Devemos abandonar os testes padronizados? — Arlo Kempf
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0:01 - 0:04"A parte mais difícil
de aprender uma coisa nova -
0:04 - 0:07"não é a adoção de novas ideias
mas o abandono das ideias antigas". -
0:09 - 0:12Os primeiros testes padronizados
que conhecemos -
0:12 - 0:16foram administrados na China
há mais de 2000 anos, -
0:16 - 0:18durante a dinastia Han.
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0:18 - 0:20Os funcionários chineses usavam-nos
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0:20 - 0:23para determinar a aptidão
para os diversos cargos governamentais. -
0:23 - 0:25As matérias incluíam a filosofia,
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0:25 - 0:27a agricultura,
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0:27 - 0:29e até táticas militares.
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0:29 - 0:32Os testes padronizados continuaram
a ser usados em todo o mundo -
0:32 - 0:34durante os 2000 anos seguintes
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0:34 - 0:36e hoje são usados para tudo,
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0:36 - 0:40desde a avaliação de subir escadas
para os bombeiros, em França, -
0:40 - 0:43até aos exames de linguagem
dos diplomatas, no Canadá, -
0:43 - 0:46até aos estudantes nas escolas.
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0:46 - 0:48Alguns testes padronizados
só medem os resultados -
0:48 - 0:52em comparação com os resultados
dos outros participantes nos testes. -
0:52 - 0:54Outros medem o desempenho
dos participantes -
0:54 - 0:57em relação a critérios pré-determinados.
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0:57 - 1:00Por exemplo, o teste das escadas
para os bombeiros -
1:00 - 1:03pode ser medido, comparando
o tempo da subida -
1:03 - 1:05com o de todos os outros bombeiros.
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1:06 - 1:09Isto pode exprimir-se
naquilo a que chamamos uma curva de sino. -
1:09 - 1:13Ou pode ser avaliado com referência
a critérios estabelecidos, -
1:13 - 1:17como o transporte de um determinado peso
durante uma certa distância -
1:17 - 1:20durante um determinado número de degraus.
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1:20 - 1:22Do mesmo modo,
o diplomata pode ser avaliado -
1:22 - 1:25segundo os testes de outros diplomatas
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1:25 - 1:27ou segundo um conjunto
de critérios estabelecidos, -
1:27 - 1:31o que demonstra níveis diferentes
de competência linguística. -
1:31 - 1:35Todos estes resultados podem ser expressos
usando os percentis. -
1:36 - 1:38Se um diplomata está no 70.º percentil,
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1:38 - 1:42isso significa que 70% dos participantes
no teste ficaram abaixo dele. -
1:42 - 1:47Se se classificou no 30.º percentil,
significa que 70% ficaram acima dele. -
1:47 - 1:51Embora os testes padronizados
sejam, por vezes, controversos, -
1:51 - 1:53são apenas uma ferramenta.
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1:53 - 1:57Façamos uma experiência mental:
pensem no teste padronizado como uma régua. -
1:57 - 1:59A utilidade de uma régua
depende de duas coisas. -
1:59 - 2:02Primeiro, a tarefa
que lhe pedimos para fazer. -
2:02 - 2:05A nossa régua não pode medir
a temperatura exterior -
2:05 - 2:07nem o volume com que alguém está a cantar.
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2:07 - 2:11Segundo, a utilidade da régua
depende da sua conceção. -
2:11 - 2:14Digamos que queremos medir
a circunferência de uma laranja. -
2:14 - 2:17A nossa régua mede o comprimento,
que é uma quantidade certa -
2:17 - 2:22mas não foi concebida com a flexibilidade
necessária para a tarefa desejada. -
2:22 - 2:25Assim, se dermos aos testes padronizados
uma tarefa errada -
2:25 - 2:28ou se eles não forem concebidos
adequadamente, -
2:28 - 2:30podem acabar por medir
as coisas de forma errada. -
2:31 - 2:33No caso das escolas,
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2:33 - 2:36os estudantes com ansiedade dos testes
podem ter dificuldade -
2:36 - 2:38em fazer o melhor num teste padronizado,
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2:38 - 2:40não porque não saibam as respostas,
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2:40 - 2:44mas porque sentem-se demasiado nervosos
para transmitir o que aprenderam. -
2:44 - 2:46Os estudantes com problemas de leitura
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2:46 - 2:48podem debater-se com a redação
de um problema de matemática, -
2:48 - 2:51e os resultados do teste
refletirão mais a sua literacia -
2:51 - 2:54do que a sua aptidão para os números.
