa notícia na capa
do "El País" ou "El Mundo", -
4:37 - 4:40poderíamos pensar,
pelo contexto, pelo que a cerca, -
4:40 - 4:43que esta notícia é verdadeira;
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4:43 - 4:47e que talvez o cunhado do rei, condenado,
pudesse ter tido esses privilégios. -
4:47 - 4:51Mas, e se a vemos aqui,
em sua verdadeira origem, -
4:51 - 4:53de onde vem essa notícia.
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4:53 - 4:57Precisamente pelo que a rodeia,
pelo contexto em sua volta, -
4:57 - 5:01há algo que nos faz pensar
que poderia não ser real. -
5:02 - 5:05Bem, isso tem outra reviravolta.
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5:05 - 5:08Às vezes nem sequer
consumimos as notícias. -
5:08 - 5:11Somente as fotos e a manchete.
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5:12 - 5:14E se as vemos assim?
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5:15 - 5:17Não temos nenhuma referência,
não sabemos de onde veio, -
5:17 - 5:20não sabemos qual é a origem, nem a data.
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5:20 - 5:22Não sabemos se é confiável ou não.
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5:22 - 5:24Vou lhes dar outro exemplo:
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5:24 - 5:28"Volta o serviço militar obrigatório
para menores de 25 anos". -
5:28 - 5:30Recebemos essa notícia no nosso celular.
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5:30 - 5:33É uma manchete com uma foto,
não tem link, quase sem data, -
5:33 - 5:37pois nem sequer menciona o ano
e não temos ideia de onde saiu. -
5:37 - 5:39Onde isso se localiza em nosso imaginário?
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5:39 - 5:42Em um site confiável ou desacreditado?
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5:42 - 5:44O que nossos sentidos nos dizem?
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5:44 - 5:47Não temos contexto, não temos âncora.
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5:47 - 5:52E a isso se adiciona outra chave:
a desinformação se torna democratizada. -
5:52 - 5:54Sabe de onde vem essa manchete?
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5:55 - 5:56Vem daqui.
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5:56 - 6:02De um site criado apenas para converter
boatos em formato de notícias. -
6:02 - 6:06Antes, quem tinha capacidade
de desinformar era o poder: -
6:06 - 6:09as elites econômicas, os governos,
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6:09 - 6:11os grandes meios de comunicação, a Igreja.
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6:12 - 6:15Agora, com ferramentas como essa,
qualquer pessoa pode desinformar. -
6:16 - 6:20Isso está se tornando cada vez mais fácil
e cada vez mais perigoso. -
6:21 - 6:24Vamos ao motivo de fabricarem
esse tipo de notícias falsas. -
6:24 - 6:26Identificamos três razões.
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6:27 - 6:31A primeira, por pura maldade,
por puro divertimento. -
6:31 - 6:33Criar conteúdos falsos para ver
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6:33 - 6:36até onde podem chegar
e quantas pessoas conseguem convencer. -
6:36 - 6:39Há situações em que isso
se torna muito perigoso. -
6:40 - 6:41Você se lembra de Frida Sofia,
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6:41 - 6:45a garota de 12 anos que estava soterrada
nos escombros de um colégio no México? -
6:45 - 6:47Todo o país procurando por ela.
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6:47 - 6:51Toda a mídia do mundo, pedindo por ela.
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6:51 - 6:53E por fim, a menina não existia.
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6:53 - 6:55Era uma notícia falsa.
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6:55 - 7:01Uma notícia criada apenas para gerar
o caos em uma situação de emergência. -
7:01 - 7:07Vivemos isso na Espanha, em 2017,
nos incêndios da Galícia e das Astúrias. -
7:07 - 7:10Quando as chamas já estavam chegando
quase nas casas em Vigo, -
7:10 - 7:12de repente, um alerta apareceu nas redes:
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7:13 - 7:18"Não beba água da torneira.
Não é potável. Está contaminada". -
7:19 - 7:23Isso circulou pelo WhatsApp como pólvora
e acabou que era um alerta falso. -
7:23 - 7:25E não foi o único.
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7:25 - 7:28Este é o mapa de algumas
desinformações que ocorreram -
7:28 - 7:32em uma única noite de incêndios
em que os vizinhos, -
7:32 - 7:34enquanto lutavam contra as chamas,
-
7:34 - 7:36também tiveram que lutar
contra o medo causado -
7:36 - 7:39pelas desinformações
que chegavam ao seu celular. -
7:39 - 7:41Isso é muito perigoso e lhes aviso,
-
7:41 - 7:45se pensarem em fazer algo parecido,
estamos vigilantes. -
7:45 - 7:49Vamos para o segundo
motivo: ganhar dinheiro. -
7:49 - 7:54Porque há pessoas que ganham dinheiro
com a geração de conteúdo falso, -
7:54 - 7:57Durante as eleições norte-americanas,
-
7:57 - 8:01na Macedônia, um grupo de jovens
começaram a criar notícias falsas. -
8:01 - 8:04Começaram fazendo isso contra Trump
e contra Hillary Clinton -
8:04 - 8:08e, rapidamente, perceberam que as notícias
contra Trump não davam dinheiro, -
8:08 - 8:10então se voltaram para Hillary Clinton.
