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The Internet: Encryption & Public Keys

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    A Internet: Criptografia e chaves públicas
  • 0:09 - 0:11
    Olá!
    O meu nome é Mia Gil-Epner,
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    estudo Informática na UC Berkeley e
    trabalho para o Departamento de Defesa,
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    onde tento manter a informação segura.
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    A internet é um sistema aberto e público.
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    Todos nós enviamos e recebemos informações
    através de fios e ligações partilhadas.
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    Mas apesar de ser um sistema aberto,
    ainda trocamos muitos dados privados.
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    Coisas como números de cartões de crédito,
    informações bancárias, senhas, e e-mails.
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    Então… como é que todas estas
    coisas privadas são mantidas em segredo?
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    Dados de qualquer tipo podem ser mantidos
    em segredo através de um processo chamado encriptação,
  • 0:42 - 0:47
    misturando ou alterando a mensagem
    para esconder o texto original.
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    Agora, a decifragem é o processo de desencriptação
    dessa mensagem para a tornar legível.
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    Esta é uma ideia simples, e as pessoas
    têm vindo a fazê-lo há séculos.
  • 0:56 - 1:00
    Um dos primeiros métodos de encriptação
    mais conhecidos foi a Cifra de César,
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    cujo nome é uma homenagem a Júlio César,
    um general romano que encriptou
  • 1:03 - 1:07
    os seus comandos militares para garantir que
    se uma mensagem fosse interceptada por inimigos,
  • 1:07 - 1:10
    eles não seriam capazes de a ler.
  • 1:10 - 1:15
    A Cifra de César é um algoritmo que substitui
    cada letra da mensagem original por uma letra
  • 1:15 - 1:18
    um certo número de posições
    atrás no alfabeto.
  • 1:18 - 1:23
    Se esse número só for conhecido pelo remetente
    e pelo destinatário, então é chamado de "chave".
  • 1:23 - 1:26
    Isto permite ao leitor desbloquear a mensagem secreta.
    . Por exemplo, se o seu original
  • 1:28 - 1:30
    Por exemplo, se a mensagem original
    for "HELLO",
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    utilizando então o algoritmo da Cifra de César
    com uma chave de 5, a mensagem encriptada
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    a mensagem encriptada seria esta…
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    Para decifrar a mensagem, o destinatário usaria
    simplesmente a chave para inverter o processo.
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    No entanto, a Cifra de César tem um grande
    defeito.
  • 1:49 - 1:53
    Qualquer pessoa pode decifrar ou
    descobrir a mensagem encriptada,
  • 1:53 - 1:55
    ao tentar com todas as chaves possíveis,
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    e, no alfabeto latino,
    existem apenas 26 letras
  • 1:57 - 2:03
    o que significa que seriam precisas só
    26 tentativas para desencriptar a mensagem.
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    Experimentar 26 chaves não seria muito difícil.
    Levaria, no máximo, uma hora ou duas.
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    Então, vamos tornar isto mais difícil.
  • 2:10 - 2:16
    Em vez de alterar cada letra no mesmo número,
    vamos mudar cada letra num número diferente.
  • 2:16 - 2:22
    Neste exemplo, uma chave de dez dígitos mostra quantas
    posições de cada letra sucessiva será alterada
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    para encriptar uma mensagem mais longa.
  • 2:26 - 2:29
    Adivinhar isto seria realmente difícil.
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    Utilizando a encriptação de 10 dígitos,
    existiriam 10 mil milhões de chaves possíveis.
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    Obviamente, isto é muito mais do que qualquer humano
    poderia resolver — levaria muitos séculos.
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    Mas, hoje, um computador mediano
    demoraria apenas alguns segundos
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    a experimentar todas as
    10 mil milhões de chaves possíveis.
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    Num mundo moderno em que os maus da fita estão
    armados com computadores em vez de com lápis,
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    como podemos encriptar as mensagens de forma
    tão segura que as torne demasiado difíceis de decifrar?
  • 2:56 - 3:00
    Demasiado difícil, neste caso, significa
    que existem demasiadas possibilidades
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    a considerar num
    período razoável de tempo.
  • 3:03 - 3:09
    Hoje, as comunicações são encriptadas
    usando chaves de 256 bits.
  • 3:09 - 3:11
    Isso significa que o computador
    de um mau da fita,
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    que intercepte a tua mensagem,
    teria de tentar muitas destas opções possíveis...