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2:54 - 2:56Os estudantes que ficam
confundidos com exemplos -
2:56 - 2:59dos testes que contêm referências
culturais não familiares -
2:59 - 3:01podem ter maus resultados,
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3:01 - 3:03que traduzem melhor
a sua familiaridade cultural -
3:03 - 3:06do que a sua aprendizagem académica.
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3:06 - 3:10Nestes casos, os testes podem
ter que ser concebidos de modo diferente. -
3:11 - 3:14Os testes padronizados
também podem ter dificuldade -
3:14 - 3:17em avaliar características
ou aptidões abstratas, -
3:17 - 3:19como a criatividade,
o pensamento crítico -
3:19 - 3:20e a colaboração.
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3:20 - 3:22Se concebermos mal um teste
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3:22 - 3:25ou se lhe pedirmos
para fazer a tarefa errada, -
3:25 - 3:27ou uma tarefa em que não é muito bom,
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3:27 - 3:29os resultados podem
não ser fiáveis ou válidos. -
3:30 - 3:33A fiabilidade e a validade
são duas ideias fundamentais -
3:33 - 3:35para compreender os testes padronizados.
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3:35 - 3:37Para compreender a diferença entre eles,
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3:37 - 3:40podemos usar a metáfora
de dois termómetros avariados. -
3:41 - 3:42Um termómetro não fiável
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3:42 - 3:46dá-nos uma leitura diferente,
de cada vez que medimos a temperatura -
3:46 - 3:48e o termómetro fiável mas inválido
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3:48 - 3:51dá-nos sempre uma temperatura
de mais 10 graus. -
3:51 - 3:55A validade também depende
duma interpretação cuidada dos resultados. -
3:55 - 3:58Se as pessoas dizem
que os resultados de um teste -
3:58 - 4:00significam uma coisa que eles não dizem,
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4:00 - 4:02esse teste pode ter
um problema de validade. -
4:02 - 4:05Tal como não estamos à espera
que uma régua nos diga -
4:05 - 4:06quanto pesa um elefante,
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4:07 - 4:09ou o que é que ele comeu
ao pequeno almoço, -
4:09 - 4:12também não podemos esperar que
os testes padronizados, só por si, -
4:12 - 4:14nos digam quão inteligente é uma pessoa,
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4:14 - 4:17como é que os diplomatas
resolverão uma situação difícil -
4:17 - 4:20ou quão corajoso será um bombeiro.
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4:20 - 4:25Os testes padronizados podem ajudar-nos
a conhecer um pouco melhor muitas pessoas, -
4:25 - 4:27num tempo mais curto,
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4:27 - 4:31mas normalmente não nos permitem
conhecer muito bem uma pessoa. -
4:31 - 4:35Muitos cientistas sociais preocupam-se
por os resultados dos testes -
4:35 - 4:39provocarem ansiedade e, por vezes,
alterações negativas nos participantes, -
4:39 - 4:42por vezes com consequências
para toda a vida. -
4:42 - 4:45Mas não podemos culpar os testes,
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4:45 - 4:48Cabe-nos usar os testes certos
para as tarefas certas -
4:48 - 4:51e interpretar os resultados
de forma adequada.
- Title:
- Devemos abandonar os testes padronizados? — Arlo Kempf
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Vejam a lição completa em: https://ed.ted.com/lessons/should-we-get-rid-of-standardized-testing-arlo-kempf
Embora hoje os testes padronizados sejam um tópico especialmente quente no ensino, esta abordagem de avaliação tem sido usada há 2000 anos. E embora os resultados dos testes padronizados nos possam ajudar a perceber algumas coisas, também podem ser enganadores, se forem usados incorretamente. O que é que estes testes avaliam exatamente? Será que têm algum valor? Arlo Kempf investiga.
Lição de Arlo Kempf, animação de CUB Animation.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TED-Ed
- Duration:
- 05:41
Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for What are the pros and cons of standardized testing? - Arlo Kempf | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for What are the pros and cons of standardized testing? - Arlo Kempf | ||
Mafalda Ferreira accepted Portuguese subtitles for What are the pros and cons of standardized testing? - Arlo Kempf | ||
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