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8:11 - 8:12E deu resultado.
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8:12 - 8:14Ganharam milhares de euros.
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8:14 - 8:17Na Espanha existem páginas
que fazem algo parecido, -
8:17 - 8:21geram conteúdos falsos para que as pessoas
cliquem e entrem em seu site, -
8:21 - 8:23e assim possam cobrar pela publicidade.
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8:23 - 8:26E no aviso legal, dizem
que são um site de humor, -
8:26 - 8:28e que só fazem isso pela piada.
-
8:28 - 8:32Apesar de não fazerem isso pela piada,
e sim para ganharem dinheiro. -
8:33 - 8:35E algum cético na sala me dirá:
-
8:35 - 8:39"E quem é você para decidir
o que é engraçado e o que não é? -
8:39 - 8:40Ninguém.
-
8:40 - 8:44Por isso, só alertamos,
nos manuais sobre desinformação, -
8:44 - 8:49que é preciso ler o aviso legal dos sites
antes de acreditar no que lemos. -
8:49 - 8:51Com ferramentas tecnológicas, avisamos
-
8:51 - 8:54que você está entrando
em uma página de humor -
8:54 - 8:55através de nossa extensão
-
8:55 - 8:59e tentamos fazer com que os cidadãos
estejam o mais informado possível, -
8:59 - 9:01para não acreditarem em mentiras.
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9:01 - 9:06E há uma terceira razão,
que me parece ser a mais perigosa: -
9:06 - 9:08os boatos criados por ideologia.
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9:09 - 9:12Aqueles fabricados
para distorcer nossa realidade, -
9:12 - 9:14para criar um determinado tipo de opinião,
-
9:14 - 9:16que favoreça determinadas ideias.
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9:16 - 9:20Experimentamos isso
na Europa, com o Brexit, -
9:20 - 9:23com a Catalunha,
com a crise dos refugiados. -
9:23 - 9:28Quem não recebeu no seu celular
um vídeo, um áudio, uma imagem, -
9:28 - 9:31uma mensagem de WhatsApp,
contra a imigração nos últimos meses? -
9:31 - 9:34Essas mensagens, encaminhadas
para milhares de pessoas, -
9:34 - 9:37às vezes, têm aparência de credibilidade,
-
9:37 - 9:39às vezes, tem uma manchete e uma foto,
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9:39 - 9:44mas não têm fonte, nem data,
não têm âncora. -
9:45 - 9:47Também há manchetes como esta:
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9:47 - 9:51"Família acolhe um refugiado, que estupra
e engravida sua filha de 12 anos". -
9:52 - 9:54Essa notícia é falsa.
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9:54 - 9:59O homem não era um refugiado
e não morava com a família. -
9:59 - 10:03Mesmo assim, até hoje,
essa notícia ainda é publicada -
10:03 - 10:09e aqueles que a leem associam
refugiados a estupradores. -
10:10 - 10:12É nesse ecossistema em que nos encontramos
-
10:12 - 10:14e ele é muito perigoso.
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10:14 - 10:16Eu só digo uma coisa:
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10:16 - 10:19se desconfiar de algo, não compartilhe.
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10:19 - 10:22Esse é o melhor conselho
que posso dar hoje. -
10:22 - 10:26Estamos em um ponto em que os boatos
podem deixar de ser simples mentiras, -
10:26 - 10:29para converter-se em crenças.
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10:29 - 10:30A desinformação vai se espalhando
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10:30 - 10:36e as pessoas param de acreditar
em evidências científicas, por exemplo. -
10:36 - 10:39Vemos isso na Itália, com as pessoas
que são contra as vacinas, -
10:39 - 10:42que estão ganhando a batalha
encabeçada pelo vice-presidente. -
10:43 - 10:45Começamos a acreditar que a Terra é plana.
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10:46 - 10:48Começamos a defender
que o homem não chegou à Lua. -
10:49 - 10:51Começamos a beber leite cru.
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10:52 - 10:54Como podemos lutar contra isso?
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10:54 - 10:56Alguns dizem que com leis.
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10:56 - 10:59Alguns dizem que deveria haver um juiz
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10:59 - 11:01ou mesmo uma instituição
dependente do Estado -
11:01 - 11:05que decide o que é verdade
e o que é mentira. -
11:05 - 11:07Acreditamos que este não é o caminho,
-
11:07 - 11:11pois a linha entre
a legislação anti-boatos -
11:11 - 11:14e a censura é extremamente tênue.
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11:14 - 11:16Não estamos sozinhos nisso.