  • 3:15 - 3:18
    até descobrir a chave
    e decifrar a mensagem.
  • 3:20 - 3:26
    Mesmo que tivesses 100.000 super computadores
    e cada um deles conseguisse testar
  • 3:26 - 3:31
    um milhão de biliões de chaves a cada segundo,
    seriam necessários triliões de triliões de anos
  • 3:31 - 3:38
    para testar todas as opções, apenas para decifrar
    uma única mensagem protegida com encriptação de 256 bit.
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    É claro que os chips de computador têm o
    dobro da velocidade e metade do tamanho a cada ano.
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    Se o progresso continuar a este ritmo exponencial,
    os problemas impossíveis de hoje serão resolvidos
  • 3:49 - 3:53
    em poucas centenas de anos no futuro,
    e 256 bits não serão suficientes para dar segurança.
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    Na verdade, já tivemos de aumentar o tamanho padrão
    da chave para acompanhar a velocidade dos computadores.
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    A boa notícia é que usar uma chave mais longa não
    torna a encriptação de mensagens muito mais difícil,
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    mas aumenta exponencialmente o número de
    palpites necessários para decifrar uma cifra.
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    Quando remetente e destinatário partilham a mesma
    chave para codificar e descodificar uma mensagem,
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    chamamos a isso "encriptação simétrica".
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    Com a Encriptação Simétrica, como a da Cifra de César,
    a chave secreta tem de ser previamente acordada
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    por duas pessoas em privado.
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    Isso é óptimo para as pessoas,
    mas a Internet é aberta e pública,
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    pelo que é impossível dois computadores "encontrarem-se"
    em privado para fixarem uma chave secreta.
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    Em vez disso, os computadores usam
    chaves de encriptação assimétrica,
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    uma chave pública que pode ser trocada com
    toda a gente, e uma privada, não partilhada.
  • 4:47 - 4:51
    A chave pública é utilizada para encriptar dados,
    sendo que qualquer pessoa pode usá-la
  • 4:51 - 4:53
    para criar uma mensagem secreta.
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    Mas o segredo só pode ser decifrado por
    um computador com acesso à chave privada.
  • 5:00 - 5:03
    Isto funciona com alguma matemática,
    que não vamos explorar agora.
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    Pensa nisto: imagina que tens
    uma caixa de correio pessoal,
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    onde qualquer um pode deixar correio,
    mas precisa de uma chave para o fazer.
  • 5:10 - 5:14
    Podes fazer várias cópias da chave
    de depósito, enviando uma ao teu amigo
  • 5:14 - 5:17
    ou até partilhá-la num local público.
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    O teu amigo, ou um estranho, pode usar a chave
    para aceder à tua caixa de depósito e deixar uma mensagem
  • 5:23 - 5:29
    mas só tu podes abrir a caixa, com a tua chave privada,
    tirar todas as mensagens secretas que recebeste.
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    E tu podes enviar uma mensagem secreta ao teu amigo,
    usando a chave pública para a depositar na caixa dele.
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    Desta forma, as pessoas podem trocar mensagens
    seguras, sem precisarem de acordar numa chave privada.
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    A criptografia de chaves públicas é a base
    de todas as mensagens seguras na internet aberta,
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    incluindo os Protocolos de Segurança
    conhecidos como SSL e TLS,
  • 5:52 - 5:54
    que nos protegem quando
    estamos a navegar na web.
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    O teu computador usa-os, hoje em dia.
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    Sempre que vires um pequeno cadeado ou as
    letras 'https' na barra de endereços do teu navegador,
  • 6:02 - 6:06
    isso significa que o teu computador
    está a utilizar a encriptação de chave pública
  • 6:06 - 6:09
    para trocar dados de forma segura
    com a página web que estás a visitar.
  • 6:10 - 6:15
    À medida que mais e mais pessoas entram na internet,
    mais e mais dados privados serão transmitidos,
  • 6:15 - 6:19
    e a necessidade de manter esses dados
    seguros será ainda mais importante.
  • 6:19 - 6:24
    E, à medida que os computadores se tornam mais rápidos
    teremos que desenvolver novas formas de encriptação
  • 6:24 - 6:26
    demasiado difíceis de decifrar pelos computadores.
  • 6:27 - 6:30
    Isto é o que faço no meu trabalho,
    e as coisas estão sempre a mudar.
Title:
The Internet: Encryption & Public Keys
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Video Language:
English
Duration:
06:40

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