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11:16 - 11:17Os peritos da Comissão Europeia,
-
11:17 - 11:21um grupo de especialistas formado
há poucos meses, do qual fazemos parte, -
11:21 - 11:23também acreditam
que não estamos preparados -
11:23 - 11:26para legislar fortemente
contra a desinformação. -
11:26 - 11:30Não sabemos o suficiente sobre o fenômeno
e precisamos continuar estudando. -
11:30 - 11:33Temos outras ferramentas
para lutar contra isso. -
11:33 - 11:37Por exemplo, com jornalismo
de dados e fatos, -
11:37 - 11:40com tecnologia de alerta antecipado
contra a desinformação, -
11:40 - 11:45com a comunidade,
com educação e com vocês. -
11:45 - 11:48Porque precisamos que nos alertem
para essa possível desinformação -
11:48 - 11:50que está se movendo em suas redes.
-
11:50 - 11:52Não podemos estar em todos os lugares
-
11:52 - 11:56e muito menos nesse chat familiar
em que, mais de uma vez, -
11:56 - 11:58chegou uma desinformação,
-
11:58 - 12:02ou nos grupos fechados do Facebook
em que um dia sim e outro também -
12:02 - 12:05publicam um "meme"
de um político de direita, -
12:05 - 12:06ou de um político da esquerda,
-
12:06 - 12:09ou de um ator ou personagem histórico,
-
12:09 - 12:12que são tremendamente controversos,
mas que não têm fonte ou data. -
12:13 - 12:15Quando nos enviam essa desinformação,
-
12:15 - 12:19nossa equipe começa a trabalhar
com uma metodologia muito rigorosa. -
12:19 - 12:21O que está viralizando mais?
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12:21 - 12:25Essa é a primeira coisa
que vamos tentar desmentir. -
12:25 - 12:29A partir daí, o trabalho jornalístico:
pegar o telefone, falar com as fontes, -
12:29 - 12:32verificar as imagens
e acompanhar a origem dos vídeos. -
12:32 - 12:36Quando esse trabalho terminar,
já sabemos se é ou não é um boato, -
12:36 - 12:38toda a equipe tem
que auditar o verificador -
12:38 - 12:42e fazer-lhe perguntas para saber
se ele fez bem o seu trabalho ou não. -
12:43 - 12:45E então votamos.
-
12:45 - 12:48Deve haver uma maioria de votos
a favor dessa negação -
12:48 - 12:53e nenhum contra, para que possamos
estar seguros e prontos -
12:53 - 12:56para poder sair e dizer que algo é falso.
-
12:56 - 12:58Então precisamos de você novamente,
-
12:58 - 13:03porque são vocês que vão retornar
para os grupos de WhatsApp e Facebook -
13:03 - 13:05e dizer aos seus contatos que não,
-
13:06 - 13:10que isso não é verdade, que é um boato.
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13:10 - 13:14Jornalismo, tecnologia,
comunidade e educação -
13:14 - 13:16são as chaves para sair disso.
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13:16 - 13:18Nem tudo está perdido.
-
13:18 - 13:21Existem jornalistas que querem
fazem bem o seu trabalho. -
13:22 - 13:23E somos a maioria.
-
13:23 - 13:26Sabemos que vocês
deixaram de confiar em nós -
13:26 - 13:31porque já falhamos,
e pedimos mil desculpas. -
13:31 - 13:33Mas para não cairmos nessa desinformação,
-
13:33 - 13:38nem pelos boatos
nem pelas autoridades públicas, -
13:38 - 13:42somente saímos juntos,
cidadãos e jornalistas. -
13:42 - 13:46Porque o jornalismo é a melhor ferramenta
para que você não se engane. -
13:46 - 13:47Obrigada por escutar.
-
13:47 - 13:50(Aplausos)
- Title:
- Toda a verdade sobre a desinformação | Clara Jiménez | TEDxMadrid
- Description:
-
Vivemos a era das fraudes. A cada dia estamos mais expostos a um fluxo constante de informação e desinformação, mas ambas se parecem.
Para diferenciar e desmantelar as chamadas "notícias falsas", Clara Jiménez e outros jornalistas criaram a maldita.es, uma organização sem fins lucrativos dedicada à pesquisa jornalística e à visibilidade desse fenômeno. Em sua palestra, ela desmascara algumas das práticas usuais dos "desinformadores" e nos ensina como evitar cair em suas armadilhas.
Clara é cofundadora, juntamente com Julio Montes, da maldita.es, um projeto jornalístico independente cujo objetivo é fornecer aos cidadãos "ferramentas para que não te enganem".
Clara desenvolveu a maior parte de sua carreira profissional no canal La Sexta, primeiro nos serviços de notícias e depois em diferentes programas da rede, como o Debate Al Rojo Vivo, a Sexta Coluna e a Sexta Noite. Entre 2013 e 2018, fez parte da equipe do El Objetivo de Ana Pastor. Ela também é membro do Conselho Consultivo da "International Fact-Checking Network". Deixou a laSexta para se dedicar ao projeto Maldita.es e colabora no programa "Julia en la Onda de Onda Cero y Gente Despierta" da RNE.Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/tedx
- Video Language:
- Spanish
- Team:
closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 14:04